A Mocidade apresentou na noite de terça-feira o enredo “Voltando para o Futuro – Não Há Limite para Sonhar”, em um desfile futurista e reflexivo. A segunda alegoria da escola levou para a avenida o tema da exploração espacial.
“Esse carro simboliza o espaço, a lua, a primeira vez que o homem pousou na lua e tudo mais. Está muito especial. A gente vai fazer uma performance com o circo. Vai ter acrobacia, vai ter uma magia que vocês vão conferir na Sapucaí. Tem um ponto de gravidade zero, simulando a gravidade do espaço real. É um carro diferente, é uma inovação da escola trazer o circo, uma prática milenar e super tradicional, dentro desse tema de tecnologia. Esse carro promete”, disse o artista circense Jodson Brito, de 30 anos, em sua primeira vez na Mocidade.
“Eu gostei muito da iluminação. É porque agora tá apagado, não dá para ver, mas a iluminação é linda e os detalhes, são bem acabados em todos os detalhes. Você vê a camurça e não consegue ver a conexão entre uma e outra. As crateras estão bem pintadas, as fantasias estão muito bem feitas e tem várias surpresas nele. É um carro muito bem feito e que é visualmente impactante, que mesmo quem não conhece o enredo, quando olhar vai reconhecer, vai saber o que é. É de fácil identificação. É muito interessante”, comentou a médica Ketlen Cheab, 29 anos. Sou médica. É a terceira vez que Ketlen desfila pela Mocidade.
“Aqui é o céu, os planetas. É muito interessante porque o trabalho do Renato é muito limpo. O carro é aberto, você visualiza todo ele. É um trabalho primoroso”, elogiou Elisângela, de 54 anos, componente da Mocidade há pouco menos de 30 anos.
O enredo da verde e branco de Padre Miguel resgatou o estilo do carnavalesco Renato Lage, que se destacou nos anos 90 com desfiles high-techs e recursos luminosos. Renato volta à escola após 23 anos afastado.
“O enredo retrata a evolução e o que se o que vem a partir dela, o bem e o mal. Se não a tecnologia for bem usada, ela pode destruir também. Esse enredo é mais em função da volta do Renato: reviver os tempos em que ele esteve na Mocidade, agora retornando e mostrando que, com a evolução do tempo, muita coisa foi destruída”, explicou Elisângela.
“O enredo nos convida a parar, olhar para si mesmo e pensar que nós estamos todos conectados, porque vem dessa ideia de que todos nós surgimos do Big Bang, da primeira estrela. Todos nós temos a mesma composição de matéria. Isso faz a gente ter uma um senso de união, que é muito presente, inclusive, na comunidade. Foi muito legal essa sacada de interligar uma coisa com a outra. Ele traz a ideia de que o universo é gigante, mas que não é infinito, no sentido de que as nossas atitudes aqui na Terra, tudo que a gente faz, influenciam”, afirmou Ketlen.
Questionada para onde iria caso tivesse a oportunidade de visitar o espaço, a médica se mostrou pensativa.
“Ai, difícil, muito difícil… Se eu pudesse escolher um lugar no espaço para ir, é engraçado, eu iria para Saturno, porque tem uns aneis lindos, tem as nebulosas. É muito bonito e é um dos maiores planetas que a gente tem no nosso sistema solar”, respondeu.
Já Jodson e Elisângela optaram por uma viagem mais curta, com menor fuso-horário.
“Eu gostaria muito de conhecer a lua. porque é o corpo celeste que a gente mais tem acesso, tem contato. Por estar próxima à Terra, por ter grandes mistérios, por ser ainda pouco explorada, a gente tem essa curiosidade”, pontuou o artista circense.
“Eu tenho muita conexão com a lua. As fases da lua me atraem, me dizem muita coisa. Eu sou muito esotérica, gosto muito de lidar com esses conhecimentos. Ela me energiza. Eu gosto da lua”, finalizou Elisângela.