Por Nathália Marsal

Mangueira Desfile2019 124Sangue. Muito sangue. O vermelho do segundo carro da Estação Primeira de Mangueira estava espalhado por animais, índios, placas… Tudo. A alegoria que recebeu o nome “O sangue retinto por trás do herói emoldurado” representou o genocídio de mais de 300 mil índios pelos Bandeirantes. A alegoria trazia cerca de 25 pessoas, com o intuito de contar a verdadeira história.

barracao mangueira2019 6“Existe muita coisa escondida que precisamos mostrar a verdade”, afirmou a mangueirense Danielle Masta, que escolheu desfilar no carro.

Mangueira Desfile2019 126Em geral, esse assassinato em massa é contado de forma que os Bandeirantes são considerados heróis. A Mangueira revela a história real por trás do monumento às Bandeiras localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, e questiona os fatos das versões históricas oficiais. A obra mangueirense apresenta uma remontagem do monumento com os índios amordaçados, que não tiveram voz para contar sua história.

Mangueira Desfile2019 041O carro também trouxe placas com inscrições de “mulheres”, “tamoio” entre outras vítimas. Além de tamanduás, tatus e lagartos que representam a fauna da região. Todos na cor vermelha, enfatizando a violência.

Mangueira Desfile2019 040Miraci Mendes que também desfilou de destaque, acredita no poder do samba-enredo para atrair o público e provocar mudanças.

“Precisamos mudar esse futuro e buscar a justiça”, disse, confiante.

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