O secretário estadual de cultura, Ruan Lira, participou na manhã desta terça de um encontro na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Na ocasião ele expôs os novos projetos da pasta da cultura para representantes do empresariado carioca. De acordo com Ruan, o carnaval, deixado de lado na gestão do município, está na linha de frente das intenções da secretaria, como o próprio explicou aos presentes.
“A intenção da gestão do governador Wilson Witzel é de total apoio ao carnaval. Se esse ano foram R$ 4,5 bilhões de arrecadação, nossa intenção é dobrar esse número a partir dos próximos anos. Todo e qualquer projeto que envolva a economia do carnaval será apoiado pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Isso vai desde os blocos de rua, não apenas da capital, passando pelos desfiles de escolas de samba e não somente no período do carnaval assim. Nossa intenção é criar uma agenda de eventos que dure o ano todo”, destacou Ruan, sem especificar que medidas seriam essas.
O que já se tem notícia, entretanto, é que está por detalhes a transferência da propriedade do Sambódromo da prefeitura para o Governo Estadual. Outra situação bastante adiantada e que enche as escolas de esperança é a gestão dos recursos dos desfiles passar também para a esfera estadual. Logo que assumiu o Palácio Guanabara, uma das primeiras medidas de Witzel foi a viabilização de recursos para os desfiles este ano, via lei de incentivo.
Ruan Lira destacou a importância da economia criativa, uma das molas mestras do carnaval, para o desenvolvimento do estado. Segundo o secretário trata-se de uma segunda revolução industrial, em pleno século XXI.
“Setor empresarial tem que caminhar junto. Taxa de desemprego de jovens em nosso estado beira os 30%. Como sair disso com a capacidade de investimento reduzida? Apostando na criatividade. A indústria criativa é a nova revolução industrial. A cultura chega muito forte nessa pegada. É fundamental modernizar a nossa matriz de trabalho. Nesse sentido precisamos contar com o setor privado, o empresariado”, destacou.
O secretário de cultura destacou outro aspecto importante do setor da economia criativa. De acordo com Ruan Lira, atualmente apenas o setor de óleo e gás está acima da economia criativa para o estado do Rio de Janeiro.
“Cultura dialoga com todos os setores. Precisamos ser enxergados pela sociedade dessa forma. O nosso governo aposta em mostrar o retorno que a cultura traz para a sociedade. A partir disso conseguimos modificar a estrutura da nossa secretaria. A indústria criativa em 2016 movimentou cerca de 2% do PIB do país. No Rio de Janeiro só perde para o setor de óleo e gás. Apostamos cada vez mais nesse setor”, finalizou.