Luciene Tavares, a Santinha, é hoje um dos nomes mais respeitados da Grande Rio. Musa da comunidade, ela acumula mais de três décadas de dedicação à escola de Duque de Caxias, onde começou ainda criança. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ela relembrou sua trajetória, falou sobre inspiração, companheirismo com as passistas e suas expectativas para o Carnaval de 2026.
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“Minha jornada começou aos seis anos de idade, quando fui apresentada à escola de samba pela minha mãe. Imediatamente me encantei pelas passistas. Naquele momento, eu não compreendia o significado de rainha ou musa; meu único fascínio era pelo samba no pé”, contou a musa.
Santinha explicou que percorreu diferentes alas antes de conquistar o posto de musa da comunidade. “Posteriormente, integrei a ala das crianças e fui passista mirim. Evoluí para musa das passistas, depois rainha das passistas e, em seguida, fiz parte da ala dos Brotinhos. Atualmente, exerço a função de musa da comunidade, representando todas as jovens que aspiram a esse título”, afirmou Santinha.
Ao falar sobre as distinções entre passista, musa e rainha, ela destacou que a essência feminina vai muito além de qualquer coroa. “Acredito que toda mulher já nasce com uma essência soberana em sua própria trajetória. Portanto, a definição de uma mulher vai muito além de uma simples coroa. Para mim, o samba é uma expressão da alma e da energia. Não há uma única inspiração; há inúmeras”, disse a musa.
A musa também falou sobre a conexão permanente com as passistas, mesmo sem atuar diretamente na organização. “Uma vez passista, sempre se carrega essa essência. Embora a organização e a supervisão do vestuário sejam responsabilidade do presidente da ala, ele frequentemente me contata para pedir minha opinião. Estou sempre próxima das passistas, pois compartilhamos a alma do samba no pé, a mesma energia que já mencionei”, contou Santinha.
Sobre o que espera para o desfile de 2026, ela destacou entusiasmo e alegria. “Espero muito movimento e brilho, pois desejamos ver as passistas esbanjando vitalidade, sem se prenderem a questões de peso ou quaisquer outras trivialidades. Creio que o carnavalesco entregará um trabalho magnífico; ele está empenhado, e a fantasia que utilizarei será maravilhosa. Seja qual for o papel que eu desempenhe, estarei imensamente animada e feliz. O essencial é ser feliz, divertir-se e, claro, com responsabilidade durante o desfile. Mas, acima de tudo, a felicidade”, finalizou a musa Santinha.









