Sambistas e amantes do Carnaval elogiaram o primeiro dia de desfiles na Cidade do Samba,na Zona Portuária do Rio, na noite desta sexta-feira. Ao todo, quatro das 12 escolas do Grupo Especial se apresentaram na miniavenida: Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Mangueira. A noite foi encerrada com a apresentação do cantor Belo.
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A carioca Ana Paula Jones, de 49 anos, destacou a importância dos desfiles fora de época para o maior espetáculo da terra. Antropóloga teatral, atriz e juremeira, ela disse ter ficado encantada com a apresentação da Unidos do Viradouro.
“Eu achei muito importante. A gente começa a ter ideia do que é cada enredo, sente a energia do samba e de qual história será contada. Acredito que a proposta e a intenção é ser um termômetro do que vai acontecer. O encontro do artista e do passista com o espectador é arte cênicas. O que eu senti no encontro é essa emoção das pessoas pulando, gritando e cantando. Para mim, o samba está na boca de todo mundo. As pessoas comentavam: ‘caramba, muito forte a energia da Jurema’”, opinou Ana Paula.
Este é o terceiro ano seguido de desfiles, que começaram logo após a pandemia. Assim como em 2023, o espetáculo também celebra o Dia Nacional do Samba, comemorado no próximo dia 2 de dezembro. Para entrar em qualquer um dos três dias de festa, basta levar 1 kg de alimento não perecível. Além de uma oportunidade de festejar o carnaval fora de época, as apresentações desta sexta foram um prato cheio para quem ainda não conhecia a Cidade do Samba. É o caso da pedagoga Angela Nepomuceno, de 54 anos. Torcedora da Vila Isabel e simpatizante da Mangueira, ela disse ter gostado de tudo que viu.
“Achei muito interessante todo esse esquema e estrutura. Foi uma estrutura muito legal. Para a escola, é um momento de contato e de colocar “à vera” e ver como vai ser. Também é uma possibilidade de público, porque esse público talvez não esteja na Sapucaí. Aqui tem uma coisa do povão mesmo, de poder chegar mais pertinho”, destacou Ângela.
Mas também teve torcedora da Vermelha e Branco de Niterói encantada com a apresentação da coirmã: a Unidos de Padre Miguel. A jovem Giovanna Duarti, de 16 anos, ficou impressionada com a emoção da comunidade da Vila Vintém.
“Gostei bastante dos desfiles, porque estavam cheios e bem animados. A Unidos de Padre Miguel foi a que mais me surpreendeu, por causa da emoção de ser o primeiro ano no Grupo Especial”, disse a adolescente.
A Estação Primeira de Mangueira também não passou despercebida pelo público. Rafaela Melo, de 30 anos, elogiou a apresentação da escola e a organização da Liesa.
“Tudo muito lindo, maravilhoso e muito bem organizado. Nota mil. Eu não esperava tripés, achava que seria algo mais simples. Foi algo muito maior e mais organizado do que eu estava esperando. É importante, porque o integrante da escola consegue pegar um ritmo e a agremiação consegue acompanhar o seu próprio desenvolvimento. É como se fosse um ensaio para o ensaio técnico”, comentou a mangueirense.