Por Victor Amancio
“A pedra, para o ser humano, representa a permanência do tempo. A camada externa e dura da Terra, a rocha. A beleza sólida desse material é a essência de nosso planeta. E foi essa beleza sólida que nossos ancestrais usaram como caminho para registrar suas passagens pelo mundo”. Com o enredo “Pedra” a Estácio de Sá vai levar parar a avenida em 2020 a discussão de questões, da pedra e da vida humana, como a existência no tempo e conflitos e embates. Rosa Magalhães trará em seu desfile a exploração de pedras nas serras do Brasil e a relação mística entre a pedra e os antepassados. O samba é uma composição da parceria de Edson Marinho, Jorge Xavier, Júlio Alves, Jailton Russo, Ivan Ribeiro e Dudu Miller.
O site CARNAVALESCO dando continuidade à série de reportagens “Samba Didático” entrevistou a carnavalesca Rosa Magalhães e o compositor Edson Marinho para saber mais sobre os significados e as representações por trás dos versos e expressões presentes no samba da Estácio de Sá para o carnaval de 2020.
‘O poder que emana do alto da pedreira’
“A pedreira é o morro de São Carlos, é o poder do povo estaciano”, diz Rosa.
‘Paredes que contam histórias’
“São essas inscrições nessas pedras todas, com baixo relevo, alto relevo, que vem do Pará, e em tantos outros lugares.”, reitera Rosa.
‘A riqueza dos senhores dos escravos alforria’
“A riqueza dos senhores são os diamantes, o ouro. A riqueza dos escravos eles escondiam no cabelo para comprar a alforria”, explica a carnavalesca.
‘Das minas a tinta do grande escrito’
“Das Minas, a tinta que moveu o escritor a fazer a poesia dele falando sobre o morro, a poeirada, a exploração”, fala a professora.
‘Atire a pedra quem não tem espelho’
Quem nunca errou? Nossa proposta é mostrar que ninguém pode criticar ninguém pois todos somos falhos e muitas vezes quem aponta o dedo não tem embasamento para falar”, explica o compositor.
‘Quero meu rubi vermelho’
“O rubi vermelho é o Estácio, a Primeira Escola de Samba”, encerrou a carnavalesca.