No dia 13 de maio se celebram os 131 anos da Abolição da Escravatura, a lei assinada pela Princesa Isabel que livrou o Brasil do trabalho escravo. No plenário da Câmara Federal em Brasília foi preparada uma homenagem à monarca. Movimentos sociais de cultura negra protestaram contra o tributo e entoaram no plenário do parlamento nacional o samba-enredo que embalou a Mangueira ao título no carnaval deste ano. Além disso reproduções da bandeira do Brasil em verde e rosa com os dizeres ‘Índios, negros e pobres’ foram levadas por estes movimentos.
O carnavalesco da escola, Leandro Vieira, comemorou o fato em um post na sua rede social. Leandro disse que atos como esse o encorajam a fazer carnaval e a levar educação e cultura às pessoas através de sua arte.
“Isso que me alimenta e me estimula a fazer carnaval. Produzir arte de alcance popular, arte para o povo usar. A bandeira do Brasil em verde e rosa não é mais minha nem da Mangueira, ela é nossa”, postou o carnavalesco campeão de 2019.
Em seu desfile a Mangueira questionou figuras ditas como heróis na história do Brasil, entre elas a Princesa Isabel. Com um desfile impactante, reduziu essas figuras históricas a anões na comissão de frente e encerrou o seu carnaval com a princesa toda ensaguentada em cima de pretos mortos na última alegoria.