O Salgueiro já começou a traçar os caminhos para o Carnaval 2026 com um objetivo claro: transformar o amargo e injusto 7º lugar de 2025 em um desfile impactante e aproveitar ao máximo a oportunidade de ser a última escola a cruzar a Marquês de Sapucaí. O sorteio da ordem dos desfiles colocou a vermelho e branco do Andaraí no encerramento da terça-feira de carnaval, posição celebrada pelo carnavalesco Jorge Silveira, que terá seu primeiro fechamento de carnaval na carreira.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Silveira adiantou que o enredo em estudo para 2026 será “autoral” e mergulhado na “brasilidade”, sem revelar muitos detalhes, mas deixando claro seu entusiasmo. “É um universo que eu curto muito”.
A escolha reflete uma tendência do artista, conhecido por abordagens que valorizam a cultura nacional, como em “Brasiléia Desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país” (Mocidade Alegre, 2024), que propôs uma viagem pela cultura popular brasileira em homenagem às viagens de pesquisa do crítico de arte, conquistando o campeonato do Especial de São Paulo.
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O anúncio oficial do enredo do Salgueiro, no entanto, ainda não tem data prevista. Silveira reforçou que a escola está focada em analisar os acertos e erros de 2025 antes de definir o caminho para 2026. “Não estou com muita pressa. Queremos um trabalho bem fundamentado para um desfile ainda maior”, afirmou o artista.
A paciência parece ser estratégica e o carnavalesco não escondeu sua insatisfação com o julgamento que a agremiação recebeu em 2025. “Pesaram a mão com o Salgueiro. Nós poderíamos ter voltado, sim, no sábado das campeãs”, pontuou Silveira.
Privilégio de encerrar a festa
Se o enredo ainda é um mistério, a empolgação com a posição no desfile é evidente. “Fechar o Carnaval é ganhar na loteria!”, vibrou Silveira, lembrando que já encerrou o primeiro dia de desfiles em duas ocasiões – uma, em 2022, com a Dragões da Real no Grupo Especial de São Paulo e outra, em 2023, com a São Clemente na Série Ouro do Rio. Para o Salgueiro, que nunca encerrou o carnaval na Sapucaí, a chance é vista como um trunfo.
“É maravilhoso ser a última escola a desfilar. Pode esperar um Salgueiro ainda mais compenetrado e maior”, finalizou.