Compositores: Filipe Zizou, André Quintanilha, Ailtinho, Robson Ramos e Léo Castro
“LIBERTOS”, UM “MERO SONHO” ASSINADO
PERMANECI APRISIONADO
REFÉM DA “FALSA LIBERDADE”
SOBREVIVER, DESSA LUTA JAMAIS DESISTI
ME LIVRAR DOS ABUSOS, NÃO SUCUMBIR
E UM DIA A “SORTE” MUDAR
RECONTAR, USAR MEU ESPAÇO DE FALA
ECOANDO O CANTAR DA SENZALA
SER PRETO NÃO É SE CALAR
VAI RESSOAR O TAMBOR, AOS VERDADEIROS HERÓIS
ROMPER DE VEZ OS GRILHÕES, UM BRADO EM UMA SÓ VOZ
O MEU QUILOMBO IMPÕE RESPEITO
QUEM FAZ HISTÓRIA NA AVENIDA É SALGUEIRO
MÃES DE FÉ, EM TEUS BRAÇOS ENCONTRO ACALANTO
SUA GIRA ABENÇOA MEU MANTO
TEMPLO SAGRADO DE LOUVOR AOS ORIXÁS
CULTURA PRA “ALIMENTAR”, ENTRAR NA RODA E “JOGAR”
DEIXA O “BLACK” DE PÉ, NÃO TENHO QUE DISFARÇAR
ESTAMPO A MODA, MINHA ARTE ESTÁ EM CENA
EU SEI QUE VALEU A PENA…
AINDA HÁ MUITO A CONQUISTAR
A MINHA ESSÊNCIA É LUTAR
MOSTRAR QUE TENHO VALOR
POR MEU DIREITO GRITAR… SALGUEIRO!
A COR DA PELE NÃO DECIDE A SENTENÇA
NA ACADEMIA SOU RAIZ, SOU RESITÊNCIA