A Unidos do Viradouro realizou, no último sábado, em sua quadra de ensaios, no bairro do Barreto, em Niterói, a primeira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Nesta segunda noite, se apresentaram 12 sambas da chave Alabê. O anúncio dos sambas classificados, das duas chaves da Viradouro, será feito na próxima terça-feira, às 18h, nas redes sociais da escola. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de André Siqueira: O primeiro samba a se apresentar na noite foi o da parceria de André Siqueira, Bené do Cavaco, Gilson Silva, Júlio Louzada, Luba Fee, Maria Preta, Sérgio Pavão e Vinny Vieira. A obra foi defendida, com muita segurança e maestria, pelo intérprete Ito Melodia. Na torcida, a parceria apostou na utilização de um grupo performático e torcedores com galhos nas mãos. O destaque do samba foi o refrão do meio: “Quem mandou foi Juca// Cheguei pra te avisar// Meu poder é do divino// Não mexe comigo não!///Só ajudo a quem merece// Meu cachimbo vale ouro// A falange de malungos arriou na Viradouro!”.

Parceria de Paulo Sérgio: A obra composta por Celso Tropical, Declar Sodreé, Joel Vieira, Marquinho da Hora, Nilo Sérgio e Paulo Sérgio foi a segunda a se apresentar. O samba contou com uma torcida em contingente bem reduzido na quadra. A obra careceu, ainda, de maior potência na condução do palco. O refrão principal, “Salve, João Batista!//Coroado por Xangô/// Consagrado nos terreiros no batuque do tambor// Kaô kabecilê!//Viradouro é alegria, sangue, raça e poder”, foi o destaque do samba.

Parceria de André Paes: O terceiro samba a se apresentar foi o da parceria de André Paes, Gustavo Huber, Tchaca Arruda, Bernardo, Henrique e Soares. A obra foi muito bem defendida no palco pelos cantores Dowglas Diniz e Serginho do Porto. A parceria contou com torcida com bolas, bandeiras nas cores da escolas e com o pavilhão da Viradouro. O destaque da obra ficou por conta do bis na cabeça do samba, “Vim tacar fogo no Brasil”, que era bem cantado pela torcida.

Parceria de Claudio Mattos: O samba de Claudio Mattos, Júlio Alves, Claudio Russo, Anderson Lemos, Manolo, Celino Dias, Vinicius Xavier, Bertolo, Marco Moreno e Thiago Meiners foi o quarto a se apresentar na noite. A obra foi conduzida com muita força e competência pela dupla de cantores Pitty de Menezes e Tinga, que deram uma ótima pegada ao samba. A torcida da parceria esteve presente em um grande contingente, com bandeiras nas cores da Viradouro. O bis anterior ao refrão, “Sobô nirê, sobô nirê mafá//Sobô nirê mafá da falange de reis // Sobô nirê, sobô nirê mafá//Sobô nirê mafá dos kabecilês”, e o trecho em que se repete “Okê caboclo! Quem plantou a aroeira?” e “Fui eu! Fui eu!”, funcionaram muito bem. Também foi destaque o refrão principal do samba, “Fogo de alastrar, samba que incendiou// Rastilho que atiça meu tambor// Sou Viradouro, de três mundos mensageiro// Quem me cruza em sete pontas// Tem a chave do cruzeiro”.

Parceria de Sidney Sã: Sidney Sã, Cléo Di Loiola, Damião Alves, Salviano, Guilherme Euzébio, Carlinhos Japona, Sílvio Sérgio e Dirce Lima são os autores da quinta obra a se apresentar na noite de eliminatórias da Viradouro. A obra foi bem conduzida por Leandro Santos e Daniel Silva. A parceria, no entanto, não contou com torcida presente. O destaque foi o bis anterior ao refrão principal, “SOBO NIRÊ… SOBO NIRÊ MAFÁ// SOBO NIRÊ… MALUNGUINHO SOBÔ”.

Parceria de Cabral: O sexto samba a se apresentar na noite de eliminatórias da Viradouro foi o do compositor Cabral. A obra foi defendida pelos cantores Pedro Araújo e Robson Mariano. Apesar de contar com torcida presente na quadra, a apresentação do samba teve papéis picados. Durante a passagem, no entanto, a obra careceu de momentos de maior “explosão”, não empolgando tanto o público presente na quadra da Vermelha e Branca.

Parceria de Mocotó: O samba da parceria de Mocotó, PC Portugal, J. Lambreta, Peralta, Alexandre Fernandes, André Quintanilha, Bira do Canto, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes e Carlão do Caranguejo foi o sétimo a se apresentar. A obra foi brilhantemente conduzida por Evandro Malandro e Emerson Dias. A torcida, em bom número, contou com bandeiras. O samba, que se mostrou muito valente, teve como destaques o trecho anterior ao refrão, “Malunguinho, Malunguinho// Coroado no tambor// Guardião, Exu trunqueiro// Esse aqui é meu terreiro// Viradouro de Xangô” e o próprio refrão principal, “Sobô nirê, sobô nirê mafá// Sobô nirê mafá sobô nirê// A chama no olhar, a Viradouro acendeu// E quando se alastrar, saiba que sou eu!”.

Parceria de Heraldo Farias: O samba de Heraldo Farias, Waldeir Melodia, Dadinho, Milton Junior, Adriano Faca, Oswaldo Mendes, Denil Lima, Marquinhos Coração, Paulo Beckham e W. Canoa foi o oitavo a se apresentar, defendido por Leonardo Bessa, muito seguro na apresentação. A torcida, além de bolas e bandeiras, teve um grupo performático caracterizado de indígenas. O bis anterior ao refrão, “Sobô nirê mafá! Sobô nirê mafá!// É Malunguinho! Pisando aqui pra triunfar”, foi o ponto alto da obra.

Parceria de Juaciara: A nona parceria foi a de Juaciara (Jô da Viradouro), Diana Nascimento, Liane Harmonia, Marli Jane, Patrícia Brito, Professora Tânia e Cátia Medeiros. Além de só contar com compositoras mulheres, a apresentação da obra só teve vozes femininas (Patrícia Britto, Thaís Villela, Maya Alves e Dora Rosa), o que deu ao samba uma musicalidade diferenciada e muito bela. A torcida, mesmo em pouco número, contou com bandeiras vermelhas. O refrão do meio, “Eu sou Malunguinho, Malunguinho// Sobô nirê mafá de longe ouvi chamar// Semente, folha e raiz// Sou Malunguinho, Malunguinho// Sobô nirê, mafá// Caboclo da mata do catucá”, foi o ponto alto da apresentação.

Parceria de Carlos Barbosa: A obra de Carlos Barbosa, Yara Mathias, Alexandre Bruully, Jack Nery, Tito Dassil, Jô Borges, Preto Queiróz, Cacau Souza, Bira Amizade e Rita Barbosa foi a décima a subir ao palco. O samba foi defendido por Alexandre Simpatia e Jô Borges, que fez uma bela introdução. A torcida, mesmo em baixo contingente, contou com balões. O refrão principal, “Ô iê iê jurema, ô iê iá// Ô junçá, Vajucá// Malunguinho é o rei do catucá”, foi destaque, sobretudo pela bela melodia.

Parceria de Chumbinho: O samba de Vilton Roberto, Chumbinho, Onércio do Cavaco, Joel Fernandes, Mestre Marinho, Saúba e Edmundo Soldado, Antônio, Marcelo, Beth e Cláudia foi o penúltimo a se apresentar. A parceria não contou com torcida na quadra. O refrão principal, “A Viradouro chegou ô ô// Me leva amor que eu quero ir// Viajar nessa linda história// É Malunguinho na Sapucaí”, foi o ponto alto.

Parceria de Paulo César Feital: A segunda noite de eliminatórias da Viradouro foi encerrada em alto nível pela parceria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas. A obra foi defendida pelo intérprete Nêgo, com um forte time de canto na sustentação. Com uma bela melodia, a obra contagiou o público presente. A torcida, em bom número, portava bandeiras nas cores da escola. Os pontos altos, além da melodia, foram o refrão principal, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro //Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só”, e o bis anterior, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil”. A obra não teve queda de rendimento em nenhum momento durante as três passadas.