A Sociedade Rosas de Ouro é a grande campeã do Grupo Especial de São Paulo no Carnaval 2025. A agremiação apostou todas as fichas no enredo “Rosas de Ouro em Uma Grande Jogada”, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Ricardo. E, se a Roseira deu all-in, ela levou quem não botava fé na agremiação à falência. Equilibrada, com segurança nos quesitos e extremamente vibrante, a instituição da Brasilândia desfilou e encantou por 62 minutos.
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Voltam no sábado das campeãs, além do Rosas, claro, o Tatuapé (vice), Gaviões da Fiel (terceiro), Mocidade Alegre (quarto) e Camisa Verde e Branco (quinto). Caem para o Grupo de Acesso 1 a Tucuruvi e a Mancha Verde.
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“Eu sou campeã do carnaval. Quero agradecer minha comunidade”, disse a presidente Angelina Basílio.
“Eu não estava nem preparado para isso. Agradeço toda nossa comunidade, bateria e setos. Saímos de 11ª para primeiro. A gente não tem tempo para retrucar nada, somos trabalho”, comentou mestre Rafa.
Casal do Rosas
Fantasiados nas cores da escola, Uilian Cesário e Isabel Casagrande cumpriram todas as obrigatoriedades solicitadas pelo regulamento e, como de costume, dançaram bastante para defender o pavilhão azul e rosa – além de executar giros sincronizados e muitíssimo competentes.
Enredo
A ideia de falar da história dos jogos pode soar bastante ampla, e foi exatamente essa a proposta da agremiação no enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”. Deixando felizes os que gostam de desfiles com sequências cronológicas, a escola começou a apresentação com uma introdução ligada ao mundo dos cassinos (com destaque para o abre-alas “O Grande Cassino Brasilândia”), vai para algumas diversões que marcaram a Antiguidade (como o Dominó, o Go chinês, o Ur sumério e o Mancala africano), passa por jogos milenares que até hoje são conhecidos (como o Xadrez e o Gamão) e desemboca em jogos de tabuleiro bastante populares no Brasil (como o War e o Banco Imobiliário). Vale destacar, também, um momento de transição que atravessa cerca de meio milênio em um carro alegórico – já que a terceira alegoria, “O Renascimento dos Jogos”, faz referência ao período histórico em questão e, após o casal de mestre-sala e porta-bandeira, os board games contemporâneos já aparecem.
Alegorias
Com inspiração Neo Vitoriana, o abre-alas, “O Grande Cassino Brasilândia”, retratou muito da própria escola, como se ela se reencontrasse em tal enredo – o que fica explícito na presença da Velha Guarda e da Ala de Compositores da agremiação. O segundo, “Pra Conquistar a Glória – Os Jogos Olímpicos Inspirados nos Deuses” traz outra concepção de jogo: os eventos esportivos. Voltando à visão de diversão da jogatina, o terceiro carro, “O Renascimento dos Jogos”, retratou o período em que tais diversões deixaram de ser exclusividade da nobreza para conquistar aclamação popular. Por fim, o quarto, “O Mundo na Palma da Mão, das alegorias que mais chamaram atenção desde quando chegou à Concentração do Anhembi, exibia jogos digitais – com algumas esculturas da franquia Super Mario que impressionavam pela beleza e pelo bom acabamento.