Uma das maiores artistas da história do carnaval brasileiro, a carnavalesca Rosa Magalhães foi homenageada in memoriam com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) de 2025, no grau máximo da honraria, a Grã-Cruz. A condecoração, concedida pelo Ministério da Cultura, reconhece personalidades e instituições que contribuem de forma marcante para a construção da diversidade e da riqueza cultural do Brasil. Responsável por desfiles memoráveis e vencedora de sete títulos do Grupo Especial do Rio de Janeiro, Rosa entra para um seleto grupo que representa o mais alto reconhecimento público no campo da cultura nacional. Seu legado no Carnaval carioca, especialmente à frente de escolas como Imperatriz Leopoldinense e Salgueiro, é reconhecido não apenas como espetáculo popular, mas como obra de arte e patrimônio cultural do país.
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A edição deste ano da OMC teve um caráter especial: mais de 11 mil sugestões populares foram recebidas em uma consulta pública nacional. A escuta da sociedade ajudou a selecionar 112 pessoas físicas e 14 instituições de diversas regiões, expressões artísticas e gerações. Além de Rosa, outros nomes homenageados com a Grã-Cruz foram Beth Carvalho (também in memoriam), Milton Nascimento, Martinho da Vila, Alceu Valença, Alaíde Costa, Fernanda Torres e Paulo Gustavo (in memoriam), entre outros.
A lista completa foi publicada no Diário Oficial da União. A pluralidade dos premiados abrange áreas como música, literatura, teatro, cinema, circo, cultura digital, arquitetura, patrimônio histórico e, claro, cultura popular brasileira — na qual o Carnaval ocupa papel de destaque.
A presença de Rosa Magalhães entre os agraciados representa um reconhecimento à força criativa do samba, aos artistas do carnaval e ao poder simbólico dos desfiles como manifestação artística e identitária do povo brasileiro. É também um gesto de valorização da memória de uma artista que transformou a avenida em tela, o samba em narrativa e o carnaval em arte.
A trajetória de Rosa segue viva na memória afetiva do povo e nos aplausos que ecoam a cada vez que sua obra é lembrada. A honraria reafirma: o Brasil celebra e reconhece sua genialidade.