Fotos: Thomaz Silva
A Riotur já tem um plano de ação para a privatização do Sambódromo, ideia acertada entre o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella. Em entrevista concedida à rádio CBN, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, estipulou em cerca de R$ 80 milhões os investimentos necessários para melhorias na passarela do samba e afirma que a entidade possui um cronograma com as prioridades emergenciais.
“O que facilita o processo é possuirmos um raio-x daquilo que é necessário na questão estrutural, elétrica, hidráulica. A iluminação do Sambódromo é arcaica. É um desejo antigo nosso. Temos um cronograma com especificidades prioritárias. As melhorias levariam até 5 anos para serem concluídas, mas a questão por exemplo dos Bombeiros colocamos como prioritária. Temos uma estimativa de R$ 80 milhões. Não deve passar disso”, explicou o presidente.
De acordo com o dirigente a privatização do Sambódromo é uma intenção da gestão de Marcelo Crivella desde o início de seu governo, em 2017. Alves afirma que o Sambódromo pode se tornar uma poderosa ferramenta de arrecadação para o município.
“O mais importante é que essa ação já vem sendo pensada desde o início da gestão do Crivella. A cidade atravessa uma crise muito grande. O Sambódromo é um lugar muito importante para gerar receita. Com essa iniciativa do prefeito e do governador já passamos a trabalhar um formato rápido e ágil para privatizar o Sambódromo”, adiantou.
Empresa interessada em gerir o carnaval ofereceu documento de interesse à Liesa
Outro ponto abordado na entrevista com o presidente da Riotur foi a provável empresa que pode pagar até R$ 100 milhões para explorar o desfile das escolas de samba comercialmente. Marcelo Alves confirma essa possibilidade e afirma que a instituição interessada já demonstrou interesse de maneira oficial à Liesa.
“Soube que há uma empresa com uma proposta significativa para assumir os direitos comerciais do desfile das escolas de samba, incrementando receitas. Não tenho detalhes mas sei que foi apresentado um documento de interesse na Liesa. Se mostraram interessados em incrementar o evento, antecipando recursos. A Liesa vive um momento de definições, mas torço muito para que essa captação aconteça. O poder público trouxe marcas para ajudar os desfiles. As empresas possuem interesse em participar e espero que a Liga veja com bons olhos essa possibilidade”, salientou.
Marcelo Alves avaliou como preocupante as constantes disputas políticas internas nas ligas que organizam os desfiles no Sambódromo, Liesa e Lierj. Sem entrar no mérito da virada de mesa, pediu rápida definição da questão para que não prejudique o cronograma do Carnaval 2020.
“Vimos a Liesa como soberana nas suas decisões. Eu tenho conversado com o presidente Jorge Castanheira para que isso se defina o quanto antes, pois acaba interferindo no cronograma de promoção do carnaval. Sou focado no regulamento, que foi feito pela Liesa, a Riotur não participa. As escolas sempre foram muito unidas e essa desagregação me deixa preocupado. A própria Lierj vive um momento difícil. Esperamos que tudo se resolva o quanto antes”, finalizou.