Os minidesfiles do Grupo Especial, realizados no último fim de semana na Cidade do Samba, foram marcados por um sentimento coletivo de reverência e emoção. Entre ritmistas, foliões e apaixonados pelo carnaval, um tema dominou as rodas de conversa: a escolha da Viradouro em transformar mestre Ciça em enredo para 2026. O CARNAVALESCO ouviu integrantes de outras escolas, e todos foram unânimes ao destacar a importância histórica, e afetiva, de homenagear em vida um dos maiores nomes da bateria.
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O vendedor Vitor Cortopassi, de 24 anos, observava com atenção o impacto da homenagem idealizada pela Viradouro. Para ele, o gesto pode influenciar de forma duradoura o carnaval.
“O samba está muito emocionante, tocante. Só quem é ritmista sabe a importância de ver o Ciça sendo homenageado”, comentou Vitor, que desfila há dois anos como ritmista da Mocidade.

Outro que se emocionou ao falar do tema foi o autônomo Matheus Ferreira, de 30 anos, que cresceu tendo mestre Ciça como referência.
“O Ciça é um ícone do carnaval carioca, assim como tantos outros: Márcia Lage, Rosa, Neguinho. Ele é um ícone surreal do segmento dele. O meu segmento é a bateria, então tenho o Ciça como espelho. E ver essa homenagem para o Ciça em vida, não tem nada mais lindo que isso. Ele ser mestre do enredo dele, não tem nada maior que isso”, afirmou, fazendo um apelo para que mais escolas sigam esse caminho. “Espero que se torne recorrente. A Beija-Flor mesmo ganhou no último carnaval homenageando o Laíla, que é um ícone do carnaval no geral”.

O cabeleireiro Pedro Flores, de 28 anos, também celebrou a valorização dos grandes nomes do carnaval, lembrando que reconhecer quem constrói a festa é um ato de responsabilidade com a própria história.
“Acho fundamental homenagear e defender os nossos. Impossível não citar o campeonato da Beija-Flor, que foi um cara que fez muito pelo carnaval e pela própria escola. Reverenciar os nossos é diferente”, declarou.

Entre os ritmistas mais jovens, a sensação foi a mesma. Jonathan Diniz, integrante da “Não Existe Mais Quente”, de 21 anos, destacou a importância de seguir valorizando mestres que moldam gerações.
“Acredito que outras escolas, a partir do pontapé inicial da Viradouro, irão homenagear seus mestres em um futuro bem próximo. Eles são espelhos para nós, que somos ritmistas, e para mestres também, como o Mestre André, por exemplo. A geração vai passando, vão chegando mestres novos, o carnaval vai se atualizando e o Ciça continua com a ciência dele, garantindo o quesito”, finalizou.










