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Renascer de Jacarepaguá pisa na Avendia com comissão impactante e estética fiel ao enredo

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A Renascer foi a sexta agremiação a desfilar no primeiro dia de desfiles da Série A e, apesar da qualidade estética nas alegorias, a vermelha e branca oscilou no canto. A comissão de frente foi realista e teatralizada. O samba-enredo fez o desfile crescer.

Comissão de frente

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Com a proposta de representar as mazelas sociais vividas pelo povo brasileiro, a comissão realizou sua apresentação de forma dramática e cênica. A representação começa com cada componente expondo manchetes trágicas de jornais. A criatividade traz para o real a dramática de um personagem central jogado ao chão com sangue na boca e mãos trêmulas. Os movimentos eram bem sincronizados. O público reagiu bem à proposta do coreógrafo, que apresentou os integrantes com roupas de trapos em tons terrosos.

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Casal de Mestre-Sala e Porta-bandeira

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O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Renascer de Jacarepaguá, Vinicius e Jack Pessanha, vestiu a fantasia São Bento e a Medalha de Proteção. Em uma passada do samba, os dois mostraram sintonia e leveza na coreografia. Jack comandou seu pavilhão de forma segura. A fantasia era bem detalhada, com elementos luxuosos, mas aparentava ser leve e adequada para o bom movimento do casal.

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Harmonia

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O canto da escola sofreu uma grande oscilação. No início do desfile a escola explodia com o refrão, de canto forte. A escola iniciou o desfile com a força do carro de som, comandado por Leonardo Bessa. Ao decorrer do desfile, as alas foram tornando-se mais mornas e com cantos mais pontuais. Em alguns momentos, nas alas 7 e 10, alguns componentes cantavam e pararam. Ao final do desfile, o canto voltou com a ala 17, com força e emoção.

Evolução

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A escola evoluiu de forma equilibrada nas primeiras alas, no entanto, com problemas na locomoção do segundo carro, que por possíveis problemas com o motor teve que ser empurrado por diversos apoios da escola. Algumas das alas estavam desordenadas e sem formar fileiras adequadas. Componentes foram vistos saindo de seus lugares, cruzando a ala para interagir com o público. Somente nas últimas alas a animação foi evidente, com um pouco mais de empolgação. No primeiro módulo a escola abriu um buraco, em frente a primeira cabine de jurados.

Samba-Enredo

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O samba com letra forte, teve os versos bem cantados por conta da facilidade da letra. A melodia é bem encaixada com a letra, o trecho “Sou Renascer de Jacarépaguá, em nome do pai e da virgem Maria” fez o samba crescer na medida certa. O samba proporcionou um bom andamento para a escola, além de atender a simplicidade temática e a amplitude cultural que o enredo propõe.

Enredo

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Com o enredo “Eu que te benzo, Deus que te cura”  a escola expôs de forma simples uma das marcas mais cernes do povo brasileiro, o seu apego a crenças, religiões e rezas. Porém, a Renascer apresentou dificuldades no entendimento do enredo, uma vez que os setores não conversavam entre eles. A dificuldade de leitura das fantasias também comprometeu o desenvolvimento do enredo.

Alegorias

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O conjunto alegórico da Renascer não apresentou uniformidade estética. Por exemplo o primeiro carro, “Sortilégio”, e o terceiro, “O altar”, apresentaram boa concepção e bom acabamento. Já o segundo carro, “Sincretismo: Minha Herança”, e o tripé, “Relicários – os amuletos e plantas”, apresentavam um nível inferior em acabamento e iluminação. Ainda sobre o tripé, o mesmo passou apagado.

Fantasias

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Fantasias não se equilibraram em qualidade, algumas alas apresentaram falta acabamento e fantasias descolando, e outras com minuciosidade de detalhes, cores fortes e brilhos na medida correta em uma estética de qualidade. As baianas com uma fantasia tradicional mesclando entre a palha e o dourado que reluzia sofreram também oscilação em qualidade. A ala 2, “Os romeiros de juazeiro”, tinham uma fantasia simples e apresentou riqueza de detalhes e cores ao longo das roupas, alas como a ‘garrafadas e chás que curam’ deixou a desejar no acabamento, com panos descolando e tecidos mal encaixados na roupa. A ala 17, “Corta cobreiro bravo”, e a ala 19, “Benzendo a casa do samba”, a primeira com um vermelho vibrante e detalhes picotados em ótimo acabamento, assim como a aranha de chapéu, a segunda mesmo que sem regularidade nas roupas, representava as benzedeiras, todas de branco e com ervas na mão, puderam sintetizar a proposta religiosa do enredo se destacando.

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