Durante a feijoada de São Jorge, o vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense, João Felipe Drumond, ao lado da presidente Catia Drumond, anunciou oficialmente a criação da escola-mirim vinculada a verde, branco e dourado de Ramos, um sonho antigo dos sambistas da agremiação, que começa a ser realizado. Batizada de “Crias da Imperatriz”, a escola das crianças da região, que já desfilará no Carnaval 2026, na Marquês de Sapucaí, terá como presidentes de honra Catia e João, enquanto Rafaela Theodoro, porta-bandeira da escola-mãe há 15 anos, e Mestre Lolo, serão presidente e vice, respectivamente. A criação do desfile será de responsabilidade do carnavalesco Leandro Vieira. Maria Mariá, rainha de bateria da Imperatriz por três carnavais e agora musa da escola, também fará parte do time.
Rafaela Theodoro escreve uma nova página na história da Imperatriz Leopoldinense. Porta-bandeira da escola e envolvida com projetos sociais desde a infância, ela acaba de assumir a presidência da escola mirim Crias da Imperatriz, tornando-se um símbolo de renovação, representatividade e paixão pelo carnaval.
“Foi um sonho realizado”, conta Rafaela, emocionada ao relembrar o convite feito pela presidente da Imperatriz, Cátia Drumond. “Sempre estive envolvida com o samba e com ações sociais. Minha mãe é assistente social, eu participo do projeto Crianças Felizes e dou oficinas de mestre-sala e porta-bandeira. Quando chegou esse convite, passou um filme na minha cabeça. Pensei: ‘é isso!’. E mergulhei de cabeça. O samba me curou. Ele cura muitas pessoas”.
E em seu primeiro carnaval, a “Crias da Imperatriz” já promete marcar os corações dos componentes e sambistas. O desfile, segundo Leandro Vieira, será uma grande homenagem a Rosa Magalhães, eterna carnavalesca da escola e maior vencedora da Era Sambódromo. A escola-mirim irá recriar o histórico desfile de 2005: “Uma Delirante Confusão Fabulística”. O anúncio empolgou todos os presentes na quadra.
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Essa relação de afeto e respeito pelo carnaval é refletida também na sua visão sobre o legado das antigas gerações. “Cheguei aqui e vi um casal que sempre admirei: Chiquinho e Maria Helena. Respeito muito quem fez história. Acho que isso é essencial para a gente seguir com humildade e consciência do que representa”.
Ao falar sobre a nova fase da escola mirim, Rafaela destaca a importância da valorização da comunidade. “Essa gestão tem sido muito bacana por isso: valoriza a criança, a cultura, a educação. A Cátia e o João estão à frente de um projeto que é, de fato, um casamento perfeito entre gestão e amor”.
Para ela, o segredo de um carnaval bem-sucedido – seja em uma escola principal ou mirim – está no tripé dedicação, trabalho e humildade. “Tem que estar na quadra, perto das pessoas, ouvir o que a escola precisa. Carnaval é planejamento, é pé no chão. Sem humildade e trabalho, a gente não chega a lugar nenhum”.
Rafaela também celebrou a crescente valorização das escolas mirins, especialmente com o olhar mais atento da Liesa. “Eu estive lá assistindo ao desfile mirim esse ano e é lindo de ver. As crianças têm brilho nos olhos, amor pelo que fazem. Quando a Liga valoriza isso, ela está garantindo o futuro do carnaval. É dali que vão sair as próximas porta-bandeiras, mestres de bateria, intérpretes. As crianças trazem de volta o amor de torcedor”.
Com 15 anos de Imperatriz, Rafaela fala da realização dentro da escola. “Venho realizando sonhos aqui, e a escola mirim é mais um. Me entrego de corpo e alma, porque sou movida a desafios. Tenho certeza que vai ser incrível para a comunidade”.
