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Quatro sambas se destacam na primeira noite de eliminatória da Mangueira

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a primeira etapa da disputa de samba-enredo da Mangueira para o Carnaval 2025. As parcerias de Dulce Santos e Binho Percussão. A próxima fase é no sábado que vem, dia 14 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Patrícia Mendanha: A terceira parceria a se apresentar foi a de Patrícia Mendanha, Márcio Oliveira, Marcelo Marrom, Marquinho Valério, Nurynho Almawi e Vinícius da Toka. O samba é bem melódico, com destaque para a primeira parte do mesmo, em especial versos “Vamos resgatar/A memória que aqui chegou/Nas águas da kalunga grande/Mãe África nos presenteou”. Os refrões são interessantes e cumprem bem o papel de levantar os componentes. Tem potencial para crescer ao longo da disputa.

Parceria de Taroba: A quarta obra a subir ao palco foi composta por Taroba, André do Cavaco, Celso Tropical e Emanuel Apoteose. Cantado por Taroba. Tem um refrão do meio interessante, “O rio e o mar num abraço profundo/Memórias submersas ficaram guardadas/Força vital nos guia num canto fecundo/No espelho d’água o invisível mundo”, porém o samba apresenta alguns trechos, em especial na segunda parte, com um ritmo mais devagar e com uma disposição de rimas não favorecem ao melhor rendimento.

Parceria de Lacyr D’Mangueira: O samba de Lacyr D’Mangueira, Rubens Gordinho, Juninho Luang, André Ricardo Gonçalves, Celsinho M Godoi e Bruno Oliveira Lima foi o quinto da noite. Cantado por Bruno Ribas, foi bem defendido por ele e pelos cantores auxiliares. Uma apresentação animada com versos que chamam a atenção, em especial na primeira parte do samba, focada na travessia e chegada dos bantos, e em ambos os refrões, que também tem uma linha melódica muito interessante, com destaque para o final “Eu sou cria, sou banto, filho deste chão/Alvorada que desperta uma nação/A flor da terra, alma brasileira/ Eu sou o samba da Estação Primeira”. Os versos que sobem para o refrão final também são muito bons. Foi um dos destaques da noite.

Parceria de Kátia Rodrigues: Kátia Rodrigues, Alex de a Souza, Ruy de Barros, Rafa do Quintal, Diogo Corso e Alexandre Naval compuseram o sexto samba da noite, cantado por Pixulé. O samba é bem ritmado, tendo uma boa apresentação na noite. Chamou a atenção os versos “Kavungo ê! Cafungê, Aluvaiá!/Kaiango sopra o vento para o novo alumiar/Kavungo ê! Cafungê, Aluvaiá!/Renasce à flor da terra a Pequena África”, além dos trechos na segunda parte, após o refrão, nos versos em que começa a subir com “Vou embora pra Gamboa…”. Tem muito potencial para crescer ao longo da disputa da escola.

Parceria de Lequinho: O sétimo samba a estar no palco foi o de autoria de Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. Tinga e Pitty de Menezes foram os cantores da obra, que teve uma apresentação com rendimento muito bom, bem consistente e empolgante na quadra, sendo uma das melhores da noite, com destaque. O samba é bem melódico dando vontade de cantar e sintetiza bem muitos pontos apresentados na sinopse. Com muitos trechos interessantes e bem trabalhados, destaque para os refrões: “Bate folha para benzer pembelê, kaiangô/Guia meu camutuê, mãe preta me ensinou/Bate folha pra benzer, pembelê, kaiango/Sob a cruz do seu altar inquice incorporou” e “Sou a voz do gueto, dona das multidões/Matriarca das paixões, Mangueira/O povo banto que floresce nas vielas/Orgulho de ser favela”.

Parceria de Chacal do Sax: O oitavo samba da noite, de autoria de Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro, Pastor Gaspar, foi cantado por Emerson Dias, que conduziu o samba de forma bem animada e ajudou no rendimento da obra, que explica bem o enredo. Ela apresenta um bom crescimento para o refrão final, “Eu sou ‘mais um silva’, do buraco quente/Da massa funkeira, sou linha de frente/Cria de mangueira, produto do nosso quintal”, que faz parte de uma segunda parte interessante como um todo, tanto letra quanto melodia, já falando sobre o legado banto no Rio.

Parceria de Pedro Terra: Nono samba da noite foi de Pedro Terra, Gustavo Louzada, Compadre Xico e Valtinho Botafogo, sendo Gilsinho o cantor. A obra é bem poética, com destaque a primeira parte do samba como um todo, para a parte anterior ao refrão final, citando as históricas porta-bandeiras Neide e Mocinha numa estrofe referenciando a própria escola: “A Mangueira de banto é/É macumba de santo, é/Inquice que gira, canjira que diz no pé/É o doce bailado de Neide e Mocinha/Onde a menina se torna rainha/Orgulho do gueto, do povo preto a dinastia”. E o refrão final que inicia de forma bem poética: “Meu futuro é ancestral, Mangueira…”. A apresentação mostrou que este samba tem potencial também para crescer na disputa.

Parceria de Deivid Domenico: A décima obra da noite foi composta por Deivid Domenico, Felipe Filósofo, Oscar Bessa, Dr. Jairo, Danilo Firmino, Gegê Fernandes e defendida por Wantuir. Foi uma apresentação bem animada do samba, que é bem melódico e bem poético, com o início da primeira parte bem chamativo com uma ordem: “Preto, toda vez que olhar no espelho/Lembre dos seus ancestrais”, ato que vai correr ao longo do samba de diversas formas e destaca entre as parcerias. Chama a atenção também a segunda parte da obra, em especial os versos: “Sonhei que Zaze fez raiar a noite/Ao ressoar os atabaques com perfume de dendê/Acordei nos braços dessa batucada/Pra ver sorrir a molecada da Estação Primeira do Amanhã”. Também foi um dos destaques da noite na escola.

Parceria de Ronie Oliveira: Último samba da noite, a parceria de Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça Ajax, foi cantada por Matheus Gaúcho, que conduziu muito bem o samba numa boa apresentação. A obra é bem construída, tendo destaque a subida antes do refrão final: “Dê um ‘dengo’ mãe… Teu ‘moleque’ é valentia/Quem é cria lá do morro, faz nascer a poesia/Dê um ‘dengo’ mãe… Teu ‘moleque’ foi vencer/Quem é cria lá do morro, faz um novo alvorecer”. Ambos os refrões também são muito bem construídos, além da primeira parte também ser bem chamativa musicalmente. A parceria encerrou bem a noite na Verde e Rosa.

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