Por Matheus Mattos
A sétima escola a gravar sua faixa para o CD do carnaval foi a Tom Maior. A escola, até o momento, foi a única a realizar uma passagem inteira sem bateria, apenas com o acompanhamento do pedal (pandeiro, tan tan e surdo), com presença de desenhos de tamborins em trechos pontuais.
A gravação foi objetiva e com poucos pontos de correção. O coral se manteve firme e alegre, principalmente, na primeira passagem.
A bateria realizou arranjos pontuais, valorizando a melodia do samba. Em entrevista ao CARNAVALESCO, mestre Carlão contou o sentimento do momento e afirmou que as bossas da avenida não estão no CD.
“É um evento muito importante pra gente passar o nosso samba pra população, para pessoas que gostam do carnaval. A Liga conseguiu dar uma qualidade muito boa, e foi bom, foi tranquilo. Nós gravamos em um andamento de 144 BPM (batidas por minuto), mas vamos pro desfile com 146. Os arranjos nós estipulamos apenas pra gravação, os que vão pra avenida nós estamos ensaiando com a bateria”.
A qualidade do samba, somado à representatividade do enredo, proporcionou um clima de emoção para quem estava presente na tenda. O intérprete oficial da agremiação, Bruno Ribas, comentou sobre e demonstrou intimidade com o tema.
“É coisa de preto né (risos). A gente tá pra cantar felicidade. A maior vitória do povo preto no Brasil e poder ser bem visto, todo mundo no Brasil é preto. Não é algo ligado a uma raça, é a humanidade, e esse samba é tudo”.
Quem acompanhou os bastidores, tanto presencial como online, notou a presença de uma voz feminina no alusivo. Bruno Ribas explica e comemora a contratação da nova cantora.
“Até que enfim chegou uma vez feminina na Tom Maior. To muito feliz com a Mayara, é uma baita cantora, estou muito alegre”.