A Imperatriz Leopoldense abriu a temporada de ensaios de rua no último domingo com a comunidade ecoando o samba-enredo pelas ruas de Ramos. O coral dos integrantes da verde, branco e dourado iniciou no esquenta com os sambas de 2023 e de 2024, respectivamente, e prosseguiu desde o final com a dispersão da bateria. O ponto alto desse começo foi o “caranguejo” puxado pelo intérprete Pitty de Menezes, que já estava sendo planejado nos ensaios de quadra. Ele revelou para a equipe de reportagem do CARNAVALESCO como surgiu a ideia.

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Fotos: Gabriel de Souza/CARNAVALESCO

“O Leandro Viera costuma dizer que é a ‘ex-certinha de Ramos´, além da nossa comunidade ser de maioria jovem. Desde Lampião, nós estamos fazendo algo diferente, por exemplo, na Cigana Esmeralda pedimos para todos se abaixarem. É querer criar algo novo para a comunidade se identificar. Nós estávamos no estúdio da gravação, quando passamos o início para o cavaquinho e, na parte ‘vai começar’ pensei em colocar todo mundo abraçado igual à corda do caranguejo”.

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Além disso, Pitty citou que a comunidade abraçou imediatamente o samba-enredo de 2025. “Nós observamos que o resultado foi positivo. Pode-se ver uma comunidade que abraçou o samba e que irá fazer acontecer junto ao carro de som e a bateria. Acho que estamos afinados, porque samba é trabalho. Estamos trabalham fortes para voltar ao pódio do carnaval”.

Atenção aos detalhes

André Bonatte e Pedro Leite, diretores de carnaval, coordenaram o primeiro ensaio. Os dois estavam atentos a fim de observarem quaisquer erros de harmonia e evolução. Tais detalhes são parte fundamentais para o andamento do desfile planejado pelo artista Leandro Viera, com o enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”. Desse modo, Pedro comentou sobre o planejamento da temporada de ensaios para o carnaval de 2025.

Imperatriz 2025: arrancada e ala a ala no ensaio de rua

“A nossa ideia é fazer 15 ensaios de rua e dois ensaios técnicos, mas também manteremos os ensaios em dezembro, até o dia 22. Nós teremos poucos dias de recesso, para as festas de fim de anos, porque entendemos que para ganhar o carnaval é necessário ensaiar muito. A Imperatriz terá muito compromisso para o dia do desfile conquistas as notas dez dos julgadores”.

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Pedro Leite, um dos diretores de carnaval da Imperatriz

André Bonatte reforçou sobre a importância dos ensaios de rua para unir a comunidade leopoldinense. “Hoje é um encontro da comunidade na totalidade, a que desfila e a que abraça. Ou seja, as pessoas do bairro que não desfilam, mas abraçam a escola. E é com esse processo de consolidação da área que resulta em um sentimento de pertencimento. Ao caminhar pela rua, nós vemos os prédios e as casas decoradas para receber a Imperatriz. É um elo muito forte que vamos consolidando”.

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André Bonatte, um dos diretores de carnaval da Imperatriz

Ele também detalhou sobre o trabalho que os diretores de carnaval possuem nos ensaios de rua, em quais pontos a dupla deverá focar a partir do primeiro treino na rua. “A nossa parte é a questão do andamento, porque colocamos o andamento da Avenida. Além de perceber o comportamento sonora da escola, pois é fora da quadra que percebemos o canto”.

Quanto mais cedo, melhor

João Drumond, diretor-executivo, esteve presente e ressaltou o comprometimento da escola com o calendário de ensaios. “Queremos ensaiar mais do que ensaiamos no ano passado. É por isso que a Imperatriz está indo para rua dia 17 de novembro. O carnaval acontece mais tarde do que ano passado, mas estamos começando a ensaiar na rua antes do que o carnaval passado”.

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João Drumond, diretor-executivo

Bailado africano com humildade e pé no chão

Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, mostraram-se alinhados com a animação da comunidade. Para o quesito no qual os dois defendem, os ensaios de rua são importantes para o treino do bailado a ser apresentado na Sapucaí em 2025. Sendo assim, Phelipe fez um balanço sobre as expectativas para o início dessa temporada.

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Mestre-sala Phelipe Lemos

“Nós temos bons rendimentos nos últimos dois anos com os ensaios que fazemos na rua. A meta é manter o nível. Nós estamos trabalhando com as questões do samba-enredo, porque o tema africano não tem sido muito utilizado pela Imperatriz, é uma novidade tanto para a bateria quanto a comunidade. Por isso, iremos trabalhar na individualidade e nas características de cada segmento. Dependemos do trabalho do Pitty e do mestre Lolo para agregar ao nosso desfile”.

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Porta-bandeira Rafaela Theodoro

Rafaela, além de concordar com a fala do parceiro, adicionou uma observação. “As escolas se preparem a cada ano para se superarem. A Imperatriz, com certeza, têm os seus ajustes para fazer e continuar o trabalho com excelência, mas com muita humildade e pé no chão, porque, sem isso, não conseguimos chegar no campeonato. E é isso que a escola irá dar continuidade em busca de mais uma estrela”.

Presidente contente

No final do ensaio, após a dispersão da bateria do mestre Lolo, a presidente Cátia Drummond avaliou a primeiro noite para a nossa equipe. “A expectativa superou o que a gente tinha. Estava todo mundo na rua, ou seja, a comunidade desceu, cantou e ensaiou. Essa é a resposta de uma comunidade feliz. O samba esteve forte o tempo todo, impressionante, não teve uma parte de caída”.

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Comissão de frente no ensaio de rua

Ela, que estava sentada com uma garrafa d´água e observando o ambiente já descontraído na quadra, comentou sobre o “caranguejo” puxado pelo cantor Pitty de Menezes. “Essa introdução pegou. Acho que teremos caranguejo até na Sapucaí. O jeito que eles irão levar, eu não sei, mas o caranguejo deve ser empurrado por Oxalá e seja o que Deus quiser!”

A Imperatriz Leopoldinense desfilará a Marquês de Sapucaí no domingo de carnaval. Apesar do tema do enredo ser uma propsota que não era feita há mais de 50 anos pela escola de Ramos, o primeiro ensaio de rua mostrou uma comunidade forte com o canto e alinhada com os desejos dos dirigentes em conquistar mais uma estrela.

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Maria Mariá, rainha de bateria
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Mestre Lolo no comando da bateria