O CARNAVALESCO compareceu à terceira noite de minidesfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro e perguntou aos componentes da Grande Rio o que eles pensam da entrega da influencer Virginia Fonseca, passados pouco mais de um mês desde a coroação da nova rainha de bateria da tricolor de Caxias.
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“Ela é nova, então, com o tempo, vai aprendendo. Ela tem que se dedicar muito e ela tem potencial, ela se esforça. Ela vai arrasar em 2026”, disse a estudante Alícia Silva, de 15 anos, que desfila pela primeira vez pela agremiação.

Quem também está confiante é o estudante de odontologia e funcionário da prefeitura de Caxias, Jonathan Rodrigues, mais conhecido como o Gloss, de 24 anos.
“O samba dela melhorou bastante. Ela é uma pessoa muito esforçada e, desde antes de assumir o posto de rainha, ela já estava fazendo aulas de samba. Até o carnaval ela vai estar bem melhor. Ela vai arrasar na avenida. Na verdade, ela já está arrasando, porque a Virgínia entrega de verdade”, opinou Gloss, que desfila pela Grande Rio desde os 6 anos de idade.

Para Jepherson Vieira, de 31 anos, que atua como técnico de enfermagem e desfila na agremiação desde 2018, o samba de Virgínia nunca foi ruim.
“O que pegaram foram takes nada agradáveis dela. A performance dela, no entanto, vem evoluindo cada vez mais por conta da dedicação e empenho que ela mostra. Ela teve aulas com a musa da comunidade, Luciene, e agora está procurando outros professores para aprender outras técnicas. Eu vim de comunidade, eu aprendi dentro da quadra. Se ela não veio, ela tem que fazer por onde para conquistar o espaço dela. E ela tem feito”, avaliou Jepherson.

O estudante de enfermagem Caio Doria, de 22 anos, e há quatro carnavais pela verde, vermelho e branco da Baixada, pensa diferente dos demais.
“O samba dela nunca vai ser o suficiente, porque a Grande Rio é uma escola de potência em que rainhas entram e saem e só a comunidade permanece. O esforço dela nunca vai superar o esforço das passistas que estão desde que nasceram na comunidade. Ela precisa olhar mais para a comunidade e aprender mais com as passistas, com as raízes da nossa escola”, criticou o futuro enfermeiro.

Larissa Monteiro, estudante de Tecnologia da Informação, de 18 anos, em seu quinto ano na Grande Rio, é mais otimista.
“Desde o primeiro ensaio para cá, o samba dela evoluiu muito e vai evoluir mais ainda. Ficou claro, na primeira vez que ela sambou, que precisava de mais prática, de mais cursos, que agora ela está fazendo”, colocou Larissa.

Entre críticas e elogios, o que todos concordam é que Virgínia é uma rainha esforçada. “Desde que começaram os ensaios, a Virgínia já foi a dois ensaios. Ela é, sim, uma das rainhas mais presentes. Ela tem interação com a quadra, sim. Ela conversa e fala com a quadra, sim. Não que as outras não tivessem, mas ela está mostrando que quer cada vez mais conquistar esse público que tanto a criticou no início”, declarou Jepherson.
Jonathan reforçou o interesse da rainha em manter contato com seus súditos. “Se tiver uma festinha da Grande Rio, ela quer participar, interagir com a escola, com a comunidade”, pontuou o Gloss.
Mesmo Caio, que questiona a legitimidade desse reinado, reconhece o empenho da beldade. “Ela está tentando e sendo bem recebida. Isso é importante para ela ter uma relação com a comunidade”, argumentou ele.
Por fim, os componentes analisaram a popularidade da escola nas redes sociais. Com 1,1 milhão de seguidores no Instagram, a Grande Rio é a agremiação do Grupo Especial carioca com maior engajamento na plataforma, seguida do Salgueiro, com 934 mil, e da Beija-Flor, com 625 mil. Será que a influencer Virgínia Fonseca, que reúne 50 milhões de fãs apenas no Insta, é a responsável por isso?
“Ela é uma influencer muito famosa, muito conhecida. Por conta de ela vir à frente da bateria, a escola ganhou bastante visibilidade”, respondeu Gloss.
Larissa reconheceu a contribuição de Virgínia, mas pontuou que a Grande Rio já vinha direcionando esforços para tal.
“O engajamento se deve não só à Virgínia, porque a minha escola vem crescendo com esses anos, vem ganhando visibilidade. Ela ajudou, mas não foi só a Virgínia, não”, ressaltou a jovem.
É como também pensa Jepherson Vieira. “A Grande Rio vem mostrando seu carnaval desde Tata Londirá. Vem mostrando que tem força, que tem garra, que a comunidade abraçou. A força da comunidade junto ao público também traz visibilidade. Com a chegada da Virgínia, foi só uma melhoria. Ela agregou ao que já estávamos fazendo há anos”, finalizou.









