As escolas de samba da Liga Ouro, primeiro Grupo de Acesso abaixo do Especial, fizeram uma bonita festa na noite de sábado para o lançamento do CD com os sambas-enredo para o carnaval de 2022. E o público que compareceu a Cidade de Samba aprovou o formato do evento que contou com um mini desfile das 15 escolas. Em meio às incertezas impostas pela Covid-19, o mundo do samba deu uma boa resposta, principalmente, em relação à organização.

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Foto: Nelson Malfacini

Entre os itens mais comentados pelo público que acompanhou o evento e desfilou, a organização e a fluidez do evento se destacaram na noite de muito samba e apresentação dos hinos que vão embalar as agremiações na Sapucaí na sexta e no sábado de carnaval em 2022. Feito aos moldes da festa que também aconteceu em São Paulo neste sábado, cada escola teve pouco mais de 20 minutos para apresentar um pouco daquilo que planeja para o carnaval 2022.

Bruno Novaes, de 39 anos, é integrante da ala afro da Vigário Geral. Bruno destacou a organização da Liga RJ como ponto positivo da festa.

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“Esse evento está maravilhoso, muito organizado, com todas as dificuldades por conta do Covid-19, muito bem estruturado e com bastante energia e cuidado, porque hoje em dia a gente precisa ter cuidado e o carnaval está com sua força como sempre. Eu espero que o Carnaval de 2022 aconteça primeiramente, e que ele seja bem organizado e bem feliz, e bem esclarecido para todos que o vejam”, desejou Bruno.

Janaína Braga, torcedora da Lins Imperial, veio com a irmã e um casal de amigos. Janaína também elogiou a organização do lançamento do CD e explicou porque acredita que o carnaval de 2022 deve acontecer.

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“Estou gostando muito do evento, é a primeira vez, mas estou gostando muito, muito bem organizado, está ótimo. Eu quero que o carnaval aconteça, tem que acontecer, pra gente, pro brasileiro, pro carioca, para esse povo todo que trabalhou, que precisa que ele aconteça” , entende Janaína.

O desejo de viver mais um carnaval também é compartilhado por Monalisa Faustino, que desfila há 5 anos pelo Império Serrano na ala das guerreiras. A moradora de Marechal Hermes participou do mini desfile imperiano e destacou a importância de eventos como esse.

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“É um sentimento maravilhoso de liberdade, de acreditar que tá passando, e que vai dar tudo certo, e que a gente quer mesmo é poder cantar o nosso samba, botar nossa alegria para fora, mostrar a nossa escola, a nossa felicidade. O que eu mais gostei foi a possibilidade de as pessoas estarem mais próximas, as alas estão passando muito perto e a gente vê o sentimento das pessoas, o brilho nos olhos das pessoas. Talvez, a única coisa que possa melhorar é a questão de custo benefício, pois são alas de comunidades e as coisas estão com um custo benefício um pouco alto. Poderia ter mais gente aqui se o custo benefício fosse um pouco menor”.

Já para o senhor João Paulo de 66 anos, torcedor do Salgueiro e da Porto da Pedra, além da organização, a fluidez é outro ponto alto da festa.

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“Eu estou gostando do evento, está sendo legal as escolas, está sendo curtinho, rápido, tá legal, beleza. E a organização também, eu gostei da entrada, legal. Só mesmo o valor das bebidas que a gente achou um pouco caro. Podia melhorar, mas o resto está tudo certo. Está todo mundo na expectativa, né, para o carnaval. Eu e meus amigos aqui, nós somos compositores, disputamos samba, e a expectativa é a melhor possível, vamos ver o que vai acontecer. O Maracanã com 50 mil pessoas pode ter e não pode ter o carnaval? Eu acredito que vai ter e vai ser um sucesso”, questionou o compositor.

Outra torcedora da Porto da Pedra, Ana Cristina Soares, moradora de Niterói, trouxe sua mãe, Maria Soares, que desfila na velha guarda da Cubango, para assistir aos desfiles. Ana Cristina falou do respeito entre as escolas coirmãs, como um ponto que foi fundamental para o sucesso do evento.

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“Está maravilhoso, está sendo um refresco para a nossa alma de sambista que estava há muito tempo dentro de casa. E, se não houver o carnaval, nós vamos ter essa bateria carregada até poder acontecer. O melhor tem sido a organização, o respeito de uma escola com a outra, o respeito com o público, porque, cada escola eu vi, trouxe o seu melhor, suas alas bem vestidas, tava lindo”, acredita Ana Cristina.

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