Por Márcio Guilherme
Última escola da noite, a Bangay levou para a avenida o enredo “Nordestino – É sinônimo de luta, cultura e tradição”, desenvolvido pelos carnavalescos Sandra Andrea e Tiago Rosa, com a proposta de expandir a consciência sobre os nove estados que abrangem a Região do Nordeste, trazendo histórias contadas, ancestralidade e toda a sua riqueza cultural. Contudo, a escola teve alguns problemas que serão determinantes na perda de alguns décimos.
Comissão de frente
A comissão, coreografada por Pablo Ventura, defendeu bem a ideia do sincretismo religioso na região. Com uma performance pontual, mas com alguns erros na sua evolução, comprometeu um pouco o sincronismo entre os integrantes diante dos módulos. A utilização do elemento alegórico para a transformação de Nossa Senhora em Iansã foi interessante; porém, o mesmo apresentou problemas em sua locomoção a partir da apresentação ao segundo módulo, quando bateu e derrubou as grades de proteção da avenida, prejudicando a encenação.
Mestre-sala e porta-bandeira
O casal Leandro Gomes e Carol Bittencourt se apresentou diante dos jurados com leveza e sutileza. Contudo, faltou um pouco de sincronismo, o que pode acarretar na perda de alguns décimos, mas nada de agravante ou comprometedor. Defenderam bem o pavilhão da escola.
Harmonia e Evolução
A harmonia, comandada por Patrícia Ferreira, foi determinante na empolgação dos componentes, fazendo-os cantar com leveza e alegria, de forma contagiante. Os problemas na evolução foram determinantes para comprometer todo o trabalho; houve correria, espaçamentos entre as alas e buracos no decorrer delas. Toda a preocupação foi em não estourar o tempo de desfile, o que até conseguiu, mas nada tirou o prejuízo. A escola fechou seu tempo de desfile em 37 minutos e 15 segundos.
Samba
A composição de Richard Valença e Cabeça do Ajax passou a leitura clara do enredo. Atendeu bem à proposta, com uma letra rica, informativa e bem didática, além de nuances melódicas que remetiam bem à musicalidade nordestina.
Bateria
Os ritmistas, comandados pela Mestra Fernanda Martins (Mestra Fefê), passaram bem na avenida, com bossas criativas e elevando o samba em um casamento perfeito com o carro de som, comandado pelo intérprete Maguinho Vem no Batuque, contagiando os componentes.