Principal desfile da Superliga Carnavalesca, a Série Prata teve 25 escolas desfilando entre os dias 29 e 30 de abril e a apuração da última terça-feira (03) revelou o acesso à Sapucaí das agremiações União de Jacarepaguá e Arranco. Em entrevista ao site CARNAVALESCO após o resultado, o presidente da Superliga, Clayton Ferreira, que comanda as séries Prata e Bronze e o Grupo de Avaliação, ressaltou a intenção de que o principal grupo da Intendente Magalhães seja realizado em datas diferentes do Grupo Especial e da Série Ouro.
“Essa é uma grande reivindicação da Superliga, que a gente tem encontrado respaldo na Riotur. O que a gente deseja para o próximo ano é que o carnaval da Superliga aconteça uma semana antes, que a Superliga abra o carnaval do Rio de Janeiro. Botar o principal grupo uma semana antes, que é a Série Prata. A série Bronze e o Grupo de Avaliação a gente tem que ver, pode colidir com a Série Ouro ou Especial, não tem problema, mas a Série Prata que é o carro-chefe da Superliga a gente vai começar a tratar de uma outra forma, não que a gente trate de uma forma ruim, mas vai começar a ter mais coisas, a TV Alerj trouxe isso para a gente, a gente também está com uma parceria com a TV Globo em uma série que vai ter no Globoplay. Para 2023 a gente quer trabalhar ainda mais a marca da Série Prata”, revela o dirigente.
Ao todo, juntando as séries Prata e Bronze, e o Grupo de Avaliação, 54 escolas desfilaram na Estrada Intendente Magalhães durante quatro dias de folia. Para o presidente Clayton, a avaliação da estrutura e do resultado final é positiva.
“De estrutura foi o maior carnaval que nós tivemos, de verba, a prefeitura repassou, via incentivo cultural, a maior quantia já repassada, claro, temos que melhorar, temos alguns pontos falhos que precisam ser corrigidos, mas em um balanço geral acredito que foi bom. A apuração foi muito tranquila, eu vi a mesma coisa que os jurados. Vamos começar já, não teremos o hiato de fevereiro até maio, essa semana mesmo já vamos começar a pensar no carnaval de 2023”.
Apesar de acenar com uma avaliação positiva sobre a festa e sua organização, o presidente, claro, ainda imagina que muitas melhorias possam ser realizadas para o próximo ano.
“Pode melhorar som, pode melhorar Avenida, pode melhorar transporte, a iluminação, acomodação em cabine. É aquela coisa que já estamos conversando com a Riotur, com a prefeitura, tenho certeza que o prefeito Eduardo Paes é sensível às demandas das escolas de samba da Intendente, tenho certeza que para 2023 ainda faremos um carnaval muito maior e melhor”, prometeu o presidente.
Confira outros tópicos da entrevista:
Avaliação da parceria com a TV Alerj
“Só tenho que agradecer a TV Alerj, ao diretor Luciano, ao presidente da casa, André Ceciliano, que abriram as portas e a TV Alerj fez uma transmissão de primeira. Em casa, depois eu assisti pelo Youtube e vi que foi uma transmissão de primeira qualidade, é claro que em alguns momentos, prejudicados por conta do som da Avenida, que é uma coisa que a gente precisa corrigir para o próximo ano, mas em um balanço geral foi muito positiva”.
Relação com a Riotur
“Dentro daquilo que a gente pediu à Riotur, e que a Riotur tinha capacidade econômica de realizar, foi feito. Tivemos um som melhor, mesmo com todas as falhas, mas o som era melhor, o carro de som era melhor, as pessoas do som tentaram atender ao máximo os nossos pedidos. A iluminação estava bem melhor do que há alguns anos, a gente tem que agradecer a Rioluz, a organização do evento também. Tem alguns pontos que tem que ser revistos, mas de uma forma geral o poder público atendeu satisfatoriamente o que as escolas de samba pediram”.
Repasse de verbas para as escolas
“A gente espera sempre melhorar, historicamente o prefeito Eduardo Paes sempre melhora ano a ano o repasse de verbas, os incentivos, é claro que para o próximo ano a Superliga vai em busca de alguma leis de incentivo, uma coisa que nunca aconteceu na Intendente Magalhães. A gente está se movimentando para isso, mas eu tenho certeza que a prefeitura e o governo do Estado estão com um diálogo muito bom com a gente, tenho certeza que para o próximo ano esse incentivo será ainda maior”.
União com escolas da Livres
“União nem pensar. Não existe união, o que acontece é o seguinte: a Superliga tem a maioria, ela tem a maior representatividade, então ela comanda o carnaval, agora se me perguntar se eu vou aceitar se elas retornarem para a Superliga, aí vai depender da plenária. Se a plenária decidir aceitar, a gente aceita, vai ver como acomodar, ver em que série fica, porque existe um problema de elas não estarem nesse carnaval conosco, algumas nem em 2020. Precisamos equalizar isso aí para vermos se a coisa se encaixa. Se a maioria da plenária resolver aceitar, a gente leva os prós e os contras e quem decide são os presidentes”.