O presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, Sidnei Carriuolo conversou com exclusividade para o site CARNAVALESCO, fez um breve balanço sobre o carnaval de São Paulo. Falando no carnaval de 2024, o presidente da Liga-SP, Sidnei Carriuolo avaliou que sempre é preciso melhorar, mas exaltou a grande presença do público e melhorias na estrutura como o banheiro, também em alimentação mais acessível.
“Eu sou bastante crítico, sempre tem coisa para melhorar, parto deste princípio, tudo que vai fazer na vida. A hora que falar que não tem nada para fazer, lhe falta competência para mexer e fazer alguma coisa. Realmente é para largar e sair fora, temos muita coisa para melhorar no carnaval. Mas demos uma boa caminhada, tivemos alguns avanços, voltamos muito para o público, de ter uma recepção melhor, uma condição melhor de assistir, banheiro melhor, alimentação melhor e mais justa para quem tem dinheiro no bolso e quem não tem. Já são cinco anos sem aumentar os ingressos nas arquibancadas. Segundo ano de casa cheia em todos os dias, todos os dias. Acho que isso para a gente é um reconhecimento do público que a coisa está melhor, caminhando bem”.
Um calcanhar de Aquiles do carnaval é a apuração, sempre com muitas críticas e mudanças, Sidnei avaliou que não é fácil entrar em um consenso, mas tem uma meta: “Temos um problema de resultado de carnaval, isso é complicado mesmo. Muito mais difícil, sempre vai ter quem conteste, você nunca vai conseguir agradar todo mundo. Mas vamos procurando equilíbrio”.
De 2023 para 2024, a Liga-SP fez grandes mudanças no regulamento, e também no treinamento dos jurados. Pois para 2025, todo o corpo de jurados será trocado, e terá novos ajustes em relação ao julgamento do carnaval em São Paulo, mas o presidente revelou desafios para chegar no consenso.
“Já estamos conversando, soltamos regulamento do quesito samba-enredo, uma nova leitura da coisa do samba-enredo, que às vezes as pessoas reclamam de algumas coisas, querem mudar, mas não param para ver o reflexo disso. O que isso vai gerar lá embaixo e ali é uma entidade do Especial de 14 acionistas, depois tem mais oito no Acesso I e mais 10 no Acesso II. As cabeças são muito diferentes, os interesses variam muito. Você tem que saber lidar com tudo isso, tem que ter jogo de cintura, decidir onde tem convicção que é o melhor caminho, mas tem mais um aninho aí, fazer esse carnaval e ver em 2026 quem vai sentar na cadeira para dar continuidade neste trabalho”.