Ainda na Praça da Apoteose, na quarta-feira de cinzas, após a apuração de 2019 que rebaixou a Imperatriz Leopoldinense, o presidente da escola, Luiz Pacheco Drumond, falou em alto e bom som que não teria problema nenhum em desfilar no Grupo de Acesso. Porém, na reunião plenária de segunda-feira, que decidiu pela virada de mesa, e a manutenção da verde e branco, Luizinho voltou atrás e o motivo é único: falta de confiança na administração do Grupo de Acesso.
Nos bastidores do carnaval, a maior preocupação está no futuro da Série A. Após milhares de confusões desde a Associação, passando pela Lesga e a Lierj o clima de desconfiança voltou a surgir na principal divisão de acesso ao Grupo Especial. A maioria dos presidentes da Série A colocou em xeque a antiga gestão, reclamando da falta de transparência, inclusive, na prestação de contas, venda de ingressos e até de resultados.
Do outro lado, o novo comando trouxe para Luizinho Drumond a preocupação de desfilar na Série A e demorar para sair de lá, por não saber como será feita a escolha dos jurados, se haverá divulgação das justificativa das notas, e, acima de tudo, pela participação de um grupo de pessoas no controle de diversas agremiações.
Ao anunciar sua renúncia da Liesa, Jorge Castanheira mencionou que a decisão das oito escolas e de Luizinho Drumond foi “alegando dificuldades gerais do Grupo de Acesso e aquela parte toda”.
Procurada pelo site CARNAVALESCO, a nova direção da Lierj disse que “nada tem a ver com o que aconteceu na Liesa”.
“Particularmente, acredito que a virada já iria acontecer, inclusive, a Imperatriz nunca compareceu às reuniões da Lierj, independente da presidência da Liga. Tive relação com as agremiações da Liesb enquanto a Sossego, escola que eu presidia, desfilava na Intendente Magalhães. Hoje nosso trabalho é voltado para a Série A e nada vai tirar no foco e determinação, não podemos ser usados como justificativa de nada. A Lierj prima pela democracia entre as escolas de samba”, afirmou o presidente Wallace Palhares.