A Imperatriz Leopoldinense realizou, no último domingo, o seu penúltimo ensaio de rua do ano, exibindo as características marcantes desta temporada: alegria contagiante por parte de seus componentes, evolução vibrante e uma escola brincando na pista. A cereja do bolo foi a presença do homenageado, Ney Matogrosso, que acompanhou o início do ensaio ao lado de Pitty de Menezes e mandou seu “minha Imperatriz” na introdução do samba, levando os presentes ao delírio. A emoção trazida pela presença do cantor elevou ainda mais a temperatura do espetáculo que a verde e branca apresentou na Rua Euclides Faria. O artista falou sobre a homenagem, que, mais do que uma biografia, retrata sua essência artística e suas múltiplas facetas.
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“Estou muito feliz por essa homenagem, ainda mais no Carnaval, que é a essência da festa brasileira. Nada melhor”, declarou Ney. A Imperatriz apresentará no domingo de Carnaval o enredo “Camaleônico”, desenvolvido por Leandro Vieira.
COMISSÃO DE FRENTE

Os integrantes da comissão de frente da Imperatriz exalam felicidade a cada apresentação nos ensaios da agremiação. Com uma coreografia que une teatralização e dança, em um tom sensual e provocativo, eles deitam e rolam, explorando toda a nuance que o enredo oferece. A comunicação com o público presente é enorme, numa junção que causa fervura na abertura da escola.
MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Phelipe e Rafaela apresentaram uma coreografia bastante solta, pincelada com alguns movimentos baseados na letra do samba, como no trecho “sou homem com H, e como sou”. Houve muita limpeza na execução dos passos, um bailado extremamente elegante e uma sincronia nos giros entre ambos que impressiona, sem nenhum descompasso. O casal segue em nível espetacular.
EVOLUÇÃO
Entre tantos pontos fortes, a Imperatriz tem o mérito de conseguir encaixar coreografias em várias alas sem perder a evolução solta. A escola brinca na rua, preenchendo todos os espaços, com os componentes trocando de lugar entre si e se movimentando lateralmente, com espontaneidade e energia. As coreografias não engessam a evolução; contribuem para o avanço dos componentes e geram volume na ocupação do espaço. O ritmo foi tranquilo, sem correria, de uma agremiação que ensaia feliz em seu lugar.

HARMONIA E SAMBA
O samba da Imperatriz foi abraçado pela comunidade, e o resultado é um canto avassalador e performático. A letra é interpretada pelos componentes, que se entregam de corpo e alma à obra, gerando uma explosão que vai bem além dos refrãos. Os trechos “canto com alma de mulher” e “eu juro que é melhor se entregar ao jeito felino provocador” se destacam no potente e feliz canto leopoldinense. Nenhuma ala apresentou canto abaixo do esperado; porém, a última ala se destaca positivamente, dando um show de leveza, astral e um canto fortíssimo, do início ao final do ensaio.

O carro de som, liderado por Pitty de Menezes, mostrou sua habitual categoria, elevando o nível de apresentação de um samba que cresce semana após semana, com encaixes melódicos cada vez mais alinhados e uma comunicação com público e componentes cada vez maior.
OUTROS DESTAQUES

A musa Carmem Mondego veio no início da escola, à frente da primeira ala, e mostrou suas maiores credenciais: muito talento, carisma e samba no pé.
A bateria “Swing da Leopoldina”, de mestre Lolo, deu seu show habitual, com o comandante à vontade nas bossas e nas coreografias com os ritmistas.










