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Posição de desfile e critérios de julgamento: Presidente Paulo Serdan fala perspectivas do Carnaval 2025 em São Paulo

Presidente da Mancha Verde foi contundente em suas opiniões, principalmente nos critérios de julgamento. Mandatário se vê otimista nas mudanças de samba-enredo.

A Mancha Verde foi a sexta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval. Entretanto, o presidente Paulo Serdan revelou ter outra preferência de horário devido à iluminação. O gestor também comentou sobre as questões de critérios de julgamento, que mais uma vez estão sendo discutidos na Liga-SP. Bateu muito no que foi o quesito alegoria no Carnaval 2024 e espera mudanças significativas no quesito Samba-enredo. No lançamento do enredo para o Carnaval 2025, que aconteceu no feriado, ele conversou com o CARNAVALESCO.

Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Ordem de desfile

Não há mais sorteio para definir a ordem de desfiles no carnaval paulistano. Para 2025, todas as escolas escolhem a ordem que vão desfilar. Isso acontece de acordo com a colocação do Carnaval 2024. Ou seja, a campeã Mocidade Alegre é a primeira a escolher, depois a vice Dragões, a terceira colocada Tatuapé e assim por diante. A Mancha será a quinta a definir a colocação.

De acordo com Serdan, o horário do último desfile acabou clareando mais cedo e isso não foi projetado, e também disse que vai desfilar uma escola antes do que foi em 2024. Devido a isso, suponha-se que a Mancha Verde será a quinta escola a desfilar, visto que foi a sexta no último carnaval. “Não está muito difícil de todo mundo adivinhar mais ou menos a posição das escolas. É só ver quem escolhe sempre um dia e escolhe o outro. Eu queria uma escola antes, mas a gente vai vir em uma posição de desfile melhor do que a gente desfilou esse ano. Por que eu digo melhor? Melhor porque, como não teve horário de verão, a gente até se projetou para uma coisa, mas acabou que clareou muito mais rápido até por essas ondas de calor que está tendo. A gente deve vir uma escola antes e vai ser bacana. A sexta-feira está confirmada”, comentou.

Julgamento subjetivo

Em questão de critérios de julgamento, o gestor falou que voltou a participar das reuniões. Para o Carnaval 2024, responsáveis por determinados quesitos da Mancha Verde iam representar a escola na sede da Liga-SP. Entretanto, vendo a necessidade de melhorar, o presidente voltou. Com isso, fez algumas indagações e se diz descontente com algumas coisas. “É uma situação que não dá pra ficar debatendo, porque como a gente tem tido bons resultados desde 2018, voltando para as campeãs e tudo mais, quando você opina em alguma coisa, alguém sempre vem falar que é porque está tendo vantagem de alguma coisa. É o que eu falo para o meu povo aqui: O que vier nós vamos. Tem certas coisas que não vale a pena se desgastar. No ano passado, nas reuniões de critério, a gente não foi. Nós mandamos o pessoal de cada critério para poder entender, mas como foi tudo confuso, também não se entendia. Dá para ver que foi muito confuso pelo resultado final. Então, vamos embora e acreditar. Agora, eu estou participando das reuniões, procurando opinar para ver se algumas coisas acabam mudando. Essa questão de um décimo é um absurdo. Isso eu falei lá atrás. Não estou dizendo que está errado ou não, eu opinei de um outro lado, mas a gente é a Liga-SP e já era. Mas assim, é diferente da bateria, porque é objetiva. Se você fizer 15 compassos é isso, se você fizer 16 é isso… Os outros foram todos muito subjetivos. Ficou muito pela vontade pessoal do jurado, e muitas vezes eles também não entenderam”, afirmou.

Justificativa de excelência

O quesito Alegorias é um dos que mais deixou o presidente incomodado, principalmente pela questão da ‘excelência’ usada nas justificativas. “Em alegoria você já tem três pontos de balizamento e ele me dá o ok nós em todos e não me dá a tal excelência. O que é essa excelência, então? E teve escola que teve erro, tomou 9.9 e que deveria ter tomado 9.8, ou ele deu excelência mesmo com erro? Se você já perdeu um décimo ali, não é excelência. Essas coisas me incomodaram muito”, disse.

Julgamento do carro de som: absurdo

Agora, o quesito Samba-enredo foi o que mais mexeu negativamente com o mandatário. Ele diz que há necessidade de mudanças significativas e lembrou da questão do julgamento do carro de som, onde os intérpretes, apoios e cordas seriam observados. Segundo o presidente, isso seria um absurdo. “O negócio de samba-enredo me incomodou demais. Esse foi um que eu coloquei a mão, palpitei bastante depois, conseguimos mudar na semana do desfile. Aquela coisa de afinação, julgar o carro de som. Eu falei: ‘como nós vamos julgar o carro de som se o lado direito do carro de som não tem som? Qual é a base que o jurado tem? E aí conversamos com a empresa, ela foi em uma reunião na Liga-SP na semana e acabou caindo a questão do carro de som em si. Uma das coisas que eu falei: A gente ia prejudicar o Quinho aqui no passado em São Paulo. Não pode fazer caco? A gente ensaia o tempo inteiro, o intérprete está inventando, dando cambalhota e chega na avenida e ele não pode fazer nada disso? Aí como que a sua escola está esperando aquilo? Espero que mude e está no caminho para isso”, afirmou.

Liberdade aos compositores

Ainda no quesito Samba-enredo, dentro das mudanças, Serdan disse que está caminhando positivamente. Também fez mais indagações ao quesito e falou principalmente sobre os refrões de cabeça, que hoje estão engessados. “O samba-enredo, principalmente, que é o primeiro quesito que a gente vem conversando, está em um caminho muito legal. O Sidnei Carrioulo deu uma sugestão bacana que eu compactuo bastante. Se for dessa forma, o compositor vai ter uma liberdade muito grande. Quando eu cheguei na Liga-SP, lembro de uma discussão que teve de critério, e aí o Betinho até se incomodou na época, que queriam tirar na época o critério, onde dizia que o refrão de cabeça da escola era livre para você enaltecer a sua escola. Hoje já não pode, tem que estar dentro do enredo. O abre-alas também não era obrigatório estar no enredo. Você podia vir exaltando a sua escola. Qual o samba que a gente lembra nos últimos anos que tem um grande refrão enaltecendo uma escola aqui em São Paulo sem estar encaixado no enredo? Às vezes você acerta, mas ser livre para fazer o povo cantar, se sentir orgulhoso, não tem, porque o critério não permite. Mas espero que a gente caminhe para esse lado para ficar mais à vontade”, concluiu.

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