A Porto da Pedra realizou a gravação de sua faixa para o álbum dos sambas-enredo da Série Ouro, no estúdio localizado em Marechal Hermes. A escola de São Gonçalo levará para a Sapucaí no próximo carnaval o enredo “A história que a borracha do tempo não apagou”, do carnavalesco Mauro Quintaes. O CARNAVALESCO esteve presente na gravação e ouviu alguns integrantes da escola. O intérprete Wantuir comentou sobre como se preparou e o que espera da gravaçãopara o próximo Carnaval, destacando as qualidades da obra em relação ao enredo e na busca da escola retornar ao Especial.

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“Acordei cedo para voz ficar no lugar. Temos um samba sensacional, muito bem elaborado, preparado, ele alegra onde tem que se alegrar, conta bem o enredo e tem um trabalho maravilhoso feito pela nossa bateria. Gosto da parte que fala da história da Porto da Pedra, da nossa gente e do carnaval que a gente vai colocar na avenida e não se espantem que ela vai voltar. E a gravação é a parte mais técnica, mas também procuro um bocado da euforia. É bom para as pessoas aprendam o samba justamente com o clima que você vai colocar na avenida”.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Mestre Pablo, responsável pela “Ritmo Feroz”, explicou sobre as decisões tomadas para a gravação da bateria para o álbum, agradecendo a responsabilidade de comandar os ritmistas por mais um ano.

“A gente aqui está 142 BPM (batidas por minuto), acho que é um andamento bem confortável para o cantor, para a bateria, e a intenção do álbum é apresentar o samba. Na gravação nós estamos apresentando duas bossas e uma caída de segunda, um pouco diferente, e espero que todos gostem do trabalho. Eu sou mestre de bateria com mais tempo na Porto da Pedra, é uma emoção diferente, estou super feliz por ter mais esse ano de responsabilidade à frente da bateria do Tigre de São Gonçalo e agora em busca de voltar para o Grupo Especial”.

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Aluízio Mendonça, diretor de carnaval da agremiação, falou sobre a presença na gravação e o que esperar da faixa do Tigre de São Gonçalo.

“Esperem um hino lindo para a nossa comunidade. Como diz o refrão de baixo, ninguém vai apagar a nossa história, a nossa gente, o nosso carnaval”.

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Vinícius Chocolate foi o responsável sobre o arranjo da obra da escola de São Gonçalo. Ele destacou como o enredo ajudou na montagem para explorar o que poderia ser feito.

“O arranjo sempre é pensado de acordo com o enredo. A missão do samba é transmitir uma mensagem. A gente aproveita para explorar o enredo e enriquecer a nossa obra. Buscamos transmitir uma mensagem mais aguerrida de um povo de guerra, conforme os indígenas. Assim, vamos nessa pegada para mostrar bem a força da nossa escola”.

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O compositor Guga Martins comentou a importância da obra para ele e para a agremiação, e sobre como o samba foi abraçado pela comunidade de São Gonçalo.

“É onde eu fui criado e aprendi sobre carnaval. É o meu terceiro samba na escola, mas eu tive a sensação de ser o primeiro. O mais importante o samba conseguiu, que foi a comunidade comprar a obra desde a hora da disputa. Ela abraçou o samba. Agora é tirar os 40 pontos e fazer a escola se erguer e voltar ao Grupo Especial. A escola está vindo da queda e a comunidade ficou chateada. A gente tentou se apropriar do enredo para tentar fazer a comunidade ser ouvida, tentando representar esse momento”.

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Ouça os sambas-enredo nas versões oficiais da Série Ouro para o Carnaval 2025