Compositores: Roberto Fármaco, Zé Maria, Jurema, Carioca da Rosa, Hélida Rosa, Dudua Deyê e DJ Baratão
Intérprete: Léo Simpatia
Coro: Leonardo Pierre e Jannis Ferraz

Dá licença, minha escola vai passar
Contar a história da Mãe Negra Kehinde
Está Ibêji, Irmã gêmea de Taiwo
Ao Chegar em Salvador
Vindo da África se jogou no mar
Pra não se perder da sua ancestralidade
Nem ter nome de Branco e seu batismo evitar
Mas foi em vão, se tornou Luíza Gama
Não conseguiu seu nome de origem preservar

Foi sofrida a travessia, no mar azul de Iemanjá
Depois em terra firme, só Batalhas foi travar
Teve “A Revolta dos Malês, mas numa delas se perdeu
Seu Filho Abiku Fefee, que então uma carta lhe escreveu

Foi acolhida por vários colos de mãe preta
Sobreviveu: Procurava seu Filho noite e dia
E Agotimé lhe deu uma estátua de Oxum
Cheia de ouro e que lhe trouxe alforria
E assim Luiz Gama já nasceu negro liberto
Um filho de Xangô, mais tarde um Abolicionista
Eterna Luta contra o tal preconceito
E “A Cor da Pele” a restringir o que é Direito

Negro não é “Um Defeito de Cor”
Todos Nós Somos Iguais, sem tirar, nem por
É braço forte, eis que ” Um Livro” aqui revela
Uma História de Mãe Negra
E seus Ancestrais: Lá vem Portela!