Compositores: Jorge do Batuke, Claudinho Oliveira, Zé Márcio Carvalho, Leko 7, Romeu D´Malandro, Silas Augusto e Araguaci
Intérpretes: Zé Paulo Sierra e Tem-Tem Jr.
Participação especial na gravação: José Araújo
A benção, mãezinha, “Mahin” é de fé
Luzia em Luisa, na áurea um axé
Seu filho voltou, voou e venceu
Do infindo azul, um sonho nasceu
Aos olhos da Águia altaneira, sou eu!
Okê-okê Arô, Oxóssi caçador
Vi aos pés da gameleira, Yroko!
Oxum padroeira, num canto de amor
Pergunto onde está o defeito da cor?
No pensamento, será na sabedoria?
No preceito, na magia que herdei de Daomé?
Resistência é a força que nos guia
E o fogo da justiça queima tudo que vier
Ôôôô! Ôôôô!
Oxé sagrado é machado de Xangô
Kaô Kabecile, kaô!
Kaô, meu pai Xangô!
Seca o pranto, acalanta o coração
Nessa imensa solidão, que é o mar de Yemanjá
Toda preta mergulhada em agonia
É a noite em pleno dia
Com histórias pra contar
Pela tua identidade, alma Jeje de menina
Por amor à irmandade, nêga flor te acolheu
Naê Rainha te levou até as minas
Rosa de Todos os Santos
Onde a liberdade floresceu
Valeu a luta, mulher
Mãe heroína
Não se culpe, mulher
Estou aqui por você
Por nossa gente, que tentaram esconder
Se prometeram nos matar
Prometemos não morrer
Se prometeram nos matar
Nós vamos sobreviver
Eu sou Portela
Quero o que é meu de direito
Consertando o defeito que a história escreveu
Eu sou a “Gama” preta nessa claridade
Portelense de verdade
Povo preto que venceu