Por: Juliana Henrik, Rhyan de Meira e Raphael Lacerda

A Portela teve a missão de encerrar os desfiles do Grupo Especial. Com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no Sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, a Águia de Madureira fez uma boa apresentação, mas enfrentou alguns problemas de acabamento nas alegorias e o drone da comissão de frente apresentou um problema, o que pode prejudicar a agremiação de brigar pelo topo.
“Estou um pouco aliviado porque acabou, mas muito feliz por ter passado por todos os contratempos que tivemos esse ano. Tenho certeza que da nossa parte o trabalho foi bem feito”, declarou o carnavalesco André Rodrigues.
Comandada por Leo Senna e Kelly Siqueira, a Comissão de Frente “Vou partir em procissão” se apresentou dividida em três cenas baseadas em música, amizade, liberdade e responsabilidade. O fato do drone só ter funcionado na primeira cabine de jurados não diminui o belo trabalho apresentado.

“Passar pela avenida é um sonho, uma materialização de muitos meses de trabalho. É muita emoção assistir tudo acontecendo. Saímos com a sensação de dever cumprido. Os bailarinos estão felizes porque trouxemos tudo o que queríamos”, disse Kelly Siqueira.
A emoção tomou conta da avenida ainda no esquenta da escola. Para o diretor de carnaval Junior Schall, o ‘casamento’ entre Portela e Milton Nascimento encheu o portelense de orgulho.
“O portelense está felizes. Ter o Milton Nascimento com a gente multiplicou nossa felicidade e da arquibancada. Quando falamos da consequência vir da vitória, ser da vitória, é muito importante tudo o que se faz para chegar até lá e nós entendemos que fizemos com muita alegria e tivemos o Milton para coroar esse momento. Nós podemos não estar cobertos de ouro, cravejados de joias, mas temos um componente emocional portelense que vale muito e, quando ele se une a Milton Nascimento, nós vamos ter essa entrega repleta de emoção”, declarou Schall.
A fantasia do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Squel Jorgea, na tonalidade do branco e da prata, que terminava muito bem com uma coroa na cabeça de cada um, foi uma das mais bonitas que passou pela avenida, deixando ainda mais encantador o bailado da dupla.

“É sempre uma emoção passar pela avenida. Se o frio na barriga não fizer parte é porque não estamos vivendo esse momento. É sempre uma honra poder defender o pavilhão da Portela”, declarou Squel.
“A Portela a gente não descreve, a Portela a gente sente. Nós sentimos os sambistas e conseguimos fazer essa troca de emoção com o público. Estamos felizes e tranquilos com o que apresentamos”, afirmou Marlon.