Quem viu a chegada de Ney Matogrosso à quadra da Imperatriz Leopoldinense, na noite da final de samba-enredo para o Carnaval 2026, percebeu o clima de celebração coletiva. Ovacionado sob aplausos e gritos da comunidade gresilense o artista destacou a emoção de ser acolhido pela escola de Ramos: “Para mim é um prazer chegar aqui. Fui muito bem recebido na hora que entrei”.
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Conduzido pelo carnavalesco Leandro Vieira, Ney atravessou a quadra em meio ao público que se apertava para registrar o momento. O encontro entre os dois sintetizava a força do projeto: de um lado, o cantor que transformou a música e a cena brasileira com sua ousadia estética; de outro, o artista que agora traduz essa trajetória em cores, formas e alegorias.
Pela primeira vez em uma final de escola de samba, Ney fez questão de presenciar a escolha do hino que embalará o enredo “Camaleônico”, que o homenageia no Carnaval 2026. Entre abraços e sorrisos, falou sobre o sentimento de expectativa diante da avenida: “Sim, ansioso, mas não diria com o coração apertado. Estou com uma grande expectativa”.
Olhar sobre a criação
Ney comentou que já havia tido acesso aos desenhos das fantasias e aprovou o que viu, sem escolher favoritos: “Gosto de tudo, mas não tenho o que falar, né?”. O artista destacou ainda o impacto que teve ao visitar o barracão: “Eu fico muito impressionado com a velocidade com que essas coisas ficam prontas”.
Em coletiva dada junto com o cantor, Leandro Vieira adiantou que as fantasias já estão em fase de reprodução e que cinco carros alegóricos estão em andamento, com ferragens e estruturas de madeira erguidas.
Convite e a entrega
Ney recordou também o momento em que recebeu o convite para virar enredo. Quando Leandro Vieira lhe perguntou se poderia sonhar com o aceite da homenagem, a resposta veio imediatamente: “Pô, como é que eu vou impedir o camarada de sonhar, não é isso? Aí eu disse: ‘Sim, pode sonhar’”, contou.
Apesar de já ter sido procurado desde os anos 1970 para se tornar tema de escolas de samba, o cantor sempre recusou: “Olha, não era uma meta na minha vida. Não era. Eu recusei muitos anos ser enredo… Desde os anos 70 me convidam, mas eu achava que era um estranho no ninho”, declarou.
Desta vez, no entanto, aceitou o desafio. E fez questão de afirmar que, ao dizer sim, se entregou por inteiro: “A partir do momento que eu disse sim, eu me entreguei para a história. Eu acho que vai ser um carnaval lindo. Vai ser mesmo”.
Em 2026, Imperatriz será a segunda escola a desfilar no domingo, defendendo o enredo “Camaleônico”, desenvolvido por Leandro Vieira.









