Inspirado nos livros “Falando Tupi” de Yaguarê Yamã e o “O Tupi que você fala” de Cláudio Fragata, a Pimpolhos da Grande Rio tem o orgulho de apresentar seu enredo para o carnaval 2025: Estamos aí, falando tupi! “Uma viagem encantada pela língua tupi” é de autoria da carnavalesca, Winnie Nicolau e foi escolhida após um concurso realizado em parceria com a Universidade Estácio do Rio de Janeiro, apoiada pelo Instituto Yduqs.
Os alunos da Graduação Tecnológica em Design Gráfico tiveram seus trabalhos avaliados pela Comissão Julgadora formada pelo corpo técnico do Curso e pelo corpo de gestão da Pimpolhos. A grande vencedora do Concurso foi a aluna Loryellen Pereira Reis. Aproveitamos para agradecer toda dedicação, apoio, parceria e coordenação do Professor Baeta, a quem a Pimpolhos da Grande Rio tem profunda admiração e gratidão. Confira a seguir a sinopse do enredo.
Enredo: “Uma viagem encantada pela língua Tupi”
Autora: Carnavalesca Winnie Nicolau
“Aposto que você sabe falar Tupi
e eu provo aqui,
Você entende quando dizem guri, jabuticaba ou jabuti?
Sabe que bicho é quando falam sagui,
tamanduá ou siri?
E sucuri, e jacaré, capivara, arara,
urubu, tucano, paca ou tatu?
Se falam cajú ou guaraná?
Sabe que fruta é, pitanga ou maracujá?
Sabe o significado da palavra abacaxi?
Então,
tudo isso é Tupi”
O Tupi que você fala- Cláudio Fragata
Um pó mágico colorido caiu como confete e serpentina no carnaval da Pimpolhos, essa magia vai levar as nossas crianças a uma viagem pela história e origem das palavras na língua Tupi.
Tupi é uma língua de fundamento que usamos até hoje, mas na verdade, vocês sabem de onde vêm as palavras em Tupi?
Vamos começar lá atrás, bem antes do tal “descobrimento” da nossa terra Brasil. Tupi é a nossa língua mãe, e a língua dos nossos povos originários. Os povos originários são os primeiros habitantes do Brasil.
Assim como em todo o Brasil, no Rio de Janeiro também habitavam povos originários, aqui viviam os Tupinambás. Eles viviam em diversas aldeias e se comunicavam através da língua Tupi. Inclusive aqui em Caxias existia uma aldeia Tupinambá, chamada “aldeia Sarapoy”.
Hoje em dia é muito fácil encontrar bairros de Caxias com o nome Tupi: Saracuruna, Jardim Anhangá, Xerém, Imbariê, Taquara.
São tantas palavras em Tupi que usamos no nosso cotidiano e não temos nem ideia. Até quando vamos falar o nome da nossa agremiação usamos uma palavra em Tupi, já que somos a Grêmio Recreativo Escola de Samba MIRIM Pimpolhos da Grande Rio, “mirim” é uma palavra em Tupi.
O Tupi é nosso!
Hoje as palavras em Tupi correm pela boca do povo, na ponta da nossa língua. Tem nome de cidades em Tupi, nomes de planta. Tem palavras em Tupi na culinária, nas frutas, têm Tupi até no nome das pessoas.
Tem a pipoca, amendoim e paçoca;
Tem tapioca, canjica e mandioca;
Tem a Tainá, o Cauê e o Cauã;
Tem maracujá, açaí e abacaxi;
O mocotó e a pamonha;
A pitanga e o jabuti;
Tem a Arara e o sabiá;
A Gamboa e o carioca.
Tem tudo isso e muito mais, no Tupi que você fala.
E sabe qual o nome disso?
É a resistência indigena!
Os povos originários são responsáveis pelo verdadeiro fundamento do nosso país, e nada melhor que a presença deles no nosso dia a dia para lembrar e reafirmar isso. Assim essas palavras seguem ecoando, resistindo por séculos e séculos mantendo nossa história viva. Isso é legado, é preservação dos povos originários.
O Tupi também nos ensina sobre cuidado e preservação da natureza, na salvação das nossas matas, dos nossos rios, do nosso bioma. Pensando o quanto isso tudo foi importante para os povos originários e segue sendo importante para todos nós.
Toiokove mitãnguéra- Viva às crianças!
Toiokove Pimpolhos- Viva Pimpolhos!