Em entrevista exclusiva, o candidato à presidência da Portela, Dr. Léo, da chapa “Supera Portela”, explica ao CARNAVALESCO por que decidiu disputar o comando da escola, propõe uma nova visão de gestão e aponta a desorganização como principal entrave ao crescimento da agremiação. Apresentando o empresário Martinelli como vice e contando com o apoio de Tia Surica como presidente de honra, ele afirma que a Portela precisa de planejamento, profissionalismo e respeito às raízes para reencontrar sua grandeza.
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Por que ser candidato à presidência da Portela?
“Cheguei à Portela a convite do amigo Marcos Falcon e aceitei por amor à escola. Desde então, assumi a função de diretor jurídico com a missão de abrir caminhos legais para destravar o presente e permitir que a Portela voltasse a sonhar com o futuro. Ao longo de toda a minha atuação como diretor jurídico, vale ressaltar que estive apenas como prestador de serviços, elaborando contratos e cuidando da legalidade, mas sem poder de negociação ou deliberação administrativa. Minha função era viabilizar, não decidir. De alguns anos para cá, vi a Portela mergulhar em uma gestão desorganizada, distante da grandeza que já alcançamos. E foi esse sentimento de responsabilidade e urgência que me moveu a tomar a decisão de disputar a presidência. Quero ser presidente da Portela para aplicar uma visão moderna de gestão, baseada em profissionalismo, planejamento e responsabilidade. Pensar a escola como uma empresa não é perder sua alma — é garantir que sua essência seja preservada com dignidade. Vamos manter o que funcionou, mudar o que precisa ser mudado e, principalmente, valorizar a base. Quero ser presidente para construir, com cada portelense, a Portela que todos sonhamos: forte, respeitada e, acima de tudo, feliz”.
Por que o Martinelli como seu vice?
“Martinelli, como vice, une paixão pela Portela e competência empresarial. Ele é responsável pela construção da sala de troféus, retirou o lixão que existia e construiu, do zero, a Capela da Tia Dodô. Além disso, reformou o barracão inteiro, a boutique, os instrumentos de toda a bateria por mais de 10 anos, as camisas da bateria e os ensaios técnicos, além de ter reformado e pintado a quadra mais de seis vezes, entre outras ações. Martinelli traz não só sua experiência, mas uma rede de empresários dispostos a ajudar a Portela de verdade. A escola precisa de investimento e seriedade para voltar ao topo, e não há pessoa mais preparada para estar ao meu lado nessa missão”.
A Tia Surica já é a presidente de honra. Por que fazer o anúncio de que ela seguirá?
“A eleição na Portela marca o início de um novo ciclo. É um momento de reflexão, coragem e, acima de tudo, compromisso com o futuro da nossa escola. E é nesse espírito que atendemos ao pedido de Tia Surica, que manifestou o desejo de integrar a nossa chapa como presidente de honra. Tia Surica é muito mais do que um nome histórico da Portela — ela é um símbolo vivo da nossa tradição, da nossa resistência e da alma portelense. Sua decisão de apoiar a nossa chapa foi um gesto de preocupação com os rumos da escola e de confiança em um projeto que prioriza a verdade, o respeito e o resgate da grandeza da Portela. Além disso, reafirma nosso compromisso com a comunidade e com a retomada do respeito que a Águia merece”.
Caso eleito, o que pensa sobre a manutenção ou não da equipe?
“Nosso foco, neste momento, está nas eleições. Entendemos que este não é o momento adequado para tratar desse assunto. O que podemos afirmar com responsabilidade é que, caso a chapa Supera Portela vença, vamos dialogar com todos os profissionais envolvidos, com transparência e respeito”.
Seu interesse é realmente contar com o carnavalesco Paulo Barros?
“Nosso compromisso sempre será buscar os melhores profissionais para elevar o nível do nosso carnaval. Mas este não é o momento para discutir nomes ou contratações. Agora, o foco é vencer a eleição e iniciar a verdadeira transformação que a Portela precisa. A hora de falar sobre equipe virá, com responsabilidade, no tempo certo”.
Qual o principal problema que você vê na Portela? Como resolver?
“O maior problema da Portela hoje é a desorganização. Isso compromete não só o Carnaval, mas o dia a dia da comunidade. A solução passa por uma mudança de mentalidade. É preciso pensar como empresa — com planejamento, responsabilidade e eficiência — para pulsar como cultura, com identidade, emoção e respeito às raízes. Nosso projeto de administração foca em pensar como empresa, pulsar como cultura. Porque só assim a Portela vai se reencontrar com sua história e com seu futuro”.
Você foi advogado da situação. Quando e por que decidiu sair?
“Minha candidatura vem de um desejo do coração e também atende a pedidos de alguns componentes da escola. Decidi me candidatar quando vi que o rumo que nossa escola estava tomando não levava a Portela a lugar nenhum. Sempre respeitei os limites do meu papel, contribuindo como jurídico, sem invadir funções que não eram minhas. Mas chegou um ponto em que entendi que, para realmente ajudar, precisaria fazer mais. E foi com esse desejo de contribuir com responsabilidade, planejamento e compromisso com a comunidade que decidi ser candidato”.
O que promete aos portelenses caso seja eleito?
“Prometo aos portelenses uma Portela renovada, à altura da sua história. Uma escola que volte a sonhar grande e se comprometa, de verdade, com seus integrantes. Tenho o compromisso pessoal de administrar com responsabilidade e deixar um legado de democracia, transparência e orgulho. O protagonismo da Portela precisa voltar a ser coletivo — como sempre foi e como sempre será na minha gestão”.