A equipe do CARNAVALESCO, atrás da série “Eliminatórias”, acompanhou na noite de sábado, mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Viradouro para o Carnaval 2025. A escola divulga na terça-feira os sambas classificados. A próxima etapa acontece no dia 21 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES
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Parceria de Dan Passos: O primeiro samba da noite foi assinado pelos compositores Dan Passos, Zé Glória, Wilson Mineiro, Clay Ridolfi, Hélio Porto, Miguel Dibo, Marcus Lopes e Bira. A torcida marcou presença com bandeiras e bolas. Charles Silva cantou muito mais uma vez e Marquinho Art´Samba conduziu o palco junto com ele. A primeira apresentação abriu com qualidade a noite de eliminatória. O pré refrão foi um dos destaques “Exu, seu Malunguinho é Juremá/ Exu trunqueiro, seu Malunguinho é Juremá”. O refrão de meio teve um destaque ainda maior “Revira caboclo na brecha do matagal/A flecha que acerta o mal sai do arco do curandeiro/Rei dos mistérios e sua coroa de palha/É força e fé que não falha/ Divindade do meu terreiro”. O samba obteve um bom rendimento e outras partes se destacaram além das que já foram citadas, como o refrão principal e a cabeça do samba. A parceria mostrou que pode ir mais longe na disputa.
Parceria de Cláudio Mattos: O segundo samba da noite foi assinado pelos poetas Claudio Mattos, Julio Alves, Claudio Russo, Anderson Lemos, Manolo, Celino Dias, Vinicius Xavier, Bertolo, Marco Moreno e Thiago Meiners. A enorme torcida fez um barulho na quadra, mostrando que o samba estava na ponta da língua. Pitty de Menezes conduziu o samba bem demais, mostrando que é um dos grandes intérpretes do carnaval. O refrão principal foi o maior destaque da apresentação “Fogo de alastrar, samba que incendiou/Rastrilho que atiça meu tambor/ Sou Viradouro. De três mundos mensageiro/Quem me cruza em sete pontas/Tem a chave do Cruzeiro”. A cabeça do samba foi outra parte que obteve um bom rendimento na quadra. Uma parte que não fluiu foi o início da segunda parte com os versos “Virei mestre encantado no cachimbo mato aceso/Triunfei ao mal olhado e guardei o indefeso”. A primeira parte do samba passava bem e a segunda não acontecia.
Parceria de Renan Gêmeo: O samba 11 foi o terceiro a se apresentar e teve autoria dos poetas Renan Gêmeo, Lucas Macedo, Diego Nicolau, Carlinhos Viradouro, Jeferson Oliveira, Silvio Mesquita, Orlando Ambrosio, Marcelo Adnet, Neném Perigo e Rodrigo Gêmeo. A torcida deu um show na quadra, cantando bastante o samba. O intérprete da Portela, Gilsinho, conduziu o palco com a sua bela voz. A saída do refrão de meio foi uma das partes que mais rendeu na quadra “Êá eu sou…. Folha no vento magia curandeiro/Êá êá eu sou … O guardião da encruza, Exu-Trunqueiro”. O refrão principal foi outro destaque “Sobô nirê sobô nirê mafá/Sobô nirê ô sobô nirê/ Malunguinho desceu, a poeira subiu/Viradouro incorporada taca fogo no Brasil!”. Quanto a melodia da obra, destaque para a segunda parte, especialmente a parte que dá uma subida no tom “Vá se benzer, meu quilombo vence demanda/ Paga pra ver, nessa gira é Batista quem manda”. Um ponto para a parceria dar uma atenção maior para a próxima apresentação é no desfecho na primeira parte do samba antes de chegar no refrão de meio “Sou eu caboclo/Encantado da floresta/Tocaia pra mim é pouco/O sagrado é minha flecha” essa foi a parte do samba que poderia ter tido um rendimento melhor. Foi uma boa apresentação da parceria, mas já fizeram apresentações superiores nessa temporada.
Parceria de Argentina Caetano: O quarto samba da noite foi assinado pelos compositores Argentina Caetano, Dandara Alves, Karla Basket, Silvia Pereira, Vânia Moraes, Fernando Viradouro, Alisson Oliveira, Beto Machado, Elias Andrade e Rafael Lima. A torcida foi a que menos compareceu nessa noite e os que estavam se mantiveram animados até o final. Wantuir com o seu timbre inconfundível foi o responsável por conduzir o palco. O alusivo foi um lindo momento para começar a apresentação. Diferente dos outros sambas que se apresentaram, o refrão principal não pegou tanto na quadra. Já o refrão de meio foi o grande destaque, onde a obra entrega tanto em melodia quanto na letra “Já fui findado renasci nos encantados/Herdei nas matas a essência do pajé/Reis malunguinho o caboclo coroado/Vim ao som dos maracás trazer luz pra sua fé”. O samba passou com dignidade nessa noite de eliminatória.
Parceria de Diego Thekking: Logo após o tradicional intervalo, método que outras escolas poderiam adotar, chegou a hora do quinto samba da noite dos compositores Diego Thekking, Roberto Doria, Professor Jandré, Gabriel Machado, Ricardo Sato, Juliano Centeno, Karol Kon, Toncá Burity, Ionalda Belchior e Julio Pagé. A torcida fez uma linda festa e chamou atenção de todos que estavam acompanhando a disputa. Nino do Milênio teve uma condução de qualidade da obra, e o palco estava firme somando com o trabalho do Nino. É impressionante como o samba da parceria do Diego Thekking cresceu na disputa, ficando visível na noite de ontem. Impulsionado pelos três refrãos que aconteceram na quadra, a obra foi um dos destaques da noite. O refrão de meio estava convidativo para a galera cair no samba de tão bom que estava “E lá na mata canta aí o que ele é/E lá na mata canta aí o que ele é/Sou caboclo rebelado, flechada no que vier/Amolei corpo fechado, planto a cura do pajé”. Já o pré refrão mostrou força e interação com o público “Deixa arder canavial, deixa arder todo engenho/Gira no Maracatu…/Se tem samba na curimba, tem repique no ilú”. Foi uma apresentação de qualidade da parceria.
Parceria de Deco: O sexto samba da noite de eliminatória na atual campeã do carnaval teve a assinatura dos compositores Deco, Samir Trindade, Fabrício Sena, Victor Rangel, Deniy Leite, Robson Moratelli, Felipe Sena, Jeiffer e Ricardo Castanheira. A torcida que já cantando alto antes da apresentação, deu mais um show ma quadra. Guto e Freddy Vianna tiveram uma condução de muita qualidade. O samba “explodiu” na quadra e foi um dos grandes momentos da noite. Diversos fatores contribuíram para essa “explosao”: Palco, o estilo de ser um samba “aguerrido” e refrãos que aconteceram na quadra. A levada do refrão de meio foi um dos grandes destaques “É pena, é palha, é coroa/Japecanga é cipó/É pajelança, é folha/Na tirania um nó/Passa rio e riacho/Onde passo é alvoroço/Nas terras de catucá, caboclo”. A cabeça do samba teve um ótimo rendimento “Sinto a fumaça que vem do cachimbo/Arriei pra guiar teu caminho/Chamei a falange ancestral/Sou pesadelo de quem me cala/Chave que abre a senzala/ Fogo no Canavial”. Outra parte importante para que o samba tivesse um rendimento excelente foi a saída do refrão de meio onde normalmente muitos sambas caem, já esse em nenhum momento caiu. Refrão principal passou forte na quadra e levantou até os camarotes. A chamada para o refrão de cabeça também foi outro ponto de destaque “Firma ponto pra saudar, sobô nirê mafá/Firma o ponto no terreiro, vou me apresentar”. Foi uma excelente apresentação da parceria.
Parceria de Paulo César Feital: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos poetas Paulo César Feital, Inácio Rios, Marcio Andre Filho, Vitor Lajas, Vaguinho, Chanel e Igor Federal. A torcida compareceu e foi vibrante durante toda a apresentação. O palco dessa vez funcionou com Carlos Junior e Igor Vianna na condução. O rendimento do samba melhorou consideravelmente em comparação com as outras semanas. A cabeça do samba foi um destaque, já mostrando de cara a qualidade da obra. A melodia do samba é diferenciada e um dos versos que evidencia isso é “Tem coco de gira pra ser invocado, Kaô, consagrado”. A chamada para o refrão de cabeça é sensacional “O rei da mata que mata quem mata o Brasil”. O refrão principal mostrou a qualidade que já era esperado “A chave do cativeiro/Virado no Exu trunqueiro/Viradouro é catimbó/Viradouro é catimbó/Eu tenho corpo fechado/Fechado tenho meu corpo/Porque nunca ando só”. Agora que a parceria corrigiu o palco, a tendência é crescerem mais ainda na próxima eliminatória. Foi uma apresentação de qualidade de um dos sambas que possui mais destaque musical na disputa.
Parceria de Mocotó: O último samba da noite teve a assinatura dos compositores Mocotó, PC Portugal, J.Lambreta, Peralta, Alexandre Fernandes, André Quintanilha, Bira do Canto, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes e Carlão do Caranquejo. A torcida marcou grande presença e também mostrou o samba na ponta da língua. Evandro Malandro e Emerson Dias foram bem demais na condução do palco e do samba nas cinco passadas. A parceria do Mocotó vem se apresentando com qualidade desde o início e hoje não foi diferente, fechando com chave de ouro a noite de eliminatória. A levada do refrão de meio é diferenciada, sendo um dos grandes destaques da apresentação “Alma de caboclo, reis do catucá/ Coroa de palha, pena de quem enfrentá/Folha macerada, trama de cipó/Renascido na Jurema/Porque a força da Jurema/É a raiz do catimbó”. Na melodia, uma das partes de destaque é na variação melódica “Sete pontas de estrela me encantam”. Refrão de cabeça passou bem fortíssimo na quadra “Sobô nirê…Sobô nirê mafá/Sobô nirê mafá, sobô nirê…/A chama no olhar, a Viradouro acendeu/E quando se alastrar, saiba que sou eu”. A preparação para o refrão principal é muito interessante “Malunguinho, Malunguinho/Coroado no tambor/Guardião, Exu trunqueiro/Esse aqui é meu terreiro/Viradouro de Xangô”. O samba que possui uma letra rica vem caindo no gosto da galera que vem acompanhando a disputa pelas apresentações de muita qualidade que vem fazendo.