O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve na etapa de semifinal de samba da Estação Primeira de Mangueira. A Verde e Rosa levará para a Avenida o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, sobre a influência da cultura banto no Rio de Janeiro. A final de samba acontece no dia 19 de outubro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
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Parceria de Chacal do Sax: O primeiro samba da noite de semifinal foi dos compositores Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro, Pastor Gaspar. A torcida marcou grande presença e cantou bastante o samba durante todo o tempo. Os intérpretes Tem-Tem Jr e Pixulé comandaram muito bem o palco. A apresentação começou impactante e quente, sacudindo a torcida. O refrão principal é o mais forte da disputa da Mangueira e foi um dos grandes aliados da parceria na semifinal “O quilombo de Mangueira, simembá mantém de pé/ O quilombo de Mangueira traz a flor do Candomblé/ É verde kabila, rosa de matamba/ Ancestralidade de Luanda”. A chamada para o refrão de cabeça também passou forte em todas as passadas “Eu sou “mais um Silva” do buraco quente/ Da massa funkeira, sou linha de frente/ Cria de Mangueira, produto do nosso quintal”. O refrão de meio foi outro ponto de destaque durante a apresentação “Erva por erva, no meu terreiro/ Preta velha ensinou, ciência de mirongueiro/Kota rifula, põe dendê no duburu/ Capoeira tem! Resistência de Zungu”. O samba tem se apresentado de forma muito consistente e forte no palco. Abriu com chave de ouro a semifinal e se a final tivesse sido hoje seria o campeão pela apresentação que fez.
Parceria de Ronie Oliveira: A terceira obra da noite foi assinada pelos compositores Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax. A torcida também compareceu e fez a sua parte mostrando o samba na ponta da língua. Os intérpretes Gilsinho, Charles Silva e Matheus Gaúcho foram os responsáveis pela condução e tiraram onda com um ótimo desempenho. Assim como a parceria do Chacal que tem uma chamada para o refrão de cabeça forte, este samba também possui uma ótima chamada para o refrão principal “Dê um “dengo” mãe… Teu “moleque” é valentia/Quem é cria lá do morro faz nascer a poesia/Dê um dengo mãe, teu “moleque” foi vencer/Quem é cria lá do morro, faz um novo alvorecer”. O refrão principal obteve um rendimento muito bom “Aê, dindin! Aê dindá/Ê Mangueira de aruê, ê matamba de aruá/ É gente preta descendo a ladeira/ Pra fazer na quarta-feira a mainha festejar”. Outro destaque da apresentação foi a cabeça do samba que também obteve um rendimento muito bom. Foi uma apresentação de qualidade da parceria.
Parceria de Lequinho: O último samba da noite foi dos poetas Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. A torcida fez uma linda festa, cantando bastante o samba. O Intérprete Pitty de Menezes começou conduzindo o palco com excelência. Depois de algumas passadas, Tinga chegou da final da Mocidade, para assim formar aquela dupla imbatível. O grande trunfo da parceria é a letra muito bem elaborada e isso fica perceptível em vários versos, como por exemplo “Onde a Escola de vida é Zungu, fui risco iminente”. A chamada para o refrão de cabeça teve um desempenho muito bom “É de Arerê, vento de matamba/ É dela o trono onde reina o samba” Outra parte de bom desempenho na apresentação foi o refrão principal “Sou a voz do gueto, dona das multidões/ Matriarca das paixões, Mangueira/O povo banto que floresce nas vielas/ Orgulho de ser favela”. Foi uma apresentação de qualidade da parceria, fechando a noite de semifinal mangueirense.