A Unidos do Viradouro realizou no último sábado, 13 de setembro, em sua quadra, mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2026. A Vermelha e Branca de Niterói levará para a Avenida o enredo “Pra cima, Ciça”, em homenagem ao mestre de bateria que hoje comanda a Furacão Vermelho e Branco. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você confere a análise de cada apresentação. Nesta noite, se apresentaram cinco sambas. O anúncio das obras que seguem na disputa será feito nas redes sociais da escola ao longo da próxima semana.

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Parceria de Mocotó: O primeiro samba da noite foi da parceria de Mocotó, PC Portugal, Arlindinho Cruz, J. Lambreta, André Quintanilha, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes, Renato Pacote, Reinaldo Guimarães e Bira Fernandes. Quem comandou o microfone principal foi Wandinho Pires, filho do intérprete oficial da escola, Wander Pires. O jovem levou o samba com energia e segurança. A apresentação foi uma das mais completas da disputa, com muita animação e força. O samba manteve o ritmo sempre alto e bem ligado ao enredo em homenagem ao Mestre Ciça. Em alguns trechos, também apareceu a emoção, mostrando que a obra tem variação e não fica repetitiva. A torcida fez um show à parte: levou um “mar” de bandeiras e réplicas de instrumentos, além de cantar com entusiasmo. O ponto mais forte ficou nos refrões, principalmente o principal, que levantou o público, sobretudo nos momentos de bossas da bateria.

Parceria de Cláudio Mattos: O segundo samba da noite teve a assinatura de Cláudio Mattos, Renan Gêmeo, Rodrigo Gêmeo, Lucas Neves, Rodrigo Rolla, Ronaldo Maiatto, Bertolo, Silvio Mesquita, Marcelo Adnet e Thiago Meiners. A interpretação ficou por conta de Pitty de Menezes, que levantou a quadra com muita força e foi peça fundamental para o impacto da apresentação. O samba entrou na disputa com jeito de favorito: envolvente, animado e muito bem recebido pelo público. Antes mesmo da apresentação, já era um dos mais comentados, e na quadra confirmou a expectativa, mostrando estar na boca da torcida e dos segmentos da escola. Durante a passagem, o público cantou do começo ao fim com empolgação, dando ainda mais brilho à obra, que se mostrou uma verdadeira avalanche. A sintonia entre samba, intérprete e enredo marcou a noite e se destacou como um dos grandes momentos do evento.

Parceria de Deco: O terceiro samba da noite teve a assinatura de Samir Trindade, Deco, Deiny Leite, Victor Rangel, Fabrício Sena, Felipe Sena, Robson Moratelli, Jeiffer, Ricardo Castanheira e JP Figueira. A interpretação ficou nas mãos de Gilsinho, que deixou sua marca com uma apresentação firme, segura e muito bem conduzida. A torcida também fez diferença: apesar de não estar tão numerosa quanto as anteriores, estava animada e trouxe ritmistas da bateria da Estácio de Sá, o que criou uma atmosfera vibrante que deu ainda mais força ao samba. O resultado foi uma apresentação forte e com muita energia. Na letra, a obra valoriza a trajetória de Mestre Ciça de maneira criativa, trazendo lembranças com leveza e novas melodias. Esse equilíbrio entre reverência e novidade aparece com clareza no trecho final: “E a Viradouro, meu amor, faz a homenagem”, que fechou a apresentação de forma emocionante.

Parceria de Thiago Carvalhal: A penúltima obra da noite foi assinada por Thiago Carvalhal, Bebeto Maneiro, Ludson Areia, Babby do Cavaco, Carlinhos Viradouro, Vinícios Moro, Pablo Adame e Rodrigo Neves. A interpretação ficou a cargo de Nego, premiado cantor que deu ao samba uma ótima energia. O grande destaque veio no refrão principal: “Abraço de mãe na Viradouro // A sua história não se apagará // É dia de festa, maestro do morro // Tem muita macumba pra comemorar!” Ele se mostrou forte, marcante e funcionou muito bem, arrancando ótima reação do público. Além da força, o samba carrega um lado muito emocionante: apresenta a trajetória de Mestre Ciça sob o olhar da mãe, trazendo uma sensibilidade especial e tornando a homenagem ainda mais tocante. A torcida também deu apoio, mesmo com alguns integrantes acompanhando pela letra ou outros apenas fazendo figuração. No geral, a apresentação foi boa, mas abaixo das demais.

Parceria de Lucas Macedo: O último samba da noite foi assinado por Lucas Macedo, Diego Nicolau, Jefferson Oliveira, Vinicius Ferreira, Richard Valença, Miguel Dibo, Orlando Ambrósio, Hélio Porto, Aldir Senna e Wilson Mineira. A defesa ficou com Zé Paulo, que conduziu a obra com excelência e muita entrega. O samba apresentou belas variações melódicas e trechos de grande inspiração. O bis que antecede o refrão se destacou ao evocar a melodia do clássico samba-exaltação da Estácio de Sá: “Hoje a Furacão prova seu amor // Eternamente, Professor!” Outro momento marcante surgiu na parte final, com versos de forte impacto coletivo: “Êêêêê… tá de alma lavada o Caveira! // Êêêá… é macumba de Alafiá! // No seu comando, o rufar é nossa voz // Serei sempre por você // Como sempre foi por nós”. A apresentação teve bastante intensidade e encerrou a noite em alto nível.