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Com apresentações equilibradas no minidesfile, Acesso 2 de São Paulo promete disputa acirrada no Carnaval 2026

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O último sábado marcou mais um capítulo importante para o carnaval de São Paulo, com o evento de lançamento dos sambas-enredo de 2026, realizado na Fábrica do Samba. A noite reuniu organização exemplar, praça de alimentação estruturada, arquibancadas cobertas e apoio da cidade, que contou com operação de metrô 24h. Na pista, as escolas mostraram força e equilíbrio em suas apresentações, evidenciando que a disputa pelo Acesso 1 promete ser acirrada no próximo ano. Entre os destaques do dia, Morro da Casa Verde, Torcida Jovem e Unidos de São Lucas chamaram atenção pela consistência e energia apresentadas em seus minidesfiles. O CARNAVALESCO analisou as apresentações e relatou um panorama geral das escolas do grupo de Acesso 2.

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AMIZADE DA ZONA LESTE

A Amizade da Zona Leste será a primeira escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Xangô e Iansã, o casal do dendê no ilê da Amizade”, assinado pelo carnavalesco Rogério Monteiro. O casal estreante Victor Hugo e Pamela Souza destacou-se, mostrando sincronismo e interação com o público. Vestidos de azul, a dupla fez uma boa estreia na escola.

IMPERATRIZ DA PAULICÉIA

A Imperatriz da Paulicéia será a segunda escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Congá: O Altar Sagrado da Minha Fé”, assinado pelo carnavalesco Pedro Magoo. O ponto alto da apresentação da azul e branca da Zona Leste foi a parte musical. O time de canto, liderado por Dom Júnior, e a bateria, regida pela mestra Rafa, mostraram sintonia e harmonia, deixando boas expectativas para os ensaios técnicos e para o dia do desfile.

TORCIDA JOVEM

A Torcida Jovem será a terceira escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Axé – Raízes e Ritmos da Cultura Afro-Baiana”, assinado por uma comissão de Carnaval. O conjunto geral mostrou excelência e competência para alcançar o objetivo de avançar ao grupo de Acesso 1. A coreografia, o sincronismo e a expressão corporal do primeiro casal, Gabriel e Joice; a técnica e emoção do intérprete Ivanzinho; e a organização das alas, que trouxeram adereços de mão, foram pontos positivos para a agremiação.

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X-9 PAULISTANA

A X-9 Paulistana será a quarta escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “YVY Marã Ey: A Busca pela Terra sem Mal”, assinado pelo carnavalesco Amauri Santos e pelo enredista Leonardo Dahi. O carro de som, liderado por Royce do Cavaco e Daniel Collete, embalou com muita técnica o samba de 2026, permitindo que os componentes cantassem e evoluíssem bem.

UNIDOS DE SÃO LUCAS

A Unidos de São Lucas será a quinta escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Meu Tambor é Ancestral: Heranças e Riquezas de um Povo… Um Brasil de Festas Pretas!”, assinado pelo carnavalesco Anselmo Brito. A agremiação apresentou um bom conjunto. Entre harmonia, evolução, bateria e time de canto, a Unidos de São Lucas mostrou que quer voltar ao grupo de Acesso 1 com maestria.

UNIDOS DO PERUCHE

A Unidos do Peruche será a sexta escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Oi… Esse Peruche Lindo e Trigueiro… Terra de Samba e Pandeiro”, assinado pelo carnavalesco Chico Spinosa. A comissão de frente coreografada por Carllos Alves destacou-se pela performance no minidesfile. Vestindo roupas com tecido afro, os bailarinos investiram em passos tradicionais alternados com movimentos que remetiam ao enredo.

MORRO DA CASA VERDE

O Morro da Casa Verde será a sétima escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Santo Antônio de Batalha Faz de Mim Batalhador”, assinado pelo carnavalesco Ulisses Bara. A agremiação elevou o nível do dia no que se refere à harmonia, evolução e bateria. Durante uma bossa executada pela bateria, toda a escola coreografava e cantava alto, conquistando o público, que celebrou junto com os componentes.

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IMPERADOR DO IPIRANGA

O Imperador do Ipiranga será a oitava escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Bejiroó, Onipé Doum Ibeji”, assinado pelo carnavalesco Rômulo Souza. A comissão de frente coreografada por Diogo Costa foi o grande destaque da apresentação. Os componentes executaram passos tradicionais do quesito com maestria, sincronismo e clareza nos movimentos. Além disso, utilizaram leques azuis e amarelos durante o desfile.

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UIRAPURU DA MOOCA

O Uirapuru da Mooca será a nona escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Salve Maria Felipa, no Balanço da Maré, a Heroína da Independência!”, assinado por uma comissão de carnaval. A parte musical deu o tom da apresentação. A bateria do mestre Murilo, juntamente com o intérprete oficial Thiago Brito, desfilou harmonicamente. Além disso, a rainha de bateria Acássia abrilhantou a linha de frente com sorriso e muito samba no pé.

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PRIMEIRA DA CIDADE LÍDER

A Primeira da Cidade Líder será a décima escola a desfilar no sábado de Carnaval pelo grupo de Acesso 2. A escola levará para a avenida o enredo “Paulo Barros, o Gênio do Carnaval”, assinado pelos carnavalescos Ewerton Visotto e Cristiano Oliveira. O cantor Thiago Melodiah apresentou-se caracterizado e interpretou o samba com maestria, fazendo com que a comunidade se empolgasse e desenvolvesse uma boa evolução.

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Arrancadas de todas escolas nos minidesfiles da Série Ouro para o Carnaval 2026

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Mocidade ajusta detalhes e mostra força no ensaio de rua rumo ao Carnaval 2026

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A Mocidade Independente de Padre Miguel realizou mais um ensaio de rua, no último sábado, na Avenida Ministro Ary Franco, em Bangu. Após ter desfilado, na última semana, nas comemorações do Dia Nacional do Samba, a Estrela Guia da Zona Oeste retornou ao novo palco de seus ensaios, contando com a presença de seu time para mais um treino com a comunidade. A apresentação de Diogo e Bruna foi um dos pontos altos da noite, assim como o canto forte da escola com o samba em homenagem a Rita Lee, destacando o crescimento da obra em mais uma semana. A Estrela Guia de Padre Miguel vai homenagear a cantora, falecida em 2023 e uma das maiores ídolas musicais do Brasil, com o enredo “Rita Lee — A Padroeira da Liberdade”, desenvolvido pelo carnavalesco Renato Lage, abrindo a segunda noite de desfiles do Grupo Especial na segunda-feira de Carnaval.

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COMISSÃO DE FRENTE

Comandada por Marcelo Misailidis, a comissão de frente da Verde e Branca trouxe, mais uma vez, a coreografia inspirada em “Doce Vampiro”, de Rita Lee, demonstrando maior sincronia e aperfeiçoamento entre os bailarinos. Os integrantes mantiveram o que vem sendo apresentado nos ensaios de rua, com movimentos vampirescos e ágeis de braços e mãos, além de passos descritivos em relação à letra do samba, como a integrante venerada como “Santa Rita Leeberdade” e os vampiros prestes a morder sua vítima em “Meu doce vampiro, além do querer”. Foi uma apresentação muito bem executada, mais ágil e bem alinhada à proposta coreográfica de Marcelo.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Diogo e Bruna foram novamente um dos pontos altos do treino da Mocidade. Com a habilidade e a sincronia de sempre, o casal realizou sua coreografia com garra, confiança, força e animação, trazendo elementos anteriores com alguns passos e gestos novos.

Momentos já tradicionais, como giros mais distantes seguidos de aproximações, gestos de guitarra e expressões inspiradas no rock, além do cortejo mais próximo em “Meu doce vampiro, além do querer”, se integraram bem aos movimentos adicionados.

Na apresentação equivalente à cabine espelhada, o casal saudou cada lado em momentos distintos, revezando-se de maneira elegante, especialmente na despedida do módulo.

SAMBA E HARMONIA

Igor Vianna demonstrou que o samba já está “na ponta da língua” na Ary Franco, com boa presença nesta noite e comandando um ensaio muito sólido junto à comunidade da Zona Oeste. Ainda há margem para crescimento, mas seu desempenho e o entrosamento com o carro de som revelam afinação com a obra de 2026.

A comunidade cantou com força e alegria, sinal de que o samba vem se firmando entre os componentes. A explosão no refrão do meio, “Transo rock e samba pra sentir prazer, agora só falta você, agora só falta você”, voltou a arrepiar, assim como os demais refrões, que levaram os independentes ao grito coletivo.

Ao CARNAVALESCO, Igor Vianna comentou o retorno à Ary Franco e o momento vivido pela Mocidade, destacando a crescente sintonia entre escola e samba.

“A cada semana é uma nova emoção, um novo momento, e a escola está cada vez mais se encorpando ao samba, se adequando a ele. Temos algumas coisas a acertar, mas acho que o caminho é esse. Está tudo caminhando para o melhor pela nossa escola”.

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EVOLUÇÃO

A Mocidade apresentou evolução ligeiramente mais rápida em alguns trechos, muito por estar com um contingente menor nesta noite. Ainda assim, no geral, a escola fluiu bem pela rua, com componentes animados ao longo do percurso, demonstrando alegria, empolgação e forte conexão com o samba e com o enredo que levará à Sapucaí em 2026.

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Wallace Capoeira, diretor de carnaval, explicou que o tamanho da escola foi impactado pelo minidesfile da Série Ouro, que deslocou muitos colegas para o evento. Ele destacou ainda a garra vista no ensaio anterior e como o mesmo espírito se repetiu no último sábado em Bangu. Parabenizou a escola, reforçando a preocupação constante em aperfeiçoar o trabalho.

“Depois do minidesfile, a gente sempre pontua os erros. Graças a Deus, fizemos um baita minidesfile, com a escola muito empolgante, cantando muito e vibrando. É o cantar, vibrar e emocionar, e hoje, novamente, a escola mostrou isso. A Mocidade está de parabéns pelo trabalho que vem executando, toda a nossa diretoria, sob o comando da nossa direção: Marcelo Plácido, Wallace Capoeira, Sandro Menezes, nossa administrativa, Doutora Valéria. A Mocidade está feliz. Temos que querer, temos que trabalhar, entendemos que há muita coisa para ajustar, mas estamos no caminho, trabalhando quietinhos, respeitando todo mundo. A Mocidade é muito mais aguerrida, unida e competitiva”.

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OUTROS DESTAQUES

A bateria “Não Existe Mais Quente”, sob o comando de mestre Dudu, realizou um grande ensaio, com a presença da rainha Fabíola de Andrade, que convidou a musa mirim da escola, Maitê Mendes, para sambar ao seu lado no final da apresentação.

Análise dos minidesfiles da Série Ouro para o Carnaval 2026

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Presidente da Liga-SP comemora sucesso do novo concurso da Corte do Carnaval de São Paulo

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A Final do Concurso da Corte do Carnaval de São Paulo 2026 foi histórica. Após anos sob responsabilidade da São Paulo Turismo (popularmente conhecida como SPTuris), o evento voltou a ser organizado pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), com direito a uma decisão realizada no dia 15 de novembro. Uma das personalidades do universo carnavalesco presente na ocasião era Renato Remondini, popularmente conhecido como Tomate, presidente da Liga-SP. Em entrevista ao CARNAVALESCO, Tomate elencou pontos fortes e de atenção do evento, fez uma síntese e trouxe bastidores do novo capítulo do Concurso da Corte do Carnaval de São Paulo e deu alguns spoilers sobre o minidesfile, consagradíssimo evento que foi exportado da maior cidade da América do Sul para outras praças.

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Foto: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Saldo geral

Primeiramente, Tomate foi instigado pela reportagem a fazer uma síntese de como a Liga-SP vê a nova gestão da Corte do Carnaval de São Paulo: “Esse foi um primeiro ano da Corte do Carnaval de São Paulo retornando à Liga-SP, e isso está servindo de bastante aprendizado para a gente. A Liga-SP não fazia esse evento há mais de 20 anos e foi muito em cima que nós resolvemos tudo, que a gente ia passar a fazer o concurso – mais precisamente, no final de setembro. A gente não teve praticamente tempo nenhum para planejar. Diante desse pouco tempo e da novidade, foi muito positivo. A adesão das escolas foi muito boa – pode ser maior, mas foi pelo menos três vezes maior do que foram nos últimos concursos. Tivemos um avanço enorme nesse aspecto”, comentou, frisando o tempo escasso que a entidade teve para organizar toda a dinâmica.

Trunfos

Na esteira do saldo geral solicitado pela reportagem, Tomate começou a falar sobre alguns pontos que, para eles, sacramentam o sucesso do novo formato do Concurso da Corte do Carnaval de São Paulo: “Um avanço que eu acho importante até para os cofres é que, nesse evento, a gente conseguiu fazer com que a própria Liga-SP, realizando o evento, economizasse. E, aí, também democratizamos tudo: levamos para a Zona Leste, levamos para a Zona Sul, para a Zona Norte, trouxemos para a Fábrica do Samba. A ideia era essa. Fizemos a transmissão ao vivo para atingir muita gente, aumentamos o número de espectadores, de audiência e de pessoas impactadas. A expectativa foi atingida”, comentou.

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Tomate é o presidente da Liga-SP

Quando pedido para ser mais específico, o presidente da Liga-SP elencou baluartes e citou a União das Escolas de Samba Paulistanas, que organiza os grupos de base do carnaval paulistano: “O grande ponto alto foi a adesão. Isso é fato. Colocar no júri sambistas, ex-rainhas, ex-Reis Momo, dirigentes de entidades que cuidam do Carnaval de São Paulo, da UESP, Ailton Graça, Edléia dos Santos, que foi presidente da UESP… um monte de gente, todos eles coordenados por Raimundo Mercadoria. Aliás, o pessoal da Velha Guarda participando também foi um evento. Feito por sambistas, julgado por sambistas e entregue a sambistas. Isso foi um ponto bem positivo”, comentou.

Inclusão

Citando o slogan da entidade que preside, Tomate destacou que o intuito é que o Concurso da Corte seja cada vez mais plural: “É claro que tem coisas que estão sendo melhoradas. Algumas pessoas questionaram se não tem que limitar a idade, e, se a Liga-SP banca a frase de que ela é inclusiva, ela não pode limitar a idade ou peso. Não tem que ter estética corporal, não tem que ter nada. Tem que ter samba no pé, meu irmão. É um evento para sambista, é um evento para os talentos surgirem, para as pessoas serem felizes nele. Isso é o que vale”, refletiu.

Para melhorar

Tomate não fugiu sobre o que é necessário ter mais atenção em 2025, embora tenha deixado claro que será necessário refletir e ouvir comentários do mundo do samba: “Talvez um ponto de mais atenção é a gente entender, depois de avaliar tudo com calma, o que acaba incomodando as pessoas. Eu não ouvi tantos incômodos assim, graças a Deus, mas eu prefiro ouvir os incômodos, recebê-los, interpretá-los e corrigir. Como é uma novidade, é óbvio que tem coisas a ser corrigidas. Mas, no primeiro ano, depois de três eliminatórias, foram poucos ruídos e muitos elogios. Eu prefiro ouvir até os ruídos, os elogios eu deixo para o pessoal curtir”, revelou.

Público ouvido pelo CARNAVALESCO no minidesfile aponta que Virginia Fonseca está evoluindo no samba no pé

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O CARNAVALESCO compareceu à terceira noite de minidesfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro e perguntou aos componentes da Grande Rio o que eles pensam da entrega da influencer Virginia Fonseca, passados pouco mais de um mês desde a coroação da nova rainha de bateria da tricolor de Caxias.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“Ela é nova, então, com o tempo, vai aprendendo. Ela tem que se dedicar muito e ela tem potencial, ela se esforça. Ela vai arrasar em 2026”, disse a estudante Alícia Silva, de 15 anos, que desfila pela primeira vez pela agremiação.

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Estudante Alícia Silva, de 15 anos, que desfila pela primeira vez pela agremiação

Quem também está confiante é o estudante de odontologia e funcionário da prefeitura de Caxias, Jonathan Rodrigues, mais conhecido como o Gloss, de 24 anos.

“O samba dela melhorou bastante. Ela é uma pessoa muito esforçada e, desde antes de assumir o posto de rainha, ela já estava fazendo aulas de samba. Até o carnaval ela vai estar bem melhor. Ela vai arrasar na avenida. Na verdade, ela já está arrasando, porque a Virgínia entrega de verdade”, opinou Gloss, que desfila pela Grande Rio desde os 6 anos de idade.

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Estudante de odontologia, Jonathan Rodrigues

Para Jepherson Vieira, de 31 anos, que atua como técnico de enfermagem e desfila na agremiação desde 2018, o samba de Virgínia nunca foi ruim.

“O que pegaram foram takes nada agradáveis dela. A performance dela, no entanto, vem evoluindo cada vez mais por conta da dedicação e empenho que ela mostra. Ela teve aulas com a musa da comunidade, Luciene, e agora está procurando outros professores para aprender outras técnicas. Eu vim de comunidade, eu aprendi dentro da quadra. Se ela não veio, ela tem que fazer por onde para conquistar o espaço dela. E ela tem feito”, avaliou Jepherson.

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Jepherson Vieira, de 31 anos, que atua como técnico de enfermagem e desfila na agremiação desde 2018

O estudante de enfermagem Caio Doria, de 22 anos, e há quatro carnavais pela verde, vermelho e branco da Baixada, pensa diferente dos demais.

“O samba dela nunca vai ser o suficiente, porque a Grande Rio é uma escola de potência em que rainhas entram e saem e só a comunidade permanece. O esforço dela nunca vai superar o esforço das passistas que estão desde que nasceram na comunidade. Ela precisa olhar mais para a comunidade e aprender mais com as passistas, com as raízes da nossa escola”, criticou o futuro enfermeiro.

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Estudante de enfermagem Caio Doria, de 22 anos

Larissa Monteiro, estudante de Tecnologia da Informação, de 18 anos, em seu quinto ano na Grande Rio, é mais otimista.

“Desde o primeiro ensaio para cá, o samba dela evoluiu muito e vai evoluir mais ainda. Ficou claro, na primeira vez que ela sambou, que precisava de mais prática, de mais cursos, que agora ela está fazendo”, colocou Larissa.

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Larissa Monteiro, estudante de Tecnologia da Informação, de 18 anos, em seu quinto ano na Grande Rio

Entre críticas e elogios, o que todos concordam é que Virgínia é uma rainha esforçada. “Desde que começaram os ensaios, a Virgínia já foi a dois ensaios. Ela é, sim, uma das rainhas mais presentes. Ela tem interação com a quadra, sim. Ela conversa e fala com a quadra, sim. Não que as outras não tivessem, mas ela está mostrando que quer cada vez mais conquistar esse público que tanto a criticou no início”, declarou Jepherson.

Jonathan reforçou o interesse da rainha em manter contato com seus súditos. “Se tiver uma festinha da Grande Rio, ela quer participar, interagir com a escola, com a comunidade”, pontuou o Gloss.

Mesmo Caio, que questiona a legitimidade desse reinado, reconhece o empenho da beldade. “Ela está tentando e sendo bem recebida. Isso é importante para ela ter uma relação com a comunidade”, argumentou ele.

Por fim, os componentes analisaram a popularidade da escola nas redes sociais. Com 1,1 milhão de seguidores no Instagram, a Grande Rio é a agremiação do Grupo Especial carioca com maior engajamento na plataforma, seguida do Salgueiro, com 934 mil, e da Beija-Flor, com 625 mil. Será que a influencer Virgínia Fonseca, que reúne 50 milhões de fãs apenas no Insta, é a responsável por isso?

“Ela é uma influencer muito famosa, muito conhecida. Por conta de ela vir à frente da bateria, a escola ganhou bastante visibilidade”, respondeu Gloss.

Larissa reconheceu a contribuição de Virgínia, mas pontuou que a Grande Rio já vinha direcionando esforços para tal.

“O engajamento se deve não só à Virgínia, porque a minha escola vem crescendo com esses anos, vem ganhando visibilidade. Ela ajudou, mas não foi só a Virgínia, não”, ressaltou a jovem.

É como também pensa Jepherson Vieira. “A Grande Rio vem mostrando seu carnaval desde Tata Londirá. Vem mostrando que tem força, que tem garra, que a comunidade abraçou. A força da comunidade junto ao público também traz visibilidade. Com a chegada da Virgínia, foi só uma melhoria. Ela agregou ao que já estávamos fazendo há anos”, finalizou.

Liesa arrecada 18 toneladas de alimentos em evento do Dia Nacional do Samba

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Não foi apenas na pista da Cidade do Samba que as escolas de samba deram um show. O público também foi fundamental para o sucesso do evento, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de novembro e arrecadou cerca de 18 toneladas de alimentos não perecíveis com a entrada solidária.

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Foto: Eduardo Hollanda/Liesa

“Esse resultado mostra a força do Carnaval. O samba é arte, é cultura e também mobilização social. Ele acolhe, mobiliza e transforma”, destacou o diretor financeiro da Liesa, João Drumond.

Toda a quantidade arrecadada de alimentos será destinada ao programa Sesc Mesa Brasil.

Rubro-negros por um dia vascaínos: Julinho e Rute vestem a Cruz de Malta para homenagear mestre Ciça

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Ser flamenguista no dia do tetracampeonato da Libertadores já poderia render assunto suficiente para uma noite inteira de festa ou de provocações, mas, no caso de Julinho e Rute, a história ganhou contornos inusitados. Algumas horas depois do Flamengo garantir o título no Monumental de Lima, a Viradouro realizou seu minidesfile na Cidade do Samba em homenagem ao mestre Ciça, vascaíno declarado. Para entrar no clima da homenagem, o casal vestiu figurinos inspirados no uniforme do Vasco, criando um contraste afetivo e visual que rapidamente chamou atenção de quem estava por ali. Ao relembrar aquele momento, em entrevista ao CARNAVALESCO, Julinho soltou uma risada e começou explicando como recebeu a coincidência das datas: “Que peça que o destino pregou”.

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Fotos: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

Ele comenta que, apesar da ironia futebolística, não houve espaço para hesitação.“Não temos do que reclamar: toda e qualquer homenagem ao Ciça é válida. Como diz o samba: ‘não esperamos a saudade para cantar’. Estamos retribuindo ao Ciça por tudo o que ele faz pela gente. Mesmo o coração batendo muito rubro-negro, ele bate pelo Ciça também”, declarou o mestre-sala.

A cena, naturalmente, gerou brincadeiras de todos os lados, e poucas pessoas aproveitaram tanto esse aspecto quanto Rute. Com humor, ela ampliou a história para o campo do impossível: “Acho que a gente devia entrar para o Guinness porque somos os únicos flamenguistas no mundo que, no dia da final da Libertadores, vestiram a camisa do Vasco”, disse a porta-bandeira aos risos.

Ela conta que não houve dúvida ou receio: o figurino precisava dialogar com o mestre homenageado, independentemente da rivalidade esportiva. Ainda assim, o ambiente da Cidade do Samba tratou de reforçar o lado cômico da situação:

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“Não hesitamos em nenhum momento. Mas tivemos que aturar os vascaínos na Cidade do Samba tirando foto com a gente, sacaneando, porque sabem que somos flamenguistas pra caramba”.

A dupla, inclusive, chegou à Cidade do Samba usando camisas do Flamengo, guardando o figurino vascaíno para o momento exato da apresentação. Rute recorda o momento em que Ciça percebeu o que eles tinham preparado: “Quando ele viu, os olhos dele encheram d’água”.

Ela contou que o mestre até deu sugestões para a coreografia espelhada. “O Ciça está sendo verdadeiramente homenageado. Ele está fazendo parte de tudo e não há nada que ele hesite em fazer pela gente. Ele até deu ideia para a nossa coreógrafa de movimento na cabine espelhada. Ele é incrível”, revelou.

‘Falar dos nossos’

Entre uma provocação futebolística e outra, Julinho muda ligeiramente o tom quando o assunto passa a ser a escolha da Viradouro por homenagear um sambista vivo e atuante. Para ele, esse tipo de homenagem responde a um desejo antigo de ver o carnaval valorizando sua própria história.

“Acho que essa homenagem vem para alertar. O samba busca tanta coisa na nossa cultura, e é relevante falar da nossa própria cultura, não só pegar CEP internacional. Tem muito para se falar do Brasil, mas também muito para se falar do samba, do Carnaval e das próprias escolas”, afirmou.

Julinho defende que homenagens aos sambistas ainda atuantes no carnaval das escolas de samba fortalecem o vínculo entre comunidade e enredo, criando identificação imediata:

“Falar de um segmento vivo e atuante é inovador. Todo sambista vai se sentir representado pela Viradouro, como nós estamos. Acredito que, a partir de agora, várias escolas vão homenagear os seus que ainda estão vivos e atuantes”.

Figurino vascaíno

Se o gesto já era significativo, o figurino reforçou ainda mais o simbolismo da noite. A concepção foi de Rute, que buscou fidelidade absoluta à camisa do Vasco. Ela mergulhou nos detalhes técnicos do uniforme cruzmaltino:

“Queríamos algo o mais fiel possível. Fiz o rapaz que executou o figurino procurar o viés certo da gola, estudamos juntos a altura exata da Cruz de Malta. Se você me perguntar as especificidades da camisa do Flamengo, vou saber. Agora, do Vasco, não”, contou.

Rute ainda explicou que escolheram tecido próprio de camisa de futebol, para reforçar o aspecto realista. Satisfeita com o resultado, ela brincou com o costureiro: “Fiquei muito satisfeita com o resultado, mas que desperdício!”. Ela ri, deixando claro que a farra entre Flamengo e Vasco passou longe de qualquer tensão.

Ao fim do carnaval, ela pretende presentear o figurino à rainha de bateria Juliana Paes, vascaína assumida.

E depois dos 40 minutos?

Depois de cerca de quarenta minutos desfilando com a Cruz de Malta no peito, Julinho admitiu que não se acostumou. Ele responde com humor, mas também com a honestidade de quem vive intensamente o futebol:

“É pelo Ciça! Acabou o desfile, já botamos a faixa de campeões da Libertadores. Já estamos voltando ao rubro-negro, daqui a pouco já estarei com a camisa do Flamengo”.

No fim, foi uma noite em que o samba e o futebol se encontraram mais uma vez. A homenagem ao mestre “Caveira” superou a rivalidade esportiva. Julinho e Rute mostraram que, no samba, o coração pode até mudar de cor por alguns minutos, sobretudo quando bate pelo samba e pelos seus mestres.

Vila Isabel faz ‘paradona’ no minidesfile e coloca a bateria ‘na cabeça’ da escola

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A Vila Isabel emocionou o público do minidesfile no último domingo pelas surpresas que a bateria “Swingueira de Noel” preparou para os componentes e o público da Cidade do Samba. Durante a apresentação, os rimistas comandados pelo mestre Macaco Branco vieram à frente da escola, logo depois do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, e também realizaram uma paradona para que os componentes cantassem uma passagem inteira do samba-enredo de 2026, tomando o local com um coro uníssono.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“Amei o minidesfile. Foi muito vibrante, uma amostra do que a gente está preparando para apresentar na avenida, uma explosão de alegria. A paradona é fantástica, porque a bateria para e vem a comunidade. A Vila Isabel consegue segurar o samba. O público interagiu com a gente e gostou muito do que viu”, contou a baiana Ana Conegundes, de 61 anos, que acumula 18 carnavais pela escola de Noel.

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Baiana Ana. Foto: Gabriel Radicetti/CARNAVALESCO

Encantando diferentes gerações, Cecília Barbosa, de 22 anos e em seu segundo ano desfilando pela Vila, também aprovou a paradona.

“O samba vai pegar na avenida. Vai dar bom. Antes mesmo de ser escolhido como oficial, na disputa, ele já estava na boca de todo mundo. Já deu tempo de a comunidade aprender o samba, e quem não é da escola também está cantando”, avaliou a jovem.

O mestre de bateria Macaco Branco explicou que a ousada proposta de silenciar os instrumentos por um período mais longo do que o usual veio do diretor de carnaval da escola, Moisés Carvalho.

“Ele veio com essa ideia e, como tudo que ele pede, a gente sentou e pensou mil vezes para não ter nada errado. Tudo que a Vila faz é muito pensado, com muita estratégia, para fazer nosso componente brincar e pular o carnaval. Quando se para para a galera gritar (não é cantar, é gritar) o verso ‘Para você, Heitor’, reverenciamos esse cara que foi um marco no carnaval, que criou tanta coisa, mas acabou esquecido com o tempo”, relatou o musicista.

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O resultado final agradou o idealizador, que ressaltou o empenho e a animação da comunidade.

“Estou feliz com o que a gente fez, feliz que a comunidade comprou nossa ideia e que todo mundo cantou muito bem o samba. Isso é fruto de um trabalho, fruto do que a gente vem construindo desde o lançamento do enredo na Pedra do Sal, em maio”, recordou Moisés.

O diretor de carnaval da Vila Isabel também é creditado como o responsável pela inserção da bateria à frente do minidesfile.

“Nenhuma escola colocou a bateria na frente. Normalmente, todo mundo fecha com a bateria. A gente geralmente discute muito, briga muito, sempre em prol da Vila, e aí surgiu a ideia de trazer a bateria na frente, atrás do casal, e fazer um recuo de bateria no meio do desfile. Serve para valorizar a festa e para motivar a escola que vem atrás”, esmiuçou Moisés Carvalho.

“Deu muito certo. A bateria saiu logo no primeiro setor da escola e veio esquentando a comunidade, o público presente, fazendo a paradona e o público cantando a plenos pulmões. Depois, fizemos um recuo para o restante da escola ficar nessa pulsação do coração da escola de samba que é a bateria da Vila Isabel”, detalhou Macaco Branco.

Calcada no canto da comunidade e no primor técnico, a Vila se destacou com um dos melhores minidesfiles da temporada 2025 para 2026 e consolidou-se como uma das favoritas, após um amargo oitavo lugar no carnaval passado.

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Cecília Barbosa, de 22 anos. Foto: Gabriel Radicetti/CARNAVALESCO

“A Vila está focada no título. Está tentando inovar a qualquer custo, testar coisas novas para conseguir o título de 2026. Se Deus quiser, vamos conseguir”, finalizou Cecília, confiante.

Com participação de Martinho da Vila, Neguinho da Beija-Flor e Ferrugem, Botequim da Cidade do Samba encerra a temporada

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A temporada 2025 do Botequim da Cidade do Samba chega ao fim no dia 8 de dezembro com três participações especiais: Neguinho da Beija-Flor, Martinho da Vila e Ferrugem. Eles sobem ao palco em uma noite que contará com muito samba e pagode. Nesse tradicional encontro de sambistas, na casa do Carnaval carioca, a noite será marcada, ainda, por apresentações dos intérpretes das 12 agremiações do Grupo Especial, além de uma batalha de confetes com a banda do Cordão da Bola Preta e o encerramento com a campeã do Carnaval, Beija-Flor de Nilópolis.

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Foto: Divulgação/Liesa

Em um palco montado em 360 graus, bem próximo ao público, o evento organizado pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), reúne amantes do samba e da boa música, com bebida gelada e comida de botequim.

Os ingressos já estão disponíveis em valores promocionais, a partir de R$20, com entrada gratuita para mulheres até as 19h.

BOTEQUIM DA CIDADE DO SAMBA – EDIÇÃO DEZEMBRO
Data: 08/Dezembro/2025 – Segunda-Feira
Horário: das 18h00 às 00h00
Local: Cidade do Samba
Endereço: Rua Rivadávia Correa, 60, Gamboa – Rio de Janeiro/RJ