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Ponte faz junção das parcerias de Serginho Aguiar e Chacal do Sax para exaltar o ‘Tamborzão’ no Carnaval 2026

Por Carolina Freitas e Juliana Henrik

Passava das 6h30 deste sábado quando a Unidos da Ponte anunciou a junção das obras das parcerias de Serginho Aguiar e de Chacal do Sax como vencedoras para o Carnaval 2026. Assim, assinam o samba-enredo Serginho Aguiar, Naval, Alexandre Reis, Renne Barbosa, Leozinho Nunes, Jhonatan Tenório, Léo Freire, Gigi da Estiva, Chacal do Sax, Gustavinho Olibeira, Marquinhos Beija-Flor, Gabriel Simões, Raphael Gravino, Brayan Sá, Valtinho Botafogo e Mateus Pranto. O evento também teve a coração da rainha de bateria, Thalita Zampirolli. Para o Carnaval 2026, a Unidos da Ponte transporta para a avenida o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves. Vale lembrar que a escola será a última a desfilar pela Série Ouro no sábado de Carnaval, dia 14 de fevereiro de 2026.

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Foto: Juliana Henrik/CARNAVALESCO

“Fui presidente aqui por dois anos. Era um processo de resgate da escola, que ainda estava na Intendente. A gente tinha um grande refrão, e eles tinham um grande segundo samba. A escola não tem que se prender a quem juntou A ou B para favorecer. Eu ganhei em 2025 na Beija-Flor, fiz o ‘Laíla’ e agora ganhei aqui. A Ponte é uma história da minha vida: meus pais, meus tios… A gente sempre teve ligação. Eu não imaginava ganhar um samba na Ponte, que é uma escola de grandes sambas. Mas estou aí, mais uma vez, escrevendo mais uma parte da minha história aqui”, celebrou o compositor Serginho Aguiar.

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Compositor Serginho Aguiar

“A Ponte é uma escola de grandes sambas. Vem com um enredo que fala muito sobre a gente, que é periférico. Tentamos usar os nossos dialetos, a linguagem do nosso povo, para chegar nesse samba. Eu acho que o outro samba tem um refrão muito bom. Mas o nosso refrão do meio sintetiza bastante do que acreditamos sobre o enredo. A gente acredita muito nisso, nesse lance de pertencimento, de dar voz às periferias. E é isso: acreditamos que vai ser um grande desfile da Ponte. Se Deus quiser, vamos chegar ao Especial. Na Ponte, é a primeira vez que ganho samba. É a primeira vez. Estou muito feliz com os meus parceiros”, comemorou o compositor Faustino.

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O presidente Tião Pinheiro, ao CARNAVALESCO, falou que a escola passa por uma nova fase e que após o incêndio, antes do Carnaval 2025, o pensamento é de um voo ousado no desfile do ano que vem.

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“A Unidos da Ponte passou por uma ampla reestruturação. A gente precisava desse momento de reformulação completa das ações: tirar a Ponte de uma posição em que brigava apenas pela permanência para, agora, disputar a primeira metade do grupo e fazer um voo cada vez mais ousado, mais alto. A Ponte merece isso. É uma escola que ficou 10 anos no Grupo Especial e eu acredito que, com o enredo que temos hoje e os valores que contratamos, estamos capacitados para buscar uma posição histórica. Quem assistiu o desfile de 2025 pode até imaginar que o impacto não foi tão grande, mas só nós sabemos a reengenharia que tivemos que fazer: tirar fantasias do chão, colocar no carro, ir preenchendo a escola de tal forma que tivéssemos uma plástica bonita”.

Gestor da escola, Gustavo Barros, falou do planejamento para o desfile de 2026. Ele elogiou a chegada do carnavalesco Nicolas Gonçalves e chamou o artista de “camisa 10”.

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“Eu acho que hoje essa final de samba só vai coroar essa nova Ponte que eu acho que estamos conseguindo trazer. Vai ser um grandioso carnaval, eu tenho certeza. O enredo é maravilhoso. Estamos conseguindo trazer celebridades, artistas e além disso a gente tem o Nicolas, que eu considero que é o camisa 10 do nosso time, que está preparando um excelente carnaval para poder fechar o desfile da Série Ouro. Já começamos o barracão e as fantasias, temos um planejamento bem adiantado para conseguir de fato fazer um carnaval que a gente possa competir com as escolas com poder financeiro maior que o da Ponte. Porque a Ponte é uma escola que tem 10 anos de Especial, logo é uma escola também que não fica atrás de outras escolas tradicionais do nosso grupo. Mas trabalhamos muito para conseguir, de fato, fazer a Ponte chegar no Especial, mesmo tendo um poder financeiro menor que algumas outras agremiações”.

Novo casal de mestre-sala e porta-bandeira da Ponte para o Carnaval 2026, Thiaguinho e Jéssica, conversaram com o CARNAVALESCO sobre a parceria e o trabalho para o desfile do ano que vem.

“Eu já dancei com o Thiago na Jacarepaguá, e estar na Ponte, uma escola tão maravilhosa como essa, os dois juntos novamente, foi um prazer enorme. Aceitamos o convite com muita alegria. E vamos defender o pavilhão da Ponte com muito amor. A expectativa é a melhor possível. O Thiago é muito disciplinado. Ele tem um riscado muito bonito e postura muito bonita também. É um excelente mestre-sala. O desenho da nossa fantasia está lindo, maravilhoso. Foi o presente que o carnavalesco nos deu. Eu fiquei empolgada e muito feliz. Superou as nossas expectativas. Com o samba escolhido nós já começamos a ensaiar para o desfile oficial. Começamos a fazer a montagem da coreografia e analisar também o tema da nossa roupa, o que viremos representando, para podermos encaixar e vermos qual é a melhor forma de trabalho: se vai ser em cima do som, se vai ser o tema da nossa roupa. Assim, se abre um leque de opções para nós”, comentou a porta-bandeira.

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“Após a minha saída da Viradouro, eu recebi algumas propostas e convites. Houve a oportunidade de dançar com a Jéssica. Quando me perguntaram ‘o que você acha?’, eu falei ‘opa, uma parceria que me interessa, que me agrada’. Eu já tive um contato com ela, quando trabalhamos juntos em 2012. Tentamos ouvir, na verdade, algumas outras escolas, e no final das contas resolvemos fechar a Ponte. A Jéssica tem uma dança muito expressiva, forte e aguerrida. Ela tem um estilo de dançar que traz com ela um pouco mais da ancestralidade e da tradição da porta-bandeira, e isso eu acho que o ponto alto dela. Ela ganha velocidade sem perder o eixo e a elegância, com uma postura exemplar. Eu acho que nós vamos fazer um grande baile. Eu senti que o baile vai ser lindo. O anoitecer e o amanhecer vão ser lindos”, completou o mestre-sala.

Camarão Netto, diretor de carnaval da Unidos da Ponte, contou como surgiu o convite para trabalhar na escola e revelou o andamento das atividades na agremiação.

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“Eu já esperava uma escola da Série Ouro no carnaval de 2026 para assumir esse projeto lindo e maravilhoso. Como vocês estão vendo aqui nessa festa, totalmente ligado ao nosso enredo. Eu aceitei a proposta, gostei do projeto e topei abraçar a ideia do presidente Tião Pinheiro e do gestor Gustavo Barros. Encontrei a raiz, a essência de uma escola tradicional. A Unidos da Ponte é uma escola que já passou 10 anos pelo Grupo Especial, e encontrei essa essência de uma escola grande, com nome e com raiz. As mudanças apareceram logo no início: assim que assumimos a direção de carnaval, mudamos todo o quadro da direção, inclusive, os casais. Começamos a trazer um ar de grandiosidade e renovação para a Ponte, sem desfazer do trabalho dos segmentos anteriores, mas dando esse novo fôlego. Eu considero que 90% do nosso carnaval vem do samba. É ele que dá o andamento da escola, o termômetro, a defesa do enredo. Antecipar a escolha facilita todo o processo: o trabalho com a comunidade, a reprodução das fantasias, das alegorias. É um avanço enorme para a Unidos da Ponte já ter o samba definido em agosto. Agoram, faremos um cadastramento e recadastramento das alas de comunidade. O trabalho será feito como em uma escola grande, que é o que a Unidos da Ponte representa, inclusive, pensamos em fazer ensaios de rua”, explicou.

De volta ao Rio de Janeiro, o carnavalesco Nicolas Gonçalves disse como surgiu a ideia do enredo da Ponte para 2026 e falou do trabalho na escola.

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“Estou pura alegria de estar de volta ao Rio. Estou lá (São Paulo) e cá e está sendo um desafio gigante, mas que está me dando muitas alegrias. Estou contente tanto lá quanto cá. O enredo é muito profundo, mas também é celebrativo. Busquei trazer pautas importantes, e com ele temos todas as narrativas fortes, que conseguem ser trazidas de forma celebrada, o que é melhor ainda. Vamos trazer isso sambando e rebolando. A Ponte vai ser a última a desfilar, e não à toa o enredo também começa no anoitecer, na madrugada, e termina no amanhecer. Eu tive a sorte de pegar uma escola que se deu uma bela renovada. Temos essa nova administração com o Tião e com o Gustavo, e eu fiquei muito feliz que eles já estão começando. Eu vim de um carnaval no Rio que é difícil, começamos tardiamente e isso prejudica um pouco. Só de eu já estar subindo alegoria e fazendo as fantasias, para mim já está sendo incrível. É muito motivador e o principal é logística. Começando agora vamos conseguir colocar o que planejamos em prática. E eu tenho certeza que a Ponte vai surpreender muito, tanto visualmente, quanto com samba. Eu acho que temos tudo paraformar um casamento e ser um grande desfile, e isso porque as coisas já estão rolando, o que me deixa bem mais seguro”.

Com uma dupla no comando da bateria, a escola terá os mestres Alex e Juninho.

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Mestre Juninho

“Eu e o Alex somos como irmãos, até porque ele é meu cunhado. A afinidade é máxima, a compreensão também. Nós seguimos a teoria de que ‘em time que está ganhando, não se mexe’. Temos que chegar respeitando a casa, a bateria e suas tradições. Até o momento, não vimos necessidade de mudanças. Estamos tentando manter o máximo possível do ritmo meritiense. Mas, se for para mudar algo, será sempre para melhor. O enredo nos permite algumas coisas, mas preferimos trabalhar mais com os instrumentos que fazem parte de fato do samba como surdo, caixa, repique e transformá-los como se fossem utilizados no funk e no charme”, disse mestre Juninho.

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Mestre Alex

“Essa parceria já vem de muito tempo. Quando o Juninho foi mestre na Inocentes, eu fui diretor dele. Além disso, ele é meu cunhado, irmão da minha esposa, então sempre tivemos convivência próxima, já moramos até na mesma casa. Por isso, fica muito mais fácil trabalhar juntos, porque já existe uma relação de confiança e afinidade de longa data. Temos pessoas que nos acompanham desde a época da Inocentes e de outros lugares, sempre somando no trabalho, e graças a Deus tudo tem fluído muito bem”, afirmou mestre Alex.

A Ponte terá os intérpretes Thiago Brito e Matheus Gaúcho em 2026. Ao CARNAVALESCO, eles trocaram elogios. “O Matheus é um cara sensacional, humilde e agrega ao trabalho. Nós não temos vaidade, aqui passamos o melhor para a escola. Ele é um cara com um coração gigante. Nossa parceria tem tudo para dar certo, e já deu certo. Sobre a bateria, eu já trabalho com o Juninho desde garoto. Quando eu era cantor da Inocentes, campeão do carnaval em 2012, 2013, o Juninho estava começando a bateria da Inocentes, e o Alex eu já conhecia da própria Inocentes também, como da Alegria do Vilar, pois defendo o samba lá, sou compositor da escola. Termos uma amizade bastante longa, duradoura, não teve muito mistério”, disse Thiago.

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“O Thiago já é um amigo de longa data, já defendemos bastante sambas por aí. Agora estamos tendo o prazer de cantar junto aqui na Ponte, e se Deus quiser, vamos fazer um grande trabalho pela escola. Estamos fazendo uma parceria, eu e o Thiago, para montar um carro de som de qualidade, com cavaco, escritores. Assim que fomos contratados, nos reunimos e escolhemos os cantores e cordas para nos entrosarmos e ensaiarmos, e daqui para frente nos prepararmos para o nosso desfile”, explicou Matheus Gaúcho.

Saiba como passaram os sambas na final

A parceria de Serginho Aguiar abriu a apresentação da noite da final de sambas da Unidos da Ponte. Com boa condução dos intérpretes Leozinho Nunes, Gabriell Salles e James Bernardes, o samba animou e se manteve constante. O trecho “Paredão já tá formado // Quem quiser pode chegar // Todo mundo convidado a ‘funkear’ // 150 bpm acelerado // No tamborzão da Ponte, ninguém fica parado” é o principal e mais forte, mas encontrou concorrência no que diz respeito ao canto do público, que também se empolgou com a parte “Toca DJ, um som diferente, melodia envolvente // Faz o corpo balançar // Canta MC, sua rima é o legado // Esse ‘dom’ é um ‘tornado’ // Vem pro baile dançar”. A torcida começou pouco animada, mas, nas últimas passadas, virou o jogo e se empolgou até demais, soltando fogos com fumaça dentro da quadra, o que atrapalhou os cantores e incomodou o público, que inalou fumaça. Após o episódio, o uso de fogos foi proibido nas demais apresentações.

A parceria de Robinho da Portela, segunda a se apresentar na noite, contou com uma torcida bastante animada e organizada. O samba empolgou e se mostrou um forte candidato ao título, tendo como ponto alto o trecho “Nosso canto é suor, é raiz // Eu só quero é ser feliz // No baile da Ponte tem charme e tornado // É som de preto, de favelado”, cantado pela maioria das pessoas na quadra. A escolha foi uma ótima sacada, já que faz referência a funks clássicos dos anos 1990 e 2000, que caíram na boca do povo e permanecem conhecidos. O intérprete Serginho do Porto conduziu com muita animação. Torcida e público seguiram cantando com força, mesmo após o fim da apresentação.

A parceria de Toni Bach se apresentou sem torcida, o que dificultou a empolgação do público presente. O trecho mais marcante foi “É a Ponte na avenida // Levanta bandeira // No tamborzão a luta é verdadeira // O som que resiste, da nossa raiz // Eu só quero é ser feliz”, com destaque para a última frase, puxada com garra pelos intérpretes Felipe Lima, Felipão Lima, Toni Bach, Adriano Amaral e Leo 30, que conseguiram animar a quadra, já que a música carece de explosão. A letra também trouxe referências a funks clássicos, como “Já é sensação”, “Nosso sonho não vai terminar”, “Liberta DJ” e “É som de preto”, mas usadas fora dos momentos de maior impacto.

A parceria de Chacal do Sax foi um dos grandes destaques da noite. Empolgante e consistente, apresentou em uma melodia chiclete boas referências aos funks clássicos, como a icônica frase “Tenha a consciência que o pobre tem seu lugar”, do famoso Rap da Felicidade, bem posicionada em um dos pontos altos da obra. Além disso, o uso de gírias e expressões ligadas à comunidade funkeira foi um ponto positivo, como “nevou”, “corte na régua” e “liberta DJ, a favela venceu”. A composição não apenas homenageou o gênero musical e seus criadores, mas também a própria Unidos da Ponte, com destaque para o trecho “Não sou de mandar recado, sou cria de Meriti // Aqui é som de preto! Com orgulho, favelado! É o baile da Ponte na Sapucaí!”. O intérprete Tinguinha brilhou ao levantar o público com sua condução, acompanhado por uma torcida animada desde o início, além do canto forte da bateria e da participação calorosa da plateia, que dançou muito.

A penúltima parceria da noite, de Alexandre Valle, começou com um ritmo que remetia ao Rap da Felicidade e seguiu trazendo referências a funks consagrados, como “Glamurosa”, de MC Marcinho. Com narrativa guiada pelo personagem MC Meriti, a melodia mostrou consistência, mas sem explosão. A tentativa de homenagear o maior número possível de referências ao funk, incluindo “Furacão 2000”, “Tamborzão”, “Não para não” e “Esquece”, acabou tornando o samba um tanto confuso. A ausência de torcida atrapalhou ainda mais a empolgação da quadra. O intérprete Paulo Bispo conduziu com competência ao lado de seus parceiros.

Tuiuti reafirma acerto nas encomendas e lança samba de potência em melodia e letra para o Carnaval 2026

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Por Allan Duffes e Marcos Marinho

A Paraíso do Tuiuti viveu uma noite apoteótica na Cidade do Samba ao apresentar oficialmente seu samba-enredo para o Carnaval 2026, mais uma vez, apostando na bem-sucedida medida de encomendar a obra aos consagrados Claudio Russo e Gusttavo Clarão, agora reforçados pelo talento do escritor e historiador Luiz Antônio Simas. Sob o enredo “Lonã Ifá Lukumi”, assinado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, a escola mostrou força, casa cheia e energia contagiante em uma festa marcada ainda pelos shows da Beija-Flor, atual campeã do Grupo Especial, e da Grande Rio, vice-campeã. Primeira a desfilar na terça-feira de folia, o Tuiuti deu o tom de que seu hino oficial promete ser um dos grandes destaques do próximo carnaval. * OUÇA AQUI O SAMBA

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“Trabalhamos incansalvamente para fazermos esse evento. Agora, vamos dar passagem de 2025 para 2026. Aproveito para anunciar que, mais uma vez, teremos uma ala 100% trans no nosso desfile. Igualdade para todos”, disse o presidente Renato Thor.

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Ao CARNAVALESCO, Simas falou como foi o convite para integrar a parceria do samba de 2026 do Tuiuti. “Recebi um convite do presidente via Cláudio Russo e Gusttavo Clarão pela minha afinidade com o tema, porque o Ifá é um tema que me interessa. Eu tenho uma relação com a religião, com o Ifá há muito tempo. A gente já vem trabalhando desde que o enredo saiu, eu e Cláudio aqui, o Gusttavo nos Estados Unidos. Nós fomos testando, como não tinha aquela urgência, que muitas vezes é trazida pela disputa, pela pela inscrição e tal, fomos testando samba, dando uma olhada na sinopse, experimentando o que funcionava, o que não funcionava e acabou saindo esse samba. Eu não sou exatamente um compositor de samba enredo. Gosto de temáticas vinculadas ao universo afro-religioso. O que a encomenda te traz, digamos, de positivo nesse sentido, é o tempo de maturação para você preparar o samba, para você testar e não tem o calor da disputa. As disputas, elas são muito intensas. Essa experiência do Tuiuti foi interessante, que é o modelo que a escola já vem adotando há muito tempo e tem dado resultado”.

Fotos: apresentação oficial do samba-enredo do Tuiuti para o Carnaval 2026

Claudio Russo também falou sobre a obra de 2026: “O Tuiuti já se tornou parte da minha família, do meu cotidiano. Esse é o oitavo samba no Tuiuti, que eu faço, e esse de uma forma muito peculiar porque a gente trouxe o Luiz Antônio Simas, que além de historiador e de um grande compositor, ele é babalaô de ifá e o ifá não é tão conhecido quanto outros componentes do candomblé aqui no Brasil. É algo mais particular e específico. A gente tenta sempre fazer o melhor para a escola e para o julgamento também. O que condensa o enredo, resume tudo, é ‘derruba os muros, quem sabe asfaltar, caminhos abertos na mão de Ifá, que o mundo entenda que o ebó vence a dor, sentado à esteira de um babalaô’. O samba todo é a consulta de um babalaô, que é o padrinho, a um iniciado. E nesse final a gente quis trazer aquela ideia que alguns constroem muros, outros constroem pontes. E a gente derruba os muros para abrir os caminhos”.

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Pixulé diz estar em casa no Tuiuti

Em entrevista ao CARNAVALESCO, o intérprete Pixulé citou a importância do samba-enredo estar definido no início de agosto e revelou sua parte predileta na obra de 2026.

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Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO

“Facilita para todo mundo ter o samba cedo. A harmonia pode trabalhar o canto, bateria, para o público aprender o samba mais cedo. Ele sendo confeccionado primeiro que todas as escolas, facilita pra todo mundo. Aqui é uma escola que me abraçou, comunidade me abraçou, presidente me abraçou. Me sinto em casa. Encontrei o meu caminho. Já entrei com um brilhante samba, no ano seguinte veio o Chica Manicongo, outro brilhante samba. E agora, também um outro brilhante samba. Adoro a parte: ‘Eleguá / é o dono do poder/moenda não pode mais moer/põe fogo na cana/Eleguá/Tem coco, mandinga e dendê/hoje o coro vai comer/nas barbas de Havana”.

O intérprete enalteceu a parceria com mestre Marcão e a bateria: “Virou um casamento. Pichulé, Marcão, Marcão, Pichulé. A gente agora nem pensa em divórcio. É um casamento que vai durar por algum tempo”.

Escola já terminou produção de protótipos das fantasias

Em mais um ano como responsável pelo enredo e a parte plástica do desfile do Tuiuti, Jack Vasconcelos conversou com o CARNAVALESCO sobre o enredo e o trabalho na escola.

“Esse enredo de 2026 representa trazer a palavra de Orumila para a humanidade, eu acho que é a grande missão do Tuiuti esse ano. A gente tem que aprender de uma vez por todas de que nós somos uma coisa só. É tudo uma coisa só. O que acontece com um vai reverberar no outro ou em outro lugar, nada está desconectado. Quando a gente entender que nossas ações causam reflexos, acho que já vai ser meio caminho andado para a gente resolver muita coisa”.

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O artista explicou a importância do Tuiuti ter trocado de barracão na Cidade do Samba. “É um barracão que é mais espaçoso. A gente tem um espaço maior para trabalhar. Estamos com uma uma disposição melhor nesse, porque o nosso antigo dava um pouquinho mais de dificuldade, principalmente, com as alegorias. Vamos ter um ganho em montagem de alegoria. Já terminamos os protótipos das fantasias. A gente está entrando agora em reprodução e alegoria a gente está indo para a terceira já. Estamos indo bem. Está tranquilo”.

Jack contou como é sua participação com os compositores na elaboração do samba-enredo do Tuiuti. “A gente se entende muito bem, ele (Claudio Russo) já saca das coisas que que eu quero dizer, ele já pega de longe. É uma parada que parece que a gente se conectou em sonho. A gente não chegou a verbalizar, mas a gente se conectou no sentimento, na ideia, entendeu? Quando o tema é entendido, quando ele é absorvido pelo artista, todo mundo ganha e não tem erro, porque não tem erro em arte”.

Novo barracão facilita a logística

Leandro Azevedo, diretor de carnaval, foi questionado como melhorar o canto da comunidade, que é tão criticado pelos jurados nos desfiles do Tuiuti.

“O Simas (compositor) já fez uma palestra para a ala da comunidade explicando como é a letra do samba. As pessoas vão estar sabendo o que vão cantar, entendendo a mensagem do estão cantando. A escola aposta muito no entendimento do samba pela comunidade, valorizando nossa comunidade, para a gente poder construir um canto forte, coeso e que a escola consiga passar muito bem na avenida”.

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O diretor de carnaval explicou o que já foi feito no novo barracão do Tuiuti na Cidade do Samba. “Não é só mudança de barracão, é mudança de ciclo. Claro que o novo barracão é logisticamente melhor, porque ele tem quatro portões. O outro, apesar da gente já tá acostumado, eram dois portões, e agora são quatro portões. Isso ajuda na logística da escola. É uma mudança para que a Paraíso do Tuiuti consiga os resultados que a gente quer, que é voltar no desfile das campeãs. Já colocamos o barracão com a cara do Tuiuti, com a cara do presidente Thor. Daqui a uns 10 dias mais ou menos vamos iniciar a fabricação das fantasias para o Carnaval 2026. Tudo dentro do planejado. Está tudo muito leve no Carnaval do Tuiuti. Ter o samba logo no início de agosto acelera o processo da escola. Já é uma característica nossa, e, como já temos o samba, vamos iniciar o recadastramento da comunidade a partir de semana que vem. Já temos o ensaio de quadra. Ou seja, temos mais tempo para ensaiar a escola do jeito que a gente quer”.

Casal está conectado

Novo casal de mestre-sala e porta-bandeira do Tuiuti, Vinícius e Rebeca, conversaram com o CARNAVALESCO. A dupla falou sobre a fantasia de 2026, o trabalho em cima do samba e a característica da dança de cada um.

“Desde o momento que o Vinícius chegou para dançar comigo, a nossa conexão foi imediata. Agora eu posso afirmar que nossa dança pegou uma conexão muito forte e parece que a gente já vem dançando há bastante tempo. Assim como vocês estão ansiosos, também estamos bastante ansiosos para poder ver nossa fantasia. Mas ainda não nos foi mostrado. O samba mexeu muito com a gente. E cada momento das palavras e do enredo, é uma condição muito forte que a gente inventa uma coisa que é nossa identidade. E a gente tá trabalhando bastante em cima disso pra poder arrasar”, comentou a porta-bandeira.

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“Eu sempre admirei a Rebeca, até quando eu ia visitar o Tuiuti, quando ainda era mestre-sala de outra agremiação, eu sempre admirei a postura, a forma como ela expressava a dança dela. E, agora, dançando com a Rebeca, isso fica cada vez mais nítido para mim. Ela transforma a dança em fácil, a condução com ela é de uma forma muito clara. E ela tem habilidade. Sem contar que ela linda, maravilhosa, inteligente… Eu que me sinto pressionado em ter que estar a altura dela. O Jack (carnavalesco) é um cara incrível. É um exímio profissional. Ele deixa a gente à vontade. Mas ainda não conversamos, não sabemos nada sobre a nossa instrumentária. Já temos uma reunião marcada. O samba encomendado é uma facilidade. Quando a gente já tem esse samba, ajuda a gente no planejamento”, completou o mestre-sala.

Imperatriz define oito sambas classificados em noite de afirmações para algumas parcerias

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A Imperatriz Leopoldinense realizou, na última sexta-feira, mais uma eliminatória de sambas-enredo visando o Carnaval de 2026. Ao todo, 13 obras se apresentaram, e oito delas foram classificadas para a próxima fase, que acontecerá na próxima sexta-feira. Com o enredo “Camaleônico”, uma homenagem ao cantor Ney Matogrosso, a escola busca conquistar seu décimo título no Grupo Especial. A noite foi marcada por apresentações de destaque, como mostra o CARNAVALESCO na análise do desempenho de cada samba que segue na disputa.

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Foto: Luiz Gustavo/CARNAVALESCO

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Parceria de Gabriel Coelho: O samba de Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente e Bernardo Nobre, com o aniversariante Nego e Igor Vianna nos vocais principais, alcançou uma ótima apresentação: envolvente e redonda. Desde a abertura, com “jurei mentiras mas não estou sozinho”, a melodia bem construída permeia a obra. O refrão principal “vem meu amor, vamos viver a vida, bota pra ferver que o dia vai nascer feliz na Leopoldina” é, ao mesmo tempo, melodioso e animado, recebendo excelente resposta da quadra, que reagiu com empolgação. Um dos grandes destaques da noite.

Parceria de Jeferson Lima: A obra de Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Chico de Belém, Mirandinha Sambista, Alfredo Junior e Tuninho Professor contou com Wander Pires no palco. O intérprete, como de costume, soube explorar toda a qualidade melódica da obra, que funcionou bem nas três passadas. Destacaram-se trechos como o refrão central “um bandido corazon, traiçoeiro; cavaleiro e cigano, bandoleiro…”. O refrão de cabeça traz variação melódica interessante no trecho “sua verdade eu sei, a liberdade é a lei, doce veneno pra se lambuzar”, que dialoga bem com a construção melódica do restante da obra. O samba recebeu calorosa recepção da quadra.

Parceria de Ricardo Goes: O samba da parceria de Ricardo Goes, Fernando de Lima, Sérgio Gil, Gutemberg Kunta e Serginho Machado foi defendido por Emerson Dias e Leozinho Nunes. A aposta foi em uma melodia mais reta e em um samba animado, com a segunda parte inteiramente referenciada em canções famosas de Ney Matogrosso, culminando no refrão de cabeça “a festa é nossa, Ney decretou, não existe pecado do lado de baixo do Equador, Imperatriz, todo país pede em seu nome, vira, vira, vira homem, vira, vira, vira, vira, lobisomem”. Apesar da empolgação dos intérpretes, a obra perdeu fôlego na última passada devido à pouca variação melódica.

Parceria de Hélio Porto: Igor Sorriso e Charles Silva comandaram a obra de Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrosio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro. O samba captou bem a essência da sinopse e o caráter multifacetado de Ney Matogrosso, unindo uma letra bem descrita a uma melodia envolvente e lírica, como no refrão central “eu sou o poema que afronta o sistema, a língua no ouvido de quem censurar, livre para ser inteiro, pois sou homem com H”. A dupla de intérpretes apresentou uma performance visceral, que resultou em ótimo desempenho em todas as passadas. Outro destaque da noite.

Parceria de Luizinho das Camisas: Com Dowglas Diniz e Rafael Tinguinha nos microfones, o samba da parceria de Luizinho das Camisas, Chacal do Sax, Mateus Pranto, Tamyres Ayres, Camila Lúcio e Martins obteve bom rendimento, sustentado principalmente por seus dois refrães. O refrão de cabeça “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, ô menina eu sou é homem, sou é homem com H, faz um Carnaval comigo, remexe os quadris, nesse palco iluminado sou Imperatriz” destacou-se e empolgou a quadra. Intérpretes e compositores novamente se apresentaram caracterizados, com lenços e rosas na cabeça, e um integrante fez performance encarnando Ney. A primeira parte, antes do refrão central, apresentou leve queda de intensidade.

Parceria de Me Leva: Tinga defendeu a obra de Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Daniel Paixão, Herval Neto e Jorge Arthur. O samba tem excelente letra, especialmente na primeira parte, com versos como “ferocidade sem temor e sem doutrina, se a tinta escancara a voz de carmim, o instinto indomável do xamã tupiniquim”. Apesar de bem elaborada, a obra carece de um refrão principal mais forte. Isso se evidenciou porque o refrão foi precedido de um bis empolgante (“não existe pecado abaixo da linha do Equador, seu juízo rasgado, você libertário, riacho de amor”), mas, apesar de bonito, não teve o mesmo impacto. Ainda assim, foi uma apresentação consistente.

Parceria de Ian Ruas: O samba de Ian Ruas, Caio Miranda e Zé Carlos foi defendido por Bruno Ribas e Evandro Malandro. A dupla ainda busca maior entrosamento, perceptível em alguns momentos da apresentação. O desempenho foi correto, mas não empolgou a quadra. O refrão principal “meu bloco na rua, o povo ao meu lado, minha pele nua, um grito calado, não existe pecado, nem lei, nem juiz, no sonho que nasce da Imperatriz” foi um dos pontos altos da obra, assim como a segunda parte, com o trecho “gemido de caos, sangrei, a rosa fatal, cantei”, de interessante melodia.

Parceria de Renan Gêmeo: Com Tem-Tem Jr. à frente do samba da parceria de Renan Gêmeo, Marcelo Adnet, Raphael Richard, Sandro Compositor, Silvio Mesquita e Rodrigo Gêmeo, a obra foi a penúltima a se apresentar. Mais uma vez, houve aposta em um trecho de impacto antes do refrão — neste caso, um falso bis. O refrão de cabeça “quero ouvir a voz da alma brasileira, cantar pro dia nascer feliz, eternizar mais uma estrela no pavilhão da Imperatriz” funcionou bem e manteve o samba em alta. A obra foi regular em toda a apresentação e teve desempenho firme.

Fotos: apresentação oficial do samba-enredo do Tuiuti para o Carnaval 2026

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Ritmo e Rua: Onde a Cultura Popular se Reinventa

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O carnaval como palco de inovação

O carnaval brasileiro, reconhecido mundialmente por sua energia e cores, há muito deixou de ser apenas uma festa. Hoje, ele se transforma em um laboratório vivo de criatividade, onde tradições e novas expressões culturais se encontram. Nas ruas, sambódromos e blocos, a arte se reinventa em formas que vão muito além da música e da dança.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

A fusão de linguagens artísticas

Em meio aos desfiles, é cada vez mais comum ver a presença de elementos de teatro, performance e até tecnologias interativas. Grupos e escolas incorporam projeções mapeadas, figurinos com iluminação LED e narrativas visuais que expandem a experiência do público. Essa fusão de linguagens fortalece a conexão entre passado e presente, abrindo espaço para novas interpretações da brasilidade.

Comunidades criativas como motor cultural

Muitos dos projetos mais inovadores nascem em comunidades que usam o carnaval como plataforma para contar suas próprias histórias. Oficinas de percussão, confecção de fantasias e grupos de dança funcionam como polos de aprendizado e empoderamento, incentivando jovens a desenvolver habilidades artísticas e de produção.

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O papel das redes e da economia colaborativa

A internet e as redes sociais transformaram a maneira como o carnaval é organizado e divulgado. Plataformas de financiamento coletivo e grupos online permitem que ideias saiam do papel mais rapidamente, conectando artistas a apoiadores. Esse movimento cria um ciclo virtuoso de colaboração, onde o protagonismo cultural é distribuído de forma mais ampla.

Experiências imersivas e interatividade

O público atual busca mais do que assistir: quer participar. Por isso, surgem iniciativas que incluem oficinas abertas, ensaios interativos e experiências sensoriais durante os desfiles. Em alguns projetos, a dinâmica de interação lembra formatos populares como a Roleta ao vivo, em que a imprevisibilidade e a participação ativa mantêm o interesse elevado e criam memórias marcantes.

Sustentabilidade e responsabilidade social

Outro aspecto que vem ganhando força é a preocupação com o impacto ambiental e social dos eventos carnavalescos. Desde fantasias feitas com materiais reciclados até ações de inclusão social, o carnaval se torna um espaço para promover causas importantes, mantendo sua essência festiva.

A globalização do carnaval

Com transmissões online e colaborações internacionais, elementos do carnaval brasileiro chegam a públicos distantes. Ao mesmo tempo, influências de outros países também se incorporam à festa, enriquecendo o repertório cultural e mostrando que a brasilidade pode dialogar com o mundo sem perder sua identidade.

O futuro do ritmo e da rua

A tendência é que o carnaval continue a ser um campo fértil para experimentações, unindo tradição e inovação. Com as ruas como palco e a comunidade como protagonista, a festa segue se reinventando e reafirmando seu papel como um dos maiores símbolos culturais do Brasil.

 

Wic Tavares brilha no comando do ‘Bom Dia Favela’ e transforma manhãs de sábado em celebração das periferias

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O “Bom Dia Favela” já nasceu com a missão de dar voz, visibilidade e protagonismo às potências das comunidades e periferias do Rio de Janeiro. Mas agora, sob o comando de Wic Tavares, o programa ganhou ainda mais alma, emoção e identidade. A atração, que vai ao ar todos os sábados, às 8h30, pela Band TV Rio, continua sendo o espaço onde a favela se reconhece e se vê representada, mas com um novo brilho, o de Wic.

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Foto: Band Rio/Márcio Ferreira

A jornalista e comunicadora não é uma novata na missão de contar histórias reais. Antes de assumir a apresentação, Wic era a repórter de rua do programa, percorrendo vielas, becos e praças, ouvindo de perto a batida do cotidiano das comunidades. Foi ali, na escuta atenta e no olhar sensível, que construiu uma conexão genuína com o público e ganhou o carinho de quem se via refletido nas telas.

Agora, na função de apresentadora, Wic traz para o estúdio a mesma energia que levava nas reportagens. Com autenticidade e carisma, ela conduz entrevistas, interage com convidados, apresenta quadros inéditos e segue abrindo espaço para histórias que raramente encontram espaço na mídia tradicional.

Criado em 2023, o “Bom Dia Favela” é fruto de uma parceria entre o Favela Movimenta e a Band TV Rio. Desde sua estreia, vem se consolidando como uma plataforma que une jornalismo e entretenimento, sempre com linguagem acessível, impacto social e um olhar humano. Sob o comando de Wic, essa missão ganha um reforço: o de fazer com que cada pessoa, de qualquer canto do Rio, sinta-se parte dessa narrativa.

Com mais tempo de tela, agora com uma hora de duração, o programa expande seu alcance e aprofunda sua proposta. “Bom Dia Favela” não é apenas um programa matinal: é um encontro semanal de cultura, serviço, informação e afeto, sempre costurado pela voz, pela presença e pela verdade de Wic Tavares.

No ar, ela não apenas apresenta. Ela representa.

Festa de Samba-Enredo – Edição Retrô homenageia Dominguinhos do Estácio no Rio

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O Rio de Janeiro será palco de mais um grande encontro de música e tradição neste sábado, a partir das 13h. A Festa de Samba-Enredo – Edição Retrô chega à sua quarta edição, consolidada como um dos eventos mais aguardados pelos amantes do samba. Conhecida por atrair público fiel e apaixonado, a celebração já acumula histórico de casa cheia, energia contagiante e apresentações memoráveis.

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Nesta edição especial, o evento presta homenagem a Dominguinhos do Estácio, um dos intérpretes mais icônicos da história do carnaval carioca. Com uma trajetória marcada por sambas inesquecíveis, Dominguinhos construiu um legado que atravessa gerações e segue inspirando intérpretes e foliões.

O palco da Base do Samba, na Praça da Bandeira, vai receber duas potências do gênero: a Roda da Estácio de Sá e a Roda da Vila Isabel. As apresentações prometem uma viagem musical por sambas-enredo históricos, com a participação de diversos intérpretes convidados, ampliando a diversidade e a emoção do espetáculo.

Serviço:
📅 Data: Sábado, 16 de agosto de 2025
⏰ Horário: A partir das 13h
📍 Local: Base do Samba – Rua Joaquim Palhares, 497 – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro/RJ
🎟 Ingressos: Disponíveis no Sympla, com cortesia até as 15h

Atrações confirmadas:
Roda da Estácio de Sá
Roda da Vila Isabel
Intérpretes convidados

Criada para celebrar a cultura e a memória do carnaval, a Festa de Samba-Enredo reúne intérpretes, músicos e foliões em um clima de confraternização e paixão pela folia. Nas três primeiras edições, o evento atraiu centenas de pessoas e apresentou performances marcantes. Agora, na quarta edição, a expectativa é repetir — e até superar — o sucesso dos anos anteriores.

Vizinha Faladeira anuncia influenciadora Rafaela Marinha como musa para o Carnaval 2026

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A Vizinha Faladeira confirmou a influenciadora e modelo Rafaela Marinha como uma de suas musas para o Carnaval 2026. A tradicional agremiação do bairro do Santo Cristo, que atualmente integra a Série Prata da Superliga Carnavalesca do Brasil, se prepara para desfilar na Intendente Magalhães com o objetivo de retornar à Marquês de Sapucaí.

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Foto: Divulgação/Vizinha Faladeira

Natural de Goiânia e moradora do Rio de Janeiro, Rafaela tem 35 anos, é mãe de três filhos e fará sua estreia na passarela como musa. Apaixonada pela folia carioca, ela afirma ter na dança uma de suas maiores expressões artísticas.

“Ao receber o convite de viver essa experiência de ser musa, não acreditei! Imaginava ser um sonho distante e não pensei duas vezes em aceitar. Estou ciente da responsabilidade que o posto me atribui, por isso, imediatamente iniciei minha preparação para o desfile, com aulas de samba no pé. Agradeço imensamente ao presidente Marquinho Passos, à diretoria e à comunidade por me receberem de braços abertos. Que seja um carnaval de muitas felicidades para todos nós. Obrigada, Vizinha Faladeira!”, declarou Rafaela.

Além da novidade no time de musas, a Vizinha Faladeira realizará nesta sexta-feira, a partir das 20h, a apresentação dos sambas concorrentes para o próximo carnaval. O evento acontece na quadra da escola, localizada na Rua Nabuco de Freitas, nº 19, no Santo Cristo, Zona Portuária do Rio de Janeiro, com entrada gratuita.

Império Serrano promove encontro sobre Conceição Evaristo e Léa Garcia na Casa Carnaval

Neste sábado, às 11h, o Império Serrano e a Casa Carnaval realizam, no Centro do Rio, a mesa de conversa “Histórias que brilham: Conceição e Léa, enredos de resistência”, reunindo a escritora Conceição Evaristo e Marcelo Garcia, filho da atriz Léa Garcia (1933-2023), com mediação de Rachel Valença. O encontro vai discutir como suas trajetórias, transformadas em enredos no Carnaval de 2026, unem arte, memória e representatividade na cultura brasileira.

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Tanto Conceição Evaristo quanto Léa Garcia carregam histórias marcantes, que transformaram dor em potência e arte. Conceição, criadora do conceito de escrevivência, eterniza nas páginas literárias as memórias e vivências da população negra brasileira, especialmente das mulheres, fazendo da palavra instrumento de resistência. Já Léa Garcia construiu uma carreira consagrada no teatro, cinema e televisão, rompendo estereótipos e projetando a negritude no cenário nacional e internacional.

O próximo Carnaval fará uma justa celebração a essas artistas: o Império Serrano levará para a Marquês de Sapucaí, na Série Ouro, o enredo “Ponciá Evaristo Flor do Mulungu”, baseado na obra de Conceição Evaristo, de autoria do carnavalesco Renato Esteves, enquanto a Mocidade Alegre, de São Paulo, homenageará Léa Garcia, através do enredo “Malunga Léa – Rapsódia de uma Deusa Negra”, desenvolvido por Caio Araújo. A presença de Marcelo Garcia na mesa trará o olhar íntimo de quem acompanhou de perto a trajetória da mãe, preservando sua memória e legado.

Com a condução de Rachel Valença, jornalista e pesquisadora da história do Império Serrano, o debate destacará como a arte, seja pela escrita, seja pela interpretação, constrói memória coletiva, fortalece a representatividade e reafirma a importância da cultura negra na formação da identidade brasileira.

O encontro será na Casa Carnaval, na Rua do Mercado, nº 37, no Centro do Rio, com entrada gratuita.

Leitores do CARNAVALESCO apontam parceria de Chacal do Sax favorita para vencer na Unidos da Ponte

A parceria de Chacal do Sax, Gustavinho Olibeira, Marquinhos Beija-Flor, Gabriel Simões, Raphael Gravino, Brayan Sá, Valtinho Botafogo e Mateus Pranto foi apontada por 38,5% dos votos dos leitores do CARNAVALESCO como favorita para vencer a disputa de samba-enredo da Unidos da Ponte para o Carnaval 2026.

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A parceria de Serginho Aguia, Naval, Alexandre Reis, Renne Barbosa, Leozinho Nunes, Jhonatan Tenório, Léo Freire e Gigi da Estiva ficou com 31,6%. A parceria de Robinho da Portela, Lícia Pádua, Jorginho PQD, Luiz Pião, Jorginho da Flor do Império Serrano e Darlem Moraes recebeu 13,8%. A parceria de Alexandre Vale, Paulo Bispo e Elio Sabino teve 9,2%. A parceria de Ricardo Simpatia, Juca, J.Giovani, Almir Chega Junto, Marcelinho Santos, Flavinho Avellar, Jorginho Via 13 e Jorge Lucena ficou com 4%. E a parceria de Adriano Amaral, Toni Bach, Leo 30, Felipão Lima, Paulista, Marcus Lopes e Felipe Lima teve 2,9%.

A Unidos da Ponte faz nesta sexta-feira a grande final do concurso de samba-enredo para o Carnaval 2026. O evento será realizado no Clube Apolo, em São João de Meriti, a partir das 21h. Para o Carnaval 2026, a Unidos da Ponte transporta para a avenida o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves. Vale lembrar que a escola será a última a desfilar pela Série Ouro no sábado de Carnaval, dia 14 de fevereiro de 2026.

OUÇA OS SAMBAS FINALISTAS

A noite promete ser uma verdadeira celebração da cultura popular, reunindo comunidade, sambistas e grandes atrações do movimento black e funk. Além da apresentação das cinco parcerias finalistas, que disputam o direito de embalar o desfile da escola na Marquês de Sapucaí, o evento contará com shows do Bonde das Maravilhas e do grupo Oz Crias e DJ Corello. Outro momento aguardado da noite será a coroação oficial de Thalita Zampirolli como Rainha da bateria da Unidos da Ponte, à frente da bateria Ritmo Meritiense.

logo enredoponte26
Logo do enredo da Ponte para o Carnaval 2026

Serviço:
Final do concurso de samba-enredo 2026 – Unidos da Ponte
Data: sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Horário: A partir das 21h
Local: Quadra da Unidos da Ponte – Rua Floriana 32, Coelho da Rocha, São João de Meriti – RJ.
Entrada: Gratuita até às 23h
Entradas após às 23h: R$ 5,00
Comentários:
– Apresentação das parcerias finalistas
– Espetáculos do Bonde das Maravilhas e dos Oz Crias
– Coroação de Thalita Zampirolli Rainha da Bateria Ritmo Meritiense