Compositores: Dr. Marcio, Tiago Moraes e Jefferson Feto
Intérpretes: Marquinho Art’ Samba e Digu’s Silvah

Deus nosso pai criou seus filhos, a semelhança
E no sopro do Barro lhes deu vida e esperança.
lá vou eu mergulhar nessa história de um povo
místico que guardo na memória

Sou do nordeste sou sertão sou agrestino
Feito de Barro resistente aos caminhos
Risca o Barreto onde escorre meu riacho..
Aos Prados verdes que caminham lado a lado..

E nas paredes de estuque muitas prosas
Nas tabuinhas estrelas da nossa estória..

Na capelinha padim Ciço em oração,
pelas mãos do criador
ganha vida a construção…

Homens valentes sofridos do couro firme
onde a pele castigada ao sol resiste
Traz o louçario, pra quem que aguardente
Cachaça é ouro, Barro é gente
Amarra a chita e ergue a estátua em procissão
nossa senhora abençoe meu sertão

Dançar quadrilha, boi bumba no mundaréu
sou cria de Padre Miguel

Sobre o meu chão
Vivem as estrelas do meu Céu
Que traz inspiração pros
Repentistas de Padre Miguel

Compositores: Dandara Alves, Guto Biral, Rafael Lima, Elias Andrade, Guigo, Robinho Ki Samba, Ditão e André Nascimento
Intérpretes: Rodrigo Tinoco e Dandara Alves

VALEI-ME “Deus” DO “alto” O CRIADOR
À IMAGEM E SEMELHANÇA
NO AGRESTE SE MOLDOU
BANHANDO O RIO NO BARRETO UM LEGADO
EITA SOLO ABENÇOADO
PARA OS “ASTROS” “TRABAIÁ”
O VILAREJO, AS PLANTAÇÕES, OS ANIMAIS
UMA BELA PAISAGEM MODELADA AO OLHAR
A ALVORADA VAI REGENDO A JORNADA
“AMASSA” O MASSAPÉ QUE O TAUÁ VAI DESCANSAR
ÓH PADIM CIÇO TESTEMUNHO DA VERDADE
UM LAMPEJO ARDE O PEITO
NESSE GOLE DE SAUDADE

NO TABULEIRO DA “IMAGINAÇÃO”
O BISPO MANÉ PÃOZEIRO DEFENDEU REI LAMPIÃO
MARIA BONITA APLICOU O XEQUE-MATE
PRA MOSTRAR QUE A SEREIA
NÃO REFLETE A CRUELDADE

E ASSIM SEGUE O CICLO DA VIDA
EM CADA PORTA DEVOÇÃO E MUITA FÉ
LINDOS ANDORES, O CORTEJO A ENCANTAR
DA “GREDA” À DIVINDADE
DO PRESÉPIO E DO ALTAR
VIXE MARIA! É TANTA FESTIVIDADE
VIVA MESTRE VITALINO! O TOM DA BRASILIDADE
NO CARROSSEL “A BANDA” TOCA DIFERENTE
E ETERNIZA ESSA “MASSA” INDEPENDENTE

A MOCIDADE ARRETADA ESQUENTA O FORNO
FAZ O SONHO VIRAR ARTE
ONDE O BARRO É TESOURO
O REPENTISTA HOJE É PADRE MIGUEL
COM AS ESTRELAS DO TEU CHÃO
NESSA TERRA DE MEU CÉU

Compositores: Beto Correa, Jaci Campo Grande, Rogerinho, Gabriel Marques, Duda Coelho, Dr. Marcelo, Giacomo Gavazzi e Bruninho Andrade.

HOJE A MOCIDADE
MOSTRA O TALENTO DESSE POVO ALTANEIRO
SUA ORIGEM NESSA TERRA DE MEU CÉU
UMA CULTURA QUE FASCINA O MUNDO INTEIRO
TEM CARRO DE BOI, PRESÉPIO ENCANTADO
POR MÃOS CALEJADAS, CURTIDAS NO BARRO
VALEI-ME PAI PELO PODER DA CRIAÇÃO
E ME FAZER ESTRELA VIVA DE MEU CHÃO

ABRE A RODA, QUE O AGRESTE VEM FESTEJAR!
BOI TEIMOSO E O VIOLEIRO A DESFILAR!
SANFONEIRO, JARAGUÁS, BACAMARTEIRO
VAMOS TODOS EXALTAR
ZÉ BRASILEIRO!

LÁ NO ALTO DO MOURA
NO VILAREJO, CRENÇA, FÉ, RELIGIÃO
UM GRANDE LEGADO REFLETE A VIDA
NUM TABULEIRO COLORIDO DE EMOÇÃO
EXALANDO PELA ROÇA
O AROMA DO CANAVIAL
QUE AMENIZA O SUOR DA LIDA
E ACENDE O FORNO DO MEU CARNAVAL 2X

PEGUE CARONA
NESSE CARROSSEL
DO POVO ARRETADO DE PADRE MIGUEL

Compositores: Sandra de Sá, Renan Diniz, Ribeirinho, Carlinho do Mercadinho, Márcio Ribeiro, Thiago Bahiano, João do Adonis e Professor Silvio Romay.

Um dia meu pai
Em sua perfeição de criador
Fez do pó a vida e da vida arte
Sua semelhança
Plantou um jardim
Que moldou em mim
O verde esperança
Manhã que vem trazendo massapéis
A doce poesia dos vergéis
Um fogo queima feito Cardeá
No horizonte o Tauá
Dá o tom da nossa gente
E Peço ao padroeiro nordestino, que se una ao divino
Pelo povo Independente

É a lida dos irmãos na caminhada
É a fibra são as mãos, suor na enxada
Ê cheiro de mato
Ê nossa matriz
Filhos do agreste erguem meu país

Quimeras, sereias
Maracajás sobre as águas desse chão
Do barro brilhou, candeia
Jogo do artista mitologia do sertão
Nos lares , altares, as preces desse mundaréu
Guiados pela estrela
Parece até Padre Miguel
No meu Brasil
Certeira é flecha de caboclo
E capitão só de reisado
A realeza é mandacaru
Salve os Brasis
De Papaguns e Jaraguás
Do mais humilde e de paz
Do Alto de Caruaru

É minha terra é, Vila Vintém raiz
Sou mais um Severino, do mestre aprendiz
Céu de inspiração, da minha identidade
Solo sagrado da Mocidade