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Governo do Rio Grande do Sul garante apoio para Portela no Carnaval 2026

Para viabilizar o projeto do Carnaval 2026, a Portela firmará um acordo de parceria institucional com o Governo do Rio Grande do Sul. O compromisso será formalizado por meio da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), com apoio da Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade (Seidape).

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Foto: Divulgação/Portela

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O Estado atuará como articulador entre a escola e a sociedade gaúcha, contribuindo com apoio técnico, escuta ativa das lideranças negras, promoção da identidade afro-gaúcha e apresentação da estrutura empresarial local para fins de captação de patrocínio mediante Lei Rouanet.

“A escola de samba se propõe a revisitar e homenagear histórias que atravessam séculos e que têm origem nos quilombos, nas religiões de matriz africana, na música, na dança, na oralidade e na luta por reconhecimento e direitos. Mais do que um desfile, o enredo será uma grande ação de visibilidade e valorização de uma identidade plural, ainda invisibilizada, mas essencial para compreender o Brasil em sua totalidade”, informa o texto publicado no site oficial do governo do Rio Grande do Sul.

Curiosamente, a escolha do tema coincide com a recente divulgação de dados do Censo 2022, que reforçam a relevância da homenagem. Segundo levantamento publicado em junho de 2025, o Rio Grande do Sul é, atualmente, o Estado com a maior proporção de praticantes de religiões de matriz africana no Brasil. O número de adeptos mais que dobrou em dez anos, revelando a força, resistência e atualidade das heranças africanas no território gaúcho.

Portela vai homenagear o príncipe Custódio no enredo para o Carnaval 2026

Conheça o enredo e a sinopse do Império de Casa Verde para o Carnaval 2026

O enredo do Império de Casa Verde para o Carnaval 2026, assinado pelo carnavalesco Leandro Barboza, com a pesquisa do enredista Tiago Freitas, tem a missão de celebrar o empoderamento de mulheres escravas do século XVIII, que viviam em Salvador e eram conhecidas como escravas de ganho.

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logo imperiodecasaverde2026

Esbanjando luxo e poder, através das joias e balangandãs, essas negras compravam suas alforrias através do trabalho das vendas de quitutes, turbantes, tecidos, peixes e comércio em geral. Com o que ganhavam, além de pagarem os senhores de mando, guardavam o excedente no corpo, cravando-o de joias em ouro e prata. Na história da joalheria brasileira esses elementos são conhecidos como “joias de crioulas”.

O presidenteda Império de Casa Verde, Alexandre Furtado, promete “um desfile muito luxuoso, de forte impacto, emocionante e com muitas surpresas”.

O carnavalesco Leandro Barboza disse que o enredo nos levará para uma imersão por Salvador e revela que “viajaremos por uma Salvador pouco contada. Esse Brasil baiano que vamos retratar, em 2026, será alegre, imponente e celebrativo. Queremos exaltar essas mulheres afro-baianas que abriram tantos caminhos de empoderamento para a pauta das mulheres do nosso país”.

O Império de Casa Verde será a primeira escola a se apresentar no sábado de Carnaval e promete levar ao sambódromo do Anhembi um desfile histórico e original.

Sinopse: ‘IMPÉRIO DOS BALANGANDÃS: JOIAS NEGRAS AFRO-BRASILEIRAS’

Sopro de tudo: o fogo ancestral [introdução]
Giram os mundos, rodas se abrem,
da escuridão nasce os primeiros clarões,
o grande sopro cósmico anuncia a fênix que faz tudo nascer em fogo,
para renascer em ouro.
Giram os mundos,
o sopro ancestral explode em ouro cósmico, que aporta em São Salvador.

SALVADOR
me chamou.
Século XVIII, 1760, Salvador.
Salvador me chamou. Eu sou Dona Fulô, a escrava que comprou a liberdade.

Nos idos de 1760, eu e muitas mulheres éramos escravas de ganho. Ganhar era comercializar com tabuleiros de quitutes, peixes, tecidos e turbantes a mando dos senhores brancos. Quando atingíamos o lucro de mando, o valor que passava, ficava em nossos bolsos, ou melhor, em nossos corpos negros.

A gente subvertia a ordem e adornava de ouro nossos corpos negros.

Nos ventos de clandestinidade, procurávamos ourives de axé que, escondidos, faziam joias para nós, mulheres negras que sonhavam em guardar o ganho em joias de adornos. Assim, as joias eram como roupa e o nosso corpo, era como um cofre ancestral que exalava poder e um sonho de liberdade.

Os ourives moldavam nossos corpos com ouro em anéis de talha dourada, figas, pulseiras de placas, argolas que se pareciam com pitangas, braceletes de ouro e outros artefatos mais.

Assim andávamos por Salvador. Negras. Negras douradas.

Nossas joias também eram como amuleto espiritual. Nós pedíamos dos ourives negros, colares de ouro em formato de fio de contas, balangandãs que atraiam sorte, saúde e força. Juntos, são penduricalhos de axé que traziam símbolos como alimentos, correntes, sol, lua, espadas, machados e outros elementos da nossa ancestralidade.

Nossas joias também eram adornadas como acarajés de ouro, bolinhos de fogo que pulsavam como nossa joia-amuleto de corpo, alma e espírito.

Um delírio de emoções explodia na Salvador que eu e muitas outras negras, em busca da liberdade, chamávamos de Salvador do Império das nossas joias negras, as joias das crioulas que queriam viver a paz de seu axé em voo livre.

Quando a saudade de África transbordava e nossos olhos não suportavam o mar de lágrimas, além dos tambores de axé, íamos àigreja rezar para aclamar mais força de espírito. Também tratamos de fazer joias com símbolos católicos, adornamos joias com a pomba do divino, a cruz, o sino e o terço de Santa Maria. Maria nos atendia, por isso, eu e outras mais fundamos e ajudamos a manter a Irmandade da Boa Morte, movimento que pregava a morte digna de negros e negras que sofriam no suor da escuridão e do esquecimento.

Salvador me chamou. E chamou outras negras mais! Salvador da maior balangandeira, Tia Ciata, que batucava seus quadris com a sonoridade desses amuletos de joias de nossa gente.

Salvador me chamou. E chamou outras negras mais! Salvador das negras Amas de leite, que empreendiam, mesmo forçadas, doses de amor e afeto. Em troca, eram alimentadas de doses de ouro.

Salvador. Minha Salvador, de Fulô e todas as negras de ganho que faziam da sua força de trabalho a realização de viver um sonho: de ser livre!

Salvador, de Dona Fulô, de Florinda Anna do Nascimento!
Das joias, fizemos livretude!
Fizemos amuleto espiritual!
Fizemos cofre em um corpo ancestral!

Das joias, fizemos reza,
fizemos força,
fizemos vida,
fizemos a força e o grito-ganho de LIBERDADE.

SALVADOR ME SALVOU.

E depois de tudo isso, nos levará, em 2026, para um Império dos Balangandãs, porque fomos, somos e seremos mulheres-joias afro-brasileiras.

Rodrigo Meiners se diz realizado na Mancha Verde e promete escola grandiosa no Anhembi em 2026

Após trabalhar o ano de 2024 sem um carnavalesco, a Mancha Verde contratou Rodrigo Meiners. O profissional, no mesmo ano, foi responsável pelo projeto que levou a Pérola Negra à vitória no Grupo de Acesso 2. Anteriormente, ele integrava o trio de carnavalescos que conduziu os Gaviões da Fiel de volta ao Desfile das Campeãs. Artista jovem da nova geração, estreou no Grupo Especial em 2020, pela Barroca Zona Sul, e vem construindo sua carreira no carnaval, mostrando seu máximo potencial para dar retorno às escolas em que atua. No evento que definiu a ordem dos desfiles para o Carnaval 2026, Rodrigo Meiners conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre a nova fase de sua carreira e as perspectivas para o próximo carnaval na Mancha Verde.

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Carnavalesco Rodrigo Meiners. Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Realização profissional

O novo carnavalesco da agremiação comentou sobre o sentimento de ser contratado pela escola. Segundo Meiners, trata-se de uma realização profissional e pessoal, já que a Mancha Verde oferece todo o suporte necessário aos artistas, com estrutura e condições para o desenvolvimento de projetos.

“Estou muito feliz por integrar o time da Mancha Verde. É uma realização pessoal muito grande. Eu sempre falei com pessoas próximas a mim que existem algumas escolas em São Paulo que estruturam o carnavalesco para realizar o trabalho e, na minha opinião, a Mancha Verde é uma delas. Sempre coloquei a escola nesse patamar de ótima organização, o que me ajuda a realizar o carnaval 100% da maneira como penso os projetos”, disse.

Trabalhando para 2026

Ainda não foi revelado o enredo que a Mancha Verde levará à avenida no Carnaval 2026, mas Rodrigo contou que já apresentou todo o projeto, e que a divulgação acontecerá mais adiante por razões estratégicas da escola.

“Estamos trabalhando forte. Já desenhamos os carros, as fantasias, nosso carnaval já começou. A gente não está divulgando nada por uma questão estratégica. Vamos esperar para ver como se desenham as escolhas das outras escolas do Grupo de Acesso. A nossa divulgação será em agosto, mas estou muito feliz”, declarou.

Adequação da escola à nova estrutura

Desocupar a Fábrica do Samba é uma missão difícil, especialmente para a Mancha Verde, que há muitos anos desenvolvia seus carnavais no local — conhecido por sua estrutura impecável, proximidade do Anhembi e ótimas condições de trabalho. Com o descenso, a escola se viu obrigada a deixar o espaço e se transferir para a Fábrica do Samba 2.

Rodrigo contou que serão utilizados dois galpões, além da quadra da escola, que também possui excelente estrutura:

“A escola não vai perder sua característica porque caiu para o Grupo de Acesso. As nossas bases de alegoria serão as mesmas, e alugamos outro espaço, já que o barracão do Acesso não comporta muitos carros. Vamos trabalhar em dois ou três espaços. A quadra tem estrutura legal para fazer carnaval e também será utilizada. A Mancha Verde está montando essa estrutura para entregar um carnaval grandioso, como eu e a escola gostamos — além do merecimento da comunidade”, ressaltou.

Ainda sobre a estrutura para o desenvolvimento do desfile, Meiners explicou como o presidente Paulo Serdan buscou soluções, inclusive firmando parcerias com escolas que não utilizarão seus espaços:

“Esse espaço interno na Fábrica do Samba 2 é o que temos por direito. Tinha outro, de uma agremiação que não vai utilizar, e o presidente firmou uma parceria. Com isso, teremos dois galpões e, como disse, se necessário, usaremos a quadra para trabalhar com peças e fantasias. Vamos chegar na concentração prontos. Tudo isso para não perder a grandiosidade que a Mancha Verde, o presidente e eu gostamos”, afirmou.

Saber lidar com a pressão

Entre 2018 e 2024, a Mancha Verde sempre esteve no Desfile das Campeãs, com dois títulos e dois vice-campeonatos. A escola nunca foi descartada como candidata ao título no pré-carnaval. Por isso, a queda em 2024, ficando na última colocação, surpreendeu a todos.

Agora, pelo histórico e tradição recente, a Mancha chega ao Grupo de Acesso como uma das favoritas. Questionado sobre a pressão de recolocar a escola no Grupo Especial, Rodrigo Meiners afirmou saber lidar com a responsabilidade:

“Na minha apresentação para a comunidade, eu disse isso: pressão no carnaval é privilégio. Quando você está pressionado para conseguir algum resultado, é sinal de que está em uma agremiação que te desafia a alcançar o melhor. É óbvio que existe pressão, assim como existia na Pérola Negra, no Acesso 2. Mas eu lido muito bem com isso e acho que faz parte do jogo e da nossa profissão”, concluiu.

Unidos do Jacarezinho prepara ala coreográfica de estrangeiros para o próximo desfile

Tem gringo no samba. A Unidos do Jacarezinho que em 2026 retorna a desfilar na Marquês de Sapucaí, está preparando uma ala só de dançarinos estrangeiros para invadir a Avenida. A escola abre o primeiro dia de desfiles da Série Ouro na sexta-feira de carnaval, 13 de fevereiro.

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Foto: Divulgação/Jacarezinho

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A responsável pela ala é a artista Alessandra Cabral, que é professora dedicada às danças populares brasileiras, com foco especial no samba no pé. Alessandra desenvolveu há 18 anos uma pedagogia própria de ensino que combina técnica, expressão e ancestralidade, revolucionando a forma como o samba é ensinado e vivenciado. Sua metodologia conquistou alunos no Brasil e no exterior, sendo referência no ensino do samba no pé como ferramenta de identidade e liberdade. Ao longo da carreira, Alessandra ministrou oficinas de samba no pé em centros culturais e festivais internacionais. Também atuou como consultora artística em projetos de valorização da cultura afro-brasileira no exterior. Em 2025, foi coreógrafa da ala internacional na campeã Acadêmicos de Niterói, trazendo para a avenida uma leitura do samba com a quadrilha, fazendo parte da passagem da escola para o Grupo Especial.

“É uma honra imensa fazer parte dessa escola tão cheia de história, garra e paixão pelo samba. Estou radiante por integrar esse time incrível e contribuir com toda minha energia, criatividade e amor pelo Carnaval. A Unidos do Jacarezinho pulsa no ritmo da comunidade, da cultura e da resistência — e é exatamente esse espírito que quero levar para a avenida junto com a ala internacional. Vai ter samba no pé, vai ter brilho, vai ter entrega total”, adianta a coordenadora.

Para se inscrever é necessário ter acima de 18 anos, disponibilidade para participações em oficinas on-line e fazer o cadastro através do e-mail [email protected]

Salgueiro prepara tributo a Rosa Magalhães antes de iniciar disputa de samba

O Acadêmicos do Salgueiro planeja um tributo especial à carnavalesca Rosa Magalhães antes de dar início à disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. A celebração será realizada na quadra da escola, na semana anterior ao início da disputa de samba, que tem início marcado para o dia 2 de agosto. O evento foi anunciado durante a leitura da sinopse do enredo da vermelho e branca, que homenageará a eterna Professora no próximo carnaval.

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Foto: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

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“A escolha da Rosa como enredo foi uma escolha acertada”, afirmou o diretor de carnaval, Wilsinho Alves, em entrevista ao CARNAVALESCO, após a leitura da sinopse. Segundo ele, a ideia já circulava internamente desde o ano passado, e foi consolidada por meio de conversas entre o presidente André Vaz e o carnavalesco Jorge Silveira. “Acho que as coisas se alinham esse ano para que dê tudo certo”, completou.

Para Wilsinho, o Salgueiro entra no novo ciclo com uma missão clara: buscar a décima estrela e, ao mesmo tempo, encerrar o desfile oficial do Grupo Especial pela primeira vez na era do Sambódromo. “Fechar o Carnaval também era uma obsessão do salgueirense”, disse. A escola, que teve um desfile elogiado em 2025, terminou a apuração com notas que, segundo o diretor, não refletiram o trabalho realizado. “Não foi uma escola bem julgada. Temos uma pressão a mais para fazer um grande carnaval”, avaliou.

Cauteloso, o diretor prefere conter a euforia da comunidade, que sonha com o título. “Não tem que ter oba-oba não. Acho que tem que ter confiança sempre, mas falta muita coisa. O carnaval é feito de etapas. Primeiro temos que ver a questão do samba”, explicou. Ele destaca que o projeto alegórico proposto ao carnavalesco Jorge Silveira é ainda mais grandioso do que o do último ano. “Não que isso seja determinante para as notas 10, mas é uma questão de imponência”, ponderou.

A expectativa agora se volta para a disputa de samba salgueirense, uma das mais concorridas. Nos dois últimos anos, segundo o diretor, mais de 20 composições foram inscritas em cada ciclo. “O fundamental é termos um samba que caia no gosto do salgueirense”, afirmou Wilsinho. Ele também destacou a influência da atuação da torcida nas redes sociais, plataforma que tem sido observada com atenção pela direção para se conectar com a sua comunidade.

O tributo à Rosa Magalhães será realizado no sábado, dia 26 de julho, na quadra da escola. A disputa de samba começa oficialmente no dia 2 de agosto, e a grande final está marcada para o dia 27 de setembro.

Beija-Flor inaugura escola mirim oficial: nasce o ‘Sonho do Beija-Flor’

No último dia 7 de junho, data em que se comemora o aniversário do patrono Anísio Abraão David, a Beija-Flor de Nilópolis oficializou a criação da sua escola mirim: Sonho do Beija-Flor. A nova agremiação nasce com a proposta de formar crianças e adolescentes por meio do samba, da educação e da cidadania, e já tem sua estreia marcada para o Carnaval de 2026, na Marquês de Sapucaí.

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Presidência da escola ficará a cargo de Selminha Sorriso, porta-bandeira de referência histórica da Beija-Flor. Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

A presidência da escola ficará a cargo de Selminha Sorriso, porta-bandeira de referência histórica da Beija-Flor, que há quase duas décadas atua em projetos voltados para crianças e jovens no Instituto Beija-Flor. Ao lado dela, assume a vice-presidência Fábia David, com forte atuação social na agremiação.

“Esse projeto nasce com alma, com propósito e com muita responsabilidade. O samba é uma ferramenta de transformação, e agora vamos ampliar ainda mais esse trabalho com as crianças de Nilópolis e adjacências. A Sonho do Beija-Flor é um chamado para que elas ocupem seu espaço com orgulho, consciência e alegria”, afirmou Selminha.

O novo projeto também presta homenagem ao eterno presidente de honra da escola, Anísio Abraão David. “Escolhemos o dia 7 de junho justamente por ser o aniversário do nosso eterno presidente de honra, Anísio Abraão David. Ele sempre teve um compromisso sério com o social, com a educação e com o bem-estar da nossa comunidade. Nada mais justo do que homenagear esse legado com a criação de uma escola voltada para o futuro das nossas crianças”, destacou Almir Reis, presidente da Beija-Flor de Nilópolis.

A escola mirim contará com atividades de letramento racial, formação em cidadania, reforço escolar, práticas desportivas e ensino da história do samba e da cultura afro-brasileira. A proposta é oferecer um espaço de acolhimento, pertencimento e formação integral para os jovens de Nilópolis e região.

Fundada por Anísio Abraão David, Gabriel David, Almir Reis e Dr. Getúlio, a Sonho do Beija-Flor atuará em sintonia com a Escola Mãe, mantendo os laços artísticos, simbólicos e comunitários que marcaram a trajetória da Beija-Flor.

A poucos meses do início de suas atividades práticas, a nova agremiação já carrega um nome simbólico e uma grande missão: fazer sonhar e transformar por meio do samba.

Portela vai homenagear o príncipe Custódio no enredo para o Carnaval 2026

A Portela revelou nesta sexta-feira o enredo que levará à Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026: “O Mistério do Príncipe do Bará — A oração do negrinho e a ressurreição de sua coroa sob o céu aberto do Rio Grande”. A escola Azul e Branca de Oswaldo Cruz e Madureira promete um desfile emocionante ao homenagear Príncipe Custódio, figura histórica e espiritual de origem africana que marcou a cultura afro gaúcha no século 19.

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Custódio, reverenciado como líder religioso e símbolo de resistência, é apontado como responsável pela estruturação dos fundamentos do Batuque, principal religião de matriz africana praticada no sul do país. O enredo busca romper com a tradicional centralização das narrativas afro-brasileiras no eixo Rio-Bahia, lançando luz sobre a força da ancestralidade negra no Sul do Brasil.

“Nossa proposta é debater a descentralização da historicidade negra do Brasil, focando na formação do Rio Grande do Sul e promovendo a certeza que essa influência negra foi estimulada e organizada pelo Príncipe do Bará, o Custódio. A realeza africana, é parte indispensável da construção da identidade do povo gaúcho. Uma história que mistura personagens, fatos históricos, ficção, lenda, sonhos, utopias e ressignificação do Brasil”, completa o carnavalesco André Rodrigues.

O vídeo de lançamento do enredo traz a atriz Sheron Menezzes, gaúcha e portelense, em cena no histórico Mercado Público de Porto Alegre, onde, segundo a tradição, Custódio teria feito um assentamento para Bará. O ator Lázaro Ramos também participa da campanha, ampliando o alcance simbólico e político da narrativa.

O presidente Junior Escafura, à frente da nova gestão da Portela, celebra o momento como um marco de renovação e compromisso com histórias ainda invisibilizadas.

“Estamos ampliando nosso olhar para além dos nossos territórios já consagrados, mostrando que a resistência negra também construiu outras partes do Brasil. A Portela quer ser esse instrumento de visibilidade, mas sem perder sua essência e grandeza”, declarou Junior Escafura.

Vale lembrar que a Portela será a terceira escola a desfilar no domingo de Carnaval, dia que marca a abertura oficial do Grupo Especial.

João Drumond defende modelo inclusivo e igualitário na disputa de samba da Imperatriz

O vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense, João Felipe Drumond, conversou com o CARNAVALESCO durante a entrega da sinopse para os compositores, na quadra da escola, sobre a disputa de samba-enredo da agremiação. João destacou as vantagens do modelo adotado pela Imperatriz, ressaltando os benefícios tanto para os compositores quanto para a escola, com foco na qualidade das composições que disputarão o posto de hino oficial do próximo carnaval, quando a Verde e Branco levará o enredo “Camaleônico” à Marquês de Sapucaí.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

João iniciou explicando que não haverá mudanças no formato da disputa em relação ao ano anterior, destacando os comentários positivos que recebeu sobre o modelo adotado.

“Tudo se mantém, porque tivemos uma experiência muito positiva no ano passado. Acho que um dos grandes comentários no mundo do Carnaval foi que a disputa da Imperatriz talvez tenha sido a mais inclusiva. Então, em time que está ganhando não se mexe. A quantidade de gente aqui na quadra hoje, interessada na sinopse, de compositores presentes, mostra que é um modelo que já deu certo”.

O vice-presidente da Rainha de Ramos prosseguiu destacando os pontos positivos da disputa sem a presença de torcidas organizadas pelas parcerias de compositores. Ele apontou a manifestação mais natural dos componentes da escola e o barateamento do processo, já que as parcerias se preocupam menos com o investimento financeiro. Segundo João, o objetivo da Imperatriz é encontrar a essência do samba que melhor represente o desfile.

Sinopse do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2026

“Acho ótimo quando as pessoas se manifestam de forma natural. Todo mundo que gosta de Carnaval e vive uma disputa de samba tem suas predileções — é natural que queiram torcer. Mas isso é uma coisa. Outra é quando grupos de compositores ou empresários aportam grandes valores financeiros, organizam torcidas que muitas vezes não têm vínculo com a escola, alugam ônibus, gastam com churrascos e cervejas. É um dinheiro que entra na conta da escola? Sim. Mas, sinceramente, a Imperatriz não faz questão dele. O importante para nós é cultivar a essência do samba. Queremos que cada vez mais compositores tenham liberdade e condições igualitárias para disputar e apresentar sua obra. O samba é feito disso”.

O dirigente gresilense reforçou esse ideal de igualdade citando o compositor Vicentinho e como uma disputa menos baseada em aporte financeiro favorece todos que almejam ter seu samba na história da escola.

“Cada compositor sonha em vencer na escola que ama e defende — e a Imperatriz, hoje, proporciona isso. Acho que o Carnaval como um todo precisa desse modelo, senão acabamos limitando as disputas aos grandes empresários. Estava conversando agora com o Vicentinho, autor de ‘Liberdade, Liberdade’, um dos maiores sambas da história da Imperatriz. Em determinado ano, ele não disputou porque não tinha condições financeiras nem conseguiu formar uma parceria forte. E, quando falo disputar, não é apenas se apresentar na quadra, mas disputar em igualdade de condições. Com esse modelo, todos ficam em pé de igualdade, e o que passa a valer é o talento, a criatividade e o valor da obra”.

Imperatriz Leopoldinense divulga calendário do concurso de samba-enredo para Carnaval 2026

Por fim, João reforçou o objetivo da escola de valorizar a qualidade do samba acima de qualquer outro critério, deixando de lado o perfil pessoal do compositor e priorizando exclusivamente a obra que possa levar a escola ao título.

“Sem dúvida, é uma forma de baratear a disputa para que, independentemente da questão financeira, o que prevaleça na Imperatriz seja a qualidade da obra e dos compositores. Não quero saber se o compositor é branco, negro, homem, mulher, se tem dinheiro ou não, de onde é o cantor. Quero saber se é um samba que pode atender às expectativas para que a Imperatriz seja campeã do Carnaval mais uma vez. Se for isso, é o que queremos”.

Jéssica Martin assume microfone da Beija-Flor e emociona: ‘Uma mulher representando esse legado’

Em uma noite inesquecível para a Beija-Flor de Nilópolis, o concurso “A Voz do Carnaval” revelou os nomes que estarão à frente do carro de som da escola no próximo desfile. Entre os escolhidos, uma voz feminina vai marcar um novo tempo: Jéssica Martin será a nova intérprete oficial da azul e branca ao lado de Nino, com quem dividiu a trajetória no reality. Com os olhos marejados e o coração acelerado, Jéssica celebrou a conquista histórica.

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jessica beijaflor
Foto: Ique Esteves/Divulgação Multishow

“Olha, meu coração está pulsando de emoção, de felicidade, de gratidão pelo meu presidente Almir Reis, ao Anísio, ao meu mestre Neguinho, à família Beija-Flor. Quando eu falo família Beija-Flor, é todo mundo, englobando todo mundo”, destacou.

A intérprete, que há apenas quatro anos integra o carro de som da escola, agora assume o microfone em definitivo após a aposentadoria de Neguinho da Beija-Flor, ícone absoluto do samba-enredo. E Jéssica sabe da grandeza do desafio.

“Eu não estou nem acreditando, eu estou aqui em festa, eu estou brincando, mas, assim, eu sei que vai ser uma grande responsabilidade entrar na Avenida em 2026 com o Nino. Vai ser maravilhoso. Uma voz feminina representando, gente. Vai ser lindo. Onde foi muito marcado, é sempre marcado por presenças masculinas, dos cantores masculinos. E agora, assumindo esse posto, com um legado de 50 anos do meu mestre Neguinho da Beija-Flor. Eu tenho certeza que a gente vai criar novas histórias, um novo enredo para o Beija-Flor e vamos com tudo”.

Nova voz da Beija-Flor, Nino emociona: ‘Cantei também pelo Bakaninha’

Sobre a parceria com Nino, escolhido ao seu lado para comandar os vocais da escola, Jéssica revelou carinho e confiança na dupla. “Na verdade, a gente já tem muita amizade, muito companheirismo, eu espero muito mais. O Nino é um irmão pra mim, tem uma bagagem maravilhosa e eu estou entrando agora no mundo do carnaval. Só tenho quatro anos de avenida, mas eu acho que com quatro anos de história, com os muitos anos de história dele, vai sair um caldo bom”.

Mesmo com pouco tempo de estrada no mundo do samba, Jéssica chega embalada por grandes inspirações. “Eu gosto e sempre amei muito Jamelão, o mestre Neguinho, sempre desde pequena, assisti, sempre ouvi, ele tem uma voz marcante, tem uma presença marcante, ele chama esse público pra ele. Então pra mim ele é o meu grande ídolo, sem tirar nem por”, afirmou. “Mas também tem muitas vozes marcantes no carnaval como Wander Pires, o Wantuir — gosto muito —, Ito Melodia, Pitty de Menezes agora vindo com tudo… e vamos com as coirmãs, juntinho, lado a lado”.

Ao se ver ocupando o espaço que por meio século pertenceu a Neguinho, Jéssica mostra respeito e humildade, mas também confiança. “É uma visão grandiosa. Eu sei que eu estou em um lugar grandioso, como eu disse, de muita responsabilidade, mas eu tenho certeza que com o Nino, que a família Beija-Flor vai nos ajudar e a gente vai entrar na avenida com tudo”.

Gui Cruz e Sté Oliveira exaltam enredo da MUM e comprometimento com a escola

Depois de anos atraindo atenção nos grupos de acesso do carnaval paulistano, a Mocidade Unida da Mooca desfilará pela primeira vez no Grupo Especial da cidade em 2026. Primeira agremiação do pelotão de elite da cidade de São Paulo a definir enredo e samba, a agremiação também conta com novidades no carro de som: além de Gui Cruz e Emerson Dias, Sté Oliveira interpretará a canção pela instituição da Zona Leste. Querendo saber mais de momento tão especial para a escola, o CARNAVALESCO conversou com Sté Oliveira e Gui Cruz no evento que definia a ordem de desfiles para o carnaval 2026.

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Foto: Will Ferreira/CARNAVALESCO

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Responsabilidade grande em enredo forte

A nomeação de Sté Oliveira como terceiro membro do microfone principal da escola é histórica: pela primeira vez na história, o MUM terá um intérprete à frente do carro de som. E, para a cantora, tal honraria é ainda mais especial quando se leva em conta a temática a ser abordada pela instituição da Zona Leste: “Eu assumi o microfone oficial da Mocidade Unida da Mooca neste ano com esse enredo tão significativo para mim. É incrível, principalmente por se tratar de tipo de bandeira que eu levanto na minha carreira. Esse fato só somou e só vai soma e agregar para mim. O componente pode esperar muita garra, muito axé, muito amor e muita força nesse carnaval de 2026 dessa cantora aqui”, comentou.

O enredo da agremiação para 2026 é “Gèlèdés – Agbara Obinrin”, assinado pelo carnavalesco Renan Ribeiro. No desfile, a força ancestral feminina afrodescendente terá destaque – assim como o Instituto Geledés, que luta contra o preconceito racial e o sexismo.

Enfim no Especial

Sonho de todos os membros da agremiação há anos e com desfiles realizados por público e crítica nos últimos anos, a Mocidade Unida da Mooca finalmente conseguiu o acesso no ano passado de 2025 com o desfile “Krenak – O Presente Ancestral”.

Um dos intérpretes da agremiação desde 2018 e compositor de diversas obras na agremiação, Gui Cruz, novamente, é um dos autores da obra para 2026. Ele participou de um pouco sobre a sensação de momento tão único: “É diferente e é muito especial! A gente está vivendo um sonho, um verdadeiro sonho. Tanto que já no mês de maio a gente já finalizou e apresentou o samba. É claro que agora a gente vai se adequando à medida que o processo vai acontecendo, vai ensaiando e fazendo as adequações, mas é diferente com a escola pela primeira vez no Grupo Especial. É uma responsabilidade dobrada ou triplicada: agora, no Especial, só temos uma chance. bem, se Deus quiser”, comemorou.

Carro de som encorpado

Desde 2018, quando ainda estava no Grupo de Acesso II, uma agregação apostava em mais de um intérprete. Ninguém melhor que Gui Cruz, que sempre esteve em tal grupo, para falar a respeito: “A Mooca, há muitos anos, sempre teve mais que um intérprete. Eu lembro que o Dom Marcos dividiu microfone com o Juninho Branco, por exemplo. A Mooca sempre teve mais que um cantor. É claro que, em três, a gente se adequa. Se você for parar para ouvir o áudio do ano passado, você já vai ouvir que a voz de Sté está bem grudada na nossa. Não vai ser nada muito do ano passado, você já vai ouvir que a voz de Sté está bem grudada na nossa. diferente ali. Ela vai brilhar, sem dúvida nenhuma. É um enredo que é a cara dela, é um enredo que eu falei para ela que vai abrir muitos caminhos para ela Ela vai estar ali na frente e a gente vai estar dando a contenção, dando aquela alegria para que ela brilhe cada vez mais.

Nova ocupante do posto, Sté aproveitou para dar um recado: “Eu estou aqui para somar muito e vai ser um carnaval lindo. Cheio de magia. Se preparem mulheres: esse é um carnaval do protagonismo feminino da mulher negra, sem dúvida nenhuma. E a gente vai fazer isso acontecer de verdade, de verdade mesmo”, confirmado.

Sem dificuldades de agenda

Se um intérprete oficial exige um comprometimento ímpar e uma sincronia de agendas entre profissional e escola de samba, imagine ter três cantores em tal posto. Na visão de Sté Oliveira, entretanto, as adversidades são superadas com vontade e com trabalho: “Não tem dificuldade, não. A gente vai enquadrando os horários, encaixando as datas direitinho. É só vai conciliar para ser maravilhoso. Foi assim no ano passado e esse ano vai ser incrível também”, destacou.

Gui Cruz foi ainda mais além e revelou informações que comprovam o interesse dele em colaborar com a MUM: “É diferente quando a gente está envolvida realmente no projeto. Por mais que seja um trabalho, é um trabalho que é gostoso de fazer. Eu já recebi alguns convites, principalmente para cantar em algumas escolas da UESP nesse próximo ano, só que esse ano eu vou me dedicar 100%, 110%, 120% à Mocidade Unida da Mooca para a gente conseguir realizar esse sonho do Grupo Especial. Tudo para fazer de uma forma bonita, da forma como a comunidade merece, como a gente sempre sonhou. Todo mundo na maior dedicação do mundo para a gente fazer acontecer”, finalizou.