Início Site Página 6

Amor tatuado: comissões de frente da Mocidade viram arte no corpo de torcedor

O independente Alexsandro Furtado viralizou nas redes sociais ao eternizar, na perna, uma homenagem a duas comissões de frente recentes da escola de Padre Miguel: a do Aladim (2017), que rendeu à agremiação seu último título, e a atual, de 2025, bastante elogiada pelo estilo high-tech e pela ausência de tripé, na contramão da tendência do segmento nos últimos anos.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

tatoo aladim
Foto: Arquivo pessoal

Furtado, de 51 anos, é morador de Realengo e sempre torceu pela estrela-guia da Zona Oeste. Ele desfilou pela escola na Sapucaí em 1994, 1995, 1996, 1997, 2006, 2007 e 2008, mas garante frequentar os ensaios da agremiação de forma ininterrupta há décadas. Em 2020, assumiu a direção de carnaval da escola mirim Estrelinha da Mocidade e, em 2022, passou a trabalhar no barracão da escola-mãe. Atualmente, ocupa o cargo de diretor de patrimônio. Sua filha, Bárbara, de 9 anos, é musa da Estrelinha.

“Eu já pensava há algum tempo em fazer uma tattoo em homenagem à Mocidade. A ideia inicial era fazer apenas o escudo, mas, conversando com o Renatinho (meu tatuador, que é uma fera na arte do rabisco, um grande amigo e também apaixonado pela Mocidade), decidi fazer algo a mais. Batendo um papo sobre como foi impactante a comissão deste ano, surgiu a ideia de eternizar esse momento do desfile da Mocidade e, como o Aladim também entrou para a história, resolvemos eternizar aquele voo inesquecível na pele”, declarou Alexsandro ao CARNAVALESCO.

tatooalexandre
Independente Alexsandro Furtado

Para o coreógrafo Marcelo Misailidis, responsável pela comissão de frente da Mocidade em 2025, o ato representa um reconhecimento inesperado de seu trabalho.

“Foi uma surpresa enorme para todos nós, porque esta é uma manifestação de muito carinho. As pessoas fazem uma tatuagem quando querem marcar, registrar um momento inesquecível na vida delas, uma grande conquista. Nós não tínhamos noção de como esse trabalho atingiu as pessoas de modo geral e, particularmente, de como isso tocou o Alexsandro”, afirmou o artista.

Cobrindo boa parte da perna direita, o torcedor independente afirmou que a tattoo foi feita em duas sessões.

“Na primeira, fizemos o escudo e o castor. Depois de duas semanas, no dia 26 de março, voltei e ficamos tatuando por cinco horas até finalizar. A dor existe, mas o amor pela escola ajuda a superá-la”, detalhou Alexsandro.

Aclamado pela especificidade — a Mocidade foi a única escola do Grupo Especial de 2025 a não trazer elemento cenográfico na comissão de frente —, o trabalho de Marcelo gerou, na perna de Alexsandro, frutos eternos.

“A ideia foi tentar mexer um pouco com esse quesito, que está, de certa forma, ficando muito previsível dentro das suas potencialidades. A comissão de frente, que ao longo dos últimos anos tem tido uma grande evolução de visibilidade, começou a se tornar um processo muito similar entre uma e outra”, explicou o coreógrafo.

“Já estou há alguns anos nessa direção de fazer um projeto de comissão de frente que não dependa de uma estrutura cenográfica. A comissão deve ser representada por 15 componentes. Prioritariamente, a ação deve estar na questão humana do componente que apresenta a escola. As escolas têm tido receio de serem sacrificadas na nota e medo de apostar em novos projetos. O importante foi que demonstramos, com esse projeto, que a comissão de frente ainda é algo aberto e vivo em sua potencialidade”, completou.

Presidente da Liga-SP fala sobre o desejo de inovar nos minidesfiles de São Paulo

A temporada de eliminatórias de sambas-enredo está começando e os sambistas já estão pensando na Festa do Lançamento dos Sambas para o Carnaval 2026 (dia 6 de dezembro), quando acontecem os minidesfiles em São Paulo. O evento atrai mais pessoas, tanto de contingente das escolas que vão participar dos minidesfiles, quanto do público presente, que tem a sua torcida ou comparece simplesmente por amar o carnaval. Desta vez tem um diferencial: Será em uma data diferente do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Os profissionais que atuam nas duas praças estarão presentes defendendo o seu pavilhão, bem como torcedores e apaixonados pelas duas cidades.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

renato tomate

O presidente da Liga-SP, Renato Remondini, o Tomate, falou sobre um plano ousado: A vontade de ampliar ainda mais os minidesfiles e colocar na Avenida Dr. Abraão Ribeiro, que dá acesso à Fábrica do Samba. O local que atualmente abriga a festa serviria como ponto de apoio no dia do evento.

“Felizmente, hoje a Fábrica se tornou pequena para a Festa de Lançamento dos sambas-enredo. A gente não consegue fazer no Anhembi por causa da Fórmula E, que acontece na mesma data. Mas nós estamos tentando com as autoridades, vamos ver com a prefeitura se a gente consegue liberar essa nossa avenida aqui na frente e consiga fazer os desfiles do lado de fora, com a Fábrica servindo como um ponto de apoio, estrutura, alimentação, banheiros e outras coisas para o conforto do sambista. E lá fora a gente faria os desfiles. Vamos ver se dá certo. Nós vamos planejar, pois gostamos de fazer algumas coisas diferentes. Se for algo que seja bacana para todo mundo e que tenha segurança de uma forma bem legal, devemos migrar”, contou.

Negociação com Band e Rede Globo – Caminhando positivamente

A renovação com a Rede Globo, atual detentora dos direitos de transmissão do Grupo Especial de São Paulo ainda não saiu, mas Renato Remondini se diz confiante para um desfecho positivo. Exigências de ambas as partes estão acontecendo para o acordo ser concluído. “A gente vem conversando com a Globo já faz um tempo e caminha-se para uma renovação de contrato. A Globo fez algumas exigências e nós fizemos as nossas. É uma negociação onde a gente entende que o produto do carnaval de São Paulo cresceu muito e ele precisa ser valorizado. É claro que a Globo tem as limitações delas, mas sabemos que o nosso produto hoje é muito cobiçado. A gente precisa realmente dar valor ao nosso produto para que a TV também faça isso. Acho que a gente vai chegar a um acordo, espero que em breve, para anunciar isso o quanto antes”, revelou.

Uma vitória que está prestes a acontecer é o Acesso 1 ser transmitido em uma grande emissora de TV aberta. Nos últimos anos, o grupo foi levado para o YouTube da Liga-SP. Tomate afirmou que não foi assinado, mas a conclusão está prestes a ser realizada. “O acerto da Band com o Acesso 1 está consolidado, tudo certo. A gente fica muito feliz com essa parceria. O contrato está prestes a ser concluído, ainda não foi assinado, mas tudo caminha também no sentido que esse acerto venha a ser concretizado. É o início de um trabalho que vai ser muito bom para o carnaval de São Paulo”, concluiu.

Unidos da Tijuca terá Flávia Leal como diretora artística do próximo desfile

A Unidos da Tijuca segue identificando demandas e preenchendo a equipe com profissionais capacitados. Nesta semana a escola fechou a contratação Flavia Leal. A atriz, bailarina e coreógrafa exercerá o cargo de diretora artística na amarelo ouro e azul pavão do Borel no próximo carnaval.

flaviatijuca
Foto: Divulgação/Tijuca

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

“É uma honra muito grande estar em uma escola que se notabilizou por realizar grandes espetáculos na Avenida. Ao longo da minha carreira, vi e vivi os maiores espetáculos do mundo. Vamos unir os segmentos e extrair deles todo o talento e capacidade desse grande time que a Tijuca tem hoje. Vamos retomar essa veia artística da escola para realizarmos grandes desfiles que encantem a Marquês de Sapucaí”, avisa.

Com passagens pela Oba Oba Brasil (do lendário Sargentelli), programas da TV Globo e espetáculos internacionais, Flávia integrou o time de coreógrafos renomados como Renata Monnier, Gislaine Cavalcante, Helio Bejani e Marcelo Misailidis, todos na folia carioca, além de dirigir o trabalho coreográfico de comissões no Grupo de Acesso, sendo premiada na Leão de Nova Iguaçu e nota máxima na Tubarão de Mesquita. Como bailarina passou por Beija-Flor, Salgueiro, Império da Tijuca, Estácio de Sá e Unidos da Tijuca.

“Fiquei muito feliz com o convite da escola e com o planejamento para o Carnaval 2026. Nosso carnavalesco Edson Pereira e toda a equipe já estão trabalhando muito para um grande desfile. O enredo é uma linda homenagem a uma mulher simples e destemida que se tornou a maior escritora desse país. Cheguei em uma Tijuca consciente da sua força e que está preparando muitas surpresas para o próximo carnaval. Encontrei um time muito unido e sedento pelo título. Vamos contar essa linda história na Avenida com muita força, humildade e comprometimento. Será um grande desfile, sem dúvidas”, destaca Flávia.

A Unidos da Tijuca desfilará na Marquês de Sapucaí dia 16 de fevereiro de 2026, segunda-feira de carnaval com o enredo “Carolina Maria de Jesus”. O enredo será desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira.

Carlinhos Salgueiro é coroado rei do carnaval de Hollywood

Com muita emoção e felicidade, o coreógrafo Carlinhos Salgueiro foi coroado Rei do Carnaval de Hollywood, no último dia 21 de junho, nos Estados Unidos, a convite da organização do Los Angeles Culture, organização cultural americana que promove a integração de diversos países e culturas no Desfile Multicultural de Carnaval, na Calçada da Fama em Hollywood.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

carlinhos rei
Foto: Divulgação

“Estar na Calçada da Fama e desfilar minha arte me deixou muito emocionado e reconectando com meu passado, lembrei da minha falecida mãe, que não conheceu o Carlinhos Salgueiro de hoje. Tudo isto é por ela também”, comentou o Rei.

O artista, que completou em 2025 vinte anos como diretor da ala de Passistas do Salgueiro, divide também as funções de diretor artístico e da ala Maculelê na escola, desfilou seu reinado, com o tema Floresta Amazônica, ao lado da Rainha do Carnaval de Hollywood América do Sul 2025, a pernambucana, Jônia Queen, que é diretora da Cia de Shows Raiz Brazil, em Los Angeles

“Eu como cria de comunidade, que já perdi amigos de infância assassinados, tenho muito a agradecer a oportunidade que o Salgueiro me deu de mostrar minha arte, seguir nela e chegar até aqui”, reflete o dançarino.

Após o sucesso de sua coroação, Carlinhos foi convidado para compartilhar sua experiência, dando workshops de samba, em uma turnê por sete cidades americanas.

Coreógrafo exalta projeto da comissão de frente da Dragões da Real em 2025

Após comandar uma comissão de frente que emocionou o público que compareceu ao Anhembi no carnaval de 2025, o coreógrafo Ricardo Negreiros compareceu com a Dragões da Real à festa de definição da ordem dos desfiles de 2026, realizada em 17 de maio, na Fábrica do Samba. O evento foi o pontapé inicial do ciclo em andamento para o próximo ano, no qual a escola da Vila Anastácio será a terceira agremiação a desfilar na sexta-feira, 13 de fevereiro, com o enredo “Guerreiras Icamiabas: Uma lendária história de força e resistência”, assinado pelo carnavalesco Jorge Freitas.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

comissaodragoes
Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

Ousadia e esforço conquistam as arquibancadas

A comissão de frente da Dragões da Real não apenas cumpriu seu papel ao garantir as notas necessárias para a escola, como também conquistou o público com uma coreografia protagonizada por uma criança, que representou um pequeno astronauta ao longo do ciclo da vida. Em seu quinto carnaval na agremiação, Ricardo Negreiros exaltou o trabalho desenvolvido pelo quesito em 2025.

“Fizemos um projeto muito bacana, era um grupo grande. Infelizmente, nós não tivemos um desempenho de uma nota quarenta, mas ao mesmo tempo foi um projeto grandioso, mágico. Trouxemos uma criança, que é bem difícil você conduzir um projeto com crianças. Entendo que foi um projeto muito bom e que trouxe uma perspectiva diferente para a escola, porque não trazíamos as crianças na escola. É a segunda vez que eu trago o projeto com uma criança, adequando o projeto totalmente e esse ano eu fiquei muito feliz com o resultado, apesar de não ter sido quarenta. Para mim foi muito bom, muito gostoso”, exaltou o coreógrafo.

coreografo dragoes
Coreógrafo Ricardo Negreiros. Foto: Lucas Sampaio/CARNAVALESCO

Decolagem bem-sucedida

Um recurso inédito no carnaval paulistano foi o uso de um drone como elemento da coreografia da comissão de frente. O equipamento aéreo foi caracterizado como um pequeno foguete, que sobrevoou a Avenida ao final da apresentação, em resposta a gestos do astronauta mirim. Ricardo explicou como foi o processo de concepção da ideia e celebrou o êxito na execução.

“Foi bem complexo. É a primeira vez que fazemos um projeto com drone. Eu realmente não conheço nenhuma escola de São Paulo que fez um projeto com drone. Nós ensaiamos bastante. Teve uma equipe do Rio de Janeiro que fez todo o projeto à distância. Eu acompanhava à distância o tempo inteiro, os testes de drone e tudo mais. Eles vieram para São Paulo, nós testamos com eles de novo e fomos adequando o projeto no decorrer do tempo porque a alegoria não estava pensada para isso. No final das contas, fizemos um projeto que foi muito bem desenhado, bem redondinho, tanto que no final deu tudo certo, não teve nenhuma falha em nenhum momento na Avenida. Pensando que a nossa forma de julgamento é o tempo inteiro, conseguimos fazer com que o tempo inteiro fosse bem executado. Nós tínhamos dois drones, então a cada vez que executávamos a coreografia era um drone diferente”, afirmou.

O coreógrafo comentou que a ideia original para a cena era diferente, e que um trabalho coletivo foi fundamental para a decisão de usar o drone.

“Foram muitas cabeças pensantes. A princípio, nós não íamos ter um drone, faríamos o astronauta voar. Só que seria um barulho intenso, o custo com a operação seria muito caro, então fomos adequando e chegamos a um consenso. Teve a ideia do presidente, teve a ideia do carnavalesco, teve coisas minhas. No final das contas, cada um deu um ‘insight’ e chegamos no drone. A partir daí foi a correria atrás do drone”, disse.

Valorização da arte se faz necessária

Apesar de não obter as quatro notas máximas no quesito, não só a Dragões da Real, como todas as agremiações conseguiram o total de trinta pontos possíveis. Ricardo Negreiros acredita que a arte deveria ser mais valorizada no julgamento, mas elogiou o trabalho realizado pelas coirmãs do Grupo Especial em 2025.

“Senti que faltou uma avaliação artística. O carnaval de São Paulo peca por não avaliar artisticamente. Por outro lado, vi que tiveram comissões que tiveram uma avaliação muito bacana, foram comissões que se destacaram. Acho que falta um olhar artístico para o projeto, de fato, mas na minha visão foram muitos projetos muito bons, independente de nota, mas faltou um olhar artístico. Sinto que falta isso para o carnaval de São Paulo”, concluiu.

Universidade Estácio oferecerá diversos serviços gratuitos em escolas de samba

No próximo sábado, 28 de junho, das 10h às 15h, será realizado o Projeto Ação Social. O evento – totalmente gratuito – oferecerá orientação jurídica, aferição de pressão arterial, teste glicêmico, sinais vitais, vacinação, avaliação postural, retirada de documento
de identidade do Detran, com agendamento prévio, e muito mais. A iniciativa nasceu com o propósito de aproximar a Universidade Estácio das escolas de sambas do Rio de Janeiro. A primeira edição acontecerá nas quadras das agremiações Estácio de Sá, Unidos de
Vila Isabel, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos de Viradouro e Acadêmicos do Grande Rio.

universidadeestacio
Foto: Divulgação

“A educação é a porta de entrada para o crescimento pessoal e profissional de todos os indivíduos e, por conta disso, queremos abrir essa porta para as pessoas que moram nas adjacências destas 5 grandes escolas de samba do Rio de Janeiro. Nossos alunos, coordenadores e professores dos cursos de Enfermagem, Psicologia, Direito e Educação Física, dos campi Estácio Presidente Vargas, Maracanã, Sulacap, Niterói, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias já estão prontos para prestar esses serviços comunitários”, afirma Mariane Monteiro, gerente da Estácio.

“A educação é a porta de entrada para o crescimento pessoal e profissional de todos os indivíduos e, por conta disso, queremos abrir essa porta para as pessoas que moram nas adjacências destas 5 grandes escolas de samba do Rio de Janeiro. Nossos alunos, coordenadores e professores dos cursos de Enfermagem, Psicologia, Direito e Educação Física, dos campi Estácio Presidente Vargas, Maracanã, Sulacap, Niterói, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias já estão prontos para prestar esses serviços comunitários”, afirma Mariane Monteiro, gerente da Estácio.

Paralelamente aos serviços sociais, serão realizadas duas provas, em dois horários, nas respectivas quadras das escolas de samba para quem quiser fazer o vestibular da Estácio, a primeira às 10h30 e a segunda às 13h30. Os interessados poderão fazer suas inscrições
por meio do link: https://bit.ly/estacio55anos. Os candidatos que tirarem as duas melhores notas na prova de redação vão ganhar 2 bolsas de 100% no curso todo.

Serviço:
Projeto Ação Social e Vestibular Comunitário
Data – 28 de junho, sábado
Horário – das 10h às 15h
Provas – 10h30 ou 13h30 (Link para inscrição: https://bit.ly/estacio55anos)

Leci Brandão é o enredo da Unidos de Bangu para o Carnaval 2026

A Unidos de Bangu lançou o enredo que irá embalar seu desfile no Carnaval 2026. Com o título “As coisas que mamãe me ensinou”, a escola da Zona Oeste prestará uma homenagem à cantora, compositora e deputada estadual Leci Brandão, ícone da cultura popular e da luta por igualdade e justiça social.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

logo leci bangu2026

Marcelo do Rap, diretor de Carnaval da agremiação, falou com entusiasmo sobre o projeto: “Estamos muito felizes com esse enredo. Estivemos com a Leci pessoalmente, apresentamos a proposta, e ela também está muito emocionada e grata com essa homenagem. Acreditamos que essa escolha traduz a identidade da nossa escola. Vamos em busca de um desfile grandioso, para brigar pelo título e tocar o coração do público”.

A escola promete um desfile de forte conteúdo social, poético e musical, exaltando a trajetória de Leci Brandão, símbolo de resistência, amor e consciência.

A Unidos de Bangu será a quarta escola a desfilar na sexta-feira de Carnaval, pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí.

União de Maricá reformula disputa de samba e aumenta prêmio para R$ 100 mil

A União de Maricá apresentou o novo formato da disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. A escola aposta em uma reformulação no modelo, com foco na redução dos custos para os compositores. O processo também passa a contar com uma premiação ampliada: o valor total destinado aos autores do samba vencedor passa de R$ 75 mil para R$ 100 mil, uma das maiores premiações entre as escolas que desfilam na Marquês de Sapucaí, na Série Ouro e no Grupo Especial.

casal marica
Foto: Leandro Andrade/Divulgação Maricá

A mudança na premiação faz parte do compromisso da agremiação com a valorização do processo criativo por trás do samba-enredo. A ideia é que os autores das obras tenham condições reais de concorrer, sem a pressão de montar superproduções. Para o presidente Matheus Santos, o compositor deve ser o protagonista.

“É muito claro para a gente que o samba-enredo é o pilar do nosso desfile. O compositor, nesse contexto, deve ter a sua arte reconhecida, respeitada e valorizada. Essa disputa é sobre abrir espaço real para que todos possam mostrar sua obra sem precisar esgotar recursos financeiros ou montar um espetáculo paralelo ao que realmente importa, que é o samba”, disse Matheus.

O cronograma da disputa também foi reestruturado para ser mais funcional e econômico. As composições serão inscritas no dia 29 de julho, das 19h às 22h. A disputa começa no dia 1º de agosto, com todos os sambas sendo apresentados na quadra, sem cortes e sem obrigatoriedade de torcida. Nas duas semanas seguintes, nos dias 8 e 15, os sambas serão avaliados em audições internas no barracão, em fase eliminatória, com acesso restrito a compositores e intérpretes.

Essa nova configuração visa corrigir distorções que se acentuaram nos últimos anos em disputas de samba, onde a estrutura de torcida e o investimento acabavam se sobrepondo à qualidade da obra. Desta forma, a escola propõe uma inversão dessa lógica, fortalecendo a escuta e reduzindo a necessidade de gastos paralelos. Matheus defende que o foco deve voltar a ser a qualidade do samba, não o espetáculo fora dele.

“Criamos um formato que tira o peso da torcida como pré-requisito de sucesso. Em vez de quem tem mais estrutura para montar show, queremos escutar quem tem mais samba. A disputa no barracão, com escuta técnica e sem plateia, é importante. O compositor não vai mais precisar fazer produção de palco antes da hora. O dinheiro que antes era gasto com torcida, camisa, ônibus para levar em Maricá diversas semanas, dentre outros, agora pode ser investido exclusivamente na composição, sem a preocupação de tanto gasto extra”, destacou o presidente.

Além da reestruturação do calendário, o regulamento da disputa também foi atualizado para garantir maior igualdade de condições. Cada samba poderá ter até seis compositores, sem participações especiais, e o número de cantores por apresentação está limitado a quatro. A União de Maricá também promoverá quatro encontros tira-dúvidas, sendo obrigatória a participação em pelo menos dois deles, com a apresentação da obra. O primeiro encontro ocorreu ontem (23) e os próximos estão marcados para os dias 30 de junho (barracão), 7 de julho (quadra) e 14 de julho (barracão).

Em 2026, a União de Maricá levará para a Sapucaí o enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, do carnavalesco Leandro Vieira. A escola será a sexta a se apresentar no sábado, 14 de fevereiro, pela Série Ouro.

Sinopse do enredo do Arranco para o Carnaval 2026

Enredo: “A Gargalhada é o Xamego da Vida!”

logo enredo arranco2026

– Respeitável Público, O Grande Circo Falcão do Engenho de Dentro, apresentado por mim, o Falcão, tem o orgulho de desfilar “A Gargalhada é o Xamego da Vida!”, estrelando o Palhaço Xamego – que, a propósito, nasceu antes da nossa escola, com uma engraçadinha diferença de 64 anos, no estonteante 21 de março. A caravana anuncia que vai começar o espetáculo!

Tomem seus lugares, pois as gargalhadas estão garantidas!

Nosso cortejo segue apresentando os cômicos medievais, que dançam rodopiantes e desfraldam o pavilhão deste circo como forma de homenagear a tradição da palhaçaria,apenas como pragmatismo mundano…

Ouço os tambores tocando, vejam quem vem vindo: ele, o Palhaço Xamego!

– Mas aqui, nosso riso é mesmo coisa de preto, circo de preto, o circo Teatro Guarany!

O sonho do Guarany começa muito antes de mim, com a minha avó, Leopoldina Souza, uma guerreira que foi escravizada em um tempo que eu perco de vista… Do ventre dela nasceu livre o meu pai, João Alves da Silva; ele foi um homem que em 1901 – 13 anos após o fim da escravidão – já era dono de circo. Meu pai construiu uma Grande Família de muita fé. A Senhora do Rosário esteve sempre conosco, nos guiando, nos rodeando e dando a alegria de viver a comunhão de um picadeiro.

Com o crescimento do circo, nós fomos ganhar mundo: armamos o picadeiro, hasteamos a lona e, de gargalhada em gargalhada, rodamos o Brasil em um comboio de alegria e risada. Por onde passávamos era sucesso! Eu era só uma criança e cresci rodeada por uma festa de muitas cores, números brilhantes e o palhaço Gostoso – meu irmão – um bonitão que conquistava um punhado de coração! Uma Família de Artistas que acolhia com os encantos do Circo.

Eu e minha irmã Ephigênia, apaixonadas pelo ofício da família, começamos na arte circense: duas cantoras que sonhavam com o rádio e encantavam no picadeiro. Tínhamos o tio Benjamin como inspiração – sim, Benjamin de Oliveira, o grande Palhaço Negro do Brasil. Eu, de vez em quando imitava os trejeitos do Charles Chaplin, que via vez ou outra no cinema.

Cresci ouvindo as histórias do meu pai dizendo sobre a luta do povo negro no Brasil…

Nessas Histórias uma Flor (1)
(A Camélia)
Estava Sempre Presente
(A Camélia)
Era Flor da Resistência
(A Camélia)
Além de Ser Perfumada
(A Camélia)

Assumi ela como força, colocava sempre nas minhas apresentações e, de repente, ela virou meu símbolo.

Um dia, me vi diante da função de assumir o circo para substituir o tal palhaço Gostoso e aí entrei em cena: Palhaço Xamego. Eu sempre ouvia que ser palhaço não era coisa de mulher. (Pensam que liguei?). Sei que a gargalhada é coisa boa, transforma o mundo e pode ser libertadora. Eu uso para espantar a tristeza… Esegui assim, gargalhando, com a minha Camélia presa na lapela.
Certo dia ouvi um tal de Rei do Baião… Junto de sua Sanfona, vinha com sua companheira de cantoria e tome Xote…

‘O xamêgo dá prazer (2)
O xamêgo faz sofrer
O xamêgo às vezes dói
Às vezes não
O xamêgo às vezes rói
O coração’

Embalada nesse xote bom, meu coração bateu por um tal de Reis… ‘Parpitou’ tanto, mas tanto que chegou a apertar de alegria… Entrei numa dança gostosa, caí nas gargalhadas de amor. E,então, viramos uma dupla: no amor e no palco!

“Ai que Xamego bom, Ai que Xamego Bom, Ai que Xamego bom…” (3)

Com o passar da vida, nossa Família ganhou mais duas Gargalhadinhas: os nossos filhos Aristeu e Daise. Cuidava deles com amor e nunca dei mole para ser descoberta. Dentro do circo é o palhaço que impera: ele brinca com gato e cachorro; faz piada de conversar com a galinha; tem um amigão que é um macaco camarada e arranca sempre muita gargalhada…

Certa vez, vi levantarem a Lona. De longe, avistei um olhar muito curioso observando a elefanta que me ajudava a cuidar dos ‘niños’ e o palhaço – eu – sendo ama de leite.

Aristeu e Daise foram ficando pelo picadeiro e muito sabidos, foram crescendo artistas… Afinal, eram filhos do Xamego e do Reis.

‘Todo mundo quer saber (4)
O que é o xamêgo
Ninguém sabe se ele é branco
Se é mulato ou negro…’

Porque o segredo do palhaço era ser uma mulher inspiradora e alegre: Maria Eliza Alves dos Reis! Mãe carinhosa que estudava junto, costurava, era grande cozinheira e doceira.

A vida foi tomando caminhos difíceis e nosso circo foi perdendo as cores. Desarmou a lona… As coisas simples da vida viraram nosso palco, como um sambinha de riso frouxo pelas calçadas. E, com o tempo, Xamego e Reis foram se tornando um casal de velhinhos que amava o circo, apoiava a arte circense e, com muita paixão, não deixava de sorrir – a alegria estava sempre estampada no meu rosto. Sempre disse que a Gargalhada é um remédio para a vida, mesmo quando o desânimo parece que vai tomar conta do nosso coração… Precisamos entender que a vida é curta demais para deixar a tristeza nos dominar. Quem vive gargalhando, vive mais e‘mió’!

E, de repente, suspirei e me tornei uma estrela em gargalhada…”

– Por isso eu, o Falcão, vos digo que Xamego passou a ser andarilha de si mesma, sendo uma Mãe que Alimenta (5) no coração de outras mulheres o desejo de ser palhaça e a certeza no poder da gargalhada para mudar o mundo.

Vemos esse chamego naquelas que domam muitos Leões por dia – quem é que não tem um boleto para pagar, hein? Nas que andam na corda bamba, nas que fazem trapézio com as dificuldades, malabarismo com os problemas e vivem a vida como uma grande piada. Elas mostram que gargalhar Não é Delírio não, é Felicidade… (6)

Pelas ruas, o riso contagia as multidões. Veio se espalhando pela história e chamegando aqui, chamegando lá (e acolá), ganhou o seu espaço merecido. Tem gargalhada nas folias, nos blocos e até batendo bola. Mas, a gargalhada é mesmo uma Encruzilhada: um gole de felicidade; o espanto da tristeza; a alegria desmedida; a força de seguir sorrindo.

No palco do Carnaval, o samba faz gargalhada e traz a ‘folie’ para a festa do riso. É preciso sempre celebrar, pois a alegria é a porta onde estão as respostas para as dificuldades da caminhada. Hoje, esse Terreirode Espinguela (7) se torna um grande picadeiro de Folia, onde as gargalhadas ecoam como um toque de alegria – anunciando tempos de felicidade por aqui.

Piscaram os olhos e “Minha Avó Virou Samba!” – sua neta Birota vem dizendo.
Se o samba é o remédio da alma, A Gargalhada é o Xamego da Vida e no Arranco é (todo amor) Xamegadinho e misturado.

Que a Gargalhada viva sempre em nós como esperança!
Viva a Xamego! (Bravo!)

1 Paródia inspirada na música “O Cheiro da Carolina” de Luiz Gonzaga. Composição: Zé Gonzaga / Amorim Roxo. A música foi originalmente lançada no disco Aboios e Vaquejadas (1956).
2 Referência a canção “Xamego” de Luiz Gonzaga. Composição: Luiz Gonzaga / Miguel Lima. Lançada originalmente no disco Xamego (1958).
3 Idem
4 Idem
5 Referência ao nosso carnaval de 2025 “Mães que Alimentam o Sagrado” da Carnavalesca Annik Salmon.
6 Referência ao nosso carnaval de 2024 “Nise – Reimaginação da Loucura” do Carnavalesco Nicolas Gonçalves.
7 Referência ao nosso carnaval de 2023 “Zé Espinguela, Chão do Meu Terreiro” do Carnavalesco Antônio Gonzaga.

Agradecimentos

Agradecemos a Família de Maria Eliza Alves dos Reis pelo carinho e acolhimento em aceitar levar, junto conosco, um pouco da história da sua família para a Marquês de Sapucaí. Daise, sua filha, Mariana, sua Neta, Salim e Juan, foram de uma generosidade extrema em abrirem os acervos da família e ceder matérias, além dos dois documentários produzidos pela família, para colaborar com a pesquisa e a escrita da sinopse. Agradecemos também pela entrega e a participação nas etapas e pelo comprometimento de estar conosco em todo o processo.

Referências Bibliográficas

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Huicitec, 2010.
BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação do cômico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1983.
BORNHEIM, Gerd (Org.). Cultura Brasileira – Tradição Contradição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.
CASTRO, Alice Viveiros de. O Elogio da Bobagem – Palhaços no Brasil e no Mundo. – Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.
CALLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Tradução de José Garcês Palha. Cotovia, São Paulo, 1990.
DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
FONTELES, Bené (org.). O Rei e o Baião. Ensaios Antônio Risério … [et al]. – Brasília: Fundação Athos Bulcão, 2010.
HUGO, Victor. Do Grotesco e do Sublime. São Paulo: Perspectiva, 2002.
MILITELLO, Dirce Tangara. Terceiro Sinal. São Paulo: Mercury Produções Artísticas LTDA, 1984.
MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. Tradução de Maria Elena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
O reinado do Riso / Texto de Daniel Reis e Maria Elisabeth de Andrade Costa – Rio de Janeiro IPHAN, CNFCP, 2012. 56p. – Catálogo da exposição realizada na Galeria Mestre Vitalino, no período de 22 de agosto a 25 de novembro de 2012.
SIMAS, Luiz Antônio & RUFINO, Luiz. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
___________. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. – 1° ed. – Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
TAPIA, Verônica Ester. Trajetórias artísticas e profissionais de mulheres e circenses. – 1. Ed. – Curitiba: Appris, 2023.
TINHORÃO, José Ramos. Cultura Popular: temas e questões. São Paulo: Editora 34, 2001.

Filmes Consultados

GUARANY – Histórias do Circo dos Pretos; Direção: Mariana Gabriel. Produção: Daise Gabriel e Roberto Salim Gabriel. São Paulo: Di Ôio Produções, 2022.
MINHA Avó Era Palhaço; Direção: Ana Minehira & Mariana Gabriel.Produção: Daise Gabriel, Mariana Gabriel e Roberto Salim Gabriel.São Paulo: Di Ôio Produções, 2016.

André Machado celebra retorno ao Pérola Negra: ‘Tudo para fazer um grande carnaval’

O retorno de um grande nome para uma instituição quase sempre é muito celebrado por todos – seja por profissionais, pelo segmento de atuação em geral ou por quem atualmente está no contratante. No universo do carnaval não é diferente. E foi com muita pompa que André Machado, histórico carnavalesco do Pérola Negra, retornou para a escola da Vila Madalena – em anúncio realizado no dia 03 de abril. Para saber um pouco mais sobre o retorno do profissional ao Pérola e tentar descobrir um pouco sobre o que a Vila Madalena trará para a avenida em 2026, o CARNAVALESCO conversou com o profissional no evento que revelou a ordem dos desfiles dos grupos geridos pela Liga-SP em 2026.

andre perola
Foto: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Retorno

O Pérola Negra, em dois momentos na história, teve seis desfiles em sequência no Grupo Especial do carnaval paulistano. O primeiro deles, entre 1976 e 1981, em uma ascensão meteórica logo após a fundação da escola, era a confirmação de que havia uma nova grande entidade na cidade. Depois, entre 2007 e 2012, estava evidente que a escola da Vila Madalena voltava a ser realidade entre as grandes do município.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Ainda no começo desse período, em 2009, André Machado chegou ao Pérola Negra para fazer alguns desfiles marcantes na escola – à época presidida por Edilson Casal, popularmente conhecido como Nego. Para a segunda passagem dele como carnavalesco na Vila Madalena, ele fez questão de agradecer à atual mandatária da instituição: “Eu estou muito feliz! Recebi esse convite da presidente Sheila e eu tinha que voltar para casa. Estou muito contente com a forma que eu fui novamente recebido no Pérola. Eu tenho uma vontade de fazer um grande carnaval novamente e estou com total liberdade – tal qual já acontecia anos que eu estive lá. É uma galera que eu já conheço, então a gente tem tudo para fazer um grande carnaval”, destacou.

O carnavalesco ficou na escola até o ano de 2014. Em 2013, ele assinou o enredo “O espetáculo vai começar, Pérola Negra apresenta: O Auto da Compadecida”, campeão do Grupo de Acesso I. Já na derradeira temporada, é dele a apresentação de “Caminhos segui, lugar encontrei… Pérola Negra – a suprema Felicidade!”.

O que vem por aí?

A agremiação apresentará o enredo para a comunidade e para o mundo do samba no dia 12 de julho, no Arraiá na Vila. Pouco antes disso, entretanto, o processo de filtragem para saber qual será a temática escolhida foi grande: “A gente está conversando sobre o próximo enredo. A gente tem quatro possibilidades, mas, nas próximas semanas, a gente já vai escolher o definitivo para a gente chegar forte”, destacou o carnavalesco.

Concorrência forte

Maior campeão do Grupo de Acesso I, com cinco títulos (conquistados nos anos de 1975, 1989, 2000, 2013 e 2019), a escola sabe como ninguém os caminhos para chegar ao Grupo Especial. Na visão de André, porém, a disputa será bastante acirrada em 2026: “O Grupo de Acesso I, hoje, é um grupo muito forte. Tem escolas grandiosas, como a Mancha Verde, a Unidos de Vila Maria, a Acadêmicos do Tucuruvi, a Nenê de Vila Matilde. A gente está pensando em fazer um carnaval bem organizado, que caiba no bolso da escola, mas também que seja um carnaval bem competitivo, para a gente chegar junto aí – e, quem sabe, voltar para o Especial”, comentou.

Grandes lembranças

André também foi perguntado sobre qual foi o melhor desfile que ele assinou no Pérola Negra na primeira passagem pela instituição da Vila Madalena. O profissional preferiu destacar alguns pontos em específico de algumas das apresentações: “Eu tenho muito carinho por boa parte daqueles desfiles! Por exemplo, pensando no impacto de desfile, eu acho que foi o de 2009, da Índia. Pelo conjunto de alegorias, eu acho que foi o do Abraão, em 2011. Gosto do Rolando Boldrin também, em 2010. Um carnaval que eu fiz muita coisa, que eu gosto muito, foi o Auto da Compadecida, em 2013, que foi campeão do Grupo de Acesso I. Mas, se eu fosse escolher um, acho que o da Índia. Foi o meu primeiro carnaval aqui, foi o meu cartão de visita no Grupo Especial de São Paulo”, finalizou.