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Comissão de frente e samba são destaques no minidesfile da Bangu

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Apresentando um bom número de componentes, a Unidos de Bangu foi a sexta escola a se apresentar na Cidade do Samba. Com um samba que tem sido bastante elogiado neste pré-carnaval, a Bangu poderia ter ido melhor com seus intérpretes principais, mas ainda assim conseguiu chamar a atenção do público já muito presente naquele momento. Os componentes da comissão de frente da Bangu, comandados pelo coreógrafo Fábio Costa, em homenagem a Leci Brandão, não podiam fazer diferente e vieram de sambistas, trazendo também um pouco do clima de gafieira para a Cidade do Samba. As roupas estavam nas cores da escola, e a apresentação foi muito focada na dança, o que trouxe um frescor para o início do desfile e produziu um bonito efeito visual, mesmo sem grandes efeitos ou surpresas.

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Foto: S1 Comunicação

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Leonardo Moreira e Bárbara Moura, mostrou intensidade e movimentos com bom grau de dificuldade, indo bem, com giradas intensas da porta-bandeira e se procurando, preferindo o estilo mais tradicional de dança de casal, mas fazendo uma coreografia com passo de dança para o orixá “batendo cabeça” no refrão principal, no “Ogunhê, meu pai Ogum”. Apenas em um momento houve um pequeno desencontro na segunda do samba, mas nada que tenha maculado a boa apresentação da dupla. Na frente da escola, as baianas vieram com uma fantasia tendo o tecido “fazenda” entre o branco tradicional e o vermelho. O tripé do início do desfile representava a favela e os barzinhos onde o samba floresce, nas cores verde e rosa, escola do coração de Leci, a Estação Primeira de Mangueira.

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Sem os intérpretes Fredy Vianna — presente no minidesfile de São Paulo com a Mancha Verde — e Pipa Brasey, apesar do esforço do time de vozes que tinha, entre outros, os experientes Sandro Motta e Ronaldo Ylê, o desempenho ficou abaixo do que obviamente seria esperado com a dupla, ou ao menos com um dos dois intérpretes presentes. Mas, ainda assim, a ótima obra mexeu com o público e com quem desfilava. A escola apresentou um canto irregular no início, mas que cresceu à medida que avançava pela pista. Destaque para o refrão principal e para o trecho logo adiante, pela ótima resolução melódica: “Chama o morro do Pau da Bandeira”. A bateria Caldeirão da Zona Oeste, de mestre Dinho, homenageou a coirmã Mangueira com uma bossa representando o surdo de primeira da Verde e Rosa no trecho do samba que citava a escola. No refrão de baixo, também havia o toque para o orixá.

A escola pareceu um pouco grande, mas evoluiu bem, sem apresentar buracos ou grandes espaçamentos, com fluidez e espontaneidade. A rainha Camila Prins estava toda brilhosa, cheia de joias que tinham brilho quase próprio; fantasia bem rica, chamando atenção e mostrando samba no pé e simpatia. Em 2026, com o enredo “As coisas que mamãe me ensinou”, a Unidos de Bangu será a quarta escola a pisar na Sapucaí na primeira noite de desfiles da Série Ouro.

Ponte tem destaque para casal e carro de som faz bom trabalho no minidesfile

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A Unidos da Ponte foi a quinta escola a se apresentar e, mesmo sem ter Thiago Brito em São Paulo também para o minidesfile, a agremiação viu seu carro de som aumentar o rendimento do samba e ajudar a escola a fazer uma boa apresentação. Thiaguinho e Jéssica, primeiro casal da Ponte, mostraram muita desenvoltura e impressionaram quem assistia. Os componentes da comissão de frente da Ponte, comandados pela coreógrafa Juliana Frathane, trouxeram o ritmo homenageado no enredo. Os “funkeiros” mandaram diversos passinhos, com leques na mão e bonés com luz de LED.

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Fotos: S1 Comunicação

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Thiaguinho Mendonça e Jéssica Ferreira, saiu do lugar-comum que seria, para um enredo como esse, trazer diversos passinhos. Ao contrário, muito elegantes na vestimenta azul-marinho, abusaram do bom gosto também na dança. Com muito vigor, intensidade, mas, acima de tudo, postura e técnica, apresentaram-se misturando a dança tradicional com algumas pontuações no samba, como o punho cerrado no trecho “Na força do black onde o negro é rei”, e depois, com muito charme, fizeram passos juntos, com bastante sensualidade, no trecho “tem charme no viaduto”. Na entrada do desfile, teve também um tripé enorme, com muita luz de LED e néon, que trazia o “paredão” dos bailes funk, com as caixas de som empilhadas.

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Mesmo sem Thiago Brito, Matheus Gaúcho mostrou bastante valentia levando o samba com o andamento um pouco mais para cima, com a ajuda da bateria “Ritmo Meritiense”, de mestre Juninho e mestre Alex Vieira. Apesar de a obra em si não ter conseguido se destacar, a dupla de intérpretes e todo o carro de som fizeram um trabalho muito bom, mantendo o clima sempre alto e mostrando que houve muito ensaio, com a boa colocação de terças e vocalizações no trabalho.

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Já o canto da escola poderia ter sido melhor: foi tímido, com poucas alas cantando. Na evolução, a escola mostrou alegria e trouxe, em diversas alas, os passinhos misturados com o samba, que deram um astral legal para o desfile da escola. A rainha Thalita Zampirolli chamou atenção com uma fantasia de muito brilho entre o prateado e o azul. Em 2026, com o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, a Unidos da Ponte vai encerrar os desfiles do Carnaval da Série Ouro.

Entre história e pertencimento, Claudinho e Selminha são reverenciados pela comunidade da Beija-Flor

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Com mais de três décadas de trajetória conjunta sob o pavilhão da Beija-Flor de Nilópolis, Claudinho e Selminha Sorriso se tornaram mais do que um casal de mestre-sala e porta-bandeira: são memória viva, referência estética e elo afetivo entre gerações de torcedores. Para quem cresce acompanhando a escola, é praticamente impossível imaginar a azul e branca sem a presença dos dois na avenida.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

“Eles são o casal mais simbólico pra mim, porque eu cresci vendo eles. Já estavam lá quando eu nasci. É muito simbólico acompanhar essa trajetória desde a minha infância”, afirma Yuri Costa, 29 anos, morador de Nilópolis. Segundo ele, o entrosamento construído ao longo desses 30 anos transforma a dança em algo quase indescritível. “É como feijão com arroz, sabe? É impossível imaginar um sem o outro. É um casamento profissional, um casamento de dança”.

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Yuri Costa, 29 anos, morador de Nilópolis

O sentimento se repete entre muitos torcedores da Baixada Fluminense, especialmente em Nilópolis, onde a Beija-Flor é mais do que uma escola de samba: é identidade local, senso de comunidade e resistência cultural. Diogo Oliveira Monteiro, de 39 anos, define a experiência como um privilégio. “Para quem é da Baixada, quem é de Nilópolis, sabe o que a Selminha e o Claudinho representam pra gente. Eu não consigo pensar em Beija-Flor sem eles”.

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Diogo Oliveira Monteiro, de 39 anos, define a experiência como um privilégio

Diogo diz enxergar no casal a imagem de uma realeza preta em movimento. “Ela vem na avenida representando toda uma comunidade. Quando passa, olha a gente no olho. Está ali por nós. Isso é muito forte.” Ao imaginar um futuro em que Selminha possa ocupar a presidência da escola, ele não hesita: “Seria o auge. Ela tem potencial pra isso”.

Essa presença não se limita ao espetáculo do desfile. Para Vinicius Silva, de 27 anos, designer e torcedor desde a infância, a atuação da dupla na comunidade é tão impactante quanto na Marquês de Sapucaí. “Consegui ver a Selminha de perto em um projeto com a ala mirim da Beija-Flor. A força que ela e o Claudinho têm dentro da comunidade é algo difícil de substituir”.

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Vinicius Silva, de 27 anos, designer e torcedor desde a infância

Na avaliação dele, além da excelência técnica, o que sustenta a grandiosidade do casal é a relação de confiança construída ao longo de décadas. “O entender do passo de cada um só no olhar é mágico. A química entre eles é vital. Como torcedor da Beija-Flor, sim, considero o maior casal da história do carnaval”.

Mesmo quando o assunto é inevitável, como a possibilidade de uma despedida da avenida, a fala dos torcedores é atravessada pela certeza de que o vínculo com a escola jamais será rompido. “Um dia vai chegar. Não sei se estou preparado, mas eles não vão deixar de ser Beija-Flor. Vão passar a bandeira pra próxima geração, mas continuarão ao nosso lado”, define Yuri.

Na Beija-Flor, Claudinho e Selminha Sorriso representam mais do que excelência técnica ou longevidade na função. Eles simbolizam continuidade, compromisso e ligação profunda com o território e sua gente. A cada desfile, reafirmam o papel do casal de mestre-sala e porta-bandeira como guardiões da memória, da identidade e da tradição da escola, não apenas na avenida, mas no cotidiano da comunidade que ajudaram a construir e fortalecer ao longo de décadas, e, com isso, são devidamente reconhecidos, valorizados e aclamados.

Liga RJ e Centro Universitário Celso Lisboa celebram a entrega de bolsas integrais para mestres de bateria da Série Ouro

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A Liga RJ e o Centro Universitário Celso Lisboa realizaram, no último sábado, 6 de dezembro, durante o Esquenta Carnaval, a entrega de bolsas 100% integrais de graduação e pós-graduação para mestres de bateria da Série Ouro. A iniciativa inédita marca o início de uma agenda permanente de formação e desenvolvimento para profissionais do carnaval carioca.

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Foto: Cintia Mello/Divulgação Liga-RJ

As bolsas contemplam mestres que, ao longo dos anos, dedicam suas trajetórias à construção artística e cultural das escolas de samba, mas que raramente estiveram no centro das políticas de formação. A entrega na pista de desfiles, em meio ao evento, simbolizou o reconhecimento institucional a um grupo fundamental para a cultura e a identidade do carnaval.

Para Diego Carbonell, diretor de sustentabilidade da Liga RJ, o momento foi de forte emoção.

“Já fui ritmista, diretor e mestre. Conheço a luta e a dedicação desse segmento, que por muitos anos ficou em segundo plano. Ver esses mestres recebendo uma oportunidade concreta de estudar, sem custo, me emocionou profundamente. É uma reparação simbólica e o primeiro passo de um projeto maior que queremos consolidar para transformar vidas por meio da educação”, afirmou.

Segundo o CEO da Celso Lisboa, Felipe Kotait Borba, “a iniciativa marca o início de uma parceria entre as instituições e reforça o compromisso genuíno do Centro Universitário em apoiar a formação dos profissionais do carnaval carioca”. Borba acrescentou que “a parceria ainda está sendo estruturada, mas o futuro desses cinco talentos já está assegurado”.

Entre os contemplados, a mestra Laísa, que recebeu uma bolsa integral para cursar a pós-graduação em Marketing Criativo e Inovação em Negócios, celebrou a oportunidade.

“É muito especial viver esse momento. A gente se entrega ao Carnaval o ano inteiro, e nem sempre imagina que portas como essa possam se abrir. Ter a chance de me qualificar e ampliar meus caminhos profissionais é algo que levo para a vida. É reconhecimento, é incentivo e é, principalmente, possibilidade de futuro”, disse.

A parceria entre Liga RJ e Celso Lisboa seguirá ampliada com novas iniciativas ao longo dos próximos anos, reforçando o compromisso com educação, inclusão e valorização dos profissionais que constroem o carnaval.

Tuiuti consolida maturidade artística e técnica em ensaio de rua para o Carnaval 2026

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Em mais uma segunda-feira, o Paraíso do Tuiuti realizou seu ensaio de rua em São Cristóvão, movimentando o povo ao redor e fazendo um grande treino para a escola. O Quilombo do Samba levará para a Avenida o enredo “Lonã Ifá Lukumi”, sobre a criação e a prática do Ifá cubano entre os escravizados, e depois, ex-escravizados, do país insular. A noite teve como destaque o desempenho de Pixulé e seu entrosamento com toda a parte musical do Tuiuti, o que chamou bastante a atenção, além dos bailados de Vinícius e Rebeca pelas ruas, encantando quem veio prestigiar o ensaio.

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COMISSÃO DE FRENTE

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Neste dia de Nossa Senhora da Conceição e de Oxum, a comissão de frente do Tuiuti fez uma apresentação especial para louvar Oxum, sem deixar de mostrar o que vem sendo ensaiado. David Lima, responsável pela comissão da escola, comandou o momento no qual, em certo trecho da coreografia, a Senhora da Água Doce assumia o centro junto a um babalaô, sendo louvada pelos bailarinos. O momento foi significativo para a data, na medida certa, sem comprometer a coreografia da agremiação. No geral, a comissão apresentou a mesma base coreográfica do primeiro ensaio de rua, com fortes movimentos de braço, pernas e joelhos, e movimentos afro, repetindo muito bem a dose.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Vinícius Antunes e Rebeca Tito passaram bem elegantes pelas ruas de São Cristóvão, mostrando muita graciosidade nos movimentos apresentados nesta segunda-feira. Seguindo a coreografia que vêm mostrando nos ensaios, o casal demonstra cada vez mais confiança e entrosamento, perceptíveis na dança, nos gestos e nos movimentos de ambos, especialmente nos trechos das cabines. O bailado permanece clássico, nos giros e no cortejo, com instantes mais leves ao longo da apresentação.

SAMBA E HARMONIA

Pixulé teve uma grande noite no ensaio do Quilombo do Samba. O intérprete cantou muito bem e com muita força, mantendo o ritmo e a intensidade enquanto durou o treino, demonstrando precisão e domínio da obra “com habilidade”, como ele mesmo costuma dizer. A ala musical da escola, sob os cuidados de Leonardo Bessa, também esteve muito forte e auxiliou perfeitamente a execução e o canto do samba. A comunidade, por sua vez, não parou de cantar durante toda a noite, mostrando estar com o samba na ponta da língua.

EVOLUÇÃO

O Tuiuti teve uma evolução muito tranquila, sem correrias ou atropelos, passando de forma suave pelas ruas de São Cristóvão, mas sem deixar de demonstrar força. Os componentes estavam muito entregues ao enredo, movimentando-se bem dentro das alas. A escola levou também algumas alas coreografadas, algumas com mais movimentos, outras mais simples, mas todas fluíram bem, sem qualquer problema no quesito evolução ao longo do trajeto.

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Leandro Azevedo, diretor de carnaval da escola, avaliou o ensaio desta segunda e destacou como o samba vem crescendo e auxiliando a evolução dos componentes.

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“O samba está crescendo, a comunidade, a cada dia que passa, cantando mais… A escola está em uma crescente, e é isso que a gente quer. Sempre dá para melhorar uma coisinha ou outra, mas estamos evoluindo, e o mundo do samba está abraçando cada vez mais o samba do Tuiuti. É um samba sempre entre os melhores, encaixou bateria, Pixulé e samba-enredo. Isso significa que estamos no caminho certo para conseguir uma ótima nota em harmonia e evolução. São dois quesitos importantes — não que os outros não sejam —, mas estamos vendo no dia a dia que o Paraíso do Tuiuti tem condição de chegar aos 40 pontos em ambos”.

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OUTROS DESTAQUES

A bateria do mestre Marcão esteve muito bem também, seguindo firme durante o ensaio. Realizou duas paradinhas com atabaque, nas quais a rainha Mayara Lima fez toda a diferença, sambando no ritmo da obra, participando de uma das bossas e apresentando os ritmistas da “SuperSom”.

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Comissão de frente cênica e samba poderoso elevam o nível da Em Cima da Hora

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A Em Cima da Hora entrou na pista de desfile da Cidade do Samba buscando mostrar um novo patamar da escola, com quadra reformada, novos ares e mais investimento. E a impressão foi positiva, com uma bonita comissão de frente, uma escola pujante e um ótimo samba. A agremiação de Cavalcante trará o enredo “Salve Todas as Marias — Laroyê, Pombagiras”.

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Fotos: S1 Comunicação

Márcio Moura trouxe uma comissão com a pombagira como elemento central, rodeada de rosas caveiras. Uma coreografia com dança dinâmica e bastante teatralização, bem realizada, com elementos de incorporação. O casal Marlon Flores e Winnie Lopes apresentou um bom desempenho, com uma agradável sintonia entre ambos, e uma coreografia mais marcada na segunda parte do samba. Winnie mostrou elegância nos giros, e Marlon, precisão em seu bailado.

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A primeira ala, com componentes segurando bandeiras com a palavra “Laroyê”, veio cantando bastante. O refrão principal foi entoado com força pela escola, até mesmo pelas alas com o canto ainda por evoluir. Algumas alas apresentaram um canto bem irregular, mas, no geral, a harmonia foi satisfatória.

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A evolução da Em Cima da Hora foi forte, com inúmeros componentes pulando e sambando, indo no embalo do bom samba. Samba que foi o destaque do ensaio da agremiação de Cavalcante, com uma bela interpretação de Igor Pitta e do carro de som, sustentando a ótima obra por toda a apresentação, contando com uma pegada quente da bateria de mestre Leo, que jogou o samba para cima, principalmente na parada do refrão de cabeça. A obra se comunicou bem com o público na parte final do minidesfile.

Inocentes de Belford Roxo tem bom rendimento do samba e mostra força de quesitos no minidesfile

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Terceira escola do minidesfile da Série Ouro, a Inocentes de Belford Roxo mostrou boa força de quesitos, muita organização e criatividade, e só houve deslize na evolução, em um momento de desatenção que resultou em buraco. A comissão de frente dos coreógrafos Sergio Lobato e Patrícia Salgado trouxe a literatura de cordel, com os bailarinos representando os cangaceiros na fantasia em preto e branco, a mesma paleta de cores que é retratada nesse tipo de arte. A caracterização dos componentes se destacou bastante, até pela maquiagem branca no rosto. Na performance, traziam instrumentos, dançavam forró, mas também produziam passos mais cômicos, interagindo com o público e dando o tom mais presente no enredo.

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Fotos: S1 Comunicação

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O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius Jesus e Thainá Teixeira, apresentou alguns passos mais de forró e xaxado, mas mostrou muita intensidade nos passos mais clássicos de casal. A dupla também mostrou entrosamento e muita doçura, sempre se procurando na dança. A saia de Thainá produzia um efeito interessante nos giros por conta das dobras.

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O intérprete Ito Melodia, muito festejado, grande contratação para este carnaval e com experiência em enredos desse tipo, soube dar o tom certo para a apresentação, colocando irreverência e alegria no canto, sem exageros, mas de forma espontânea, como já é conhecido, cantando com correção e mantendo o ritmo lá em cima com a ajuda da bateria Cadência da Baixada, de mestre Washington Paz, que trouxe bossas de xaxado no refrão do meio (“Era gente dançando daqui…”) e, no refrão principal (“Samba, meu povo”), uma “bandinha” de charanga.

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Na evolução, a escola pecou em um momento em que abriu buraco entre as passistas e a rainha que vinha à frente da bateria. Apesar desse ponto, em relação ao restante da escola houve mais organização e muita espontaneidade dos componentes, impulsionados pelo bom rendimento do samba. A rainha Carolane Silva, aliás, estava toda de azul e mostrou samba no pé e simpatia com o público. Em 2026, com o enredo “O sonho de um tal pagode russo nos frevos do meu Pernambuco”, a Inocentes de Belford Roxo será a segunda escola a pisar na Sapucaí na sexta-feira de carnaval.

Botafogo tem boa evolução no minidesfile em tarde de ótima apresentação da ‘Ritmo Alvinegro’

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Já no finalzinho da tarde do último sábado, a Botafogo Samba Clube pisou na passarela de desfile do Esquenta da Série Ouro trazendo muita organização de seus componentes, mas com espontaneidade, impulsionada por uma boa apresentação da Ritmo Alvinegro, que ajudou no rendimento do samba. A comissão de frente de João Pedro Santos trouxe três pequenos elementos cenográficos, com cenários floridos e uma tela vazia que era decorada com elementos que havia na parte de baixo, como bromélias, e no final da performance formavam o símbolo da Botafogo Samba Clube, enquanto os componentes, vestidos de pintores, dançavam.

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Fotos: S1 Comunicação

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Moreira e Beatriz Paula, estava vestido de branco e fez uma coreografia mais pautada na dança tradicional, com algumas pontuações em momentos do samba, como no trecho do “Mandacaru”, em que fizeram um xaxado marcado na bossa da bateria. Destaque para Beatriz, com bons giros e bastante intensidade durante a apresentação para o local que representava o júri. O tripé que vinha no início da escola, todo prateado, trazia a imagem do homenageado em pintura e o símbolo da escola.

Sem um grande ponto de explosão, o samba teve no intérprete Nêgo e no time de vozes de apoio da Botafogo um trabalho de destaque na melodia, principalmente nos momentos mais melodiosos, como na segunda do samba, a partir do trecho “Vem contemplar as bromélias”. O canto da comunidade teve um rendimento regular, com maior destaque para as alas iniciais.

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Na evolução, a equipe da Botafogo teve um bom cuidado com o deslocamento das alas e com a organização, que definia bem onde começava e terminava cada ala, isso sem deixar o passo marcado e sem cortar a alegria dos componentes. A bateria Ritmo Alvinegro, agora de volta com mestre Marfim no comando, fez uma bossa de xaxado na parte do “Mandacaru”. Antes do desfile, a rainha Wenny Iza surgiu em uma plataforma toda florida e saudando o público da Cidade do Samba; em seguida, foi coroada pelo David Brazil. Em 2026, a Botafogo Samba Clube vai abrir o sábado de carnaval com o enredo “O Brasil que floresce em arte”.

Jacarezinho abriu minidesfile da Série Ouro com destaque para casal e apresentação correta

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Primeira escola a pisar na pista de desfiles da Cidade do Samba, a Unidos do Jacarezinho fez uma apresentação correta, sem grandes erros, mas com destaque principal para o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. A comissão de frente, de Akia Almeida, homenageou o padroeiro da escola, Oxóssi, e, por conseguinte, também homenageou Xande de Pilares, o enredo da escola, pois o cantor também é filho do orixá. Na apresentação, foram 12 componentes representando os caçadores de Odé e um prior sendo o próprio Odé. Caracterização legal, com máscaras que chamaram a atenção pelos detalhes. Boa movimentação e uso do espaço da passarela na Cidade do Samba.

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Fotos: S1 Comunicação

Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Maycon Ferreira e Lorenna Brito, grande destaque desta primeira apresentação do Jacarezinho, vestidos na paleta do dourado, procuraram uma coreografia mais tradicional, voltada para os passos clássicos de casal. O que mais se destacou foi a postura da dupla, com finalizações precisas, expressões marcantes e muita delicadeza e correção na procura de um pelo outro.

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A bateria “Show Mil”, de mestre Rafael Pelezinho, fez algumas bossas para um samba que não é um dos mais aclamados da Série Ouro, mas que passou bem no geral, levado pelos intérpretes Ailton Santos e Thiago Acácio, mais impulsionados nos dois refrães. A evolução não teve grandes problemas de buracos ou correria, mas não chegou a empolgar muito também pelo horário, ainda de muito calor, e com a Cidade do Samba bem vazia. Já o canto da comunidade não teve grande destaque: algumas alas cantando, mas a maioria ainda muito tímida, mesmo com o bom trabalho do carro de som, com destaque para as vocalizações de Thiago Acácio e tendo Ailton Santos mais focado em seguir reto no samba e manter o bom andamento.

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Na abertura, um tripé trazia símbolos ligados aos orixás de devoção do cantor Xande de Pilares. Logo depois, as baianas, em um destacado tom de rosa que ainda refletia o sol forte no momento da apresentação. A rainha Thalia Antonella veio em um rosa mais delicado da escola e mostrou samba no pé e muita animação. Em 2026, a Unidos do Jacarezinho vai abrir a sexta-feira de carnaval com o enredo “O ar que se respira em novos tempos”.

Liesa define calendário dos ensaios técnicos do Grupo Especial para o Rio Carnaval 2026

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A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) divulgou nessa segunda-feira  o calendário dos ensaios técnicos para o Rio Carnaval 2026. Ao todo, cada escola fará dois ensaios no Sambódromo, já com a luz e o som que serão utilizados nos desfiles oficiais. A entrada segue gratuita. Além dos ensaios das escolas do Grupo Especial, algumas datas também contemplarão parte dos desfiles das escolas mirins. Uma parte das agremiações desfilará na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, e a outra parte nas datas sinalizadas abaixo.

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Divulgação/Riotur

Sexta-feira (30/1)
21h – Niterói
Mocidade
Mangueira
Unidos da Tijuca

Sábado (31/1)
18h – Desfiles mirins (escolas a definir)
20h – Vila Isabel
Salgueiro
Paraíso do Tuiuti
Portela

Domingo (1/2)
17h30 – Desfiles mirins (escolas a definir)
19h – Viradouro
Imperatriz Leopoldinense
Grande Rio
Beija-Flor

Sexta-feira (6/2)
21h – Niterói
Mocidade
Mangueira
Unidos da Tijuca

Sábado (7/2)
18h – Lavagem
Vila Isabel
Salgueiro
Paraíso do Tuiuti
Portela

Domingo (8/2)
18h – Desfiles mirins (escolas a definir)
19h – Viradouro
Imperatriz Leopoldinense
Grande Rio
Beija-Flor