A “Não existe mais quente” terá uma nova rainha de bateria para o Carnaval 2024. A escola anunciou que Fabíola de Andrade substituirá Giovanna Angélica. Veja abaixo o anúncio da escola.
“A NEMQ terá a sua frente uma Independente que já conhece bem os caminhos de Padre Miguel. Fabíola foi Musa no carnaval em 2016 e por diversas vezes já esteve ao nosso lado. Bem-vinda, Fabíola de Andrade”.
Fabíola de Andrade é minha nova rainha para 2024.
A NEMQ terá a sua frente uma Independente que já conhece bem os caminhos de Padre Miguel.
Fabíola foi Musa no carnaval em 2016 e por diversas vezes já esteve ao nosso lado.
As escolas de samba do Carnaval carioca podem receber um incentivo financeiro do Governo do Estado. A determinação é do Projeto de Lei 331/23, de autoria original do deputado Vitor Júnior (PDT), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta terça-feira, em segunda discussão. Cada agremiação do Grupo Especial, por exemplo, pode receber aproximadamente R$ 3 milhões por ano. A medida segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
Foto: Diego Mendes/Rio Carnaval
A proposta contempla as escolas de samba do Grupo Especial, das Séries Ouro, Prata e Bronze e do Grupo Mirim, com o objetivo de incentivar e promover o turismo, a cultura popular e a geração de emprego por meio do fomento ao Carnaval.Os valores anuais de fomento às escolas de samba são os seguintes:
I – Grupo Especial: 690 mil UFIRs-RJ, aproximadamente R$ 3 milhões;
II – Grupo Série Ouro: 115 mil UFIRs-RJ, aproximadamente R$ 498,3 mil;
III – Grupo Série Prata: 90 mil UFIRs-RJ, aproximadamente R$ 390 mil;
IV – Grupo Série Bronze: 80 mil UFIRs-RJ, aproximadamente R$ 346,6 mil;
V – Grupo Mirim: 24 mil UFIRs-RJ, aproximadamente R$ 104 mil.
Esses valores serão distribuídos às escolas de samba ao longo de cada ano, sempre durante os últimos seis meses – entre julho e dezembro. Segundo o texto, os recursos do fomento deverão ser utilizados em contratos com empresas fluminenses. Já a prestação de contas deverá ser entregue pelas escolas de samba ao órgão estadual responsável pelo fomento até 30 de março do ano subsequente ao repasse. Além disso, na prestação de contas, deverá constar nota fiscal com discriminação do serviço prestado ou produto adquirido. A escola de samba poderá utilizar até 20% do total do recurso com mão de obra de serviço.
As despesas do financiamento deverão ser custeadas pelo Fundo Estadual de Cultura e aberto à captação. A norma deverá ser regulamentada pelo Poder Executivo através de decretos.O deputado Vitor Júnior alegou que o Carnaval do Rio é um dos maiores ativos culturais e de fomento ao turismo e geração de emprego.
“Em 2023, a RioTur estima que o Carnaval movimentou R$ 4,5 bilhões na cidade do Rio. Um terço da movimentação econômica no país inteiro durante os quatro dias do feriado vem da cidade do Rio de Janeiro, segundo a prefeitura. O total de vagas de emprego criadas temporariamente para o Carnaval 2023 foi de 24,6 mil”, afirmou o parlamentar.
Também assinam o texto como coautores os seguintes deputados: Rodrigo Amorim (PTB), Rafael Nobre (União), Luiz Claudio Ribeiro (PSD), Zeidan (PT), Verônica Lima (PT), Yuri (PSol), Dani Balbi (PCdoB), Índia Armelau (PL), Dionísio Lins (PP), Carla Machado (PT), Júlio Rocha (Agir), Dani Monteiro (PSol), Elika Takimoto (PT), Jari Oliveira (PSB) e Lucinha (PSD).
Principal contratação da Viradouro para o próximo carnaval, Wander Pires fez sucesso na gravação realizada na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Com um figurino luxuoso, mas também característico, fazendo alusão ao enredo, o intérprete mostrou-se bastante à vontade na nova escola. Mostrou entrosamento com Ciça, com abraços, dança e muito carinho que ficará nítido para quem assistir o vídeo que vai acompanhar a divulgação da faixa. Campeã em 2020, terceira colocada em 2022, e vice-campeã nos anos de 2019, ano da volta ao Especial, e 2023, a Viradouro tem sempre sido colocada entre as favoritas quando se começa a falar de carnaval. Com mais um enredo profundo, com a assinatura de Tarcisio Zanon, “Arroboboi, Dangbé” fala sobre a energia do culto ao vodum serpente. O tema busca representar a força que se manifestou desde as épicas batalhas na Costa ocidental da África e que influenciou as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé. Com mais um samba elogiado, Wander falou que a obra tem facilitado o trabalho e crescido a cada atividade que a Vermelha e Branca de Niterói realiza.
“É um momento especial em que começamos a parte de áudio, com a gravação. O samba é um grande samba, tem grandes assinaturas, e além de mim, os patrões, a escola está muito feliz com a obra, e graças a Deus as coisas correram muito bem. O público vai encontrar nesta faixa muito amor, muita dedicação, e com certeza, com a vibração do canto do intérprete de vocês, podem ter certeza que vão se sentir na Sapucaí. O meu objetivo foi passar essa emoção e foi trazer um caminho para a gente buscar a vitória. Como já falei, temos uma grande obra e isso facilita o trabalho. Este samba da Viradouro foi feito por pessoas que são colecionadoras de hinos que fizeram várias escolas serem campeãs. É um dos melhores da safra deste ano, e a cada ensaio, a cada atividade, a gente consegue perceber isso e a tendência dele é crescer cada vez mais”, projeta o cantor.
Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO
Já mais adaptado a comunidade do Barreto, após terem transcorridos alguns meses da sua contratação pela Viradouro, o intérprete explicou à reportagem do site CARNAVALESCO que a agremiação teve muito cuidado e se planejou para a gravação realizada na Cidade das Artes. Wander também fez questão de ressaltar sua felicidade por cada etapa que tem vivido na escola, sejam os ensaios, feijoadas ou o próprio momento de colocar a voz no álbum oficial da Liesa.
“A preparação foi muito grande, apesar do tempo curto que tivemos. Temos uma agenda lotada, Viradouro é dia sim, dia não trabalhando. Eu sou um profissional muito cuidadoso com a minha voz. Não só porque eu tenho amor pelo meu trabalho, a minha carreira, mas também porque hoje tenho uma paixão muito grande pela Viradouro, desde 2010. E pelos meus patrões o seu Marcelo Kalil e o seu Marcelinho Kalil. Tenho dedicado todo o meu carinho, o meu amor, muita vontade de cantar , de mostrar o que não pude dar continuidade em 2010. É a minha gratidão pela Viradouro que me ajudou muito em 2010 quando vivi um momento muito difícil. E fora isso, temos que ter essa responsabilidade e cuidado para poder manter a nossa elevada condição de intérprete. Tento sempre ser um dos que se prepara mais, manter essa meta, até porque tem gente vindo atrás, a garotada, e a gente tem que conseguir alcançá-los”, explica o intérprete.
Definida após uma acirrada disputa finalizada no início de outubro, a obra que vai embalar o carnaval da Viradouro em 2024, é de autoria de Claudio Mattos, Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno. Presente a gravação na Barra da Tijuca, o compositor Celino Dias, que anteriormente fez parte do carro de som da Vermelha e Branca do Barreto, falou mais sobre o processo de confecção da obra e a relação com a escola e com o time de poetas que produziram esta composição.
“O processo é gratificante, porque a gente reunir a rapaziada toda, trocar uma ideia, ler sinopse, e ver o que é melhor de letra, o que é melhor de melodia,é muito prazeroso. O que mais me emociona é quando tem uma parte no samba que te faz arrepiar. E eu me emociono com a segunda parte do samba, ‘ Vive em mim a irmandade que venceu a dor, a força Eder unde e da luta Mino’. Acho isso bonito demais. A construção em geral do samba nos fez ficar muito emocionados, a gente acha que acertou. Quando vemos a comunidade na quadra, comprando o barulho, comprando a ideia nossa do samba, a gente fica muito feliz. Tem uns craques na nossa parceria. Facilita a nossa vida. Eu entrei já tá no finalzinho, mas deu para dar uns pitacos e estou muito feliz de fazer parte desta parceria”, conta o poeta.
Ciça buscou acomodar bateria a características da obra
Desde o carnaval de 2019 de volta a Vermelha e Branca de Niterói, mestre Ciça tem sido uma importante engrenagem deste novo momento vitorioso da Viradouro. Experiente em gravações, o comandante da Furacão Vermelho e Branco revela que fez alguns treinos com os ritmistas antes do dia oficial de gravação do álbum da Liesa.
“Fizemos dois ensaios antes de fazer a gravação. E o ensaio da gravação é diferente daquilo que estamos fazendo rotineiramente. Apesar de que o que nós estamos apresentando aqui na faixa, vai para a Avenida também. Algumas coisas. Tivemos pouco tempo de ensaio após a escolha, mas a proposta é esta que estamos gravando. Andamento é um 138 BPM aqui, e também será na Avenida. Isso será respeitado. Quem diria mestre Ciça tocando 138 (risos). Mas vai ser isso. Vamos ter atabaques, algumas convenções dentro do samba. Nós temos também uma paradinha final que nós não fizemos aqui, mas é a paradinha do refrão de baixo. E vai ter algumas surpresas na Avenida, está caminhando tudo bem. É um grande samba”, afirma o profissional.
O diretor de bateria também explicou que a escola usou bastante do diálogo, o que já é bastante comum no trabalho desenvolvido internamente na Viradouro, para definir como a obra seria gravada, o que poderiam tirar de melhor da composição.
“Desde a escolha do samba, na semana seguinte tivemos a primeira reunião, com os compositores. Já tínhamos a ideia de algumas alterações pontuais e foram bem pontuais. Após essa reunião partimos para a questão musical. Também a questão de letra com o carnavalesco, o Tarcísio Zanon, também com historiador. Fizemos o afino da questão musical e depois partimos para ensaio com bateria, carro de som, com o nosso diretor musical Hugo Bruno para chegarmos na melhor condição. Já fizemos ensaio de quadra já com o samba ajustado”, explica mestre Ciça.
Marcelinho Calil se mostra satisfeito e promete desfile ainda mais bonito
Pela primeira vez gravando na Cidade das Artes, muita coisa era novidade para ritmistas, diretores, cantores e outros componentes das agremiações. Agora como diretor executivo da Viradouro, Marcelinho Calil, ainda na voz de comando da escola, aproveitou para elogiar o processo desenvolvido esse ano na confecção do álbum da Liesa.
“Conversei com a produção, com o Alceu Maia, Helinho, eles estão muito satisfeitos com esse trabalho. A Cidade das Artes é um lugar muito bonito, tem uma representatividade artística para a cidade. Estou confiante de que as coisas vão caminhar muito bem e que vai ser um lindo projeto mais uma vez. A gente sempre conversa bastante antes de cada processo, estamos felizes com o resultado, com o samba, conseguimos escolher o samba a altura do projeto que a gente vai realizar na Avenida. Ficamos extremamente felizes e após este processo algumas mudanças muito pontuais, por necessidade, coisas que não afetam o entendimento e nada de uma maneira geral. Estamos com este sentimento de confiança muito forte e acredito que só aumentou isso. O arranjo está lindo, a bateria fez uma super gravação. Espero que consigamos realizar uma faixa do CD impecável, esse é o nosso desejo”, espera o dirigente.
“Ê alafiou, Ê alafiá, é o ninho da serpente preparado para lutar”, versos do bis logo anterior ao refrão principal, uma das partes mais destacada desta obra desenvolvida para o carnaval 2024 e que apresenta a força e a mística que possui o enredo. O diretor executivo Marcelo Calil também comentou sobre estes aspectos e características que a composição escolhida pela agremiação tem.
“A escola está muito feliz com a obra, é um sambaço, a gente conseguiu fazer uma gravação que valoriza tudo aquilo que a gente queria, o Ciça deu um show na gravação, o Wander é incrível, a capacidade, o talento, a maneira com que o ele se entregou para essa obra, motivado para a gente tentar buscar esse campeonato que ficou tão perto no ano passado.Temos certeza que sabemos que o nosso samba não só é uma grande obra para defender o quesito, mas para levar a escola a fazer um desfile arrebatador. O enredo tem uma energia, essa energia de Dangbé passa por todos os setores da escola, e acho que a gente quis, do samba passar exatamente isso, é um enredo aguerrido, um enredo forte, e ao mesmo tempo belo, como a gente encerra o desfile, vibrante onde ele tem que ser, consegue também passar um grande desfecho. A voz do Wander ajuda muito”, esclarece Marcelo.
O dirigente também aproveitou para comentar sobre como vê o rendimento do samba nos ensaios de rua e no processo todo que a escola vai levar até o carnaval 2024.
“Na quadra já temos ensaios às terças-feiras, e em novembro já estamos na rua e é onde a gente consegue alinhar as coisas como a gente vai fazer na Avenida, na Amaral Peixoto a gente consegue se testar, ver como o samba se comporta, como ele emociona e se comunica com a comunidade. Para no ápice chegar em fevereiro como tem que chegar. Desenvolver esse elo muito forte entre carro de som, comunidade e bateria. A gente espera um grande desfile da Viradouro, a parte plástica eu achei que não poderia, mas vamos fazer mais bonita ainda que em 2023, com um caráter maior de vibração, de força, agora é trabalhar para chegar no grande dia com tudo no lugar”, conta o diretor.
Assim como no carnaval 2023, no próximo desfile a escola terá o privilégio e a missão de encerrar os desfiles pelo Grupo Especial na segunda noite de espetáculo.
Em comemoração ao Dia Nacional do Samba, a TV Brasil vai transmitir ao vivo no sábado (2) os principais momentos do Trem do Samba, tradicional evento da agenda cultural carioca. A partir das 18h, flashes ao vivo acompanham a saída do trem da Central do Brasil até Oswaldo Cruz, na zona norte da cidade, onde grandes nomes se revezam nos palcos e nas rodas de samba. À noite, a partir das 21h, a emissora pública transmitirá os shows de Martinho da Vila, Fabiana Cozza e Velha Guarda da Portela.
Para acompanhar a festa, a TV Brasil montou um estúdio no local, onde serão entrevistados artistas e também o público, sob o comando da apresentadora Bia Aparecida. A transmissão estará disponível ao vivo pela televisão, no Youtube e no aplicativo TV Brasil Play.
O Trem do Samba, idealizado pelo músico Marquinhos de Oswaldo Cruz completa 28 anos em 2023. A festa é inspirada na viagem de trem que Paulo da Portela e outros sambistas faziam no início do século 20 para fugir da repressão da polícia ao gênero musical. O público pode embarcar trocando o bilhete pela doação de 1kg de alimento. Em 2022, mais de 4 toneladas de alimentos foram arrecadadas para o programa Mesa Brasil, do Sesc.
Serviço
Trem do Samba 2023 na TV Brasil
Sábado, 2 de dezembro, com flashes ao vivo na programação a partir das 18h. Transmissão dos shows a partir das 21h.
Ao vivo e on demand
Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.
Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS.
A história está sendo feita no mundo do samba paulistano. Homenagear baluartes importantes é uma obrigação do sambista, mas eternizá-los, é digno de grande reconhecimento. Foi isso que a Liga-SP realizou na noite desta última segunda-feira. Na internet, uma votação havia sido aberta para dar nome à Fábrica do Samba e as alamedas que compõem o espaço. Madrinha Eunice, Eduardo Basílio, Talismã, Juarez da Cruz, Seo Nenê e Pé Rachado são os nomes que foram para enquete popular. Sendo assim, famílias dos saudosos sambistas que tanto contribuíram para o carnaval e suas agremiações, compareceram na sede administrativa da Liga e receberam grandes homenagens.
Foto: Maiara Bevilaqua/Divulgação Liga-SP
O senhor Fernando Penteado, que faz parte do departamento de velha-guarda, discursou sobre todos os homenageados e contou histórias vividas com os mesmos. Ele foi o responsável por ‘apresentar’ a cerimônia.
O presidente Sidnei Carrioulo foi um dos idealizadores dessas honrarias. De acordo com o mandatário da entidade maior, é importante resgatar a memória. “É um resgate que a gente vem realizando com a velha-guarda da casa. Esse é só o começo, vamos tentar nos aprofundar mais nisso. Vamos valorizar todos aqueles que fizeram pelo samba e esse é o objetivo de resgatar a memória do carnaval. É uma coisa que eu venho tentando desde 2008 com a criação da academia dos baluartes. É fundamental, necessário. É a primeira vez que a Liga faz alguma coisa que todo mundo gosta. A gente está crescendo em termos de espetáculo, mas não podemos abandonar a parte cultural e raiz. Afinal de contas só chegamos aqui porque mantemos essas tradições. Estou feliz pela felicidade dos outros”, disse.
Deolinda Madre (nome do Complexo)
Pode-se afirmar que foi a principal homenageada no dia de hoje. A Fábrica do Samba foi uma luta de muitos anos. Quando foi entregue, só uma parte estava pronta e, a obra completa, só foi concluída recentemente. É um espaço em que se faz tudo hoje. Diversos eventos, sede administrativa da Liga e, claro, 14 modernos barracões para produzir carnaval com a maior excelência. Tudo isso contribui para o espetáculo.
Portanto, colocar o nome de Madrinha Eunice na Fábrica, é um marco. Um sinal de que toda luta dela pelo samba paulistano foi reconhecida. Foi a primeira mulher a fundar e presidir uma escola de samba. Se o empoderamento feminino vem crescendo, com Eunice já existia nos anos 30, quando o samba era marginalizado.
Rose, neta da saudosa sambista, falou com o CARNAVALESCO da emoção em receber tal homenagem em nome de sua avó. “Para mim é uma grande emoção e um grande orgulho saber que ela representa todo esse Complexo das escolas de samba. O samba de São Paulo hoje está sendo muito bem representado. Por ser Complexo do samba, onde estão todas essas entidades maravilhosas, não tem preço. Estou muito grata e feliz”, declarou
Eduardo Basílio (sede administrativa da Liga-SP)
Histórico presidente da Rosas de Ouro, ‘Seo Basílio’ também presidiu a Liga e fez muito pelo samba paulistano. A homenagem foi entregue para Angelina Basílio, sua filha e atual mandatária principal da ‘Roseira’.
De acordo com Angelina, dá mais resistência ao povo do samba. “Sem palavras. Eu fiquei muito feliz, porque a Liga e o presidente Sidnei estão nessa intenção de homenagear os ‘antepassados’. Isso é muito porque é ancestralidade. Agora as alamedas têm nomes, o Complexo Fábrica do Samba tem nome e a Liga também. Isso dá mais resistência a tudo. Agora o senhor Eduardo Basílio dá nome à sede administrativa”, comentou.
Octavio da Silva (Talismã)
O sambista em questão, foi um dos percussores para o crescimento do Camisa Verde e Branco. Era carnavalesco e fez grandes sambas na história da agremiação, participando da transição de cordão carnavalesco para escola de samba. O filho do baluarte, Octavio da Silva Júnior, disse que o nome dele combina bastante com o que lhe foi imposto. “É uma grande honra receber essa homenagem, sobretudo porque o Talismã estava invocado com as mudanças dos cordões para o que é atualmente. Ele era acima de tudo um carnavalesco e, dentro do contexto da Fábrica do Samba, seu nome está bem representado”, contou.
Alberto Alves da Silva (Seo Nenê)
Essa lenda do carnaval paulistano, ganhou um nome na alameda que fica logo na entrada da Fábrica do Samba, onde se localiza o primeiro barracão, que hoje é ocupado pelo Camisa Verde e Branco. Nenê é o único baluarte a ter o seu próprio nome de sambista colocado em uma agremiação. Ele fez a entidade da Zona Leste crescer a ponto de se tornar uma das referências do carnaval paulistano. Hoje, mesmo desfilando no Acesso I, a Nenê de Vila Matilde é, ao lado da Mocidade, a segunda maior campeã, muito por conta do trabalho de Alberto Alves.
Adalberto Alves da Silva, filho mais novo de Nenê, que também trabalhou anos no mundo do samba, agradeceu a homenagem ao seu pai. “O sentimento é de muita gratidão. Eu estava conversando com um dos filhos de sua Juarez, e dois filhos dele foram meus alunos. E o senhor Juarez trabalhou comigo e com meu pai no Anhembi no acervo cultural. Isso quer dizer que se está sendo criada essa iniciativa, porque foi uma eleição na internet. Isso foi para jovens. Então os jovens sabem de tudo o que foi feito lá atrás. Assim como o presidente estava falando, tem mais gente. O samba tem muitas pessoas que contribuíram, mas isso é importante e é lindo. Isso quer dizer que o carnaval de São Paulo não acaba”, declarou.
Juarez da Cruz
Um dos maiores, Juarez tem a fama de ter ajudado imensamente no crescimento da Liga-SP, sendo um dos presidentes da história da entidade. Além disso, o eterno sambista fundou a Mocidade Alegre, que hoje é uma das maiores potências do carnaval brasileiro.
Toda a família de Juarez da Cruz esteve, que honra o legado e faz parte da Mocidade Alegre, esteve presente na confraternização. A presidente da Morada, Solange Cruz, fez um discurso. Nele, contou histórias e agradeceu bastante o seu tio. A placa da alameda ficará bem ao lado do barracão da escola
Tina Cruz, filha mais velha de Juarez, falou da sensação e importância da lembrança do seu pai eternizada. “Foi muito importante. Estou aqui com meus irmãos e nós estamos eternamente lisonjeados com isso e vai ser um nome eternamente lembrado. Era um dos patamares do meu pai. Ele queria que os sambistas fossem lembrados e respeitados. Isso é importante porque ele foi lembrado. Só tenho a agradecer a Liga”, enalteceu.
Pé Rachado
Sebastião Eduardo Amaral, o Pé Rachado, foi um grande sambista do Vai-Vai, presidindo a escola nos anos 60. Após, fundou a Barroca Zona Sul, no qual apelidou de ‘faculdade do samba’, para ensinar sambistas a aprender a cultura. Na homenagem, esteve a família para receber a placa da alameda, que fez um pequeno discurso, mas quem falou mesmo foi o Zé Carlinhos, integrante do Vai-Vai e um dos maiores vencedores de concurso de samba-enredo da escola. Na fala em público, o compositor disse que o sambista imortal foi quem o incentivou para se tornar escritor de sambas.
As escolas de samba da Série Ouro vivem um drama em meio aos preparativos para os desfiles de 2024 no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Faltando menos de 80 dias para o começo do espetáculo, as agremiações seguem sem ter uma previsão de quando irão receber a subvenção paga pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A verba, que nos últimos carnavais girou em torno de R$ 880 mil para cada uma das integrantes do grupo, é considerada crucial não só para confecção dos carros alegóricos e fantasias, mas também para o funcionamento das instituições durante o ano e manutenção do trabalho como um todo. É o que destacou o presidente da União da Ilha do Governador, Ney Filardi, em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO.
Foto: Diogo Sampaio/CARNAVALESCO
“É decepcionante que, até agora, as escolas do grupo de acesso só receberam R$ 13 mil. Isso da data do desfile de 2023 até hoje. Todas as agremiações possuem muitos gastos o ano inteiro. Só nesses ensaios de rua, eu tenho que dar água paras baianas, para passista, para as crianças, eu tenho que dar o lanche… E, até agora, nada da subvenção. É absurdo o que as autoridades estão fazendo conosco. Eu sou independente, não tenho rabo preso com ninguém. Por isso, faço um apelo aqui: Prefeito, sabe que eu te amo, então ajude as escolas e libere esse dinheiro logo”, disparou Ney Filardi.
Apesar do cenário adverso, a União da Ilha está prosseguindo com o cronograma de trabalhos visando o Carnaval de 2024 e realizou, na última quarta-feira, o primeiro ensaio de rua da temporada. Até o momento, além da tricolor insulana, outras escolas da Série Ouro que começaram os seus treinos a céu aberto foram a Unidos de Padre Miguel, o Império Serrano, o Império da Tijuca, a Acadêmicos do Vigário Geral e o Arranco do Engenho de Dentro. No bate-papo com a reportagem do site CARNAVALESCO, Ney Filardi enfatizou a importância desses ensaios na preparação para o desfile oficial, mas ressaltou que os custos deles são mais um agravante em um momento de escassez de verbas.
“A Ilha está tocando o projeto com base em carta de crédito, doação e muito amor por essa escola das pessoas simpatizantes, que estão aí sempre chegando junto. Se não fosse isso, nós, hoje, não estaríamos reproduzindo as fantasias e confeccionando os carros. Mas, além do barracão, temos outros gastos. Os ensaios de rua são de suma importância na preparação para o desfile. Quem quer disputar título tem que ensaiar muito, de uma maneira e em uma quantidade exaustivas. Porém, as despesas com eles vão desde o carro de som até a baqueta que quebra. Por isso precisamos do apoio das autoridades. O dinheiro já não está previsto? Por que não libera logo? Não adianta nada receber a subvenção faltando 30 dias para o Carnaval”, desabafou o dirigente.
Todavia, mesmo diante dessas dificuldades acarretadas pela falta de recursos, o presidente insulano mantém a confiança de que a agremiação fará uma grande apresentação no ano que vem. “O torcedor da União da Ilha pode esperar um desfile totalmente diferente do que foi o anterior. Com todo respeito as outras 15 agremiações que fazem parte do grupo, quem quiser ganhar o Carnaval de 2024 vai ter que fazer melhor que a gente”, afirmou Ney Filardi.
Em 2024, a União da Ilha do Governador levará para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí o enredo “Doum e Amora: crianças para transformar o mundo!”, assinado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues. O tema é inspirado livremente no livro “Amoras”, do rapper e escritor Emicida, e em contos infantis do universo da literatura brasileira negra. A proposta é debater questões antirracistas e a intolerância religiosa, através do olhar infantil. A tricolor insulana será a quarta escola a cruzar a Avenida no sábado de Carnaval, dia 10 de fevereiro, segunda noite da Série Ouro, quando irá em busca do campeonato e do sonhado retorno para elite da folia carioca.
Após um sexto lugar em 2023, a Grande Rio vem mordida para o próximo carnaval a fim de corrigir o que não deu certo no carnaval passado e voltar a disputar as primeiras posições, tentando conquistar seu segundo título do Grupo Especial. E uma etapa importante deste processo foi iniciada na Cidade das Artes, local da gravação oficial para o álbum de sambas-enredo da Liesa. Com a obra escolhida desde a final em 30 de setembro, a Vermelha, Verde e Branca de Caxias não perdeu tempo e fez uma preparação meticulosa para trazer para o estúdio montado no complexo cultural da prefeitura do Rio um trabalho que visou valorizar o samba vencedor, a partir de algumas pequenas alterações na letra e melodia, além de introduzir alguns sons que fazem alusão ao enredo. Na direção musical da Grande Rio, mestre Fafá e Evandro Malandro comandaram os trabalhos, mostrando muito entrosamento e seriedade durante todo o processo. A dupla contou um pouco do que preparou para o disco.
“Eu e o Fafá montamos um arranjo para cada samba, e acho que o público vai gostar muito da nossa faixa porque não inventamos nada fora do que pede o enredo, não tem nenhum exibicionismo. Trabalhamos exclusivamente dentro do arranjo e dentro das propostas que o samba pede”, definiu o intérprete, que está na Grande Rio desde o carnaval 2019.
“Nosso enredo passa por diversos lugares, a nossa onça passa por diversos lugares, por isso a gente quer fazer uma gravação bastante dinâmica, em que a pessoa possa conseguir ouvir em casa, sentir algo gostoso, tivemos muito cuidado e tato, não só eu, mas o Evandro e os músicos dele, na parte da harmonia, na parte do coro, no contracanto. Tivemos muito cuidado com tudo. A produção do disco deixou a gente muito à vontade para criar, então, desde a introdução até as paradinhas que a gente está fazendo, e a gente pensou na pessoa que quer aprender o nosso samba, quer conhecer o enredo. É um samba bem para cima, bem alegre. Sabemos que tem algumas palavras que dão uma travadinha ou outra, mas a gente está trabalhando muito bem isso aí para trazer uma faixa bem dinâmica”, acredita Fafá, que também comanda a bateria desde 2019.
Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO
“Trovejou! Escureceu!/O velho onça! Senhor da criação/É homem fera! É brilho celeste/ Devora e se veste de constelação” são versos da cabeça do samba recobertos de poesia, misticismo e encantaria. Com um processo de disputa de samba diferente, a Grande Rio mais uma vez apostou para o carnaval 2024 em um concurso com regras originais, como o fato do intérprete Evandro Malandro ter gravado todos os 11 sambas inscritos para o certame na sua própria voz. O diretor de carnaval Thiago Monteiro analisou como esta iniciativa ajudou na preparação para a gravação do disco e facilitou nos ajustes necessários realizados na obra.
“Como o Evandro gravou todas as obras, então ele conhece este samba desde o início, quase até desde a sua geração, confecção. É lógico que ele fica mais firme para poder colocar sua voz, para poder achar os caminhos que o samba precisa percorrer. Quando o intérprete da escola tem apenas, não sei, por exemplo, uma semana, ou alguns dias para pegar a obra, que não é mais dos compositores, e sim da escola, após o resultado, e começa a trabalhar e buscar por onde ele vai percorrer, fica um pouco mais complicado. Então, dentro desse nosso formato de disputa, o Evandro está muito familiarizado com esse samba. Foi até muito fácil fazer as mudanças pontuais que foram feitas, tanto de letra, quanto de melodia. Ele participou de todas elas, porque ele já conhece bem o samba, a obra está bem sedimentada, não só no Evandro, mas no nosso carro de som como um todo. É bastante positivo, é mais um benefício deste sistema que a Grande Rio adota”, definiu Thiago.
No segundo ano consecutivo participando ativamente do processo de gravação dos sambas concorrentes, Evandro Malandro elogiou o formato que a Grande Rio projeta em seu processo de disputa e apontou de que forma esta proposta facilita o seu trabalho e ajuda a escola a realizar um trabalho de excelência na preparação para gravar a faixa da Liesa.
“Eu estou muito feliz com esse processo que a Grande Rio fez que foi colocar todas as gravações já na voz do cantor oficial, isso aproxima da comunidade e fica melhor de quando se aproxima das finais, de a gente mais ou menos identificar ou traçar uma linha de trabalho para a gravação do CD oficial. Assim foi feito com os sambas finalistas, eu e o Fafá a gente sentou, como diretores musicais da escola, e alinhamos como fazer a questão de arranjo. Acho que o público vai gostar muito deste processo, desta faixa da Grande Rio porque a gente preparou com muito carinho, a gente não fez nada fora do arranjo, nada mirabolante”, classificou o cantor.
Toques indígenas na bateria
Preparada mais uma vez a trazer um tema inédito ou falar de algo conhecido de uma forma original, a Grande Rio levará para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí no ano que vem o enredo “Nosso Destino É Ser Onça”, criado e desenvolvido pela dupla de carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. O tema tem como proposta fazer uma reflexão sobre a simbologia da onça no cenário artístico-cultural brasileiro, tocando em temas como antropofagia e encantaria. Sempre atento ao que pede o enredo, mestre Fafá em conversa com a reportagem do CARNAVALESCO comentou o que pensou para o trabalho de bateria na faixa e destrinchou o processo para o desenvolvimento do samba até o desfile.
“Nossa final foi dia 30 de setembro, então tivemos bastante tempo para trabalhar, conhecer o samba, mudar o que tivesse que mudar, acertar melodia, acertar tudo e pelo fato de a gente já ter gravado o samba, o Evandro ter colocado a voz e eu ter feito a gravação dos que foram para a disputa, facilita muito a gente porque já conhecemos a obra, sabemos como ela é, inclusive algumas coisas feitas para esta gravação, utilizei também para a faixa oficial, alguns toques de coisas indígenas, por exemplo. Já começamos a ensaiar, temos ensaiado bateria e carro de som para deixar tudo alinhado. Agora começa aquele meu trabalho gradativo de sempre”, explica o profissional.
A obra composta por Derê, Marcelinho Júnior, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro, Tony Vietinã e Eduardo Queiroz conseguiu se sobressair ante as composições das outras três parcerias finalistas e sagrou-se vencedora da disputa promovida pela tricolor de Duque de Caxias. Fafá comentou os próximos passos com os ritmistas visando o próximo desfile.
“Deixo a comunidade aprender bastante o samba, vejo os pontos necessários porque eu sempre gosto de fazer uma paradinha que permita com que a comunidade cante uma parte alta do samba, a gente está estudando tudo isso, para em seguida começar a soltar as paradinhas com calma. Testar bastante. Temos tempo. Vamos fazer tudo com paciência, calma, sabemos que será um dos carnavais mais competitivos dos últimos anos. Boa parte das escolas de samba estão com grandes sambas e grandes enredos. Estamos preparando tudo para mais uma vez fazer um grande espetáculo “, aponta Fafá.
Experiência de Evandro e conhecimento da escola é trunfo
Indo para o quinto desfile como voz oficial da Grande Rio, Evandro Malandro foi encontrando o seu espaço entre os intérpretes mais respeitados do carnaval carioca. Com tranquilidade para trabalhar, com um título do Grupo Especial nas costas, Evandro esclareceu como trabalha sua voz e os cuidados específicos para cada processo que vai desenvolver na temporada até o grande dia do desfile na Marquês de Sapucaí.
“Eu tenho, desde quando entrei na escola, o acompanhamento vocal do Pedro Lima, professor de canto, que é anual e não só neste processo. As pessoas de repente pensam que o cantor começa a fazer preparação em dezembro, janeiro, porque o carnaval é em fevereiro, não, é anual o processo. O Pedro Lima bota a gente para ralar mesmo, trabalhamos bastante, não só a preparação vocal, mas a conscientização de que uma coisa é você cantar no palco para sua comunidade no ensaio, uma outra coisa é fazer show na rua, e uma outra coisa é fazer uma gravação para o CD que vai ficar para o resto da vida, para todo mundo ouvir. Tem que ouvir o samba, a obra tem que ser cantada, tem que passar a mensagem da melhor forma e com uma boa melodia, colocando o vibrato onde tem que colocar, acertando o final das frases, ter o cuidado em não deixar a faixa muito poluída. E aqui eu estou falando do Evandro Malandro, porque tem muitos cantores que gostam, isso é característica de cada cantor. A característica do Evandro Malandro é traçada no mesmo molde que eu fiz com o Fafá, é com o meu professor Pedro Lima, e aí a gente define como vai lidar com o vibrato, com as notas para cada final de frase, onde vem mais junto com o coro, e por aí. Tudo foi muito bem traçado e conversado, espero que todos gostem”.
Sobre o processo de gravação, Thiago Monteiro elogiou a iniciativa da Liesa de buscar uma gravação que trouxesse a emoção das baterias para o disco que mostra os sambas-enredo para o mundo do samba e simpatizantes.
“Eu gostei bastante da experiência, acho muito válido tentar sempre algo novo, e acho que a Liesa está de parabéns por essa iniciativa de tentar sair do lugar comum, tentar sair da mesmice. E sempre inovando, essa gravação na Cidade das Artes tem uma pegada, que não é ao vivo, mas ela tem mais emoção, uma pegada um pouco mais de ao vivo. Você pega mais um sentimento do que uma tecnicidade. A gente achou muito positiva. Eu fiquei muito feliz com o resultado da gravação, era realmente aquilo que a escola queria apresentar no andamento, na colocação muito bem feita pelo nosso cantor.Tenho certeza que a nossa comunidade vai ficar muito feliz. Trouxemos as características da Grande Rio”, concluiu o diretor.
Quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações do Grupo Especial em 2024, a Grande Rio vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “Nosso destino é ser onça”.
O Sebrae faz às quartas, das 10h às 16h, na quadra da Mangueira, plantão de atendimento gratuito, para orientação e consultoria de empreendedores nos temas: Criação de Empresas, Finanças no Negócio, Vendas e Atendimento ao Cliente, Formalização do Negócio, Regularização do MEI, Emissão de Nota Fiscal, Emissão de DAS MEI. O Plantão de Atendimentoserá realizado através do desenvolvimento do projeto Comunidade Sebrae, iniciativa de incentivo ao empreendedorismo em áreas populares que está atualmente em 18 favelas, da cidade do Rio de Janeiro,totalizando mais de 100 comunidades e mais de 41 mil atendimentos.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico e Solidário da cidade do Rio de Janeiro Diego Zeidan, informou que este é o primeiro de uma série de serviços que estão previstos para a comunidade de Mangueira. “O Plantão Sebrae tem esse objetivo, de começar a organizar e instruir naquilo que for necessário os empreendedores e empreendedoras do Complexo de Mangueira. O Sebrae possui todo o conhecimento e experiência para o aconselhamento na gestão de empreendimentos em todas as áreas.”
O atendimento será realizado nos dias 29 de novembro e nos dias 6 e 13 de dezembro de 2023, o espaço serve ainda, para tirar dúvidas sobre precificação, gestão do tempo, planejamento, entre outros.
O Plantão Sebrae Mangueira é destinado para empreendedores e empreendedoras moradores da comunidade do Complexo de Mangueira e das regiões adjacentes, bem como para artistas e profissionais da Economia Criativa, Setor Cultural e do Carnaval.
“O Morro de Mangueira é conhecido e reconhecido por suas fortes características culturais, manifestadas através do samba da instituição Estação Primeira, sendo um grande celeiro de compositores e artistas, a economia criativa, o setor cultural e do Carnaval é uma possibilidade concreta de desenvolvimento econômico e social, e nosso objetivo é orientar e apoiar essas pessoas em seus empreendimentos.” Pablo Brandão, Subsecretário de Ação Territorial Solidária, Vice-presidente Financeiro da Estação Primeira de Mangueira e Membro do Conselho de Favelas da Cidade do Rio.
O plantão Sebrae Mangueira, neste sentido, é um instrumento de gestação, fortalecimento de projetos e empresas destinadas a produção criativa. Diego Zeidan afirmou ainda que a Mangueira é a sala de recepção da cidade do Rio de Janeiro e que é preciso olhar com carinho e atenção para esse território e sua população. Ele reforçou que será na Mangueira a instalação da primeira agência do Banco Comunitário, que irá fornecer crédito aos empreendedores locais a juros zero.
“Queremos constituir um polo gastronômico e um com o circuito culturaljá existente, potencializar o turismo comunitário e o desenvolvimento econômico. A Mangueira e seu povo, possuem uma enorme contribuição na constituição da identidade do carioca e do brasileiro, nada mais justo do que olharmos com carinho e atenção para essa comunidade”. Finalizou o Secretário Diego Zeidan.
O Plantão Sebrae Mangueira é uma parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae, a Estação Primeira de Mangueira e da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Solidário da cidade do Rio de Janeiro, através da Subsecretaria de Ação Territorial Solidária e conta com o apoio da Associação de Moradores do Complexo de Mangueira.
PLANTÃO SEBRAE MANGUEIRA
Quarta-feira, das 10h às 16h
Local: Quadra da Mangueira
Rua Visconde de Niterói, 1072
Informações Dúvidas: Camila Borges:21 92001-6288
Consultora Sebrae Mangueira
Atendimentos Gratuitos
Com forte participação da comunidade e uma ótima apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, o Paraíso do Tuiuti realizou na noite da última segunda-feira seu quinto ensaio de rua. O treino começou em frente ao Colégio Pedro II e foi até a porta da quadra da escola de samba. No final do ensaio os componentes eram recebidos pelo chão da escola em clima de festa, que só terminou por volta de 23h45.
No ensaio desta segunda também ocorreram as gravações para as vinhetas de carnaval da TV Globo, que contaram com a presença de Milton Cunha. No carnaval de 2024, o Paraíso do Tuiuti levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Glória ao Almirante Negro!”, desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, e vai homenagear João Cândido. A Azul e Amarela será a penúltima escola a desfilar na segunda escola a desfilar na segunda-feira de carnaval. O diretor de carnaval André Gonçalves avalia uma melhora contínua entre os componentes.
“Foi uma noite maravilhosa. Ressalto que estamos em um ensaio de rua, e a tendência é só lapidar e melhorar. O aspecto hoje foi maravilhoso e acredito que a escola evoluiu muito. Para nós, está sendo muito satisfatório. Hoje foi muito bom (o canto). Estamos prontos para no sábado entrar no minidesfile e arrebentar. Temos o Morro do Tuiuti. É uma comunidade que ‘fez’ essa escola acontecer. Isso para a harmonia é incrível, porque interage muito”, comenta o diretor de carnaval.
Comissão de Frente
Comandada pelos coreógrafos Edifranc Alves e Cláudia Mota, a comissão de frente apresentou uma coreografia muito bem sincronizada. O ponto alto da performance foi quando uma das integrantes era erguida ao alto e se jogava, de costas, nos braços dos outros componentes.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
No quarto ensaio de rua que participou, o destaque foi para a evolução do trabalho realizado pela dupla Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane. Com uma dança mais tradicional, o casal deu um show de sincronia, conexão e troca de olhares. De fato, um dos destaques do ensaio desta segunda-feira. Vale ressaltar que esse foi o primeiro ensaio de rua que contou com a participação dos guardiões. O mestre-sala destaca que a dupla foca na sintonia, que foi uma das justificativas para a penalização do segmento do último carnaval.
“Estamos trabalhando muito. O entrosamento está vindo com muito trabalho para tirar dos jurados essa impressão de falta de sintonia – estamos focando nessa parte. O enredo também ajuda, porque não pede coreografia e muita firula. Ele (o enredo) puxa a gente para a dança tradicional, mais ‘dançada’ e menos coreografada. Estamos testando algumas coisas. O que posso dizer é que o público terá surpresas com o Paraíso do Tuiuti e principalmente com Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane”, afirma Raphael.
A porta-bandeira completa: “Estamos em uma crescente muito forte durante os ensaios de rua. Hoje tivemos um novo elemento, que foi a chegada dos nossos guardiões. A gente vem treinando para cada vez mais estar forte e ‘trocando’ ainda mais com a comunidade. Acredito que nossos objetivos estão sendo alcançados e estamos felizes com a trajetória que estamos conseguindo criar. Sempre há mais um pouco para evoluir, e estamos em busca desse pouquinho para alcançar a nota máxima no carnaval”, ressalta Dandara.
Harmonia
A comunidade começou a abraçar os ensaios de rua cada vez mais, e com o samba não foi diferente. Ser uma das escolas mais conectadas com suas raízes facilita a harmonia da Paraíso do Tuiuti. O canto dos componentes foi forte e teve seu ápice no refrão principal: “Salve o Almirante Negro/Que faz de um samba enredo/Imortal!”. Destaque para as alas 4 e 8, que cantaram bastante. Além do ótimo trabalho do intérprete Pixulé, o entrosamento entre carro de som e bateria desenvolve um papel fundamental no fortalecimento do samba.
“Estamos em uma crescente e finalizando o recadastramento dos componentes. Conforme vai chegando o final do ano eles aparecem mais, então a cada semana semana estamos em uma crescente rumo ao nosso objetivo. O ponto alto foi o canto, porque é um samba que tem um canto muito forte. A galera está chegando e compreendendo o que a gente quer que aconteça”, afirma o diretor de harmonia da agremiação, Jeferson Carlos.
Evolução
Apesar da longa duração, a escola evoluiu bem até a rua que dá acesso à quadra, que serviu como segundo recuo para a “Super Som”. Por conta das calçadas estreitas, o público acaba invadindo a pista de ensaio. No geral, as alas conseguiram evoluir bem e o reflexo disso foi percebido ao final do desfile, com a comunidade alegre, sambando e cantando forte.
“O canto evolui cada vez mais. A comunidade está aguerrida e cantando igual curió (risos). Estou muito feliz. A comunidade está cantando muito, e isso é bom para o nosso mini desfile de sábado, para o ensaio técnico de janeiro e para o nosso desfile. A relação entre carro de som e bateria é maravilhosa. É uma sintonia maravilhosa e não tem nada para mexer – está perfeito”, diz o intérprete Pixulé.
Samba
Abraçado pela comunidade, o samba-enredo teve um bom desempenho entre os componentes e o público. O sucesso também se dá por conta da ótima condução feita por Pixulé e pelos demais membros do carro de som do Tuiuti. Mestre Marcão, que gabaritou o quesito no último carnaval, deu um show juntamente com a “Super Som” e animou os componentes e o público presente.
Outros destaques
Destaque para as musas da comunidade e a ala de passistas, que deram um verdadeiro show de samba no pé e simpatia. Vencedor do Prêmio Estrela do Carnaval no quesito, o segmento promete entregar mais um espetáculo na Passarela do Samba.
Uma parceria entre a Unidos de Vila Isabel e a Secretaria Municipal de Educação do Rio promete antecipar as comemorações do Dia Nacional do Samba. A quadra da agremiação três vezes campeã do Carnaval carioca recebe no dia 1º de dezembro, a partir das 9h, a primeira edição da Festa Literária e Cultural da Vila Isabel. Denominada “A criança é a esperança de Oxalá”, em alusão ao enredo “Gbalá – Viagem ao Templo da Criação”, que a azul e branca apresentará no Carnaval 2024, a FLIVILA será gratuita e contará com atividades culturais e até mesmo roda de samba.
Com uma vasta programação, o público poderá participar de oficinas de criação poética e de percussão, além de acompanhar contações de histórias, lançamentos de livros, bate-papos com autores renomados e apresentações artísticas. O evento irá até as 21h, com o objetivo de integrar alunos da Educação de Jovens e Adultos que estudam no período noturno.
Além de contar com distribuições gratuitas de livros para alunos da rede pública municipal, o evento também abordará de maneira didática questões presentes no enredo da agremiação para 2024, uma reedição do desfile de 1993, criado por Oswaldo Jardim, com samba de Martinho da Vila.
“A FliVila é uma forma da gente valorizar a escola de samba como algo que vai além do Carnaval. A agremiação também é uma transformadora de vidas, que ensina valores e cidadania. É o samba como conhecimento em sua forma mais ampla”, pontua Vinícius Natal, pesquisador da Vila Isabel e coordenador da FliVila, que tem como curadoras a diretora cultural do Herdeiros da Vila, Tathiane Queiroz, e a professora da rede pública, Luanda Machado.
A quadra do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel fica no Boulevard 28 de Setembro, 382, em Vila Isabel.
FLIVILA
Data: 1º de dezembro
Horário: de 9h às 21h
Local: quadra do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Boulevard 28 de setembro, 382 – Vila Isabel
Entrada gratuita