Em entrevista ao canal LeoDias TV, a atriz e rainha de bateria do Acadêmicos do Salgueiro, Viviane Araujo, fez um forte desabafo sobre o resultado da escola no Carnaval 2025. A agremiação terminou na sétima colocação do Grupo Especial e ficou fora do Desfile das Campeãs, realizado no sábado seguinte à apuração. Ícone salgueirense e símbolo da escola há mais de 15 anos, Viviane não escondeu a emoção ao comentar sobre a colocação.
“Fiquei muito triste esse ano. Nunca fiquei tão triste em todos esses anos que estou no Salgueiro. Me deu uma dor… chorei de verdade. Estava na apuração, fui para casa, fiquei muito mal”, revelou.
A rainha, que desfilou à frente da bateria “Furiosa”, ressaltou que a escola teve uma apresentação consistente e que, embora reconheça pequenas falhas, acredita que o julgamento foi rigoroso em alguns quesitos.
“A gente não merecia. Tivemos pequenas falhas, a avenida é isso, você tem que ser perfeito para tirar 10. Mas fomos um pouco injustiçados em alguns pontos”, completou.
Apesar do desabafo, Viviane reforçou seu amor incondicional pela vermelho e branco. Ela é considerada uma das figuras mais caristmáticas da escola nas últimas décadas e mantém forte ligação com a comunidade salgueirense, sendo constantemente ovacionada na quadra e durante os ensaios de rua.
Um novo ciclo à frente
Apesar da frustração pelo resultado, a comunidade salgueirense já iniciou sua preparação para o Carnaval 2026, com a promessa de um desfile ainda mais competitivo. Edson Pereira foi mantido como carnavalesco, e a expectativa é que a escola anuncie em breve o novo enredo.
Viviane Araújo, como de costume, reafirmou que estará firme com a Furiosa e prometeu dedicação redobrada. “A dor a gente transforma em força. Nosso povo é guerreiro. A gente vai voltar com tudo”, disse em suas redes sociais.
Ao contrário do que estava acontecendo nos últimos anos, o Barroca Zona Sul não realizou uma festa de lançamento do próprio enredo para o carnaval 2026. Ao invés de um evento, a Faculdade do Samba optou por publicar nas próprias redes sociais da agremiação uma postagem revelando que “Oro Mi Maió Oxum” será a temática da agremiação para o próximo desfile no Grupo Especial.
Para trazer mais informações para comunidade, torcedores e admiradores da verde e rosa e de todo o mundo do samba, o CARNAVALESCO entrevistou Pedro Alexandre, popularmente conhecido como Magoo, carnavalesco da agremiação, que relatou como será o desenvolvimento da temática e um pouco da expectativa em relação à agremiação.
Mais do que acostumado a falar de temáticas africanas, o Barroca novamente falará sobre um orixá – em 2025, a escolhida foi Iansã. Além de todas as pesquisas realizadas pelo carnavalesco, Magoo destacou que filhos da homenageada foram ouvidos: “A gente seguiu um ponto que muitas pessoas que são de Oxum nos falaram: todas elas diziam que Oxum é amor. À medida que eu fui estudando a história dela, várias e pessoas foram agregando com pontos diferentes. Dava para ter uns três enredos sobre essa orixá de acordo com tudo que ouvimos– assim como foi com Iansã”, comemora.
Foto: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Após o natural filtro necessário para criar o enredo, Magoo revelou um pouco do fio condutor do que será exibido na avenida: “Mas o que eu escolhi fazer foi começar contando um pouco dela, como surgiu a ligação dela com o povo da Nigéria – tudo isso já no começo, já tenho boas histórias a respeito. Depois, a gente vai contar as grandes histórias de Oxum e vamos falar dos seus grandes amores: a relação de Oxum com Xangô, a relação de Oxum com o Oxóssi, o amor de mãe com Logun Edé, o amor pela humanidade, os itãs dela que que mostram aquele amor que a fez se sacrificar pelo próprio povo”, destacou.
Um sentimento, basicamente, será o norte do que será visto no Anhembi em 2026. “Basicamente, a gente vai contar e vai narrar essa história. Vai ser uma grande história de amor, mostrar todo o amor dessa orixá e o sentimento que ela tem por todos. O que a gente vai mostrar na Avenida é que Oxum amou intensamente”, vislumbrou.
Ritmo acelerado
Magoo também comemorou o andamento do trabalho verde e rosa na Fábrica do Samba: “A gente já começou com o trabalho de barracão há um tempinho – o que inclui alegorias e fantasias, também”, exaltou. Vale destacar, também, que o trabalho adiantado da escola é tradicional no Barroca.
Uma visão semelhante do calendário da escola também foi revelado: “Eu não gosto de festa de pilotos e o Barroca também não curte, então a gente resolve isso de uma maneira mais interna: fazemos os pilotos, mostramos para a diretoria – que aprova e já começa a trabalhar na parte mais teórica: ficha a técnica, obtenção de material, ida para o ateliê e pronto”, detalhou.
O profissional também destacou que algumas indumentárias já estão, inclusive, prontas: “A gente já tem umas alas distribuídas, conforme nós vamos fazendo já vamos distribuindo. Fazendo em paralelo dessa maneira, a gente já está com trabalho de barracão e de fantasia – por sinal, a gente já tem ala na rua”, ratificou.
Sem tempo para frustração
O ciclo do carnaval de 2025 do Barroca foi marcante. Após o desfile que marcou o cinquentenário da verde e rosa, a agremiação tinha, reconhecidamente, um dos melhores sambas-enredo da safra – que cresceu de maneira exponencial a partir do minidesfile. A canção, por sinal, foi a vencedora do Estrela do Carnaval (premiação organizada e concedida pelo CARNAVALESCO) da temporada – e teve uma apresentação apoteótica no evento.
No desfile oficial, entretanto, um problema com a segunda alegoria causou problemas também na evolução. O resultado foi a décima segunda colocação na apuração, empatado em pontos com a décima terceira colocada Acadêmicos do Tucuruvi – primeira escola a ser rebaixada para o Grupo de Acesso I.
Se o pior foi evitado, Magoo não esconde que o clima no Jabaquara era lacônico: “A gente criou uma expectativa muito boa para o último carnaval em relação ao resultado. Infelizmente aconteceu aquilo lá na avenida, o carro bateu e o resultado… o desfile foi legal, foi bonito, o Barroca veio bem para caramba. Só que, confesso: a gente ficou meio na deprê quando acabou o carnaval”, assentiu.
Para afastar a sensação ruim, a solução dada pelo carnavalesco foi trabalhar: “Eu virei para o presidente e falei para ele escutar o que eu estava falando: a gente só vai esquecer um carnaval pensando no outro. Já vamos emendar com 2026, vamos embora”, disse.
A orixá não era a única alternativa para a Faculdade do Samba: “A gente já tinha umas três opções de enredo e um deles era esse, de Oxum. Na verdade, quando a gente lançou o enredo sobre Iansã, já tinha uma parcela de pessoas da escola que já perguntaram naquela época porque o tema não poderia ser Oxum. Para responder, a gente sempre falava que tudo tinha hora”, desconversou.
A decisão, entretanto, não foi difícil de ser tomada: “Encerrado o carnaval 2025, eu já comecei a pesquisar a história e eu trouxe um resumo da temática para o presidente e para a diretoria. Todos gostaram e nós definimos. Chamamos o pai Douglas, que é o que faz a orientação espiritual do Barroca e ele, de prontidão, também gostou muito. Já começamos a desenvolver logo depois que acabou o carnaval e já estamos nessa loucura. Praticamente a gente não teve férias e emendou um carnaval no outro”, arrematou.
Nada de terra arrasada
Apesar do tumultuado desfile, Magoo entende que o desfile do Barroca em 2025 foi empolgante e possui muitos pontos positivos: “Quando eu vi tudo que aconteceu com o segundo carro, eu só pensava que, em 2026, a gente daria a volta por cima com certeza! É engraçado porque uma das coisas que fez com que a gente escolhesse o enredo sobre Oxum é que Oxum não admite erro. Pode ter certeza, o Barroca não vai errar dessa forma novamente. Foi um erro individual – mas, se está na escola, isso se torna coletivo”, prometeu.
O carnavalesco encerrou a fala com o sentimento de toda a comunidade barroquense: “Em 2026, a gente vai com um carnaval bonito. Foi um carnaval legal o que o Barroca apresentou em 2025. A gente veio com uma plástica bonita, veio o pessoal animado, sambão. A gente vem da mesma forma em 2026 – e a gente vem sem cometer erros. A gente vem competitivo para 2026, pode esperar”, finalizou.
O reinado continua! Jorge Amarelloh irá para o seu quarto ano à frente da bateria Sintonia de Cavalcanti no Carnaval de 2026. Rei de bateria da Em Cima da Hora, Jorge firmou seu nome junto à comunidade azul e branca e seguirá reinando com os ritmistas comandados pelo mestre Léo Capoeira. Carinhosamente conhecido como “Reizinho de Cavalcanti”, Jorge estreou à frente da bateria no Carnaval de 2022 e continuou nos desfiles de 2023 e 2025. Reconhecido internacionalmente por sua dedicação à divulgação da cultura popular e pelo samba no pé, o sambista enalteceu a agremiação pela confiança em seu nome.
“Estar à frente de uma bateria não é fácil, ainda mais sendo uma figura masculina. Só tenho a agradecer à presidência e a toda a diretoria da escola pela confiança, ao meu mestre e a cada ritmista que está ali. Recebo carinho a cada ensaio, a cada evento. Estar com eles e com essa comunidade que tanto me acolheu é me sentir em casa. Vamos com tudo rumo a 2026”, revela Jorge.
A Em Cima da Hora será a segunda escola a desfilar no sábado de Carnaval pela Série Ouro em 2026. A azul e branca levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “SOCOA-Y-REMA: Onde o altar encontra o mar”, do carnavalesco Rodrigo Almeida.
A X-9 Paulistana revelou o enredo com o qual promete emocionar o Anhembi no Carnaval 2026. Intitulado “Yvy Marã Ei: A busca pela terra sem mal”, o tema mergulha na cosmovisão dos povos guaranis, trazendo à avenida uma potente reflexão sobre a espiritualidade indígena, a destruição ambiental e os desafios da humanidade contemporânea. Sob o comando do carnavalesco Amauri Santos e com enredo assinado por Leonardo Dahi, a agremiação da Zona Norte de São Paulo levará para o desfile a ancestral saga guarani em busca de um lugar sagrado, onde não existe fome, doença ou qualquer tipo de mal: a Terra sem Mal. A narrativa parte de um mito fundacional desses povos, no qual o Criador, ao se decepcionar com os rumos da humanidade, envia um grande incêndio seguido de um dilúvio como forma de purificação.
De acordo com a proposta do enredo, os guaranis teriam sido poupados e passaram a viver em constante busca por essa terra prometida. O texto divulgado pela escola propõe um paralelo entre o mito e a realidade atual, destacando que os “novos incêndios” — provocados pela ação humana — ameaçam novamente o sonho da Yvy Marã Ei. A proposta é não apenas exaltar a resistência dos povos originários, mas também convocar a sociedade a repensar sua relação com o planeta.
A X-9 Paulistana aposta mais uma vez na força de enredos com crítica social e apelo cultural. Em 2025, a escola apresentou o tema “X-9 é Nordeste”, também assinado por Amauri Santos, com forte viés político e representativo. Agora, para 2026, promete uma abordagem igualmente densa e simbólica, costurada por referências mitológicas, ecológicas e de resistência indígena.
Com o anúncio do enredo, a escola inicia oficialmente sua preparação rumo ao próximo desfile. A expectativa é de que o tema sensibilize jurados e público ao unir arte, espiritualidade e urgência ambiental na Passarela do Samba.
A dançarina e rainha de bateria do Paraíso do Tuiuti, Mayara Lima, ministrará neste sábado um workshop de samba no pé em Montevidéu, no Uruguai. Mais de 30 alunas aprenderão técnicas para aprimoramento do samba no pé, abordando movimentação de braços e quadril, além de coreografias e bossas.
“Acabei de voltar de uma turnê pela Europa com cerca de 900 alunas, uma experiência transformadora, de reconexão comigo mesma e com meu propósito de espalhar a arte do samba pelo mundo. Agora, embarco pela terceira vez rumo ao Uruguai. Viajar e poder experimentar outras culturas graças à dança é sempre uma recarga de ânimo, porque confirma que estou no caminho certo”, afirmou Mayara Lima.
Em abril e maio deste ano, a artista lotou mais de 15 turmas durante um tour de workshops pela Europa. Ao longo de aproximadamente um mês, ela passou por nove cidades em países como Inglaterra, França, Suíça, Alemanha, Bélgica e Portugal.
Sobre Mayara Lima
Aos 27 anos, Mayara Lima se consagrou como um dos grandes nomes do Carnaval carioca. Nascida na Cidade de Deus, foi no Paraíso do Tuiuti, a cerca de 20 quilômetros dali, que construiu sua história e sua carreira. Seu talento único ganhou os holofotes quando, em 2022, um vídeo sambando no ensaio de bateria viralizou nas redes sociais, impressionando o público pela sincronia com a bateria Super Som. O sucesso foi tanto que Mayara se tornou rainha da bateria da escola de São Cristóvão.
Mas, sua conexão com o Tuiuti começou bem antes. Ainda na adolescência, ingressou como passista da escola, onde brilhou por nove anos até se tornar princesa e, em seguida, rainha de bateria. Atualmente, já está há três anos na função, exercendo a missão de resgatar a essência do samba no pé.
Fora da avenida, Mayara se desdobra entre a maternidade – é mãe de um menino de seis anos –, a intensa rotina de treinos para manter o condicionamento físico e as aulas de samba no pé.
A Estrela do Terceiro Milênio desfilou duas vezes no Grupo Especial, em 2023 e 2025, e foi justamente na segunda vez que a escola venceu o prêmio Estrela do Carnaval de melhor comissão de frente. Foi uma coreografia impactante e diferente, com bailarinos representando pessoas trans e integrantes do mundo ballroom. A encenação se destacava pela imponência e criatividade, além de ser inteiramente realizada sobre o elemento alegórico. O coreógrafo Régis Santos conversou com o CARNAVALESCO, falou sobre a premiação e o trabalho feito em 2025.
De acordo com Régis, vencer o Estrela do Carnaval é o reconhecimento de um trabalho árduo. O coreógrafo exaltou o investimento feito pela diretoria da Milênio, além dos figurinos e da entrega de seus bailarinos.
“O Estrela do Carnaval é o reconhecimento de um trabalho. Ainda mais neste ano, em que vocês fizeram um convite para outras pessoas especializadas no assunto, fica uma coisa menos unilateral e reconhece o valor de uma forma muito mais plural. Acho que, para a Milênio e para o Régis, especificamente, é muito importante, porque a escola ousa e a diretoria banca. Eu não sossego, sou uma pessoa inquieta, quero ensaiar debaixo de raios e tempestades — não tem tempo ruim. Os figurinos foram algo superelaborado, com um elenco entregue e dedicado ao trabalho. É um espaço aberto para esse recorte do mundo LGBT, com pessoas trans e personalidades da cena Ballroom, pela primeira vez dentro do Carnaval. Teve ilusionismo sem descer do elemento, que era algo muito importante. Todo mundo tinha medo, ficava com o pé atrás, mas depois foram só elogios. Quando a gente junta tudo isso e ganha um prêmio conhecido e respeitado, é fundamental para continuar”, declarou.
Investimento na comissão de frente e coragem para ousar
Régis é conhecido por sair “fora da casinha”. Segundo ele, isso se deve ao apoio de toda a diretoria, além de uma característica pessoal de buscar sempre executar comissões de frente fora do comum. O dançarino também afirma que quer continuar dessa forma.
“Eu penso que a gente tem que propor entretenimento e não ser engessado pelo ‘engessamento’ que o Carnaval está tendo. A gente precisa, de alguma forma, fazer com que o espetáculo seja delirante, empolgante, que a emoção esteja à flor da pele. Se os meus colegas tiverem o apoio das suas diretorias no quesito ousadia, investimento e confiança, vai dar certo. A diretoria aposta, e você tem que saber o tamanho do foguete que está acendendo. Ele pode ir para as estrelas, mas, se perder a órbita, vai para o fundo. É muito trabalho, mas dá para fazer — e esse é o meu caminho”, concluiu.
A Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou nesta quarta-feira (2) o projeto que reconhece o carnaval do município do Rio de Janeiro como manifestação da cultura nacional (PL 1.730/2024). Da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), a matéria recebeu parecer favorável do senador Flávio Arns (PSB-PR). Na reunião, a leitura do relatório ficou a cargo do senador Paulo Paim (PT-RS). Caso não haja recurso para votação em Plenário, o projeto seguirá para sanção presidencial.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Ao apoiar a proposta, Arns explica que o carnaval carioca se consolidou a partir de momentos simbólicos, como o primeiro rancho carnavalesco, datado de 1893, e o desfile inaugural de escolas de samba, realizado em 1932. “Contudo, foi apenas a partir de 1935, com o suporte do poder público, que o carnaval do Rio realmente floresceu, evidenciando a vitalidade da cultura negra”, afirma.
O senador Arns também lembra que o samba tem suas raízes em expressões culturais africanas. Para ele, a mescla de elementos afro-brasileiros, indígenas e europeus resultou em uma celebração única. Na visão do relator, mesmo com tantas fusões, o carnaval do Rio de Janeiro conseguiu preservar grande parte de suas tradições originais, tornando-se um símbolo de reconhecimento sociocultural para seus organizadores e participantes.
O relator destaca ainda a importância do carnaval para a economia carioca, pela sua capacidade de atrair turistas e mobilizar a população local, gerando empregos e impulsionando o crescimento socioeconômico.
Compositoras: Irani Montenegro, Martha Rodrigues, Marilda Ferreira, Junciara, Sorinha Jurado, Renilda DeCastro, Elys Viana, Rosil Vera Cruz, Claudia Melo, J6 Florindo, lasmin Kamacho. Sitvana Aleixo, Maria Diogo, Sonin Regina e Carinha
Velo uma luz, do Cantagalo um redentor
De tais culturas, ricas afro-brasileiras
Da folia o menino gostou
Com mestres de casa fol pular
Virou escritor, compositor
Fez de bloco escola pra brilhar
“Deixa Falar” a Liga é social, é o sambal
“General da Banda” atendeu Xang
Africanidade na Umbanda
Ascendeu a chama, de uma fé preta
Amor, axé e união
Ouvindo toque de Exu, ponto firmou
De Oxóssi é seu ori, Okê Aról
treme, rainha ginga
São luzes de Bacayodé e Benedita!
E assim, cumpriu aqui sua missão…ôôô
“Tancredo”, da paz, do papo e boa ação
Seu legado é oriundo, é ancestral, é tradiçãol!
Segue o show à beira-mar
Mil datas pra festejar
No “Berço do Samba” São Jorge é paixão
No Orun a justa honraria
Na Sapucal a gira
Ergue ofá, ó Pail O xirê vai começar
Mão no couro meus ogās, medalhas de ouro
Rufem os tambores aos orixás
No terreiro da Estácio de Sá
O “Negro Papa” vamos coroar!
Compositores: Diego Nogueira, Batista Coqueiral, Luciano Fogaça, Pretto Benezinho, Julio Pagé, Danielzinho, Ricardo Mendonça, Will do Aconchego, Argentina Caetano, Catia Torres, Paulinho ZC, Paulinho da Toquinha, Pedro Mendonça, Claudio Santoro e Mirão do Rosas
Intérprete: Dowglas Diniz
DO CANTAGALO AO MORRO DE SÃO CARLOS
DE BERÇO A CULTURA EM SUAS VEIAS
BLOCOS, FESTEJOS E CORDÕES
LINHAGEM DAS MÃOS NEGRAS, A FORÇA DAS TRADIÇÕES
SARAVÁ! FIO DE ZAMBI! NO ILÊ ESTACIANO
DA TURMA QUE FAZ SAMBA DE SAMBAR
O ELO SAGRADO DOS SEUS IDEAIS
ECOA A MAGIA DOS BATUQUES ANCESTRAIS
GIRA, CANJIRA, BAIANA QUE O “GENERAL” CHEGOU
FIRMA PONTO, RISCA PEMBA
QUE É LONGA A CAMINHADA
QUEM NÃO TEM FÉ, FICA NA ESTRADA
ODÉ KOMORODÈ! KAÔ KABECILÊ!
XANGÔ! ME GUIA
SACERDOTE DA PAZ E DO AMOR
GUARDIÃO DA BANDEIRA OMOLOKÔ
NO CORRER DA GIRA DA VIDA É NEGRO PAPA!
É NEGRO PAPA, É NEGRO PAPA!
SEU VERBO É FOGO QUE INCENDEIA NOSSO CHÃO
EM ORATÓRIA LEVA EM FRENTE A MISSÃO
FIEL À SUA CASA, HERANÇA AFRICANA
LEAL À SUA PALAVRA, DEFENSOR DO POVO PRETO DE UMBANDA
REVOLTA CONTRA A INTOLERÂNCIA
O FILHO, NAS ÁGUAS, DEIXA SEU AXÉ
COROADO PELO BRILHO DA HISTÓRIA, MANTIDO DE PÉ
É FESTA NO ORUM,
DE EXU A OXALÁ
ALAFIOU, ORUNMILÁ!
DOBRA O COURO, BATUQUEIRO, ADARRUM E IJEXÁ
É O CORTEJO AO MENSAGEIRO DE IFÁ
OH, PAI OGUM, PROTEJA MEU CANJERÊ
NO TERREIRO DA ESTÁCIO HOJE É DIA DE XIRÊ