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Camisa Verde e Branco 2024: fotos das alegorias para o Carnaval 2024

Quais Funcionalidades São Utilizadas em Plataformas que Oferecem Depósito Mínimo e Apostas de 5 Reais

No universo das apostas online, a busca por plataformas que combinem acessibilidade financeira com uma experiência de usuário rica e diversificada nunca foi tão intensa. Em meio a um cenário competitivo, sites que oferecem um depósito mínimo e apostas de 5 reais emergem como opções atraentes, não apenas pelo baixo custo de entrada mas também pelas funcionalidades adicionais que enriquecem a experiência dos apostadores. Estas plataformas conseguem, de maneira eficaz, democratizar o acesso às apostas online, permitindo que mais pessoas participem da emoção dos jogos de azar sem comprometer significativamente seus orçamentos.

Além da vantagem evidente do baixo custo inicial, essas plataformas se destacam por uma série de características que vão além do básico. Desde odds competitivas a uma variedade impressionante de mercados de apostas, passando por opções de pagamento flexíveis e bônus de cadastro atraentes, os sites de apostas estão evoluindo para atender às demandas de uma base de usuários cada vez mais exigente. Essas características adicionais não apenas aumentam as chances de vitória dos apostadores mas também proporcionam uma experiência mais rica e envolvente.

É neste contexto que o conceito de depósito mínimo e apostas de 5 reais se destaca não apenas como um ponto de entrada acessível, mas também como o início de uma jornada repleta de possibilidades.

Para aqueles interessados em explorar este fascinante mundo das apostas online sem comprometer grandes somas de dinheiro, estas plataformas representam o ponto de partida ideal.

Enriquecendo a Experiência de Apostas com Depósito Mínimo de 5 Reais

Plataformas de apostas que oferecem depósito mínimo e apostas de 5 reais vão além para atrair e manter usuários. Esses sites enriquecem a experiência com diversas funcionalidades:

● Programas de Fidelidade: Recompensam usuários regulares com pontos que podem ser
trocados por bônus ou apostas grátis.
● Bônus de Recarga: Incentivos são oferecidos para depósitos subsequentes, aumentando o valor disponível para apostas.
● Apostas Gratuitas e Giros: Permite aos usuários experimentar jogos sem riscos, potencializando a diversão.
● Ferramentas de Jogo Responsável: Incluem limites de depósito e opções de autoexclusão,
assegurando um ambiente de apostas seguro e controlado.
● Suporte ao Cliente 24/7: Assistência disponível a qualquer momento para resolver dúvidas ou problemas.
● Variedade de Jogos e Apostas: Acesso a uma ampla gama de opções de apostas esportivas, jogos de cassino e eventos ao vivo.

Análise das Melhores Plataformas de Apostas Online com Depósito

Baixo

Bet77: Reconhecida pela qualidade das odds que oferece, a Bet77 se posiciona como a melhor opção para apostadores em busca de valor. A plataforma não só facilita o acesso com um depósito mínimo baixo mas também maximiza as chances de ganhos dos usuários através de odds altamente competitivas. Este diferencial não apenas atrai novos usuários mas mantém os apostadores experientes constantemente engajados.

Betsat: A rapidez no pagamento é um dos aspectos mais valorizados pelos usuários de plataformas de apostas online, e a Betsat se destaca exatamente nesse quesito. Oferecendo processos de saque ágeis e eficientes, a plataforma garante que os apostadores possam acessar seus ganhos com o mínimo de espera, elevando a satisfação do usuário e fidelizando sua base de clientes.

Betmotion: A variedade é o tempero da vida, e isso não é diferente no mundo das apostas online. A Betmotion entende essa necessidade e oferece uma ampla gama de mercados de apostas, assegurando que haja sempre algo novo e excitante para explorar. Esta diversidade não apenas mantém os apostadores engajados mas também permite que explorem novas estratégias de apostas, aumentando suas chances de sucesso.

InplayBet: Em um mundo cada vez mais digital, a facilidade de transações financeiras online se torna crucial. A InplayBet se destaca por aceitar pagamentos via Pix, um método altamente popular no Brasil, oferecendo conveniência e segurança para os apostadores. Esta característica sublinha o compromisso da plataforma em se adaptar às preferências locais, melhorando significativamente a experiência do usuário.

AlienBet: O bônus de cadastro é uma ferramenta poderosa para atrair novos usuários, e a AlienBet sabe como utilizar essa estratégia a seu favor. Oferecendo bônus de cadastro generosos, a plataforma não só incentiva novos apostadores a experimentarem seus serviços mas também proporciona um valor adicional significativo, aumentando as chances de os usuários iniciarem sua jornada de apostas com o pé direito.

As Melhores Formas de Pagamento Disponíveis

Para otimizar suas experiências de depósito em casas de apostas com valores iniciais reduzidos, é crucial se familiarizar com os métodos de pagamento disponíveis, garantindo que escolha aquele que melhor se adapta às suas necessidades, considerando fatores como tempo de processamento, eventuais taxas e facilidade de uso. Confira a seguir uma análise detalhada dos principais métodos oferecidos no mercado:

● Pix: Este método é amplamente preferido no Brasil devido à sua simplicidade de uso e à ausência de taxas, proporcionando transações instantâneas que beneficiam significativamente os usuários. Sua popularidade se estende às apostas online, onde a rapidez e a conveniência são essenciais, tornando ele a escolha número um para depósitos de baixo valor.

● PicPay: Como um dos principais aplicativos de pagamento do Brasil, o PicPay serve como uma carteira digital eficaz para depósitos rápidos em sites de apostas. A plataforma permite transações ágeis e imediatas, facilitando tanto o depósito quanto o recebimento de ganhos de maneira conveniente e segura.

● Boleto Bancário: Tradicional e amplamente aceito, o boleto bancário é recomendado para jogadores que preferem não compartilhar informações financeiras pessoais online. Embora ofereça uma camada adicional de privacidade, é importante notar que o tempo de processamento pode ser mais longo em comparação com métodos eletrônicos, o que requer planejamento antecipado por parte do usuário.

Cada um desses métodos possui características únicas que atendem a diferentes preferências e necessidades dos apostadores, garantindo que todos possam encontrar uma opção adequada para realizar depósitos de forma eficiente e segura, mesmo com valores reduzidos.

A Futura Aposta no Esplendor do Carnaval Brasileiro

A expectativa cresce para o momento em que será possível realizar apostas online nos desfiles das escolas de samba do Carnaval brasileiro, permitindo aos fãs apoiar suas favoritas em uma celebração de cor, cultura e criatividade. Este avanço transformaria ainda mais a maneira como vivenciamos uma das festas mais emblemáticas do Brasil, unindo a paixão nacional pelo carnaval à crescente cultura de apostas online.

As escolas de samba mais famosas que certamente atrairiam apostadores incluem:

Do Rio de Janeiro:

● Mangueira: Com suas cores vibrantes e histórico de vitórias, é um ícone do carnaval carioca.
● Beija-Flor: Conhecida pela excelência em performances e temas inovadores.
● Salgueiro: Se destaca por suas narrativas culturais profundas e apresentações impactantes.
● Portela: Uma das mais antigas, com uma rica tradição e inúmeros títulos.
● Unidos da Tijuca: Famosa por suas tecnologias de ponta e coreografias complexas.

De São Paulo:

● Vai-Vai: A maior campeã do carnaval paulistano, com uma comunidade apaixonada.
● Mocidade Alegre: Conhecida por sua energia contagiante e sambas-enredo memoráveis.
● Unidos de Vila Maria: Se destaca por seus desfiles criativos e coloridos.
● Gaviões da Fiel: A escola do coração dos torcedores do Corinthians, famosa pela dedicação de seus membros.
● Rosas de Ouro: Uma escola que combina tradição com inovação em seus espetáculos.

A integração das apostas online com o carnaval promete adicionar uma camada extra de emoção aos já vibrantes desfiles, celebrando não apenas a arte e a cultura brasileira, mas também a comunhão e o espírito competitivo das escolas de samba.

Camarote do King recebe selo de sustentabilidade inédito no Sambódromo

Saindo à frente para fazer a diferença no Carnaval, o Camarote do King, um dos mais desejados da Sapucaí, continua inovando. Ao adotar em todos os seus eventos de 2024 a coleta seletiva e o descarte adequado dos resíduos recicláveis, vem comprovar a constante preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social.

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Foto: Divulgação

A iniciativa rendeu ao espaço, administrado pelos sócios Joãozinho King, Lilian Martins e Beto Mege, o “Selo Evento Cultural com Medidas Sustentáveis”, pela primeira vez conferido a um camarote do Sambódromo.

O selo foi concedido pelo Instituto Cultural e Ambiental de Inovação Social – ICAIS, órgão sem fins lucrativos, que identifica e certifica iniciativas culturais voltadas para a sustentabilidade.

Segundo a vice-presidente do ICAIS, Fernanda Borriello, “a gestão dessa ativação ficará a cargo da Reciclotron, que atuará dentro e fora do Camarote em todos os dias de desfile, e todo resíduo reciclável será destinado à ONG Rongo Verde Vale, gerando benefícios tangíveis socioambientais”.

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A Certificação será entregue oficialmente na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, às 22h, no próprio Camarote, setor 8, onde também será exposta uma escultura produzida com materiais reciclados.

A expectativa é de que essa iniciativa venha estimular a responsabilidade socioambiental em toda a Marquês de Sapucaí.

Série Ouro Carnaval 2024 começa nesta sexta-feira com tradição da Estácio e ‘juventude’ da Acari e Maricá

Cultura Afro, ciranda, ambulantes, homenagem, São João, religião e festejos. Tem de tudo um pouco na abertura da temporada dos desfiles de 2024. A ordem dos desfiles do dia 09 de fevereiro é União do Parque Acari, Império da Tijuca, Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, União de Maricá e Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte. Os desfiles iniciam às 21 horas e a cobertura jornalística, conta com a transmissão de áudio, diretamente da pista do Sambódromo. A partir das 20h, é só conferir no site CARNAVALESCO por meio da plataforma do YouTube o primeiro dia de desfiles da Série Ouro. Te esperamos!

De acordo com o regulamento os desfiles irão iniciar às 21h. Cada escola tem o tempo mínimo de 45 minutos e máximo de 55 minutos. Além disso, elas precisam ter no mínimo 900 integrantes, entre eles, pelo menos 35 baiana, sendo proibida a presença de pessoas do sexo masculino na ala, apenas justificando. Na bateria, é necessário ter o mínimo de 130 ritmistas, vestidos iguais.

A comissão de frente, por exemplo, precisa ter entre 10 e 15 pessoas, pode ou não ter um elemento cênico, ou alegoria que componha. A agremiação na totalidade precisa desfilar com ao menos 2 ou 3 alegorias, sendo permitido até dois tripés opcionais e que não podem passar de 6 metros de largura. Lembrando, que nesse ano, é permitido colocar propagandas de patrocínios durante o cortejo das escolas.

21h – G.R.E.S União do Parque Acari

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A União do Parque Acari estreia duplamente. Primeira vez na Sapucaí e a primeira a desfilar nos desfiles de 2024. Trazendo a Avenida o enredo “Ilê Aiyê – 50 anos de luta e resistência” desenvolvido pelo carnavalesco André Tabuquine, no horário início de vinte e uma hora. A escola vai celebrar o bloco mais antigo afro do Brasil, na avenida vão ter representações valorizando a cultura afro-brasileira, e irão mostrar como esse bloco contribuiu para a preservação das culturas e da igualdade. Com a comissão de frente de Valci Pelé, o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Layne Ribeiro e Vinicius Jesus, os intérpretes Leozinho Nunes e Tainara Martins, todos estarão representando muito bem a comunidade do Acari. Além disso, a bateria comandada por Daniel Silva e Erik Castro com a Rainha Rose Nascimento e o Rei Anderson Reis

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21h55 – G.R.E.S Império da Tijuca

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O Morro da Formiga vai descer para desfilar na Sapucaí por volta das nove e quarenta e cinco e nove e cinquenta e cinco da noite, sendo a segunda a desfilar. A homenagem vai ser feita à Rainha da Ciranda. “Sou Lia de Itamaracá Cirandando a Vida na Beira do Mar”, enredo desenvolvido por Junior Pernambucano, trará vida a Lia de Itamaracá que teve grande importância na cultura popular, sobretudo, de Pernambuco. O primeiro império carioca é cantado por Daniel Silva, potência do carnaval, o primeiro casal de Mestre Sala e Porta-bandeira, responsáveis por apresentar o pavilhão aos jurados são Renan Oliveira e Lais Lúcia e Jardel Augusto Lemos representante do espetaculo da comissão. Além do tima que conta o mestre Jordan Pereira e a rainha Layanara Teles.

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22h45- G.R.E.S Acadêmicos de Vigário Geral

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Mais um ano na Série Ouro, a Vigário aborda sobre o maior São joão da terra, “ Maracanaú – Bem-vindos ao maior São João do planeta. Os carnavalescos Alexandre Costa, Lino Sales e Marcus do Val vão apresentar na Sapucaí os dois santos padroeiros dessa festança tradicional, como um todo. A escola vai ser a terceira a desfilar, no horário em média de dez e meia e dez e cinquenta. Quem irá defender o pavilhão da Vermelho, Azul e Branco será Diego Jenkins e Thainá Teixeira pelo terceiro ano consecutivo. Já a representando o bateria o mestre Lugui e a rainha Egili Oliveira. No microfone da Zona Norte o intérprete Danilo Cezar e abrindo todo o espetáculo da escola Handerson Big, à frente da comissão de frente.

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23h30 – G.R.E.S Inocentes de Belford Roxo

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“Compre 2, Leve 3. Tudo para agradar o Fregues”, o enredo desenvolvido pelos carnavalescos Criastiano Barba e Marco Falleiros é popular e representativo. Ele vai contar a história de milhares de ambulantes e trabalhadores que contribuíram para o desenvolvimento do país. O comércio informal é uma realidade e vai ser referenciada na Sapucaí. Matheus Machado e Jaçanã Ribeiro trazem o pavilhão da Caçulinha da baixada muito bem representados e encantadores. A comissão de Juliana Frathane. Por fim, no som que ecoa da escola Thiago Brito o intérprete, e razão de todo o samba e batuque, o Mestre Washington Paz e Malu Torres, Rainha à frente da bateria. A agremiação é a quarta escola a desfilar.

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00h15- G.R.E.S Estácio de Sá

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O Berço do Samba é representado pelo casal Feliciano Junior e Thais Romani, estreando neste ano com a coordenação de Rute Alves, grande porta-bandeira no carnaval. A Estácio vai ter uma áfrica diferente, o enredo “Kianda e Mwana Ya Sanza tem dois nomes importantes: Cambinda e Maria Conga.” Como uma homenagem, é retratado a frente da bateria do mestre Chuvisco e próximo à realeza do leão, Nathalia Hino. A voz do “Na Estácio tem Mandiga, a Estácio tem Mironga” é Tigana e Charles Silva, abrindo o desfile está Ariadne Lax, na comissão de frente, que vem emocionando o público.

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01h35 – G.R.E.S União de Maricá

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A estreia oficial da União de Maricá, na Série Ouro, está programada para ser entre meia-noite e quarenta e cinco e uma hora e trinta e cinco da noite. “Maricá é meu país, meu país é marica!”, samba de 2024 cantado por Nino do Milênio e Matheus Gaúcho, é uma inspiração em uma grande homenagem aos compositores, o enredo se chama “O esperançar do Poeta” desenvolvido por André Rodrigues, conta a história também de Guaracy Sant´ana, o famoso Guará, compositor. Fundada em 2015, a escola vem subindo e se estruturando com os anos, o pavilhão é protegido e cortejado por Giovanna Justo e Fabricio Pires e o coreogrado de comissão é Patrick Carvalho. A bateria Maricadencia do mestre Paulinho Steves e rainha Rayane Drummond.

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02h30 – G.R.E.S Acadêmicos de Niterói

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A Acadêmicos de Niterói vai exaltar a cultura popular da festa de Catopês, que acontece em Montes Claros (MG). Tiago Martins, carnavalesco, desenvolveu o enredo “Catopês – Um céu de fitas” para comemorar os 174 anos do folclórico e a cultura popular de muita resistência. Fitinhas e o colorido estarão por toda parte na penúltima escola do primeiro dia de desfiles. Entre uma hora e meia da manhã e duas e meia, o desfile vai iniciar com a comissão de Fabio Batista. Após a comissão, o casal Vinicius Pessanha e Jack Pessanha carregam a bandeira Azul e branco. A voz que representa Niterói, nada menos e nada mais do que Tuninho Junior. O mestre de bateria Demétrius e o samba no pé com Heater Anchieta e Jorge Amarelooh.

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3h25 – G.R.E.S Unidos da Ponte

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Unidos da Ponte fecha a primeira noite de desfiles por volta de duas e quinze e três e vinte cinco da noite. A Azul e Branco com o time, comissão de frente de Deia Rocha, primeiro casal Emanuel Lima e Thainara Mathias e o intérprete Kleber Simpatia aborda o tema “Temdendém – O axé do Epô pupa”. Executado por Renato Esteves, conta a história do dendê na África até a chegada no Brasil. E na bateria tem tudo, tem Lili Tudão como rainha e a marca do mestre Blanco Ribeiro.

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Vai começar! Conheça as sete escolas da primeira noite do Grupo Especial de São Paulo no Carnaval 2024

Nesta sexta-feira começam os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval de São Paulo no Sambódromo do Anhembi. O primeiro dia de desfiles teve todos os ingressos de arquibancada vendidos, ou seja, casa cheia no “sextou” do samba. Sete escolas passarão pela Avenida, sendo quatro campeãs, caso das tradicionais Camisa Verde e Branco e Rosas de Ouro, as bicampeãs Tatuapé e Mancha Verde, e um trio que sonha com título inédito formado por Dragões da Real, Independente Tricolor e Barroca Zona Sul.

Às 21h, o primeiro evento da noite é o desfile das Velhas Guardas de São Paulo, para depois às 23h15, o Camisa Verde e Branco voltar ao Grupo Especial, iniciando assim oficialmente as apresentações das agremiações. Se o cronograma oficial seguir conforme previsto, a última escola de samba, a Roseira, está programada para entrar às 5h45.

Vamos fazer um giro pelas sete escolas do primeiro dia de Grupo do Especial com enredo, curiosidades e mais detalhes para 2023:

Camisa Verde e Branco – 23h15

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Abrindo a noite, a tradicional agremiação nove vezes campeã do carnaval chega com o tema “Adenla – O Imperador nas Terras do Rei”. Como diz o samba, o Camisa voltou e cumprirá a promessa feita para Oxossi, com direito a Adriano Imperador fechando o desfile. O carnavalesco Renan Ribeiro contou sobre o enredo e sua construção na ‘Série Barracões’ realizada pelo site CARNAVALESCO.

“O enredo não teve alteração nenhuma. Às vezes é até comum no processo por questões técnicas. Aí, a gente faz alguma alteraçãozinha aqui, outra ali – o samba, às vezes, também faz com que a gente mexa no texto. Mas isso não aconteceu, a gente não teve nenhuma alteração no projeto. Fizemos só uma amarração mesmo, de correção. O que ganhou força dentro do decorrer desses meses de trabalho foi a ideia de monumentar a construção que a negritude fez baseada nessa memória genética, que os reis homenageados plantaram na história da negritude. Esse era um dos links que faríamos e a questão das dinastias africanas que culminaram em reposicionamento social ficou mais presente. Isso tudo foi condensado e se tornou um amálgama para poder fazer com que a negritude tivesse no Adriano um exemplo disso: um enredo que busca mostrar o impulso de reposicionamento social, econômico, financeiro e político dentro da sociedade”.

O Camisa é uma agremiação de pavilhão pesado, mas que viveu longos 12 anos no Grupo de Acesso I. Retornou em 2024 após um desfile bem organizado no segundo grupo de São Paulo. Tem a missão de abrir os desfiles no Anhembi.

Fundação: 1953
Melhor resultado: 9 vezes campeã do Grupo Especial (1974, 1975, 1976, 1977, 1979, 1989, 1990, 1991 e 1993)
Último ano: Vice-campeã do Grupo de Acesso I

Barroca Zona Sul – 00h20

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A Barroca Zona Sul cantará os 50 anos de sua história sob a ótica de Pé Rachado, um de seus fundadores, que deve vir em momentos do desfile. O enredo para 2024: “Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso, que somos a Faculdade do Samba. 50 anos de Barroca Zona Sul”. O carnavalesco Pedro Alexandre, o Magoo, nos contou sobre o desenvolvimento do enredo.

“O enredo comemora os 50 anos de Barroca Zona Sul. Nós vamos contar de uma forma um pouco diferente: tudo vai ser contado pela ótica do fundador da escola: Sebastião Eduardo do Amaral, o Pé Rachado. Todo o enredo, toda a história da desses 50 anos de Barroca Zona Sul e até antes: como foi o processo de fundação da escola, com a participação da Mangueira e do Cartola. Tudo vai ser contado pelo fundador. Ele faleceu em 1990, então ele não chegou a ver a Barroca no Sambódromo. Daí por diante, já começa aquela coisa lúdica: ele contando diretamente do céu, como seria a visão dele ele enxergando todos os bons momentos do Barroca, aquele período no qual a escola passou por uns problemas, ficou alguns caindo e até essa fase da retomada, nos dias de hoje. Vai ter umas coisas que pega pela emoção. O pessoal que é mais antigo da escola, a gente passa o resumo do enredo pra eles, como vamos fazer… vai ser um enredo marcado pela emoção. Quem gosta do Barroca Zona Sul vai se identificar com pelo menos algum trecho desse desfile”.

É o quarto ano consecutivo da escola no Grupo Especial, e curiosamente nos três últimos ficou na 10ª colocação, escapando de ir para o sorteio da ordem dos desfiles, o que é um ponto importante.

Fundação: 1974
Melhor resultado: 5ª lugar em 1982, 1985 e 1990
Títulos: Segunda Divisão (1976, 1987, 2002) e Terceira divisão (1975, 2015, 2017)
Último ano: 10ª colocado no Grupo Especial

Dragões da Real – 01h25

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Desde quando estreou na elite em 2012, é uma das escolas com maior regularidade no Grupo Especial. Apenas em quatro ocasiões não voltou para o desfile das campeãs. O carnavalesco e multicampeão no carnaval de São Paulo, Jorge Freitas, contou sobre o enredo afro que não é comum na agremiação.

“O processo nosso de criação era um anseio da agremiação, eu já tinha alguma ideia do que fazer já em outros carnavais com o tema afro e a proposta é bem simples. Quando a gente sair da avenida as pessoas veem uma África totalmente diferente dessa que está habitualmente aparecendo. Vamos falar de uma África triunfante, de uma África que é um grande continente de milhares de anos, não é de agora que nós vamos falar da África. Eu pedi logo no início das minhas explanações para os compositores, que eu não queria lamentar. Queria falar de algo que realmente a história não quis nos contar. Falar desse continente de riquezas culturais, de riquezas naturais e de riquezas espirituais. Então tudo isso vai ser demonstrado na avenida através da nossa plástica. O samba por si só já conta tudo isso e as pessoas ainda perguntam: ‘mas não tem nome de rei e rainha?’ Eles vão se fazer presente. Esses reis e rainhas vão estar ao longo de todo o nosso desfile. A gente já inicia com o nosso portal da ancestralidade e é uma tribo da África ocidental, os Dogons, que vão estar fazendo esse elo de ligação, é uma tribo que tem mais de mil anos. Eles já são bem apurados na questão do estudo das estrelas e do universo como um todo os astrônomos atuais e os cientistas, vieram descobrir isso através de aparelhos, que hoje são utilizados. A tribo há mais de mil anos já tinha qualidade de fazer o que hoje é descoberto. Então vamos abrir dessa forma”.

A Dragões sonha com seu primeiro título. Teve dois vice-campeonatos em 2017 e 2019, e no último ano retornou para as campeãs mesmo após desfile forte chuva, mas ainda não foi de acordo com o sonhado pela diretoria e comunidade da Tricolor.

Fundação: 2000
Participações no Grupo Especial:
Melhor resultado: Vice-campeã do Grupo Especial em 2017 e 2019
Títulos: Segunda Divisão (2011), Terceira divisão (2004), Quarta divisão (2003) e Quinta divisão (2001)
Último ano: 5ª colocado no Grupo Especial

Independente Tricolor – 2h30

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

Pela primeira vez permaneceu no Grupo Especial e foi quase voltando para as campeãs, após terminar o carnaval de 2023 em sétimo lugar. Esse ano contará a história do exército feminino, Agojies com o enredo: “Agojie, a Lâmina da Liberdade!”, o Amauri Santos falou sobre o enredo em entrevista ao site CARNAVALESCO.

“Como eu falo sempre para minha surpresa, o enredo é em homenagem a mulher, a mulher preta, em uma escola oriunda de torcida essa coisa aguerrida. Acredito que o fato de falar um pouquinho também de mulheres guerreiras tenha contribuído para que ele aceitasse esse enredo. Então dentro dessa pesquisa, encontrei as Ahosi, o único exército de mulheres do mundo que existiu do século 17 ao século 19”.

Após se manter no Especial, a agremiação mudou o discurso de superação e agora está no foco para a consolidação, mirando os desfiles das campeãs pela primeira vez sendo uma escola da elite.

Fundação: 1987 (refundada 2009)
Participações no Grupo Especial: Duas vezes em 2017 e 2022
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial (2017)
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)
Último ano: 7ª lugar no Grupo Especial

Acadêmicos do Tatuapé – 03h35

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Após o susto em 2022, a escola da Zona Leste deu a volta por cima e conseguiu resultado positivo em 2023, terminando em quarto lugar, voltando para as campeãs. Apostando em em uma homenagem para a cidade baiana Mata de São João, o carnavalesco Wagner Santos falou sobre a escolha do enredo na Série Barracões do site CARNAVALESCO.

“O que eu tenho a dizer é que a gente vai fazer uma linda homenagem a cidade de Mata de São João, que é uma cidade pertencente ao estado da Bahia. Uma cidade visitada por muitos turistas e uma cidade que tem uma história rica, tem tradição, tem cultura, tem festa, tem lazer, também tem comida boa e praias belíssimas, afrodisíacas, que você pode levar sua família e curtir um maravilhoso fim de semana, bem tranquilo. A gente pretende, através do nosso desfile, fazer uma homenagem à Mata de São João através de um artesão, um caboclo filho da terra. Ele trabalha na modelagem de peças através do barro e ele vai contar a história da sua cidade, ele vai modelar a história da sua cidade e, através dessas modelagens, você vai conhecer toda a história de como surgiu a cidade, com a chegada dos primeiros imigrantes que lá encontraram com os nativos que habitavam a região, o conflito entre os grupos de escravos que chegaram para trabalhar na construção do Castelo d’Ávila e lá mantém as suas tradições”.

Campeã em carnavais recentes, 2017 e 2018, cantou Zimbábue e Maranhão, também fez homenagens para Atibaia e a Paraty, aos quais lhe rendeu o quarto lugar, evidenciando a boa reputação da escola ao homenagear lugares. Busca manter a boa regularidade na parte de cima que acontece desde o vice-campeonato de 2016.

Fundação: 1953
Melhor resultado: Bicampeão do Grupo Especial em 2017 e 2018
Títulos: Primeira Divisão (2017 e 2018), Segunda Divisão (2003), Terceira divisão (2010), Quarta divisão (1996), Quinta Divisão (1993) e Grupo de Seleção (1985)
Último ano: 4ª colocado no Grupo Especial

Mancha Verde – 04h40

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Atual vice-campeã do carnaval, a Mancha Verde vai trazer um tema com uma temática um tanto diferente para o carnaval paulistano. Envolve a agricultura e todo seu processo no Brasil como uma das maiores fontes de renda e emprego do país. Com o nome do enredo de “Do Nosso Solo Para o Mundo”, André Machado, que foi o desenvolvedor do tema, contou sobre.

“Antes do último carnaval acabar, a gente já tinha idealizado e o presidente perguntou para mim um enredo falando sobre agricultura e eu achei interessante. A minha preocupação era apenas em relação que algumas escolas do Rio de Janeiro já falaram de agricultura e tinha que ser de uma forma diferente. Eu fui para casa, comecei a pesquisar e vi que realmente dava enredo, mas eu fiquei em dúvida de como abordar de uma forma diferente, principalmente pela internet, que tem como referência a Vila Isabel e Tijuca essa questão da comparação. Eu fiquei nessa neura de querer fazer uma coisa diferente e, do lado da minha cama, tem uma estante com um livro amarelo e até ele se destaca dos demais. O livro é a “Mitologia dos Orixás” e eu estava aqui no barracão, minha esposa fazendo uma faxina em casa e eu tinha começado a ler o livro, mas totalmente aleatório. Não peguei para poder desenvolver o enredo da Mancha e ela começou a foliar para ver e ela descobriu um capítulo sobre o orixá Ocô. Na mesma hora ela me ligou e falou assim: ‘você já viu o capítulo tal?’ Daí eu fui para casa correndo. Quando eu comecei a ler eu falei assim: ‘nossa, é tudo que eu precisava para poder desenvolver esse tema de uma maneira diferente. Tirei foto das páginas. Mandei pro Paulinho (Serdan) e ele disse que esse seria o nosso enredo”.

Campeão, vice, campeão e vice: essa é a sequência recente da Mancha Verde no carnaval de São Paulo, ou seja, vive uma grande fase. Antes ainda teve um terceiro lugar, portanto é uma escola que vem dando trabalho.

Fundação: 1995
Melhor resultado: Campeão do Grupo Especial em 2019 e 2022
Títulos: Primeira Divisão (2019 e 2022), Segunda Divisão (2014 e 2016), Terceira divisão (2002), Quarta divisão (2001), Blocos Especiais (1997 e 1998) e Grupo Especial de Escolas Desportivas (2006 e 2007)
Último ano: Vice-campeão do Grupo Especial

Rosas de Ouro – 05h45

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Fechando a noite, tem homenagem especial. A Roseira vai cantar o Parque do Ibirapuera, um dos maiores pontos de turismo e lazer da cidade de São Paulo. Com o enredo: “Ibira 70 – A Rosas de Ouro é São Paulo no Carnaval 2024”. A perspectiva da escola é resgatar o histórico de homenagens para a cidade e assim se sair consagrada, como contou o carnavalesco Paulo Menezes, que está em seu terceiro carnaval à frente da agremiação da Brasilândia.

“Esse enredo surgiu coincidindo com aquilo que a gente estava pensando. Depois do carnaval a gente sentiu a necessidade de falar de alguma coisa ligada a São Paulo, porque a Rosas de Ouro em vários momentos abordou São Paulo e sempre foi feliz em temas ligados à cidade. A gente já tinha uma ideia formada a respeito disso e esse enredo surgiu e achamos que seria bacana falar, porque ia de encontro com aquilo que a gente estava pensando”.

A Rosas quer voltar a desfilar nas campeãs. Nos últimos três não teve grandes resultados, sendo que em 2022 e 2023 tomou sustos inclusive para manutenção no grupo Especial. A escola quer mudar o seu panorama e resgatar os tempos de campeã. Fecha os desfiles justamente pela colocação conquistada, a primeira acima dos dois rebaixados.

Fundação: 1971
Melhor resultado: 7 vezes campeã do Grupo Especial
Títulos: Primeira Divisão (1983, 1984, 1990, 1991, 1992, 1994, 2010), Segunda Divisão (1974), Terceira divisão (1973)
Último ano: 12ª colocado no Grupo Especial

Freddy Ferreira: Checklist do ritmo em busca da nota 10 e do sacode em bateria

O intuito da última coluna antes dos desfiles oficiais é elencar algumas sugestões, visando acarretar em passagens de baterias sólidas e consistentes, que permitam a briga pela nota máxima. Claro que todos os cuidados e precauções já foram tomados, tanto por diretores, quanto por mestres. Mas ainda assim, vale a contribuição.

A conferência de afinações é um trabalho importante antes, mas principalmente durante os desfiles. Surdos podem simplesmente desafinar e em caso de pancada de chuva isso tende a virar uma constante, devido ao material utilizado. É imprescindível, portanto, estar atento as afinações de marcações antes de cada módulo de julgamento. Outra peça cujo impacto fica notório quando perde a afinação é o tamborim. Em caso de chuva, vale aquela andada do diretor por toda a ala, garantindo que a coletividade sonora não está sendo prejudicada.

Estar com um ritmo organizado e com lugar marcado é o sonho dos mundos, mas a realidade de um grupo de Acesso, muitas vezes impede tal fato. Gente de qualidade técnica e virtude musical tende a chegar em cima da hora para agregar à musicalidade da bateria. O ideal é que sejam espalhados pelo ritmo, de modo que preencham a lacuna existente no toque de alguns ritmistas em desenvolvimento, já que em tese produzirão som de maneira consistente e principalmente com volume elevado. Outro fato que cabe atenção é com a parte traseira do ritmo, que é conhecida como o rabo da bateria. É importante que os ritmistas dessa região toquem com firmeza e consistência e que os mestres escolham com carinho, levando em conta a capacidade musical de cada selecionado.

Aqui a instrução vale mais para diretores de peças leves do que para os mestres, em si. Na mínima sensação que um naipe agudo, como tamborim ou chocalho, está tocando de modo acelerado se faz necessário uma intervenção imediata, para que não se prejudique o conjunto. Basta pedir para toda a galera “segurar a onda”, garantindo a firmeza do toque e suas acentuações sem correria, diminuindo aos poucos a intensidade da batida. O conjunto mais equilibrado sempre será aquele com pulsações rítmicas semelhantes, propiciando uma unidade de frequência sonora.

Não existe receita de bolo em bateria de Escola de Samba. Ainda não inventaram qualquer tipo de fórmula mágica. Todas trabalharam muito na busca por arrebentar na Avenida. Mas também não é só de disciplina musical que se trata o ritmo. Jamais pode ser esquecida a capacidade de entrega energética em cada samba-enredo. A capacidade de destinar, de forma orgânica, o melhor possível para a música, graças a soluções rítmicas intuitivas e um clima propício para o sacode. E clima aqui se encontra intimamente ligado à ambiente. Gerar um ambiente de concentração pacato, divertido e que permita que a energia musical flua pode ajudar a manter o clima de todo o ritmo lá no alto.

Em momentos de estresse é fundamental lembrar que o pavilhão está acima de tudo e de todos. E que estar ali, no coração da escola, além de honra é uma autêntica dádiva. Um coração unido, pulsando em conjunto, tem um ritmo que sustenta a vida. Usem esses estresses para produzir abraços e como forma de conciliação. Ser ritmista é uma questão, sobretudo, de afeto. De querer tanto o bem da agremiação, que se dispõe a ensaiar semanalmente, lotar uma agenda com compromissos rítmicos, usar a frase “não posso, tenho ensaio” mais do que qualquer outra. Claro que as tensões daquele momento podem gerar conflitos, mas se apeguem mais a quantidade de sorrisos encantados que serão produzidos. Quanto fascínio um ritmo de uma bateria é capaz de provocar em qualquer ser humano.

Não se deixem abalar por erros. Principalmente os que ocorrem fora de cabines onde estão julgadores e não são motivos para perdas de décimos. Isso prejudica o índice anímico, contribuindo com a sensação de desânimo. Errar faz parte da vida. Tratem de levantar a poeira e darem a volta por cima em cada adversidade que se depararem pela Avenida. Já vi e participei de apresentações que começaram preocupantes e terminaram simplesmente triunfantes. A bateria subiu mal no primeiro recuo? Tudo que importa acontece da linha de início de desfile para dentro da pista.

Mesmo havendo muita responsabilidade envolvida, já que uma quantidade considerável de tempo foi fornecida, ainda assim é necessário curtir o momento. Se entregar energeticamente e musicalmente a experiência que está sendo vivenciada é a melhor forma de garantir que todo o esforço valeu à pena e não foi em vão. Participem de cada catarse guardando um momento eterno dentro do coração. Toquem e se divirtam, mas não esqueçam que um Sacode é bem mais que um ritmo maravilhoso. Um Sacode é um conjunto de sensações indescritíveis e inestimáveis, captadas no fundo da alma de cada ritmista que participou de um desfile épico de uma bateria.

Série Barracões: Salgueiro trará a cultura dos yanomamis em seu desfile no Carnaval 2024 com muita fidelidade e respeito

O Acadêmicos do Salgueiro quer mostrar toda sua força no carnaval de 2024. Após o desfile do ano passado, em que ficou em sétimo lugar, fora do grupo das campeãs pela primeira vez desde 2007, a escola esteve determinada a corrigir seus erros. Com enredos e sambas muito contestados nos últimos tempos, a vermelho e branco perdeu pontos preciosos para melhores colocações e até títulos. Então, o presidente do Salgueiro, André Vaz, resolveu apostar em um tema de grande relevância. Com uma mensagem potente, o enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira, em seu segundo ano seguido na agremiação. E isso se refletiu com muita clareza já na disputa de samba-enredo, onde foram apresentadas diversas obras de qualidade. O concurso foi de alto nível, mas o samba vencedor desenvolveu um favoritismo desde o início por conta de sua melodia valente e, principalmente, por sua incrível letra. Contando com a manutenção de sua equipe de profissionais muito gabaritada, o Salgueiro já largava resolvendo suas principais dificuldades. Diante disso, o pré-carnaval da escola foi bastante consistente, como há tempos não se via. Tanto que, hoje, é apontada como uma das principais postulantes ao título do Grupo Especial.

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No carnaval de 2024, o Salgueiro contará o enredo ‘’Hutukara’’, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. A escola falará sobre a mitologia Yanomami, defendendo a preservação dos povos originários e da Amazônia. A agremiação será a terceira a desfilar no domingo de carnaval. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, Igor Ricardo, o enredista da escola, confirmou que a ideia partiu do presidente André Vaz e que ficou muito feliz com o tema escolhido:

“A ideia do enredo veio do André, o presidente da escola. Eu cheguei na escola em março, depois do carnaval, então a ideia já estava rolando. Desde dezembro de 2022, se eu não me engano. Ele perguntou o que eu achava. O Edson já estava feliz com a ideia e eu também fiquei muito feliz. Não sei se foi porque ele viu na televisão o que estava acontecendo, mas eu sei que partiu dele essa ideia”, falou Ricardo.

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O enredista falou sobre a importância da mensagem que o Salgueiro deseja passar no desfile e que a popularidade do samba-enredo já é uma vitória:

“Já fico muito feliz quando a gente ouve as pessoas cantarem o samba, porque ele traz palavras em yanomami e ninguém sabia que eles não falavam português. Ou seja, é a particularidade de cada povo. A gente precisa tomar conta, saber um pouco o que está aqui, que ele tem a sua cultura, o seu particular, o seu modo de vida, a sua própria língua. Eles não querem que isso morra. O Salgueiro, tendo o samba com essa língua, já deixa mais viva pelo menos essa língua yanomami. E a mensagem do enredo, eu acho que é muito isso que o Davi falou com a gente. Você só respeita aquilo que você conhece. A gente não conhece o povo yanomami. Nós só vemos uma coisa na televisão que não são eles. Nossa proposta é fazer com que todos, de certa forma, possam conhecer um pouco do que é o povo yanomami, para que a gente possa, no final, virar amigo deles. E no último setor a gente traz outros povos. Então, a gente quer virar amigo de todos os povos originários, já que eles são os donos dessa terra. Eles foram os primeiros a chegar aqui. Quando a gente chegou, eles já estavam aqui. A nossa proposta é isso, que a gente respeite eles. E respeito, a gente só tem por aquilo que conhecemos”, disse Igor.

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O artista contou como foram as conversas com Davi Kopenawa, principal líder dos yanomamis, e o que foi pedido por ele:

“Ele não queria que o povo dele fosse visto pela ótica da tragédia, então a gente abre o desfile mostrando a criação pelo Deus Omama. Tem até um momento que a gente mostra isso, mas não pela nossa visão, e sim pela visão deles. O principal pedido dele foi esse. E a questão também de respeitá-los do jeito que eles são. O formato do cabelo, a vestimenta, a pintura corporal. E no carnaval tudo tem uma escala muito maior de tamanho. Então, você vai ver uma pintura em uma escultura de quase 20 metros de altura. É uma linguagem estética carnavalesca de respeito à cultura original. Ele também gosta muito de crianças, porque ele acha que as crianças têm um dom de assimilar a mensagem mais facilmente e levá-la para frente melhor do que os adultos. Então, pensando nisso, a gente retomou a ala das crianças, depois de 16 anos”, revelou o enredista.

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Igor falou sobre a felicidade em ver uma disputa de alto nível na escola no concurso de samba-enredo, mas destacou que a potência da obra escolhida já era sentida desde o princípio:

“A gente teve 23 sambas. E as pessoas que foram na final sabem que a disputa foi apertadíssima. Só que esse samba já conseguiu despontar desde o início. Tanto na internet quanto fora dela. Mas a gente ficou feliz de ver uns cinco ou seis sambas que chegaram ali na reta final que tinham total condição de atender ao nosso desfile. E era tão importante saber que havia sambas de formatos diferentes, mas que atendiam ao enredo no todo. Então, quando a gente viu que esse samba foi abraçado tanto pela comunidade quanto pela internet, não tinha como não ser ele. Desde o início ele já se mostrou um favorito. A melodia dele, valente, guerreira, que era uma coisa que o Davi falava. Ele não queria nada que fosse lamentoso, porque se eles estão sofrendo, eles estão guerreando. Então, é um samba forte”, falou Ricardo.

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O enredista destacou alguns pontos do desfile do Salgueiro em que acredita serem grandes destaques, por sua imponência e por sua mensagem forte:

“A abertura é bem impactante. Ano passado, o Salgueiro tinha um carro abre-alas que era imenso em comprimento. Esse ano, temos um carro menor, mas com uma escultura mega imponente, que é Omama. Eu sei que chega a quase 20 metros de altura. Então, é uma escultura imponente, com acabamento impecável. Não em termos de comprimento de carro, mas em altura de carro. Eu acho que as pessoas também vão ficar muito sensibilizadas com o setor do garimpo, que mostra o que acontece com eles hoje em dia. E acho que o último carro também, que vai trazer o Davi, e outras lideranças indígenas, que é um carro que tem uma mensagem também muito forte. Como trazemos no nosso samba, que o Salgueiro é uma raiz que nasce forte em qualquer lugar, temos ali um Salgueiro com raízes. Tem uma modernidade também que vamos trazer para o desfile, misturado a uma tradição. As pessoas ficam perguntando se tem luxo. Depende do que as pessoas consideram como luxo. Eu acho que o bom acabamento é luxo. A modernidade tecnológica é muito luxo. As pessoas não vão ver penas, plumas. Elas vão ver muito requinte, muito primor”, revelou Igor.

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Por fim, Igor Ricardo mostrou muita confiança na escola pelo conjunto que possui e que deverá defender cada quesito com bastante força:

“O que vai ganhar o Carnaval é o conjunto. Eu acho que o conjunto do Salgueiro está impecável. Tem uma conjunção de frente que é impecável, tem um casal que é impecável, tem uma bateria que é impecável, tem um samba considerado o melhor do carnaval, tem uma plástica impecável. Então, acho que o Salgueiro vai entrar na Marquês de Sapucaí como sempre. O Salgueiro todo ano é muito esperado, mas esse ano eu sinto uma força muito grande, até pelo enredo que temos. Uma força muito grande de vencer mesmo, de levar uma mensagem potente, poderosa e terminar o carnaval”.

O Acadêmicos do Salgueiro irá desfilar com seis alegorias, um tripé, um elemento cenográfico na comissão de frente, e terá 26 alas.

Conheça o desfile da escola

Setor 1: “O primeiro setor, a gente chama de Hutukara, ou Chão de Omama. É um setor que a gente vai abordar toda a mitologia, a cosmologia do povo yanomami. O livro ‘A Queda do Céu’ foi o que inspirou o enredo do Salgueiro. Nesse livro, o que a lenda yanomami diz? Em um primeiro tempo, você tinha os habitantes aqui, mas era um primeiro tempo, cuja sua hutukara, ou seja, sua terra-floresta, era muito fraca, muito frágil. Então Omama resolveu fazer a queda do céu, ele derrubou o céu para refazer essa hutukara mais forte, mais sólida. Então, hoje o yanomami acredita que ele vive em um segundo tempo, em uma segunda hutukara. Nesse primeiro setor, a gente chama os espíritos xapiris, que são os espíritos que o yanomami criou, os espíritos da floresta, para apresentar essa hutukara para nós. E nos rituais xamânicos do povo yanomami, você tem que tomar um pó, que é o pó yakoana, para você entrar em um outro estado de espírito, para você poder vislumbrar esses seres de luz, esses seres xapiris. Então, é todo o primeiro setor envolvido nessa mitologia, nessa cosmologia. Também tem ali a primeira mulher yanomami, que na lenda o yanomami pega essa mulher de dentro de um rio. Tem ali a árvore dos campos. Os xapiris falam com os xamãs, eles vão até uma árvore, colhem os cantos dessa árvore e levam esses cantos até os xamãs. Então, esse primeiro setor é um setor mais mítico, é um setor mais poderoso da cultura yanomami”.

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Setor 2: “O segundo setor é o Caço de tacape, danço ritual, que vai mostrar o dia a dia da aldeia yanomami. É um setor que mostra pesca, que mostra caça, que mostra as mulheres indo para a roça, colhendo os seus frutos, que traz o dia a dia de uma das festas da aldeia, então é um setor que mostra o dia a dia desse povo. E eu até rebato algumas questões que surgem, por exemplo, sobre mostrar de novo eles pescando, ou mostrar o que eles estão sofrendo. Mas se você perguntar para qualquer pessoa o que o yanomami faz, ela não vai saber. Então, a gente tem essa necessidade de apresentar para as pessoas, para o público da Sapucaí, para o grande público que assiste os desfiles, o que esse yanomami faz. O que é esse yanomami”.

Setor 3: “Esse dia a dia é interrompido pelo terceiro setor, que a gente chama de Falar de amor enquanto a mata chora. É um setor que mostra a chegada do garimpo ilegal na terra pelo humano. Então, se você tinha no segundo setor essa harmonia deles convivendo plenamente com a natureza, nesse terceiro setor a gente vai ter essa interrupção com a chegada do garimpo no período da ditadura militar no Brasil. Os planos de integração nacional, de construção de estados na Amazônia, que os yanomami acabaram tendo esse primeiro choque epidemiológico, a chegada da malária, das doenças. Mas é importante ressaltar que a visão desse desfile é uma visão indígena. É por isso que falo que ‘A Queda do Céu’ é a nossa Bíblia, nosso livro-mãe, porque ele é um livro que, por mais que seja o Bruce Albert que escreveu, é o Davi Kopenawa falando, é ele narrando. E a mesma coisa é o desfile do Salgueiro, porque nesse setor, não é simplesmente mostrar a chegada do garimpo. É mostrar também que na lenda deles, como eu expliquei do Omama, que é o Deus da criação, eles acreditam que existe o Deus da morte, que é o Ioasi, e é ele que dá ao homem branco, ao napê, o conhecimento de que debaixo da terra você tem metal precioso. Então, a partir disso, o homem branco vai à terra dos yanomami, começa a explorar o subsolo e retirar esses metais preciosos da terra. E à medida que isso vai acontecendo, eles acreditam que são lançadas fumaças que saem pela terra, que são fumaças da morte, então é dentro dessa cosmologia também que você vai ver essa tragédia yanomami”.

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Setor 4: “Esse setor é o que a gente chama de Pra postar no seu perfil. São acontecimentos, fatos históricos culturais relevantes, mas que pouquíssimas pessoas sabem do que se trata e está lá na terra yanomami. Por exemplo, a terra yanomami é a maior terra indígena do Brasil. O ponto mais alto do Brasil fica dentro da terra yanomami, o Pico da Neblina. Você tem, dentro da terra yanomami, cineastas que estão com filmes expostos em outros países, mas que no Brasil ficam restritos nesse círculo muito mais intelectualizado. Você tem artistas clássicos yanomamis que também estão com exposições em São Paulo. Teve a exposição no MASP do Joseca, mas são artistas que estão mais valorizados lá fora do que aqui dentro. Então, a gente traz isso. Nesse segundo, nesse quarto setor. São fatos relevantes, mas que pouca gente conhece, pouca gente sabe. E parafraseando o samba, no dia 19 de abril as pessoas costumam postar sobre salvar, sobre proteger os indígenas. Mas a sociedade indígena quer que a gente reconheça eles da forma como eles verdadeiramente são. Então, é uma crítica que a gente faz. Quando chegar o dia 19 de abril, vamos postar algo que seja relevante para eles”.

Setor 5: “E a gente fecha o desfile no quinto setor, que é o Pelo povo da floresta, que são outros povos indígenas que existem no país, que sofrem o que o povo yanomami passa, só que tem pouquíssima divulgação, fica limitada a sua região. Mas é uma questão diferente. O Salgueiro, quando faz esse enredo, a proposta é mostrar o yanomami do jeito que ele é verdadeiramente, que é respeitar o seu formato de cabelo, respeitar a sua pintura corporal, respeitar o seu cocar, respeitar a sua vestimenta, respeitar os seus adornos. Porque a gente tem uma visão equivocada de que todos os indígenas são iguais, eles não são. Cada um tem sua particularidade. Então, nesse último setor, a gente traz esses povos indígenas, respeitando a sua particularidade, seja um formato de um adorno da orelha, seja uma pintura corporal, seja um artesanato diferente. A gente quer mostrar para as pessoas o que cada povo tem de bonito, mas que o homem branco está matando, que o garimpo está matando, que o tráfico está matando. Então, nesse setor, a gente traz os povos que vivem no Vale do Javari, que foi onde Bruno e Dom morreram. A gente traz o povo Xokleng, que é o povo que está envolvido nessa questão do marco temporal. É um setor que a gente pede para as pessoas olharem por esses povos, mas não pela ótica da tragédia. Isso foi até um pedido que o Davi fez para a gente. Porque nós só conhecemos o que mostram na televisão, e aquilo ali não é o povo yanomami, aquilo ali é o que a gente está fazendo com eles. Então, o nosso propósito é desconstruir tudo isso, para que a gente possa ter uma outra visão do povo yanomami. Nesse último setor, a gente quer mostrar uma outra visão dos outros povos indígenas. A gente quer mostrar a visão da particularidade deles”.

Detran aprova carros alegóricos em vistoria de segurança no Rio

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio de Janeiro fez uma vistoria em todos os carros alegóricos das 12 escolas de samba do Grupo Especial. A fiscalização aconteceu na Cidade do Samba, na zona portuária da capital, onde foram checados itens de segurança. Os técnicos não encontraram irregularidades e aprovaram todos os equipamentos.

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Detran.RJ vistoriou na Cidade do Samba os carros alegóricos das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro – Detran RJ/Divulgação

Entre os itens avaliados, as principais preocupações foram em relação ao estado de conservação dos pneus e dos freios, e a amplitude da visualização da pista pelos motoristas.

“Todos os 12 barracões foram inspecionados e, do ponto de vista do Detran, estão prontos para dar um belo espetáculo na Avenida. O departamento também vai realizar uma campanha educativa de Segurança no Trânsito, no Sambódromo. E realizar operações de fiscalização de veículos irregulares em mais de 20 operações em todo o estado. O objetivo maior do Governo do Estado, por meio do Detran, é proporcionar um carnaval tranquilo para todos”, disse presidente do Detran-RJ, Glaucio Paz, em nota.

Os fiscais também atuarão na Marquês de Sapucaí durante os desfiles. Eles vão verificar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos motoristas dos carros alegóricos e realizar testes para verificar se houve ingestão de bebida alcoólica.

“Decidimos fazer essa operação no começo da semana para que as escolas tivessem tempo de ajustar qualquer irregularidade. Mas não foi necessário, já que todas foram aprovadas. Estaremos atuando dentro e fora do Sambódromo para que todos se divirtam e voltem para casa em segurança”, disse o coordenador de Fiscalização do Detran-RJ, Alan Ramos, em nota.