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Novo mestre! Cassiano Andrade assume bateria da Tatuapé

A Acadêmicos do Tatuapé já tem um novo mestre de bateria para substituir Léo Cupim, que teve a sua saída anunciada na última segunda-feira. Cassiano Andrade é o nome da vez. O mestre foi divulgado nas redes da agremiação da zona leste como “De volta para casa”. Nos últimos três carnavais, Cassiano esteve à frente da bateria da Independente Tricolor, onde fez a sua estreia no Grupo Especial, no ano de 2023. Antes teve experiência na Uirapuru da Mooca. Agora, com características diferentes, o mestre tem a missão de executar mudanças e colocar as suas ideias na “Qualidade Especial”. Veja a nota.

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Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO

“Cassiano Andrade

Mestre de Bateria | Músico Profissional | Educador

Com uma sólida trajetória no Carnaval paulistano e na música brasileira, Cassiano Andrade atua desde 2007 como ritmista, diretor e mestre de bateria em algumas escolas de samba de São Paulo. Sua vivência profunda no universo do samba, aliada à versatilidade musical, o consolidou como um dos nomes de referência no segmento.

Fez parte da direção de bateria nas escolas Leandro de Itaquera, Camisa Verde e Branco e Pérola Negra, além de integrar os ritmos pulsantes de agremiações como Nenê de Vila Matilde, Império de Casa Verde e Tom Maior. Sua ligação com a Acadêmicos do Tatuapé é de longa data — presença constante desde 2012.

Entre 2019 e 2022, foi mestre de bateria na Uirapuru da Mooca, e desde 2023 exerce a função de mestre de bateria na Independente Tricolor, contribuindo com sua liderança e excelência musical na condução da bateria.

Na cena artística, Cassiano leva sua experiência para além do carnaval. Atualmente, integra a banda da cantora Gloria Groove, e já se apresentou ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Beth Carvalho, Osvaldinho da Cuíca, Royce do Cavaco e o grupo Os Prettos.

Com um olhar técnico, sensível e apaixonado pelo samba e pela música brasileira, Cassiano Andrade também atua como educador, compartilhando sua vivência com novos ritmistas e profissionais da percussão.

Seja bem-vindo de volta!
@bateriaqualidadeespecial”

Tem-Tem Jr mira idolatria na Ilha após ajudar a gabaritar o quesito Harmonia no Carnaval 2025

Em seu primeiro desfile como intérprete oficial da União da Ilha do Governador, Tem-Tem Jr. não apenas assumiu o desafio de dar voz ao samba da tradicional escola insulana como também alcançou um feito expressivo: foi o único cantor da Série Ouro a conquistar a nota máxima em harmonia no Carnaval 2025.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

“Sou o único cantor que gabaritei a nota 40 no nosso grupo, que é a Série Ouro, um grupo muito difícil, com diversos intérpretes geniais, que eu sou fã”, destacou Tem-Tem Jr., que mencionou nomes como Wantuir, Serginho do Porto e Leonardo Bessa como referências pessoais.

A responsabilidade de empunhar o microfone principal da União da Ilha não passou despercebida pelo cantor, que demonstrou profundo respeito pelos grandes nomes que o antecederam. “A preocupação era muita, a responsabilidade que a gente sabe que é gigante, pelo peso que tem esse microfone, pelos artistas que já passaram ali. Todos eles eu respeito: Aroldo, Quinho, Ito… são ídolos da União da Ilha. Eu espero não só atingir o grau que eles atingiram de virar ídolo da escola, mas sim poder fazer sempre um bom trabalho, com humildade e pé no chão”, afirmou.

Tem-Tem Jr. também celebrou o reconhecimento do trabalho coletivo da escola, exaltando a conquista do prêmio Estrela do Carnaval, de “Melhor Harmonia” e dividindo os méritos com os segmentos insulanos. “A Ilha pra mim é uma escola grandiosa. Abrilhanta o evento ter conquistado o prêmio de Harmonia. Queria parabenizar a ala de passistas (que também venceu a categoria) e todos que fazem parte da harmonia. E agradecer pela oportunidade de ser cantor nessa escola tão maravilhosa que vem me trazendo muitas felicidades”.

Com voz potente, carisma e respeito à história da agremiação, Tem-Tem Jr. já começa a trilhar o caminho para se tornar mais do que um intérprete de passagem: ele quer escrever seu nome entre os grandes da União da Ilha.

Unidos de Bangu renova com Ellen Beatriz para a ala de passistas no Carnaval 2026

A Unidos de Bangu segue se movimentando nos bastidores para o próximo carnaval e anunciou a renovação de Ellen Beatriz como diretora da ala de passistas. Com um trabalho reconhecido por sua consistência e dedicação, a sambista chegará ao seu sétimo desfile consecutivo à frente do segmento, reafirmando seu compromisso com a agremiação da Zona Oeste.

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Foto: Divulgação/Bangu

A permanência da diretora é celebrada como uma continuidade de um projeto que alia técnica, garra e amor ao samba. O pavilhão mais antigo da Zona Oeste do Rio já começou a montar seu time para o Carnaval 2026. Sob a liderança do presidente Leandro Augusto e do diretor Marcelo do Rap, a escola já confirmou nomes para a próxima temporada. Estão garantidos no elenco o intérprete Fredy Vianna, o trio de carnavalescos formado por Lino Sales, Alexandre Costa e Marcus du Val, além do primeiro e segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira e do mestre de bateria.

União de Maricá embarca para excursão em Cuba

Durante a madrugada desta quarta-feira a União de Maricá embarcou em mais um capítulo importante de sua trajetória: uma excursão cultural para Cuba, na América Central. A escola realizará cinco apresentações na ilha caribenha, promovendo um intercâmbio artístico e participando das comemorações do Dia do Trabalhador, uma das datas mais emblemáticas do calendário cubano, e da Feira Internacional de Turismo.

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Foto: Divulgação/Maricá

A viagem tem como objetivo fortalecer os laços entre as culturas afro-latino-americanas, levando o samba e a força do carnaval brasileiro para além das fronteiras. As apresentações serão realizadas em espaços de Havana, com o apoio dos órgãos públicos locais.

Para Matheus Santos, administrador da escola, a participação da União de Maricá nesse evento internacional é motivo de orgulho e reafirma o papel do carnaval como ferramenta de resistência, memória e celebração popular.

“Levar a nossa cultura para fora do Brasil é um gesto simbólico e motivo de orgulho. O samba é uma expressão viva da luta do nosso povo e participar das celebrações do Dia do Trabalhador em Havana nos honra profundamente. É uma oportunidade de mostrar que o carnaval é mais do que festa: é arte, é cultura e é história”, afirmou Matheus Santos.

A União de Maricá embarcou com 22 pessoas em sua delegação, com ritmistas, passistas e o departamento musical liderado pelo intérprete Zé Paulo Sierra. A escola ficará em solo cubano até a próxima segunda-feira, quando retornará ao Brasil.

Frente Parlamentar busca organizar datas de pagamentos da subvenção da Prefeitura e criação de Escola Municipal do Carnaval

Em seu primeiro mandato como vereador, Felipe Pires (PT) é o responsável pela criação da Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele contra que almeja Projetos de Leis que possam garantir investimentos e subsídios que possam ser utilizados na maior festa da cultura brasileira, responsável por girar boa parte da economia do país. Vereador Didi Vaz (PSD), vice-presidente da Frente Parlamentar, também participa ativamente das discussões em prol do carnaval.

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Foto: Renan Olaz/CMRJ

“Vou propor projetos de lei que podem mudar essa realidade, como, por exemplo, um que obriga a liberação da entrada de comidas e bebidas na Sapucaí. Quero lutar contra a elitização da festa, criar mecanismos para que as pessoas tenham conforto, mantendo a característica popular do evento”, disse Felipe Pires.

Um dos principais pontos será a definição de datas durante o ano para o pagamento da subvenção da Prefeitura do Rio para escolas de samba. Assim, todas vão ter a previsibilidade de pagamento para compra de materiais para os desfiles.

“Queremos uma interlocução com o governo municipal, mesmo sem o Projeto
de Lei pronto, sobre a subvenção do dinheiro, para que todo dinheiro investido pelo poder público possua um calendário estipulado e seja recebido a tempo para que as escolas possam planejar seu carnaval”, afirmou.

Sobre a criação da Escola Municipal do Carnaval, Pires conta que seu objetivo é: “A geração de empregos, a formação de profissionais da cadeia criativa que movimenta o carnaval, contemplando artesãos e costureiras, para que possamos acabar com a precarização do trabalho, garantindo a formação legal dessas pessoas que já atuam na área. Qualificar e ampliar as opções no mercado. Hoje, o carnaval do Rio de Janeiro é exportado para o mundo e para outras cidades, como São Paulo e Belo Horizonte”.

Estrutura para os ensaios de rua

O vereador também comentou sobre outros planos que deseja implementar, voltados à infraestrutura no pré-carnaval: “É preciso garantir verba para os ensaios de rua das escolas do Rio de Janeiro, assegurando uma estrutura mínima: banheiros químicos em número suficiente, pontos de hidratação, ambulâncias, gradis de contenção e horários de transporte público estendidos para atender aos foliões. A regulamentação dos blocos de rua periféricos também está nos meus planos. Estou confiante de que ainda teremos muitas conquistas neste ano”.

O vereador ainda citou a necessidade de profissionalização dos julgadores dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.

“Acho que precisamos discutir a profissionalização de quem julga o carnaval. Esse profissional precisa ter um salário garantido durante todo o ano, para que possa ter um currículo compatível com a função, além de garantir seriedade e responsabilidade no julgamento — afinal, trata-se da vida de pessoas que trabalham o ano inteiro em prol dessa festa”, encerrou Felipe Pires.

Fábio Ricardo celebra título do Rosas e se declara para São Paulo: ‘aqui vivo arte’

Há mais de uma década, o nome de um carnavalesco em específico está em evidência nas grandes escolas de samba. Mesmo com desfiles consagrados por público e crítica, entretanto, faltava algo: o título. E, em 2025, Fábio Ricardo declarou o que lhe faltava para garantir um lugar no seleto grupo de campeões do Grupo Especial no eixo Rio-São Paulo. Com o enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”, o profissional chegou à primeira colocação no pelotão de elite da folia paulistana logo na estreia no grupo. E não foi só isso.

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A reportagem do CARNAVALESCO entrevistou Fábio Ricardo na entrega do Estrela do Carnaval, premiação idealizada e organizada pelo portal e realizada no Pratifaria Bar, na avenida Brigadeiro Faria Lima. Além de ser o profissional que concebeu o enredo, ele também venceu a categoria Carnavalesco do Ano. Por fim, o quarto carro do Rosas, “O Mundo na Palma da Mão”, também conquistou os Destaques do Ano (votação popular do Estrela do Carnaval) como melhor alegoria.

Euforia pelo título

Ao ser questionado sobre a sensação de, enfim, ser esportivo, o profissional relembrou amizades cariocas e os primeiros instantes na Roseira. Ele começou a relembrar uma passagem dele próprio em um famoso bairro da Zona Sul carioca: “Posso falar na sinceridade? Parece que minha ficha não caiu ainda. De verdade! É tanta coisa, é sentimento por trás disso tudo que eu levo sempre uma coisa na minha vida, que eu li na casa de uma amiga minha lá na Urca, lá no Rio de Janeiro, amigona de anos, concierge. Tem uma frase na casa dela escrita assim: ‘faça uma pessoa feliz todo dia’. A missão dela é essa, ela me ensinou isso”, lembrou.

Logo depois, veio a lembrança das primeiras sensações durante o carnavalesco da atual campeã do carnaval paulistano: “Quando cheguei na quadra, no dia do campeonato, minha ficha não tinha caída ainda. Eu entrei lá tranquilo, eu estava ali ainda meio extasiado com aquilo tudo e uma pessoa da comunidade chegou perto de mim e Disse se eu estava feliz. Eu falei que a minha meta de conseguir deixar pelo menos uma pessoa feliz todo dia foi cumprida, já que hoje eu deixei mais de três mil pessoas felizes. Eu acho que estou com um pontinho a mais no céu. Ter deixado a escola na posição de campeã, vindo com o histórico de algum tempo lá embaixo, e vendo nos olhos da diretoria e da presidência a vontade de se superar, eu comecei a ver outra coisa: quando eu entrei na escola pela primeira vez, eu chamei o Evandro, diretor de carnaval, e falei sobre a energia do Rosas que a escola quer ganhar eu falei isso, só depende de mim e depende de vocês – e eu vou fazer o exercício pra isso. A gente vai fazer o exercício pra essa escola ganhar A gente precisa dar isso para a escola – e a gente trabalhou o ano todo para isso”, explicou.

Reconhecimento

Depois de falar sobre o título inédito da carreira, Fabinho, como é popularmente conhecido, foi questionado sobre como ele se sentia sendo escolhido pelo colegiado do Estrela do Carnaval como o carnavalesco do ano. E o profissional destacou a importância do reconhecimento – não só a ele, mas também da premiação: “Que bom que é ganhar um Oscar, né? Eu estou ganhando um Oscar. Eu fico feliz e honrado”, orgulho-se.

Logo depois, ele começou a falar da cidade que o acolheu: “É o meu segundo ano em São Paulo – mas, no Grupo Especial, é o primeiro. respeito, com um olhar tão bonito e com um prisma tão diferente para o meu trabalho que eu só tenho como ficar satisfeito com a escola. Conseguir colocar tudo isso para fora e está aí o resultado ainda tem muito mais para colocar, eu sempre estou fazendo muito mais”, disse.

Falando em São Paulo…

Fábio foi uma das primeiras pessoas a chegar ao Pratifaria Bar, mesmo sabendo que a apresentação do Rosas, vencedora do Desfile do Ano da premiação, seria a última. A cada instante era abraçado e conversava com os presentes. Tal fato deixa claro o quanto ele, mais que adaptado, está feliz na Terra da Garoa. Ao falar sobre o quanto gosta da maior cidade da América Latina, o carnavalesco foi enfático: “Essa é a pergunta que mais me fazem. Eu sempre fui apaixonado por São Paulo, quem me conhece realmente sabe desse papo – que eu estaria daqui em algum momento. Eu não viria aqui para passear porque aqui eu cheiro arte, aqui eu respiro arte, aqui eu vivo arte. Para cada esquina que você vira em São Paulo você esbarra com uma arte – e isso sempre me cativou”, explicou.

Com um exemplo ainda mais prático, Fabinho destacou que tem uma paixão bastante peculiar na capital paulista: “Eu adoro andar de metrô! O presidente da Vila Maria morria de rir quando eu falei que eu gosto de andar de metrô. Eu falei que, quando eu tiver meu apartamento novo, eu quero botar um quadro na minha sala com o mapa do metrô – sempre atualizando, claro. Isso é uma prova do tanto que eu amo essa cidade”, revelou.

Aqui, vale destacar: antes de participar do desfile de 2025 do Rosas, Fábio esteve, em 2024, na Unidos de Vila Maria – primeira escola paulistana com desfile idealizado por ele. No caso, o enredo “Forjados na Luta, Guiados na Coragem e Sincretizados na Fé: A Vila Canta Ogum!” terminou na quarta colocação do Grupo de Acesso I. O presidente da escola da Zona Norte é Adilson José de Souza.

O profissional também foi questionado sobre as diferenças entre o carnaval carioca e o paulistano – e, novamente, não se omitiu: “Sobre o carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro, há suas diferenças. Mas, uma coisa que eu escutei de um grande diretor de escolas de samba, o Rogério Félix, eu levei como um mantra aqui: pasta debaixo do braço. Como eu sempre digo, eu vim para fazer carnaval de São Paulo, não do Rio de Janeiro. Eu posso ter a minha essência, o meu pitaco, a minha assinatura, mas sempre sabendo o que a escola necessita, qual é o estilo da escola desfilar O resultado está aí”, ejactou-se.

Por fim, o profissional aproveitou para destacar o trabalho realizado pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo: “Em momento nenhum eu impus achar que as coisas do Rio de Janeiro iam dar certo aqui. O carnaval de São Paulo está em uma crescente muito grande, está amadurecendo muito. Tenho certeza de que a Liga-SP está começando a olhar com outros olhos a mudança e o crescimento daqui. Eu ganhei um boné que eu uso como uma coroa da Liga-SP, aquilo foi como se fosse uma medalha de honra ao mérito. Eu dou valor às mínimas coisas que me ofereço na vida”, destacou.

Encerramento com chave de ouro

Se o quarto Carro do Rosas também foi premiado, a alegoria fazia parte de um conjunto muito maior e desafiador para o carnavalesco. Nele, estariam representados jogos ligados às gerações mais novas – e o último carro trazia uma série de personagens de videogames, como Pikachu, do universo Pokémon, e Kirby. Fábio não negou as adversidades que teve para preparar tal alegoria: “Como foi o último setor, eu tive uma grande dificuldade de fazer porque não era uma praia que eu bebia. Era muita tecnologia, videogame, essas coisas. Eu sempre fui o garoto de rua, da peteca, do boliche, do jogo de botão, do peão, do pula pirata, da bola, do vôlei… eu era especialista em bola de gude – que, inclusive, até pesquisei e vi que a bola de gude vem do tempo medieval, e aí eu percebi que também tinha que colocar-la”, pontual.

Para vencer essas dificuldades, Fábio fez algo tão simples quanto eficiente: pesquisas com pessoas próximas: “Para beber na fonte dessas tecnologias, eu fui para campo: perguntava para as pessoas qual jogo elas mais jogavam – a não ser o Pac-Man e Street Fighter, que eu conheci e descobri os cenários maravilhosos. Fiz isso com componentes e funcionários da escola, eles me ajudaram no processo desse carro e do que colocar nesse setor. O irmão meu, Roberto Vilaronga, que é bem mais novo do que eu, foi quem fez toda a parte de pesquisa – e me ajudou muito dando ideias do que colocar ali Eu perguntei quem era Zelda, o que era RPG”, revelou, aproveitando para citar outras séries e personagens conhecidos pela geração millennial.

Logo depois, veio a explicação sobre como o projeto da já histórica alegoria foi realizada: “Mesmo com dúvidas, desenhei o carro, comecei a ouvir referências e decidir fazer um grande jogo do Mario, em que ele vai passando por várias fases e personagens até chegar à estrela. Cada pessoa que via o carro desenhado em cima da prancheta reagia exatamente do jeito que eu queria – muitos deles se perguntavam como eu tinha lembrado de alguns personagens e etc. Foi assim com diretores de carnaval, mestre e rainha de bateria… isso me deu a sensação de que eu tinha conseguido”, orgulho-se.

Por fim, Fabinho aproveitou para destacar o quanto o desafio quarto setor do Rosas é uma ótima síntese do trabalho feito por ele: “Gosto de trabalhar com o sentimento das pessoas. Foi um dos últimos carros a ficar pronto e foi o maior sucesso. no futuro, acho que minha ficha vai cair quando eu chegar no bicampeonato”, finalizou.

Sob novo comando de mestre Vitinho, bateria ‘Cadência de Niterói’ inicia ensaios nesta quarta

Dando o pontapé inicial nos preparativos para o carnaval de 2026, a bateria “Cadência de Niterói” realizará nesta quarta-feira uma reunião do segmento e o primeiro ensaio com os ritmistas. Sob o comando do recém contratado, Mestre Vitinho, os interessados em desfilar na bateria devem comparecer no local e procurar a direção do segmento.

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Foto: Divulgação/Acadêmicos de Niterói

“Já vamos começar a nossa busca pelos 40 pontos no Grupo Especial. O primeiro ensaio é primordial para já saber o time que irá conosco nesta caminhada. Aguardo todos os ritmistas da casa e os interessados em entrar na bateria são super bem-vindos. Vamos juntos fortalecer ainda mais a nossa ‘Cadência de Niterói'”, revela Mestre Vitinho.

O primeiro ensaio acontecerá nesta quarta-feira, às 20h28, na quadra da escola, localizada na Rua Xavier Brito, 22 – Niterói.

Sinopse do enredo da União da Ilha para o Carnaval 2026

SINOPSE

Gazeta de Notícias – Notícia dos Astros – Missão RIO-HALLEY, 10. Esta sinopse funciona como um diário de bordo astronômico, registrando a passagem do Cometa de Halley pelo Rio de Janeiro no início do século XX. Uma jornada que nos transporta para uma cidade Halley-lunática. Preparados para mais uma aventura, a fim de levantar a poeira deste grão de universo chamado planeta Terra?

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“Seria a Terra o hospício do universo?”

(Albert Einstein)

[Missão I – A Chegada do Cometa]

Imagine o Rio fora de órbita? A chegada de um cometa flamejante poderia apagar de vez os maus presságios que assolavam o mundo pré-modernista. A imprensa, de forma alarmista, alimentou o medo de previsões que durante séculos dizimaram reinados, arruinaram a crença popular e tiraram o sono de astrônomos. No fundo, o que acontecia era uma verdadeira batalha entre o imaginário popular e a racionalidade científica — enquanto cientistas tentavam desmentir tal falácia, a população preferia acreditar que o Halley, com sua trajetória ameaçadora, seria o prenúncio de um novo começo para a humanidade.

Até que jornais estrangeiros, como o The New York Times, espalharam teorias distorcidas sobre o perigo de gases venenosos vindos da cauda do tal astro, capazes de asfixiar a atmosfera, provocando uma onda de histeria. Halley-mania: virou pop-star! Recorde de vendas. Estampou produtos planetários. Enriqueceu charlatões com a venda de “cápsulas de ar puro” em frascos de vidro. Extraiu sombrinhas e lunetas das vitrines das principais tabacarias de uma nova Cosmópolis — desviando o olhar humano sobre um infinito ao qual ainda pouco conhecemos.

[Missão II – O Rastro Halley-lunático]

E o que dizer de João do Rio? Filho de astrônomo, o cronista usou o evento como ponto de partida para desenhar a sociedade carioca com seu jeito irônico. A Belle Époque é a promessa de uma capital moderna, que convive com os resquícios de um passado colonial. As reformas urbanas afastam os pobres para os morros, enquanto a elite se perde no sonho europeu. O Halley surge como símbolo de uma cidade que se reinventa, mas que se perde nos seus próprios valores. O Morro do Castelo lança aos ares balões repletos de jornalistas fugitivos. Bons-feitores embarcam nas águas da Guanabara em submarinos que transportariam o oxigênio restante do nosso Atlântico perdido. A cidade se fez observatório para o astro vagabundear na cara da sociedade.

Deus lhes guie! Cariocas no domínio da alucinação não perderam a crença no Bom Deus. Igrejinhas e capelas se preencheram com a peregrinação de devotos aos pés de suas santidades. Profetas do firmamento confidenciam uma chuva de estrelas cintilantes, hospício para o aparecimento de uma infinidade de versejadores. Macumba boa é curimba feita! Uma famosa sacerdotisa da Ouvidor, de nome Perereca, contesta a lenda apocalíptica, premunindo um espetáculo jamais visto no firmamento. Aqui, o povo não apenas assistiu, mas viveu o desespero coletivo, sempre pronto a transformar o medo em esperança e a catástrofe em piada. E o juízo, afinal? Perdeu-se!

A cidade maravilhosa se torna a feira das tentações. O carioca “toma de salto” as esquinas e goza liberalmente do amanhã. Apinhou bondes, enamorados pelo olhar vadio das Mariposas-de-Luxo — deusas de chiffon perfumadas por Corbeilles. Se pôs de pernas pro ar, com as deliberadas paixões proibidas do Cabaret Nacional. E teve outra gente que se fez emergente ao acertar no milhar. Um maxixe de outro mundo faz sua estreia no Cine-Ouvidor, eternizando o samba, que pela primeira vez é mencionado como gênero musical brasileiro. Ritmo entoado por um outro cometa, partideiro de primeira linhagem de nome Cometa Gira. Amigo de Eduardo das Neves, João Alabá e de grandes sambistas da Praça Onze que quebram um tabu realizando uma Festa da Penha fora de época. Batucada boa, cerveja gelada e baianada unida. Quem é que não gosta?

[Missão III – Alô! Alô, Halley-Folia!]

1910: Alô! Alô, Halley-Folia! Desembarca no Brasil a alegria de uma Pequena Notável, que mais tarde seria eternizada em nosso Cinema Nacional. Mesmo ano em que o carnaval carioca invade as telas em um sucesso estrondoso no filme “Pela vitória dos Clubes e Cordões”. O único cometa de fato que nos tocou com alegria peculiar virou alegoria. Selou o Beijo de Halley na rivalidade entre as mais importantes grandes sociedades carnavalescas: os Fenianos, os Democráticos e os Tenentes do Diabo.

O carnaval só é interessante porque nos dá essa sensação de angustioso imprevisto. Toda sua gente tem sua história de carnaval deliciosa ou macabra, álgida ou de luxúrias atrozes. Um carnaval sem aventura não é carnaval.

A Avenida Central se tornou cenário para o folião transformar todo desencanto em uma meteórica batalha de confetes-estrelares. Pandemônio terrestre das figuras grotescas dos Cordões. O Ameno Resedá abre o desfile dos Ranchos, com o enredo: A Corte Celestial. Baianas fazem a linha de frente no girar da gravidade. Alas galácticas bailam como cometas da Via Láctea. Zé-Maria que toca rompendo a barreira do som no gurufim do cometa. Corpos celestes que decolam ao infinito em uma Apoteose Halley-lunática.

E Deus lhe deu um bom fim?

[Missão IV – O Amanhã? Fica pra depois.]

O fim prenunciado por Halley não veio, e as histórias seguem o ciclo eterno de um “amanhã vai ser melhor.” Astrônomos, cientistas, jornalistas, profetas, feiticeiras, mentirosos, sonhadores, sambistas… Ninguém soube prever que a grande preocupação, ao longo do século passado, seria com a saúde ambiental do planeta Terra. A poluição das grandes metrópoles ofuscou a última aparição do cometa em 1986. A ciência, por vezes, desfez mitos, mas olhares curiosos continuam a investigar o Cosmos em busca de novos fenômenos. Enquanto o nosso fim não chega, ao depender da União da Ilha do Governador, o futuro será sempre adiado. Deus vos acompanhe! E que o Universo conspire a nosso favor.

Viva o Hoje!

-2027: Alô! Alô, minha Ilha! Se liga! Espero te ver ao sol, em sua eterna missão especial! Até lá!

-2061: Alô, Halley! Nos encontramos numa próxima jornada. Porra! Que viagem…

O Amanhã? Fica pra depois.

(Enredo) Marcus Ferreira.

(Sinopse/Pesquisa) Henrique Pessoa e Marcus Ferreira.

(Revisão Textual) Henrique Pessoa.

 ¹Nota. Frase de João do Rio em O bebê de Tartalatana Rosa.

 *Halley-Glossário para os Versejadores Insulanos (aqueles que compõem versos):

Ameno Resedá – Rancho Carnavalesco que homenageou o Cometa Halley em seu desfile de 1911;

Astro-vagabundo – Apelido astronômico do Cometa; O andarilho do Universo; O errante;

Beijo de Halley – Famoso carro-alegórico do Clube dos Fenianos para o carnaval de 1911;

Charlatões – Indivíduo de caráter duvidoso, que vende em praças públicas receitas milagrosas;

Chiffon – Tecido importado de caimento fluido;

Cometa Gira – Partideiro; Poeta dos sambistas da primeira linhagem da Praça Onze;

Corbeilles – Arranjos de Avencas do Rio Antigo;

Cosmópolis – Cidade Universo;Diversidade étnica/cultural congregada em uma cidade;

Eduardo das Neves – O maior compositor de Choro do início do século XX; Primeiro músico negro a gravar músicas no Brasil;

Gases venosos – Cianogênio, gás presente na composição química da cauda do cometa;

Gurufim– Despedida com música;

Halley – O astrônomo inglêsEdmond Halley determinou a periodicidade (76 anos) do cometa que volta de tempos a órbita terrestre;

Halley-folia – O cometa como tema do Carnaval Carioca de 1911/1912;

Halley-lunático – O surto social causado pelo cometa em sua passagem no início do século XX; Alegria; Pândega;

Halley-mania – A indústria de produtos com a temática do cometa e o consumismo global;

João Alabá – Rancheiro; Importante babalorixá do Rio Antigo;

Mariposas-de-Luxo – Cocotes ou mulheres mundanas; Luxúrias do Rio Antigo;

Perereca – Profética anciã; Andarilha dos logradouros das regiões centrais do Rio;

RIO-HALLEY, 10– Missão científica/astronômica de estudos, acerca do Cometa de Halley em que a Terra, passa por sua cauda na madrugada do 19 de maio de 1910.

Zé-Maria – Figura masculina do Rio Antigo, que prenunciava o fim da vida de algo;

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O rastro do Cometa – O Halley na imprensa carioca de 1910. EDITORA JB.

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O Cometa vem aí! EDITORA JB.

AZEVEDO, Rubens de. O Cometa de Halley. EDITORA do Brasil S/A.

PEREIRA, Cláudio Bastos. SOUZA, Edith Gouvêa de. Cometa HALLEY – A volta do mensageiro. EDITORA irradiação cultural.

ASIMOV, Isaac. Guia para entender o Cometa de Halley. EDITORA Brasiliense.

TUPY, Dulce. Carnavais de Guerra – O Nacionalismo no samba. ASB Arte Gráfica e Editora LTDA.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. TODAVIA Editora.

RIO, João do. As Religiões no Rio. (1904) Editora José Olympio.

RIO, João do. A alma encantadora das Ruas do Rio. (1908) Companhia de Bolso.

EDMUNDO, Luiz. O Rio de Janeiro do meu tempo. (2ª Edição) Ed. Conquista.

 

Antônio Gonzaga sobre a Grande Rio 2026: ‘Enredo cultural e potente’

Antônio Gonzaga, novo carnavalesco da Grande Rio, conversou com o CARNAVALESCO, na noite do sorteio dos desfiles, sobre o seu retorno à Tricolor de Caxias e o que já pode falar sobre o processo de pesquisa do enredo de 2026.

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O carnavalesco destacou que o seu retorno à Grande Rio vem com um forte responsabilidade em dar continuidade ao nível dos desfiles que a escola apresentou nos últimos anos.

“Acho que é um momento especial, porque é uma escola que eu tenho um carinho muito grande. Foi a primeira escola que eu trabalhei aqui na Cidade do Samba. E acho que é um novo momento da minha vivência como carnavalesco. A Grande Rio é uma escola que vem apresentando excelentes carnavais e entendo a responsabilidade de a gente continuar nesse nível de trabalho apresentado, mas estou muito feliz e muito confiante”, disse o artista.

Antônio encerrou falando sobre o que esperar do enredo de 2026 e ressaltando a importância cultural.

“O enredo está em fase de pesquisa agora. Tem uma relevância cultural importante. Enredo cultural, potente e que vai levar a Grande Rio, mais uma vez, a dar um banho de cultura na avenida”.

Mestre Dudu destaca alto nível das baterias e diz: ‘não teria coragem de hoje ser jurado’

A noite do último sábado foi de festa e consagração para a Mocidade Independente de Padre Miguel no Estrela do Carnaval 2025. A verde e branco da Zona Oeste subiu ao palco duas vezes para receber importantes reconhecimentos: “Melhor Bateria” e “Melhor Ala de Passistas”. O evento, promovido pelo CARNAVALESCO, na quadra da Unidos da Tijuca, reuniu os grandes destaques do último desfile da Série Prata, Ouro e do Grupo Especial, celebrando o talento e a excelência do carnaval carioca.

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Representando a lendária “Não Existe Mais Quente”, o mestre Dudu não escondeu a emoção ao receber o prêmio de “Melhor Bateria” do Grupo Especial. Visivelmente orgulhoso, ele destacou a coletividade do trabalho e o alto nível da disputa entre os ritmistas das escolas.

“Queria agradecer pela oportunidade de estar aqui nesse momento. Agradecer primeiramente a Deus e a toda a equipe do site CARNAVALESCO. Quero compartilhar esse prêmio com toda a minha equipe, minha bateria, meus diretores. Se não fosse eles, isso aqui não estaria acontecendo. Sabemos que hoje o sarrafo está muito grande, não tem mais bateria mais ou menos. Eu não teria coragem de ser hoje jurado de bateria, porque é muito difícil você tirar um 10 de uma bateria”, declarou o mestre, emocionado.

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Fotos: Nina Santos/CARNAVALESCO

Ele também destacou o orgulho de representar o legado de mestre André, figura histórica da escola, e reforçou o compromisso da Mocidade com a excelência rítmica.

“Para mim, é muito gratificante estar aqui representando a bateria de mestre André nesse momento com toda a minha equipe. E vamos hoje mostrar para vocês um pouco do nosso trabalho. Estou muito feliz, um pouco nervoso também, porque é o terceiro ou quarto prêmio que a gente ganha do Estrela do Carnaval. Muito obrigado a todos. Obrigado à minha diretoria por confiar no meu trabalho. E vamos embora para mais um Carnaval”.

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Além da bateria, a escola também teve sua ala de passistas consagrada como a melhor do Grupo Especial. Em nome do coordenador George Louzada, a porta-voz Claudia Rodrigues subiu ao palco e reforçou o esforço coletivo da equipe.

“É uma honra para nossa escola e nossos passistas receber esse prêmio. Nós somos muito dedicados. George Louzada é um coordenador exímio em tudo que ele faz. Representa muito bem a nossa ala, faz tudo para que a gente tenha um carnaval perfeito”, disse Claudia.

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Ela destacou o empenho dos 100 passistas que compõem a ala e ressaltou a paixão que os move.

“A gente passa o ano inteiro trabalhando, com um trabalho árduo. São todos independentes, todo mundo apaixonado pela nossa escola. George Louzada está muito feliz, nossa ala está muito feliz em receber esse prêmio”.