A escola de samba Vizinha Faladeira ressurgiu há 35 anos no cenário carnavalesco após um hiato de quase 50 anos. O retorno teve como destaque a exibição de seu primeiro pavilhão, que trazia a imagem de uma mulher com a língua exposta, simbolizando as fofoqueiras que deram origem ao nome da agremiação.
Conhecida como a “Pioneira”, a direção da escola decidiu apresentar uma nova imagem: a encantadora sereia. Essa figura mítica se tornou um símbolo representativo, destacando sua conexão com a Zona Portuária do Rio de Janeiro.
Agora, a Vizinha Faladeira revela seu novo brasão. Mantendo a sereia como símbolo central, a escola honra a visão dos antigos diretores, que escolheram essa figura para representar sua essência. O presidente da Vizinha Faladeira, David dos Santos, comenta sobre a importância dessa atualização.
“A Sereia representa a força e a magia da Zona Portuária do Rio, local onde está situada e foi fundada, e é um símbolo que nos conecta à nossa história e à nossa comunidade. Estamos muito orgulhosos de revelar este novo brasão, que reflete nosso espírito de inovação e nossa tradição”.
A Imperatriz Leopoldinense volta com uma temática afro-religiosa ligada à mitologia dos orixás, com o enredo “Ómi Tútú ao Alúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira. A última vez foi há 46 anos. Em conversa com o site Carnavalesco, a presidente da escola, Cátia Drumond, contou o que representa para ela esse momento da escola depois tanto tempo sem fazer um enredo afro. Ao longo do tempo, membros da escola, como passistas e baianas, expressaram esse desejo de explorar essa temática no desfile. Assim, o enredo nasceu em resposta a essa demanda da comunidade, combinada com a vontade pessoal do carnavalesco de atender a esse pedido e celebrar as raízes africanas e religiosas da escola. Em 1979, a escola apresentou o enredo “Oxumaré, a lenda do arco-íris”, assinado por Mário Barcellos e Caetano Costa.
Foto: Divulgação/Nelson Malfacini Imperatriz
Para Cátia Drumond, a Imperatriz precisa desse axé e o momento é muito positivo com a escola fazendo um enredo afro após tanto tempo, principalmente, levando em consideração o sucesso que foi a cigana no Carnaval 2024.
“Eu vejo como um momento positivo. Somos a escola que menos fez enredos sobre a religião africana, e acho que precisamos desse axé, dessa paz. Viemos com o enredo do Lampião, que nos deu o campeonato. Depois, com a Cigana, que não nos deu o campeonato, mas acredito que foi o melhor desfile que a Imperatriz fez nos últimos anos. Tenho certeza que, com fé, amor e as bênçãos de Oxalá, faremos um excelente desfile em 2025”.
Em relação às mudanças para o Carnaval 2025, com três dias de desfile e o fechamento das notas dos jurados após cada escola passar pela Avenida, Cátia acredita que é um teste e espera que dê certo.
“Todas as escolas votaram a favor da mudança e eu acho que isso é um teste. Estamos torcendo para que funcione. Mesmo que não fossem três dias de desfile, mas dois, as notas seriam fechadas. Há muito tempo não vemos uma campeã saindo no domingo, e o julgador precisa entender que ser campeã no domingo não é nada errado. Observamos que as escolas que ganham geralmente desfilam na segunda-feira. O domingo pode ter mais ou menos erros, e em 2024, o domingo teve menos erros. Se você olhar o resultado, a segunda, terceira e quarta colocadas foram de domingo, mas eu sempre vejo uma diferença significativa entre o domingo e a segunda-feira. Então, também vejo isso como uma aposta. Se não der certo, damos um passo para frente e depois outro para trás”.
Em uma conversa com o site Carnavalesco, o artista compartilhou detalhes sobre a inspiração por trás do enredo, revelando como essa história chegou até ele e qual será o fio condutor dessa narrativa.
“Esse enredo chegou meio que uma vontade minha de atender a um pedido da comunidade. A Imperatriz tem quase 50 anos que não se debruça na temática afro-religiosa, e quando eu cheguei aqui, na minha primeira passagem, ainda no Grupo de Acesso, em 2020, já era um desejo que as pessoas da escola, quando eu digo as pessoas da escola, é a comunidade da escola, passistas, baianas, solicitavam esse enredo e nasce um pouco disso”, revelou Leandro.
Leandro contou detalhes sobre o fio condutor do enredo, destacando que a narrativa se baseia na saga contada pelo Itã, que relata o desejo de Oxalá de visitar Xangô. No entanto, ao longo do percurso, Oxalá enfrenta uma série de obstáculos que o levam a uma conclusão de viagem diferente daquela que ele havia imaginado ao sair de Ifón em direção a Oyó. A história é contada por meio de recursos carnavalescos, como fantasias, alegorias e adereços, que transportam o público para o universo mágico e mitológico dos orixás.
“O fio condutor é dessa contação de história que parte de uma saga, da saga que narra, do Itã, que narra o desejo de Oxalá visitar Xangô. No meio do caminho, existe uma série de percalços que levam Oxalá a ter um término de viagem diferente daquele que ele havia pensado que teria quando pensou em sair de Ifón rumo ao Oyó. A terra onde ele era soberano, para a terra onde Xangô é soberano. Então é um pouco a contação dessa história através de recursos que são carnavalescos mesmo. E fantasias, alegorias, adereços”, explicou Leandro.
AGÔ EGBÉ YÁ NASSÔ
VINDA DE ALÉM MAR ABRIU CAMINHO
CHEGOU NOSSA MÃE TRAZENDO AXÉ
NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ
PRETOS E PRETAS CONSTRUÍRAM UMA NAÇÃO
SOB O ORVALHO E GRATIDÃO À ALAFIN
ETERNIZANDO AS RAÍZES DE IORUBÁ
FILHOS SAGRADOS DE YALORIXÁS
RESPLANDECENDO NO REINO DE OYÓ
NO ESPLENDOR DE OÒRÚN E ÒSUPÁ
CLAMANDO NOSSOS ANCESTRAIS
NO XIRÊ DOS ORIXÁS
GUARDIÃ YÁ NASSÔ Ô Ô Ô
GEROU NO VENTRE A CRIAÇÃO NAGÔ
RENASCEU A ESPERANÇA
VENCEU PRECONCEITO E A INTOLERÂNCIA
SOMOS BRANCO DE ARÁINTILE
JUSTIÇA E AMOR
SOMOS VERMELHO DE XANGÔ
OBATOSSI SOPROU LIBERDADE
PRÁ BAMBOXÊ OBITIKÔ
COM AS BEÇÃOS DA TRINDADE
REERGUEU-SE O MAIS ANTIGO TERREIRO
ESPALHANDO A SEMENTE DA FÉ
IRRIGADA PELAS ÁGUAS DE OXUM
ARYÁ PONON OPUKUDÊ, FELICIDADE
BRILHOU O ADÊ SAGRADO DA ANCESTRALIDADE
KAÔ KABECILÊ XANGÔ! LAÓ OBÁNIXÉ KAÔ
SOU BOI VERMELHO DA VILA VINTÉM
BATO CABEÇA NESSE ALTAR
HOJE O MEU TAMBOR VAI ECOAR
Compositores: Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrosio, Renan Diniz, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax
Intérpretes: Igor Sorriso, Diego Nicolau e Tem-Tem Jr.
EIÊÔ! KAÔ KABESILÊ BABÁ OBÁ!
COURAÇA DE FOGO NO ORÔ DO VELHO AJAPÁ
A RAÇA DO POVO DO ALAFIN, E ARDE EM MIM..
RUBRO VENTRE DE OYÓ
NA ESCURIDÃO, NUNCA ANDAREI SÓ
VOVÓ DIZIA: SANGUE DE PRETO É MAIS FORTE QUE A TRAVESSIA!
SAUDADE, QUE INVADE! FOI MARÉ EM TEMPESTADE
SOPRA A ANCESTRALIDADE NO MAR (Ê RAINHA)
PRECEITO É HERANÇA SEM MARTÍRIO
AIRÁ GUARDA SEUS FILHOS NO ILÊ DA BARROQUINHA
É A SEMENTE QUE A FÉ GERMINOU, IYÁ ADETÁ
O FRUTO QUE O AXÉ CULTIVOU, IYÁ AKALÁ
YIÁ NASSÔ, Ê BABÁ ASSIKA
YIÁ NASSÔ, Ê BABÁ ASSIKA
VOU VOLTAR MAINHA, EU VOU
VOU VOLTAR MAINHA, CHORE NÃO
QUE LÁ NA BAHIA
XANGÔ FEZ REVOLUÇÃO
OXÊ… A DEFESA DA ALMA NA PALMA DA MÃO
NO CLÃ DE OBATOSSI, HÁ BRAVURA DE OXOSSI NO MEU PANTEÃO
É D’OXUM O ACALANTO QUE GUARDA O OTÁ
DO VELHO ENGENHO, XIRÊ QUE MANTENHO NO MEU CAMINHAR
TOCA O ADARRUM QUE MEU ORIXÁ RESPONDE
OLORUM, GUIA O BOI VERMELHO SEJA ONDE FOR
GIRA SAIA AIABÁ, TRAZ AS ÁGUAS DE OXALÁ
JUSTIÇA DE AGODÔ, TAMBOR GUERREIRO FIRMA O ALUJÁ
NO EGBÉ VILA VINTÉM, DAGÔ XANGÔ!
AMOR QUE VAI ALÉM, LEGADO DE FAMÍLIA
EXEMPLO DE LUTA SEM MEDO
VOZ FEMININA DO GUETO
SAMBA ENREDO DE MÃE PRA FILHA
Agô ô, ô, ô, ô!
Atabaque ecoou, incorporou a minha fé…
Sopra a voz do Alafin:
“Você faz parte de mim! Vá plantar o seu axé!”
Me chamam Iyá Nassô
Sou de luta, sou nagô
A chama que acende a candeia
De Oyó, herdei o fundamento
Vi meu novo nascimento
No pranto que escorreu em outra areia
Ao lado de Iyá Adetá, Iyá Akalá
Fui catulada e me banhei no ariaxé
E preparei no azeite doce amalá
Pra assentar meu Ayrá Intilé
Axé pra poder vencer! (Toca alabê!)
Axé pra não se entregar! (Dobra o alujá!)
Foi muito sangue, amassei muita farinha
Pra erguer na Barroquinha terreiro de orixá!
Na Revolta dos Malês, enfrentei perseguição
Pra salvar os filhos meus
Retorno a Uidá, o meu bastião
Eu vivo na coragem de Obatossi
Deixei ekodidé em cada ori
À sombra de Dankô
Tem xirê na Zona Oeste
E o Boi Vermelho, inconteste
Canta este oriki:
Ê! Ê! Ilê Iyá Nassô!
Na Casa Branca, Bamboxê
Engenho Velho de Xangô
Ê! Ê! Ilê Iyá Nassô!
Awurê Obá Kaô! Awurê Obá Kaô!
VILA VINTÉM É TERRA DE MACUMBEIRO!
No meu Egbé, governado por mulher…
Iyá Nassô é Rainha do Candomblé!
XANGÔÔÔ… KAÔ XANGÔ
GUIA MEUS PASSOS NO ALUJÁ
O TEU MACHADO REGE O TAMBOR
DO TEU SANGUE NASCEU IYÁ
UM DIA CORPOS PRETOS SOBRE YEMANJÁ
LÁGRIMAS SE MISTURAVAM AS ONDAS DO MAR
E CHEGARAM A SALVADOR… OKÊ OKÊ
ERA OYÓ QUE FICOU PRA TRÁS… KABECILÊ
NO SEU PEITO TRAZIA A DOR
EM SUA ALMA O ADÊ DO PAI
ESSA RAIZ É NAGÔ
IRMANDADE PLANTOU AXÉ
ADETÁ, AKALÁ, IYÁ NASSÔ
A LIBERDADE É MÃE DO CANDOMBLÉ
NASCI NUM PAÍS DE IDEAIS COLONIZADOS
REAL CICATRIZ, MARCAS DO PASSADO
IYÁ, BRAVURA DO MEU ILÊ
FOI REVOLTA, IMALÊ
NA BAHIA GUARDOU O SAGRADO
ILÊ AXÊ NASSÔ OKÁ
UMA HERANÇA, RETORNO DE UIDÁ
SEMENTE DOS ORIXÁS
NA CASA BRANCA TERREIRO DE PRETO
ENGENHO VELHO ANCESTRAL
MEU REFÚGIO, MEU SEGREDO
À SOMBRA DE UM BAMBUZAL
E NA MINHA DEVOÇÃO TOMADO DE FÉ
NO FINAL MINHA NAÇÃO ESTARÁ DE PÉ
AO FINAL VILA VINTÉM DE PÉ
EGBÉ IYÁ NASSÔ PADRE MIGUEL
CONGÁ DE CANGERÊ
O POVO PEDIU MEU BOI VERMELHO CHEGOU
NINGUÉM DERRUBA FILHO DE XANGÔ
Agô, matriarca gera a verve
Da retinta epiderme, a força Yorubá
Nagô resplandece na cabeça
O adê da realeza atrai a princesa Iyá
Sopra a fúria em Oyó, griva o barco pelo enfuno
Traz o trono de Alafin, Salvador será seu rumo
Reina em cultos velados uma fé que mantinha
O Candomblé da Barroquinha
Sai faísca quando afia o oxê
A justiça se inclina pro Imalê
Mãe advoga em prol de Vila Vintém
Faz valer a negritude sempre vista com desdém
A intolerância não sobe ladeira
A filha de santo a herança semeia
Segredo de Ifá, o bamboxê guardião
É fundamento ancestral, xirê em transmutação
No Engenho Velho ouço a louvação
Ylê Axé Iyá Nassô, Ora yê yê, ô okê arô
Ylê Axé Iyá Nassô, kabecilê meu pai kaô
Babá Dankô, o bambuzal que adorna Ketu
Baila em Orikis feito redemoinho
Airá intilé é o caminho
Tem salão e camarinha onde logra o altar
A baiana na cozinha prepara o amalá
No Ylê da UPM, a terra treme
No Ylê da UPM, o corpo treme
Ialorixá bradou, quem desvencilha?
O machado de Xangô
Compra a briga da sua filha
No Ylê da UPM, a terra treme
Na Ylê da UPM, o corpo treme
A rainha abrasou, luz de centelho
Irradia lyá Nassô
No Egbé do Boi vermelho!
Na próxima segunda-feira, dia 05 de agosto, a partir das 9h, o Acadêmicos do Salgueiro irá reabrir a Vila Olímpica, localizada na Rua Silva Teles, 104, no bairro do Andaraí. A agremiação convida moradores da região para conhecer o espaço e realizar suas inscrições nos diversos serviços oferecidos à comunidade. A Vila Olímpica oferecerá inúmeros serviços para todas as idades, com foco em saúde e bem-estar, visando melhor atender à comunidade salgueirense.
Foto: Divulgação/Salgueiro
Quadro de Atividades:
• Hidroginástica + 60
• Futebol Society até 17 anos
• Vôlei de quadra até 17 anos
• Vôlei de praia até 17 anos
O presidente do Salgueiro, André Vaz, enfatiza que a reabertura da Vila Olímpica representa um marco significativo para a escola de samba.
“A reabertura da Vila Olímpica não apenas simboliza o início de um novo ciclo, mas também reflete o compromisso contínuo do Acadêmicos do Salgueiro com a comunidade.”, destacou.
A felicidade expressa por Vaz ao mencionar esta iniciativa, destaca a importância de oferecer serviços que promovam a saúde e o bem-estar de todos os moradores, fortalecendo ainda mais os laços entre o Salgueiro e a comunidade salgueirense.
Para se inscrever nas atividades oferecidas pela Vila Olímpica, basta se dirigir à unidade de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h com a documentação exigida.
Confira a lista de documentos para inscrição
Crianças:
• Comprovante escolar
• Atestado médico
• Cópia da identidade ou certidão de nascimento
• Cópia do comprovante de residência
Adultos:
• Atestado médico
• Cópia da identidade
• Cópia do comprovante de residência
Passava das 6h deste sábado quando o Arranco anunciou que a parceria de Nego Vinny, Jr Fionda, Claudio Russo, Vando Cardoso, Gabriel Sorriso e Manolo foi a grande vencedora do concurso de samba-enredo para o Carnaval 2025. Em 2025, a escola apresentará o enredo “Mães que alimentam o sagrado”, que será desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon. A agremiação será a segunda a desfilar na sexta-feira pela Série Ouro. * OUÇA AQUI O SAMBA PARA O DESFILE DO ANO QUE VEM
Compositores Nego Vinny, Vando Cardoso e Gabriel Sorriso que assinam o samba campeão com os parceiros Jr Fionda, Claudio Russo, e Manolo
“A sensação, mais uma vez, é que temos um grande samba e a escola está vindo forte para fazer um bom carnaval e brigar em 2025. O samba é forte, emocionante, fala de mulheres, a mãe preta, as nossas guerreiras do Arranco, a Diná Santos e a Tatiana Santos, que fazem muito pela escola. A felicidade é gigante representar o Arranco na Avenida. O nosso samba é maravilhoso, foi feito dentro de um terreiro”, citou Nego Vinny.
Ao CARNAVALESCO, a vice-presidente Tatiana Santos revelou que o Arranco pretende emocionar o público, como aconteceu em 2024, quando a escola conseguiu fazer um desfile que tocou o público na Sapucaí, apesar da injusta 14ª colocação.
Vice-presidente Tatiana Santos
“O nosso samba tem muito axé. Ele vai com um pedacinho de todos os finalistas. Eu queria juntar o pedacinho de cada um e fazer um novo samba, porque levo no coração e para Avenida os três sambas. O ano foi maravilhoso na safra. Foram obras maravilhosas e dignas de representar o Arranco. O colo da mãe está aí e vamos levar para Avenida. Esperem muitas lágrimas, da mesma maneira que marcamos a Sapucaí em 2024, falando da saúde mental, vamos falar de mães em 2025, de todas mães e todas formas, e não tem como ver o enredo, fantasias, ouvir o samba e alegorias e não lembrar da sua mãe”, comentou a dirigente, que apresentou Mari Mola, como madrinha da escola para o desfile do ano que vem.
Vice-presidente Tatiana Santos com Mari Mola, madrinha do Arranco
Confiança no samba do ano
Contratada pelo Arranco para o desfile de 2025, a carnavalesca Annik Salmon explicou como surgiu o enredo e citou que confia que terá o samba-enredo do ano na Série Ouro.
Carnavalesca Annik Salmon
“Smpre que estou em uma escola busco entender a essência da escola e os enredos que vem fazendo nos últimos anos. O Arranco é totalmente matriarcal, que tem o poder feminino atuante e com muita liderança. O enredo surgiu com sonho. Tenho meus guias e entendendo como é a escola, que tem união e uma grande família. Falar da mãe faz parte de mim, a trajetória da presidente e da vice-presidente, as mães do Arranco, que acolhem e abraçam todo mundo. O enredo casou perfeito com a escola. Eu pedi aos compositores para não faltar muito macumba nos, a sinopse foi escrita assim, pegando o lado afro, que para eles a mãe é sagrada demais. Tem o conceito do criar, educar, mesmo não sendo filho, mas sendo uma comunidade. Essa parte ancestral é a abertura, mas que percorre todo o enredo. Podem esperar o samba do ano, é o que quero, a escola está com muita garra, vontade e estão felizes. O enredo tem identidade”, disse a artista.
Giselle Farias, rainha de bateria, com a vice-presidente Tatiana Santos
Carro de som ainda celebra desfile de 2024 e projeta 2025
Dupla de ouro do Arranco, os intérpretes Pâmela Falcão e Thiago Acácio, que tiveram uma ótima atuação no desfile de 2024, conversaram com o CARNAVALESCO sobre o trabalho para o desfile do ano que vem.
“A gente é um encontro. Estarmos juntos é coisa do sagrado. O segredo é a gente querer muito fazer o melhor trabalho possível para escola. Vestir a camisa e se unir como time. É um prazer formar essa dupla com ela. O desfile de 2024 foi histórico, minha estreia no Arranco e na Série Ouro, falamos de um tema tão importante e quando pisamos na Sapucaí aconteceu, foi lindo e mágico. Todos os diretores e o mestre estão juntos, sempre conversamos, o time quer fazer a coisa dar certo. O afinco é o que faz a coisa acontecer. Vamos deslanchar em 2025”, garantiu Thiago Acácio.
Intérpretes Pâmela Falcão e Thiago Acácio
“Tem que ser irmandade, parceria, sem vaidade. Precisamos somar em prol da escola. O desfile de 2024 foi o retorno do Arranco para Sapucaí. Foi uma questão de afirmação. A gente conseguiu contornar tudo, ninguém dava nada pelo samba, e fizemos acontecer. O Arranco aconteceu na Marquês. O carro de som está integrado com a bateria. O mestre Gilmar deixa muito aberto e sempre podemos opinar. Já estamos lançando supresas, temos introdução diferente, precisamos ser um só”, completou Pâmela Falcão.
Integrantes da ala de passistas do Arranco
Casal em sintonia
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Laryssa Victória, conversou com o CARNAVALESCO sobre o trabalho para o desfile do ano que vem.
“Esse ano está sendo uma experiência nova. Começando uma parceria nova. Muito vigor para minha dança. Ela está vindo com outra pegada e proposta. Isso me estimula a reiventar após 21 carnavais. É bacana, porque não fico na mesmica. A dança dela é força e vontade. Acredito na amizade, quando isso reflete na dança, chegamos no lugar que sempre almejamos. Já vimos o figurino e foi muito bem desenhado”, comentou Diego Falcão.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Laryssa Victória
“Desde o nosso primeiro ensaio a conexão bateu e foi até inesperado. Vimos que sintonia bateu, o que pensamos em relação ao trabalho, que é respeitar o tradicionalismo, respeitar os fundamentos, temos os pensamentos iguais. Foi muito fácil esse entrosamento. O Diego é muito tradicional e carinhoso. Ele me respeita muito dançando, sempre está me olhando com cuidado e admiração. É o que passa e faço isso com ele também. Falo para ele confiar em mim, como confio nele, e estou muito grata por voltar a dançar com um mestre-sala tão grande. Já vi a fantasia é linda, muito significativa e vai emocionar muita gente”, afirmou a porta-bandeira.
Atabaque na bateria
Comandante da bateria do Arranco, mestre Gilmar fez um balanço do desfile de 2024 e projetou o trabalho para 2025.
Mestre Gilmar
“O desfile de 2024 teve a bateria reformulada. É difícil conseguir montar a bateria, leva um tempo, e para o eu queria foi um trabalho bem proveitoso, fomos penalizados por falhas, mas vamos focar na correção. Procuramos melhorar. Para 2025, o atabaque é fundamental. Vamos fazer uma bela macumba na avenida. Penso no andamento confortável para bateria, desfilantes e a bateria tem identidade, não é de correria, ficamos na casa de 144/143 BPM (batidas por minuto) o componente desfila tranquilo. O enredo facilita o nosso trabalho, da direção muito boa. O samba é melodioso, com letra fácil e valente. Além disso, os nossos intérpretes (Pâmela e Thiago) misturaram comigo a juventude com experiência. Estou muito feliz em trabalhar com eles dois”, garantiu o mestre.
Enredo mexe com os componentes
Um dos integrantes da comissão, o diretor de carnaval Cosme Márcio falou do trabalho do Arranco para 2025.
Diretor de carnaval Cosme Márcio
“Escolher o samba no início de agosto é muito importante. Temos mais tempo para ensaiar. Vamos desfilar com 1200 componentes, com três carros e um tripé. A vida é sempre em busca de melhorar. Queremos o chão mais forte e também melhorar a plástica. O enredo pede muito isso. Ele mexe com o sentimento das pessoas. Esperem um grande carnaval, e, através do enredo, uma integração grande com a escola e o público”.
Veja apresentações das parcerias na final
Parceria de Nego Vinny: Bem defendido por Tinguinha e pelos apoios. Refrão principal como ponto alto, crescendo após o verso “rogai por nós”, com a torcida cantando bem e muito empolgada. Integrantes, fora dos torcedores da parceria, cantaram o samba durante a apresentação.
Parceria de Gabriel Machado: Foi bem na condução do cantor Tem-Tem Jr. Torcida também participativa, porém menos que o samba anterior, com algumas só entrando no ritmo apos algumas passadas. Os versos que mais empolgavam eram os que conduziam ao refrão principal, que também foi bem defendido.
Parceria de Thales Nunes: Começo bem empolgante no início com os componentes fazendo coro em ambos os refrões do samba, muito bem comandado por Tuninho Jr. A torcida não deixou de cantar enquanto o samba se apresentava, empolgando integrantes da escola, que não faziam parte da torcida da parceria.