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Comissão de frente cênica e samba poderoso elevam o nível da Em Cima da Hora

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A Em Cima da Hora entrou na pista de desfile da Cidade do Samba buscando mostrar um novo patamar da escola, com quadra reformada, novos ares e mais investimento. E a impressão foi positiva, com uma bonita comissão de frente, uma escola pujante e um ótimo samba. A agremiação de Cavalcante trará o enredo “Salve Todas as Marias — Laroyê, Pombagiras”.

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Fotos: S1 Comunicação

Márcio Moura trouxe uma comissão com a pombagira como elemento central, rodeada de rosas caveiras. Uma coreografia com dança dinâmica e bastante teatralização, bem realizada, com elementos de incorporação. O casal Marlon Flores e Winnie Lopes apresentou um bom desempenho, com uma agradável sintonia entre ambos, e uma coreografia mais marcada na segunda parte do samba. Winnie mostrou elegância nos giros, e Marlon, precisão em seu bailado.

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A primeira ala, com componentes segurando bandeiras com a palavra “Laroyê”, veio cantando bastante. O refrão principal foi entoado com força pela escola, até mesmo pelas alas com o canto ainda por evoluir. Algumas alas apresentaram um canto bem irregular, mas, no geral, a harmonia foi satisfatória.

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A evolução da Em Cima da Hora foi forte, com inúmeros componentes pulando e sambando, indo no embalo do bom samba. Samba que foi o destaque do ensaio da agremiação de Cavalcante, com uma bela interpretação de Igor Pitta e do carro de som, sustentando a ótima obra por toda a apresentação, contando com uma pegada quente da bateria de mestre Leo, que jogou o samba para cima, principalmente na parada do refrão de cabeça. A obra se comunicou bem com o público na parte final do minidesfile.

Inocentes de Belford Roxo tem bom rendimento do samba e mostra força de quesitos no minidesfile

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Terceira escola do minidesfile da Série Ouro, a Inocentes de Belford Roxo mostrou boa força de quesitos, muita organização e criatividade, e só houve deslize na evolução, em um momento de desatenção que resultou em buraco. A comissão de frente dos coreógrafos Sergio Lobato e Patrícia Salgado trouxe a literatura de cordel, com os bailarinos representando os cangaceiros na fantasia em preto e branco, a mesma paleta de cores que é retratada nesse tipo de arte. A caracterização dos componentes se destacou bastante, até pela maquiagem branca no rosto. Na performance, traziam instrumentos, dançavam forró, mas também produziam passos mais cômicos, interagindo com o público e dando o tom mais presente no enredo.

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Fotos: S1 Comunicação

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O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius Jesus e Thainá Teixeira, apresentou alguns passos mais de forró e xaxado, mas mostrou muita intensidade nos passos mais clássicos de casal. A dupla também mostrou entrosamento e muita doçura, sempre se procurando na dança. A saia de Thainá produzia um efeito interessante nos giros por conta das dobras.

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O intérprete Ito Melodia, muito festejado, grande contratação para este carnaval e com experiência em enredos desse tipo, soube dar o tom certo para a apresentação, colocando irreverência e alegria no canto, sem exageros, mas de forma espontânea, como já é conhecido, cantando com correção e mantendo o ritmo lá em cima com a ajuda da bateria Cadência da Baixada, de mestre Washington Paz, que trouxe bossas de xaxado no refrão do meio (“Era gente dançando daqui…”) e, no refrão principal (“Samba, meu povo”), uma “bandinha” de charanga.

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Na evolução, a escola pecou em um momento em que abriu buraco entre as passistas e a rainha que vinha à frente da bateria. Apesar desse ponto, em relação ao restante da escola houve mais organização e muita espontaneidade dos componentes, impulsionados pelo bom rendimento do samba. A rainha Carolane Silva, aliás, estava toda de azul e mostrou samba no pé e simpatia com o público. Em 2026, com o enredo “O sonho de um tal pagode russo nos frevos do meu Pernambuco”, a Inocentes de Belford Roxo será a segunda escola a pisar na Sapucaí na sexta-feira de carnaval.

Botafogo tem boa evolução no minidesfile em tarde de ótima apresentação da ‘Ritmo Alvinegro’

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Já no finalzinho da tarde do último sábado, a Botafogo Samba Clube pisou na passarela de desfile do Esquenta da Série Ouro trazendo muita organização de seus componentes, mas com espontaneidade, impulsionada por uma boa apresentação da Ritmo Alvinegro, que ajudou no rendimento do samba. A comissão de frente de João Pedro Santos trouxe três pequenos elementos cenográficos, com cenários floridos e uma tela vazia que era decorada com elementos que havia na parte de baixo, como bromélias, e no final da performance formavam o símbolo da Botafogo Samba Clube, enquanto os componentes, vestidos de pintores, dançavam.

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Fotos: S1 Comunicação

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Moreira e Beatriz Paula, estava vestido de branco e fez uma coreografia mais pautada na dança tradicional, com algumas pontuações em momentos do samba, como no trecho do “Mandacaru”, em que fizeram um xaxado marcado na bossa da bateria. Destaque para Beatriz, com bons giros e bastante intensidade durante a apresentação para o local que representava o júri. O tripé que vinha no início da escola, todo prateado, trazia a imagem do homenageado em pintura e o símbolo da escola.

Sem um grande ponto de explosão, o samba teve no intérprete Nêgo e no time de vozes de apoio da Botafogo um trabalho de destaque na melodia, principalmente nos momentos mais melodiosos, como na segunda do samba, a partir do trecho “Vem contemplar as bromélias”. O canto da comunidade teve um rendimento regular, com maior destaque para as alas iniciais.

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Na evolução, a equipe da Botafogo teve um bom cuidado com o deslocamento das alas e com a organização, que definia bem onde começava e terminava cada ala, isso sem deixar o passo marcado e sem cortar a alegria dos componentes. A bateria Ritmo Alvinegro, agora de volta com mestre Marfim no comando, fez uma bossa de xaxado na parte do “Mandacaru”. Antes do desfile, a rainha Wenny Iza surgiu em uma plataforma toda florida e saudando o público da Cidade do Samba; em seguida, foi coroada pelo David Brazil. Em 2026, a Botafogo Samba Clube vai abrir o sábado de carnaval com o enredo “O Brasil que floresce em arte”.

Jacarezinho abriu minidesfile da Série Ouro com destaque para casal e apresentação correta

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Primeira escola a pisar na pista de desfiles da Cidade do Samba, a Unidos do Jacarezinho fez uma apresentação correta, sem grandes erros, mas com destaque principal para o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. A comissão de frente, de Akia Almeida, homenageou o padroeiro da escola, Oxóssi, e, por conseguinte, também homenageou Xande de Pilares, o enredo da escola, pois o cantor também é filho do orixá. Na apresentação, foram 12 componentes representando os caçadores de Odé e um prior sendo o próprio Odé. Caracterização legal, com máscaras que chamaram a atenção pelos detalhes. Boa movimentação e uso do espaço da passarela na Cidade do Samba.

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Fotos: S1 Comunicação

Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Maycon Ferreira e Lorenna Brito, grande destaque desta primeira apresentação do Jacarezinho, vestidos na paleta do dourado, procuraram uma coreografia mais tradicional, voltada para os passos clássicos de casal. O que mais se destacou foi a postura da dupla, com finalizações precisas, expressões marcantes e muita delicadeza e correção na procura de um pelo outro.

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A bateria “Show Mil”, de mestre Rafael Pelezinho, fez algumas bossas para um samba que não é um dos mais aclamados da Série Ouro, mas que passou bem no geral, levado pelos intérpretes Ailton Santos e Thiago Acácio, mais impulsionados nos dois refrães. A evolução não teve grandes problemas de buracos ou correria, mas não chegou a empolgar muito também pelo horário, ainda de muito calor, e com a Cidade do Samba bem vazia. Já o canto da comunidade não teve grande destaque: algumas alas cantando, mas a maioria ainda muito tímida, mesmo com o bom trabalho do carro de som, com destaque para as vocalizações de Thiago Acácio e tendo Ailton Santos mais focado em seguir reto no samba e manter o bom andamento.

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Na abertura, um tripé trazia símbolos ligados aos orixás de devoção do cantor Xande de Pilares. Logo depois, as baianas, em um destacado tom de rosa que ainda refletia o sol forte no momento da apresentação. A rainha Thalia Antonella veio em um rosa mais delicado da escola e mostrou samba no pé e muita animação. Em 2026, a Unidos do Jacarezinho vai abrir a sexta-feira de carnaval com o enredo “O ar que se respira em novos tempos”.

Liesa define calendário dos ensaios técnicos do Grupo Especial para o Rio Carnaval 2026

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A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) divulgou nessa segunda-feira  o calendário dos ensaios técnicos para o Rio Carnaval 2026. Ao todo, cada escola fará dois ensaios no Sambódromo, já com a luz e o som que serão utilizados nos desfiles oficiais. A entrada segue gratuita. Além dos ensaios das escolas do Grupo Especial, algumas datas também contemplarão parte dos desfiles das escolas mirins. Uma parte das agremiações desfilará na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, e a outra parte nas datas sinalizadas abaixo.

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Divulgação/Riotur

Sexta-feira (30/1)
21h – Niterói
Mocidade
Mangueira
Unidos da Tijuca

Sábado (31/1)
18h – Desfiles mirins (escolas a definir)
20h – Vila Isabel
Salgueiro
Paraíso do Tuiuti
Portela

Domingo (1/2)
17h30 – Desfiles mirins (escolas a definir)
19h – Viradouro
Imperatriz Leopoldinense
Grande Rio
Beija-Flor

Sexta-feira (6/2)
21h – Niterói
Mocidade
Mangueira
Unidos da Tijuca

Sábado (7/2)
18h – Lavagem
Vila Isabel
Salgueiro
Paraíso do Tuiuti
Portela

Domingo (8/2)
18h – Desfiles mirins (escolas a definir)
19h – Viradouro
Imperatriz Leopoldinense
Grande Rio
Beija-Flor

Confira a análise dos minidesfiles das escolas do Grupo de Acesso I de São Paulo

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Por Gustavo Lima, Naomi Prado, Lucas Sampaio, Gustavo Mattos, Eduardo Frois e Will Ferreira

As escolas de samba do Grupo de Acesso I de São Paulo participaram neste sábado dos minidesfiles realizados na Festa de Lançamento dos Sambas-Enredo do Carnaval 2026. As agremiações abrilhantaram o início da noite com as apresentações para o público, que compareceu massivamente à Fábrica do Samba, localizada na Barra Funda. Confira a seguir uma análise do que cada postulante a uma vaga na elite da folia paulistana apresentou na passarela.

CAMISA 12

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Retornando ao Grupo de Acesso I após 20 anos e encarregada de abrir as apresentações, a Camisa 12 mostrou para o público que cada vez mais se identifica com enredos de cultura africana. Com uma comissão de frente caracterizada e coreografando de acordo com a proposta do enredo “Princesas Nagô, Rainhas do Brasil – A origem da fé, herança de Ketu”, assinado por Delmo de Moraes, que falará sobre as mulheres que fundaram o primeiro terreiro de candomblé no Brasil, a agremiação da torcida corintiana também teve no samba conduzido por Clóvis Pê e Tim Cardoso um fator positivo. A comunidade cantou forte ao som da obra e contribuiu para uma animada abertura das apresentações da segunda divisão da folia paulistana.

UNIDOS DE VILA MARIA

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Segunda escola a desfilar, a Vila Maria aposta no enredo “Do chão que alimenta à culinária que encanta: Brasil, um banquete de sabores”, assinado por Vinícius Freitas, para retornar ao Grupo Especial após três carnavais. Os destaques da apresentação da “Mais Famosa” vão para as roupas dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, em especial o primeiro, formado por Camila Moreira e Carlos Eduardo, que evoluíram com uma fantasia de plumas arroxeadas deslumbrante. A bateria “Cadência da Vila”, agora comandada pelo mestre Marcel Bonfim, mostrou que continua afiada e ajudou a elevar o nível do samba conduzido pelo intérprete Clayton Reis.

ACADÊMICOS DO TUCURUVI

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Mordidos após o polêmico rebaixamento no Carnaval de 2025, os Acadêmicos do Tucuruvi mostraram vigor para conduzir o enredo “Anti-Herói Brasil”, assinado por Nicolas Gonçalves. Terceira escola a se apresentar, a trupe da Cantareira teve na comissão de frente um ponto forte. Caracterizados de malandros liderados por uma entidade, deram o tom da proposta do tema, que é celebrar o povo brasileiro, os anti-heróis que superam com bravura os desafios do dia a dia. A quarta ala da agremiação da Cantareira, uma das poucas com caracterização específica dentre as apresentações do Acesso I, veio justamente representando diferentes perfis de pessoas comuns, chamando a atenção do público.

A “Bateria do Zaca”, comandada pelo mestre Serginho, mostrou a já conhecida boa forma e ajudou a animar os componentes, que cantaram forte o samba comandado pelo intérprete Hudson Luiz.

MANCHA VERDE

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A quarta apresentação foi de outra agremiação que teve um rebaixamento surpreendente. Após anos disputando título na elite, a Mancha Verde volta ao Acesso I e já no minidesfile demonstrou sua força. Apostando na reedição do enredo “Pelas mãos do mensageiro do Axé, a lição de Odu Obará: a humildade”, do Carnaval de 2012 e assinado desta vez por Rodrigo Meiners, a apresentação teve como principal destaque a harmonia. O samba, que assim como na primeira vez foi comandado pelo intérprete Freddy Vianna, é um dos mais cantados na quadra alviverde há anos, o que tornou muito fácil para a comunidade se empolgar ao som da obra.

Destacaram-se também a bela caracterização da comissão de frente, com uma coreografia vibrante, e o alto astral do primeiro casal, formado por Adriana Gomes e seu novo parceiro, Thiago Bispo.

NENÊ DE VILA MATILDE

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Após bater na trave em 2025, a Nenê aposta no enredo “Encruzas – Nenê de Corpo e Alma no Coração de São Paulo”, assinado por Danilo Dantas, que exaltará o famoso cruzamento da Avenida Ipiranga com a Avenida São João, para retornar ao Grupo Especial. A Águia da Zona Leste foi a quinta escola a passar pela pista e, entre seus principais destaques, esteve o grande número de desfilantes. A comunidade compareceu em peso e cantou o samba defendido pelo intérprete Tiganá com vigor. A obra teve um bom desempenho no desfile, embalada pelas notas criativas da “Bateria de Bamba”, comandada pelo mestre Matheus Machado.

PÉROLA NEGRA

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Retornando como campeã do Grupo de Acesso II e sexta escola a se apresentar, a Pérola Negra foi também a primeira agremiação do ano a apostar em um tripé no minidesfile, o que se tornou padrão até o final do evento. A alegoria era basicamente o símbolo da escola, porém grande e rica em detalhes. A “Joia Rara” também optou por não abrir a apresentação com uma comissão de frente coreografada, apostando no encanto da comunidade de sua escola mirim, a Perolinhas do Amanhã, para conquistar o público.

O animado samba, defendido pelo intérprete Lucas Donato e Juan Briggs, embalou a comunidade da Vila Madalena ao longo do desfile, que contou também com alguns componentes caracterizados de acordo com o enredo “Valei-me cangaceira arretada, Maria que abala a gira, valente e bonita que vence demanda”, assinado por André Machado, que celebrará a força da mulher nordestina por meio da figura da cangaceira Maria Bonita, esposa de Lampião.

DOM BOSCO DE ITAQUERA

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A escola da Zona Leste foi a sétima a se apresentar e, desde o início, impressionou o público com sua comissão de frente caracterizada e evoluindo em passos bem comuns de enredos afro. O tripé que veio em seguida contou com a presença de uma destaque fantasiada em referência ao enredo “Mariama – Mãe de todas as raças, de todas as cores. Mãe de todos os cantos da Terra”, assinado por Fábio Gouveia.

O exaltado samba da Dom Bosco, defendido pelo intérprete Rodrigo Xará, mostrou força na pista por meio do forte canto da comunidade. Outro destaque vai para as várias rosas distribuídas ao público ao longo da passagem da comunidade itaquerense.

INDEPENDENTE TRICOLOR

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Iniciando sua apresentação com um tripé gigantesco com o símbolo e o nome da escola, a Independente Tricolor foi a oitava e última escola do Acesso I a se apresentar. A comissão de frente passou caracterizada e evoluindo de acordo com a proposta do enredo “N’Goma – A primeira festa na manhã do mundo”, assinado por Léo Cabral e Yuri Aguiar. Chamou a atenção um componente do quesito carregando um tambor e o tocando em dados momentos da coreografia, sendo referência direta à proposta central do tema. O primeiro casal da escola, formado por Jeff Anthony e Thais Paraguassu, levantou o público com vigor e uma bela dança.

Niterói confirma comunicação popular do seu samba em ensaio de rua

A Acadêmicos de Niterói realizou mais um ensaio na Avenida Amaral Peixoto neste domingo e, mais uma vez, o samba da agremiação se destacou pela excelente comunicação com o público, principalmente em seu chiclete refrão de cabeça, na boca do povo que assistiu ao ensaio e também dos componentes. A obra faz jus à figura extremamente popular do homenageado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cresce a cada apresentação da azul e branco e se firma como alicerce para um desfile quente na Marquês de Sapucaí. O casal Emanuel e Thainara foi outro destaque do ensaio, com mais uma ótima apresentação que mostrou todo o entrosamento da dupla. A Niterói tem a dura missão de abrir os desfiles do Grupo Especial no domingo de Carnaval, apresentando o enredo “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, de autoria do carnavalesco Tiago Martins.

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MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Emanuel e Thainara vivem um momento especial na carreira, estreantes como primeiro casal no Grupo Especial e vindos de um excelente minidesfile, onde exibiram todo o seu talento. Neste ensaio, seguiram o padrão de apresentação que alcançaram, com muita uniformidade nos movimentos, leveza gestual e elegância, exibindo o entrosamento que possuem dos últimos carnavais. Um desempenho que abre um ótimo horizonte pensando no desfile oficial.

EVOLUÇÃO

Calcada na força de seu samba e puxada pela comunicação com o público presente na Amaral Peixoto, a Niterói mostrou uma evolução firme, com as alas preenchendo bem a pista e mostrando animação e garra. Exceto no refrão principal, onde a escola balançava os braços cantando “Olê, olê, olá, Lula, Lula”, dando uma bonita movimentação e uniformidade à evolução, os componentes desfilaram muito soltos, podendo cantar e sentir o samba cada um à sua maneira, sem perder a organização. O ritmo de evolução foi confortável, sem correria, e a azul e branco foi avançando na pista com tranquilidade.

SAMBA E HARMONIA

A obra que a Niterói levará para a avenida já nasceu popular e segue em crescente, impulsionando toda a apresentação da escola. Além do refrão de cabeça, que é o grande momento de explosão do samba, o trecho “sem mitos falsos, sem anistia” é muito cantado e se tornou outro ponto de destaque. A primeira parte é mais extensa e, em alguns momentos, passa de forma mais morna, porém tem sido levantada por Emerson Dias e seus apoios com muita garra e domínio do samba.

No seu todo, a obra tem puxado o desempenho da Niterói nos quesitos de chão e contribuiu para uma competente harmonia exibida no ensaio. A maior parte dos componentes cantou com entusiasmo diversos trechos, até menos explosivos, como o trecho central “vi a esperança crescer e o povo seguir sua voz…”. A primeira parte mostrou alguns componentes com canto mais irregular, mas na segunda parte o canto cresceu consideravelmente, até uma explosão no refrão de cabeça.

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Emerson Dias, intérprete da agremiação, falou sobre a força e popularidade do samba:
“O samba já está num patamar, numa esfera fora do âmbito só do Carnaval, no Brasil inteiro. É um samba que qualquer postagem na internet alcança 100 mil visualizações, milhares de comentários. Podemos ver a força deste samba no minidesfile. O samba está numa crescente muito boa, e isso é o mais importante. Sabemos da responsabilidade e da dificuldade que será alcançar a permanência, mas estamos preparados e brigando muito para que isso aconteça”, afirmou.

OUTROS DESTAQUES

Uma pequena menina ao lado da musa Karinne Rodrigues roubou a cena com muita fofura e samba no pé. Karinne também se destacou com bastante samba e carisma.
A bateria de Branco Ribeiro passou com firmeza e contribuiu para o bom desempenho do samba da escola.

A comissão de frente não se apresentou no ensaio; a cabeça da escola abriu com o casal de mestre-sala e porta-bandeira.

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Viradouro brinca carnaval na Amaral Peixoto e realiza ensaio de rua apoteótico

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Um espetáculo de evolução, uma escola vibrante exaltando um dos seus e um homenageado em estado de graça. Esses foram alguns dos destaques que a Viradouro mostrou em um ensaio irrepreensível, com a força de um desfile valendo título. Foi o melhor ensaio da escola na temporada, mostrando tudo o que se espera de uma das potências da atualidade.

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Fotos: Vinícius Ximenes/Divulgação Viradouro

Uma evolução impecável e extremamente contagiante, com os componentes dominando toda a pista, brincando e aproveitando todo o espaço para a apresentação. Acima da conhecida excelência dos quesitos que a agremiação possui, a energia presente no ensaio foi o ponto crucial para o banho que a Viradouro apresentou.

Cantar sobre um dos seus é diferente, e a emoção teve seu ápice no final da apresentação, quando os diretores de harmonia e carnaval ergueram Ciça como numa apoteose, com aplausos e reverência de toda a escola. Os componentes não precisaram buscar abraçar o enredo após a escolha; ele já nasceu abraçado. Todo esse clima tende a ser ainda maior no desfile oficial, quando a escola desfilará na segunda-feira de Carnaval mostrando o enredo “Pra cima, Ciça!”, desenvolvido por Tarcisio Zanon.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Julinho e Rute estão em estado de graça e dançam com uma naturalidade que impressiona. O experiente casal bailou com muita graça, elegância e vitalidade, numa série com algumas pitadas de coreografia inspirada no samba, como na segunda parte da obra, mas, na maior parte da apresentação, o bailado foi solto, com uma precisão impecável nos movimentos, tudo feito com muita limpeza na execução. Um desempenho espetacular.

EVOLUÇÃO

A Viradouro mostrou um modelo de evolução não tão frequente nos dias atuais. A escola não apenas andou para frente; as alas se movimentaram para os lados, com componentes trocando de posição, movimentando todo o corpo, ocupando espaço com os braços, usando toda a pista para cantar e se divertir. Uma evolução solta, empolgante, fluida, bonita de ver. E tudo isso com um ritmo constante de sequência dos componentes pela pista, sem sobressaltos ou inconsistências na forma como a escola avançava. A troca de energia entre público e desfilantes trouxe ainda mais vivacidade para o ensaio da vermelho e branco, que encerrou seu ensaio coroando o seu homenageado. Marcelinho Calil, diretor-executivo da Viradouro, falou sobre o ensaio.

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“O ensaio foi espetacular. Pelo lado emocional, foi um ensaio quente: escola pulsando firme, cantando, feliz, espontânea; e, tecnicamente, tudo aconteceu de forma muito encaixada, muito precisa, tudo funcionando. Estou muito feliz. Certamente, foi nosso melhor ensaio até agora; ao meu ver, um ensaio perfeito, não vi absolutamente nada que eu pudesse pontuar, isso é raro. Na técnica e na emoção, que é o principal para este ano, foi uma noite muito feliz”, declarou.

SAMBA E HARMONIA

Um desempenho de excelência foi alcançado pelo samba da Viradouro neste ensaio de rua. Wander Pires e seus apoios extraíram toda a qualidade que a obra possui, valorizando a linha melódica, como no refrão central, que tem uma melodia muito bonita, seguido do começo da segunda parte: “se a vida é um enredo, desfilou outros amores”. O trecho de canto mais corrido — “peça perfeita pra me completar, feiticeiro das evocações…” — passou com muita clareza e obteve ótimo rendimento, com bastante balanço. O refrão de cabeça explodiu durante todo o ensaio. Essa explosão se viu no canto da escola, que foi fortíssimo na totalidade das alas, com componentes gritando o samba mesmo longe da bateria. Além dos refrães, diversos trechos tiveram um canto muito forte, como: “contam no Largo do Estácio o destino em seu passo, que fez, pouco a pouco, uma chama acender; traz surdo, tarol e repique pro mestre reger”. A Viradouro cantou alto e radiante.

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OUTROS DESTAQUES

Muitas vezes, pelo foco total no samba no pé, a ala de passistas acaba apresentando um canto mais falho e irregular; não foi o que ocorreu com a Viradouro. Os passistas da agremiação cantaram muito o samba durante a passagem da escola.

Ciça foi aclamado no final do ensaio por diretores, passistas, seus ritmistas, Rute, Julinho e quem mais estivesse ali por perto. Uma linda cena e mais um capítulo dessa homenagem tão especial.

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Jeito Tucuju! Festa mangueirense encanta Visconde de Niterói em ensaio potente

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No começo da noite do último domingo, a Estação Primeira de Mangueira ocupou a Rua Visconde de Niterói para mais um ensaio de rua, em preparação para o Carnaval 2026. A verde e rosa vai levar o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, em homenagem ao Mestre Sacaca e à cultura afro-indígena amapaense. A apresentação vigorosa da comissão de frente de Karina Dias e Lucas Maciel foi seguida pelo bailado impecável do 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus Olivério e Cintya Santos. Com um canto linear e forte, a Mangueira foi embalada pela sintonia de Dowglas Diniz com a “Tem que respeitar meu tamborim”, de Taranta Neto e Rodrigo Explosão.

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Fotos: Matheus Vinícius/CARNAVALESCO

O diretor de carnaval, Dudu Azevedo, comentou sobre o desempenho da escola no minidesfile que aconteceu na sexta-feira do fim de semana anterior, 29 de novembro, e declarou que era um dia de festa a ser celebrado.

“A gente levou as potências da escola. Aproveitamos bem a experiência com o som. Por sinal, é só elogio. Acho que evoluiu aí 5 mil por cento. Tem aquele som que dá total audição para nós, do carro de som, do entrosamento da bateria. Muito bom. E é uma festa para o povo, do povo. É uma comemoração do Dia Nacional do Samba. Muita gente quer avaliar segmentos e quesitos nos minidesfiles. Ali é uma comemoração, é para ser visto nosso povo cantando, brincando carnaval. E o melhor de tudo foi essa avaliação que a gente pôde ter do som, nosso primeiro contato com o som novo. Mas a Mangueira sai feliz. Fizemos uma grande homenagem através do Sidnei França, que teve a ideia de dar uma homenagem aos 30 anos do Carnaval de 1996, uma homenagem ao Oswaldo Jardim. Assim, a Mangueira sai feliz. Fomos para lá com o propósito de cantar, se divertir, e foi isso que a gente fez. Não tem por que a gente tirar do minidesfile uma avaliação, sabe? Eu gosto muito do minidesfile como uma data de comemoração. Eu saio totalmente desse estereótipo de avaliar algo, comparar algo, não tem isso no minidesfile. Nenhuma escola sai mais preparada ou menos preparada por fazer um bom minidesfile”.

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COMISSÃO DE FRENTE

Os coreógrafos Karina Dias e Lucas Maciel montaram uma coreografia que foi executada com muito vigor e sincronia. Os componentes fizeram gestos bem fluidos que lembram movimentações tanto indígenas quanto de origem afrorreligiosa. Outro detalhe são as formações circulares, que mostravam a força coletiva do grupo e também incorporavam a possibilidade de os dois lados da pista poderem ver passos semelhantes.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

A energia do furacão do casal Matheus Olivério e Cintya Santos contagiou a Rua Visconde de Niterói. Mestre-sala e porta-bandeira demonstraram uma combinação de maturidade, alegria e precisão. Foi possível observar a irreverência na interação do casal, mas havia elegância nos giros hipnotizantes de ambos. O casal foi ovacionado ao fim das apresentações.

EVOLUÇÃO

A alegria mangueirense era nítida. A Verde e Rosa desfilou cantando e dançando bastante por todo o percurso. Os desfilantes seguiram em um ritmo empolgante e cadenciado. As alas coreografadas eram pontuais ao longo do desfile e bem executadas.

SAMBA E HARMONIA

É inegável que o samba de Pedro Terra, Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes, Paulo César Feital, Herval Neto e Igor Leal está na ponta da língua de todo mangueirense, da primeira ala à velha-guarda, que encerra o cortejo. Os pontos altos são “Sou gira, batuque e dançadeira (areia)”, que exige o grito de “Areia” por parte dos desfilantes, e o “Yá, Benedita de Oliveira, Mãe do Morro de Mangueira / Abençoe o jeito tucuju”. Além disso, algumas alas “brincam” com o refrão principal no verso “Juntei o povo daqui, juntei com o povo de lá”, que é complementado com um “Eu também” em resposta.

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Dowglas Diniz e seu carro de som evidenciaram conforto na condução do samba e na interação com a bateria verde e rosa. O intérprete se apropriou bem do hino da escola, dando um ritmo leve e empolgante. Ele comentou o desempenho no minidesfile em homenagem ao Dia Nacional do Samba e definiu que ainda há margem para aprimoramento:

“É um resultado muito positivo. Nós conseguimos botar em prática tudo aquilo que planejamos, tudo aquilo que a gente veio ensaiando. Tem alguns pontos que precisam ser melhorados, mas acredito que até fevereiro, no grande dia do desfile, vai dar tudo certo. Fiquei muito feliz com o resultado do canto da comunidade, o rendimento do samba, o entrosamento do carro de som juntamente com a bateria. Não são pontos negativos, que é o que eu digo, são ideias nossas. Testamos algumas ideias numa parte musical como vocalizes, que podemos tentar fazer outros também. São pontos que eu falo que são o brilho do trabalho. Acredito que até lá vamos estar com tudo encaixadinho”.

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OUTROS DESTAQUES

A bateria “Tem que respeitar meu tamborim”, comandada por Rodrigo Explosão e Taranta Neto, demonstrou entrosamento do início ao fim e fez um desfile certeiro em suas bossas. Dessa forma, foi fácil para a rainha Evelyn Bastos e para o time de musas da Mangueira exibirem todo o seu talento e carisma.

Grande Rio estreia nas ruas com força, canto explosivo e comunidade mobilizada

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A Acadêmicos do Grande Rio realizou no último domingo seu primeiro ensaio de rua na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro de Duque de Caxias. A escola demonstrou muita força e garra neste primeiro treino, com uma atuação especial de Evandro Malandro junto à bateria de Mestre Fafá, além da demonstração de que a obra já está na ponta da língua dos componentes. A Tricolor caxiense levará para a Sapucaí o enredo “A Nação do Mangue”, sobre o movimento Manguebeat, surgido no Recife e que tem como um dos seus principais expoentes o músico Chico Science. A agremiação será a terceira escola a pisar na Sapucaí na terça-feira de carnaval.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Daniel Werneck e Taciana Couto encantaram muito nesta noite com uma dança que une o tradicional do bailado a movimentos mais representativos e explicativos do samba da escola. Encantando os espectadores do ensaio da Grande Rio, o casal realizou giros com grande precisão, demonstrou sincronia em diversos movimentos e apresentou um cortejo bem clássico, somando a agilidade à leveza que ambos possuem ao desfilar, sem perder a força dos gestos ao longo da apresentação.

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SAMBA E HARMONIA

Com Evandro Malandro conduzindo, a agremiação conseguiu mostrar o quanto o samba para o próximo carnaval já está na veia do Tricolor Caxiense. O cantor estreou bem neste fim de ano e demonstrou o quanto busca força e potência para transmitir não só as histórias, mas também os movimentos sociais ao seu redor. Evandro foi auxiliado por seu carro de som, que também demonstrou muita segurança no trabalho conjunto. O samba da escola funcionou muito bem e foi cantado de ponta a ponta da rua, com grande participação dos componentes, que abraçaram fortemente a obra, especialmente nos momentos em que o canto é jogado para eles, como em “Freire, ensine um país um analfabeto” e “Eu também sou caranguejo, à beira do igarapé”.

Ao CARNAVALESCO, Evandro comentou sobre esse primeiro ensaio de rua, destacando a força do canto da comunidade da Baixada.

“Estou muito feliz, a gente estava ansioso para pisar aqui na Brigadeiro e dar o show que costuma dar para Caxias, para a Grande Rio e para todos os visitantes. Espero que todos estejam saindo felizes, foi um ensaio maravilhoso. Estou muito feliz com o comportamento do pessoal, tanto quem estava desfilando quanto quem estava na calçada. Foi maravilhoso ver todo mundo cantando. Acho que Caxias precisava disso, vir logo para a rua para mostrar o quanto a revolução já começou”, afirmou.

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EVOLUÇÃO

A evolução da escola teve muita força do componente caxiense, que passou bem solto durante este primeiro treino. Os foliões vieram tranquilos dentro de suas alas, mas sempre felizes, comemorando com os braços e com elementos como leques, bastões de luz e mastros, demonstrando muita energia. A escola apresentou uma ala coreografada que não impactou a evolução, assim como foi dissipado o temor de que a presença de Virgínia Fonseca, rainha da escola, pudesse causar algum tipo de interferência, o que não ocorreu.

Thiago Monteiro, diretor de carnaval, comentou também sobre o mini desfile na Cidade do Samba e analisou o primeiro ensaio de rua, destacando a participação da comunidade e o reforço de grades ao longo do trajeto.

“Ali fomos com 3% do contingente dar uma volta no quarteirão, fazer uma festa. Para a gente, tecnicamente, ali é nada. Hoje, efetivamente, começa a nossa preparação de deslocamento. Treinamos na quadra, em ambiente fechado e controlado. Hoje começa nossa preparação real. Para o minidesfile, a gente faz festa, não avaliamos tecnicamente. Ali é uma grande festa maravilhosa, parabéns para a Rio Carnaval e todas as escolas, mas a Grande Rio não entra em pilha”, declarou.

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“Superou minhas expectativas. A comunidade cantou muito, os segmentos funcionaram muito. Lógico, é o primeiro ensaio de rua. No nosso planejamento, temos ensaios agora em dezembro, janeiro, os ensaios técnicos, e a escola sabe onde quer chegar. Estou muito satisfeito, vendo a escola lotada, todo mundo com vontade, sabendo o que tem que fazer. Isso é o fundamental. Agora vamos continuar no caminho”, afirmou.

“Estamos acostumados com o povo. Colocamos grades em alguns pontos, um pouco mais para janeiro. A escola tradicionalmente está acostumada a esse tipo de ensaio. Gostamos do calor do povo de Caxias. Nossa filosofia é que o povo vem com a gente. Na hora da pista, sabemos o que fazer, a comunidade sabe o que fazer, sabe quando tem que formar, onde tem que andar. Isso nunca foi questão. Ganhamos um carnaval assim. A comunidade de Caxias é muito importante para a gente. Afinal, desfilamos em outro município, e é aqui que nos abastecemos. Na minha ótica e da diretoria, não gostamos de afastar, de apartar. É todo mundo junto. Se a comunidade for problema para a gente, a gente deixa de existir”, disse sobre as grades.

OUTROS DESTAQUES

A bateria de mestre Fafá foi um grande destaque da noite. Os ritmistas fizeram diversos momentos de paradinhas, bossas e outras intervenções que deram muito gás aos componentes. Fafá falou ao CARNAVALESCO sobre o primeiro ensaio.

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“Tudo que a gente se propõe a fazer na quadra vem dando certo. O sistema do caminhão funcionou muito bem, a bateria se portou muito bem, a escola se portou muito bem. O nosso samba vem crescendo, evoluindo a cada ensaio, a cada terça e agora também aos domingos, que é de suma importância. É muito feliz quando você acaba o ensaio e os presidentes e a direção de carnaval te parabenizam, dizendo que foi muito bom, que a escola fluiu muito bem. Continuamos com nossa métrica de silêncio e trabalho. Acho que temos que falar menos e trabalhar mais, e a resposta se vê na avenida. Sabemos que podemos evoluir cada dia mais, sabemos que podemos melhorar, e vamos melhorar até chegar ao ponto certo”, afirmou.

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A rainha Virginia Fonseca também chamou bastante a atenção do público, mostrando evolução no samba e sendo muito receptiva, dentro das possibilidades, com quem acompanhava o ensaio. A comissão de frente, comandada por Hélio e Beth Bejani, não esteve presente neste primeiro treino.