Conheça as oito escolas que estarão no Grupo de Acesso I de São Paulo
Neste domingo, oito pavilhões entram no Anhembi para o desfile do Grupo de Acesso I, a segunda divisão do carnaval de São Paulo. Uma mistura de escolas tradicionais como Nenê de Vila Matilde, Pérola Negra, Vila Maria e Colorado do Brás junto com quatro agremiações jovens, Terceira Milênio, Dom Bosco de Itaquera, Torcida Jovem e Mocidade Unida da Mooca.

São oito escolas na disputa, que começa às 21h com a estreante Dom Bosco e finaliza após o desfile da MUM marcado para às 4 da manhã. A única agremiação na disputa a ter conquistas da elite da folia paulistana é a Nenê de Vila Matilde, que é a segunda maior campeã do Grupo Especial com 11 títulos.
Segue um giro sobre cada escola e como elas chegam para essa disputa intensa no Sambódromo do Anhembi:
21h00 – Dom Bosco
Pela primeira vez no Grupo de Acesso I, a Dom Bosco de Itaquera, que é uma escola fundada em 2000, chega no grupo com um enredo nordestino: “Um causo arretado de um povo pra lá de valente…O cordel de um nordeste independente”. O carnavalesco Danilo Dantas é quem desenvolveu o projeto e contou um pouco sobre o enredo.
“Tenho esse enredo há muitos anos, desde a minha primeira passagem no Grupo de Acesso com a Colorado. Me fascina muito e me revolta quando dizem que o nordeste é um atraso para o Brasil. Todo ano de eleição, o pessoal do sul e sudeste sempre usa esse termo. Baseado nisso, eu comecei a pesquisar o porquê surgiu isso e eu descobri o poema que o Bráulio Bessa recitou no programa da Fátima Bernardes e ficou na minha cabeça. Fui pesquisando e é uma música de 1984. Ou seja, desde a década de 80 existe isso. O Brasil vem tendo falas de políticos nas últimas eleições, e eu acho que é preciso mostrar para o brasileiro que se eles querem que o nordeste se afaste do Brasil, olha o tanto de coisa que eles vão perder. Então fizemos isso em um conto através da música ‘nordeste independente’, que é de Bráulio Tavares e Ivanildo Vila Nova e foi eternizada na voz de Elba Ramalho”.
A escola tem como slogan ‘e vai pensando que a gente só reza’, em referência à sua origem em uma obra social católica e ao fato de ter como presidente o querido Padre Rosalvino.
Fundação: 2000
Melhor resultado: Vice-campeonato do Acesso II
Títulos: Quinta divisão (2008) e quarta divisão (2009)
Último ano: Vice-campeã do Grupo de Acesso II
22h00 – Torcida Jovem
De volta ao Grupo de Acesso após treze anos, a Torcida Jovem, oriunda da torcida organizada do Santos Futebol Clube, foi a campeã do Acesso II em 2023. O enredo da TJ é intitulado“Raiz afro mãe, meu Brasil bantu”, desenvolvido por Fernando Dias, que explicou a proposta da escola.
“O enredo conta a história dos escravos, que é o povo bantu. Eles vieram da África, escravizados através do europeu em troca de mercadorias e sendo vendidos para os senhores de engenho. Aos poucos eles foram conquistando a sua liberdade, o seu espaço e voltando a se tornar reis e rainhas como eram na África”.
A Torcida Jovem não é uma agremiação jovem no carnaval, estando desde 1979 na ativa.Até 2002, entretanto, prosseguiu como bloco carnavalesco. Quando engatou nas divisões da UESP, teve uma rápida ascensão e chega pela segunda vez no Grupo de Acesso I.
Fundação: 1979
Melhor resultado: 8ª colocado
Títulos: Terceira divisão (2023), Grupo 3-UESP (2004) e Bloco Especial (1988, 1990, 1991, 1996 e 1997)
Último ano: Campeã do Grupo de Acesso II
23h00 – Nenê de Vila Matilde
A tradicional Nenê de Vila Matilde é a terceira agremiação a pisar no Anhembi. Com onze títulos em sua história, é a segunda maior campeã do Grupo Especial junto com a Mocidade Alegre. Com pavilhão pesado e buscando retorno ao Especial, que não frequenta desde 2017, vai homenagear a compositora e cantora Lia de Itamaracá com o enredo “Cirandando a vida pra lá e pra cá. Sou Lia, Sou Nenê, Sou de Itamaracá”, assinado pelo carnavalesco Fabio Gouveia, que falou sobre o processo criativo.
“Lia de Itamaracá sempre foi um enredo que eu quis fazer e só queria uma oportunidade para encaixar. Ela é um patrimônio do nosso país, a maior cirandeira em vida. Isso foi ganhando ainda mais força quando eu cheguei na Nenê, que tem essa identidade preta, raiz cultural. A gente fez os projetos do ‘Narciso Negro’, ‘Faraó Bahia’ e precisava de um enredo para fechar essa trilogia. Na verdade, a Lia seria enredo da escola quando a Nenê subiu para o Acesso I. Já era algo conversado, mas optamos por fazer algo diferente para ganhar peso e homenagear a Lia como ela merece. Queríamos no Grupo Especial, mas guardamos. Depois ficamos um ano inteiro estudando as possibilidades, fazendo os contatos com a assessoria dela e equipe de trabalho para chegar a um consenso. Depois do desfile das campeãs nós fizemos o primeiro contato com a presença dela para apresentar o enredo de fato. Ela prontamente nos atendeu e foi muito mágico”.
A escola do Lado Leste chegou a estar no Grupo de Acesso II em 2022, mas retornou ao Acesso I e brigou para estar na elite logo no primeiro ano de retorno. Ficou nos detalhes, e neste ano chega com Lia de Itamaracá para conquistar a tão sonhada volta ao Grupo Especial.
Fundação: 1949
Melhor resultado: 11 vezes campeão do Grupo de Especial (último em 2001)
Títulos: Primeira Divisão (1956, 1958, 1959, 1960, 1962, 1965, 1968, 1969, 1970, 1985 e 2001), Segunda Divisão (2010 , 2012 e 2022)
Último ano: 3º lugar no Grupo de Acesso II
00h00 – Pérola Negra
A Pérola Negra está pelo terceiro ano consecutivo no Grupo de Acesso I, mas é uma escola com inúmeras participações no Grupo Especial. Para esse ano, vai contar o enredo: “Pérola No Encanto Dos Balaios Das Quebradeiras”, o qual o carnavalesco André Marins nos contou sobre a respeito.
“Estava procurando um enredo aonde eu tivesse uma cultura brasileira mesmo, alguma coisa que nunca tivesse passado na Avenida. Conversando com um amigo ele falou que tinha um enredo e apresentou a história das quebradeiras. Eu vi um documentário falando sobre elas e me encantei por causa da história, e enquanto fui criando mais conteúdo para o enredo eu fui descobrindo várias coisas. Quando se fala de pessoas que trabalham com esse tipo de material se imagina que é uma coisa sofrida, difícil, mas para elas isso é um prazer. Recebi um áudio em que a Rosalva, uma das quebradeiras de coco babaçu do Maranhão, pede que não coloque nada sofrido porque elas têm prazer no que fazem. Elas não têm vergonha, não têm nenhum tipo de preconceito com isso que elas fazem. Pelo contrário, elas amam fazer o que fazem com o coco babaçu, e o enredo vem pegando por essa tangente. A gente mostra, é claro, a dificuldade de como foi e ainda é porque também não é fácil agora, mas que tenha essa questão de o brasileiro ter a certeza do que está fazendo”.
A Pérola Negra já venceu Grupo de Acesso I em cinco oportunidades, ou seja, sabe o caminho da eliteo qual tanto sonha. Em 2023 acabou ficando na sexta colocação, o que é atípico para a agremiação, perto do descenso. Em 2024 busca um novo panorama com a história das quebradeiras.
Fundação: 1973
Melhor resultado: 5ª lugar no Grupo Especial em 1976
Títulos: Segunda Divisão (1975, 1989, 2000, 2013 e 2015), Terceira divisão (1974 e 1988)
Último ano: 6º lugar no Grupo de Acesso I
01h00 – Colorado do Brás
A Colorado do Brás vai para o segundo ano consecutivo no Grupo de Acesso I, após um período de três anos no Grupo Especial. Para retornar a elite, a escola do Canindé terá como enredo: “Os Encantos da Raiz do Mandacaru”, desenvolvido pelo carnavalesco Anselmo Brito, que contou um pouco sobre os trabalhos em torno.
“A Colorado do Brás convida todo mundo para uma viagem muito bem arretada e divertida, como tem que ser quando se fala de Nordeste. É mostrar um povo que a gente tem um carinho imenso. Um povo muito aguerrido, construtor e cheio de histórias. Vamos começar a falar de história, prosear um pouco. Nós escolhemos como tema de enredo uma das raízes mais importantes do Nordeste, que é o próprio mandacaru. Uma raiz muito típica do Nordeste, marcante pela sua força, por se dar em lugares não tão esperados e levando sua beleza para aquele lugar. Nós vamos fazer uma analogia dessa raiz com o povo nordestino, porque o povo nordestino é isso. Ele é resistência, ele é força, ele tem histórias e gosta de história”.
Nos anos 80 e 90, a agremiação esteve no Grupo Especial. Teve um período no Grupo de Acesso, mas viveu uma queda e chegou até ao Grupo 3 da UESP em 2011. Logo se recuperou, sendo campeão deste grupo, vice do Grupo 2 e depois campeão do Acesso II.
Fundação: 1975
Melhor resultado: 11ª lugar no Grupo Especial em 2019
Títulos: Terceira Divisão (1979, 2000 e 2013) e Quinta Divisão (2011)
Último ano: 5º lugar
02h00 – Unidos de Vila Maria
A Unidos de Vila Maria vinha em grande sequência, desde 2015 no Grupo Especial, sendo quatro anos voltando para o desfile das campeãs. Mas em 2023 acabou em 13ª lugar, o que culminou na quedapara o Acesso I. Para voltar ao Especial, vai cantar“Forjados na Luta, Guiados na Coragem e Sincretizados na Fé: A Vila Canta Ogum!”, um enredo afro que é inédito para a Vila, tendo toda a fé envolvida e desenvolvida pelo carnavalesco carioca Fábio Ricardo e o enredista Roberto Vilaronga, que conversaram com o site CARNAVALESCO.
“O enredo, ele trata de como o brasileiro, como as pessoas no Brasil se relacionam com o orixá Ogum. Isso, ela fala muito sobre como a gente se relaciona com a fé, de como a gente entende a fé e de como a gente prega a nossa fé. Então a gente buscou no orixá Ogum, que é uma referência também para a comunidade da Vila Maria, como São Jorge. Então iniciamos o nosso enredo falando um pouco sobre ancestralidades, como surge o Ogum, o que o Ogum traz para a humanidade, que é a forja do ferro. Depois a gente fala de como essa religião aporta no Brasil, com a diáspora africana, e ela traz o candomblé e o candomblé se torna uma das principais religiões desse país. Falamos de como é cultuado no Xirê, como é cultuado pelas pessoas e pelos outros orixás. Falamos também de como é cultuado na Umbanda, como o Ogum é venerado na Umbanda, e a gente chega também no final do desfile, no último setor, onde a gente fala como ele é cultuado no catolicismo, chegando nas festas de São Jorge, na Alvorada, e assim a gente encerra o desfile. Então, basicamente, o enredo trata de como nos relacionamos com a nossa fé, como a gente se relaciona com o orixá Ogum”.
Para voltar ao Grupo Especial, a Vila Maria aposta em um enredo que é diferente das suas características, e conta também com um artista estreante no carnaval paulistano. Vale ressaltar que a agremiação da Zona Norte de São Paulo venceu o Acesso I em três oportunidades, sendo a última em 2014.
Fundação: 1954
Melhor resultado: 11ª lugar no Grupo Especial em 2019
Títulos: Terceira Divisão (1968, 2001 e 2014) e Quarta Divisão (1998)
Último ano: 13º lugar – grupo Especial
3h00 – Estrela do Terceiro Milênio
A Terceiro Milênio conquistou acesso inédito para o Grupo Especial em 2022, com um enredo bem forte sobre as mulheres, mas acabou descendo no ano seguinte. Busca o retorno ao Especial, e para isso segue com o carnavalesco Murilo Lobo assinando o enredo “Vovó Cici conta e o Grajaú canta: o mito da criação”. O artista falou a respeito do projeto.
“É importante que as pessoas conheçam e que elas entendam o desfile de maneira mais ampla porque aí a gente vai conseguir trazer a mensagem e realmente tocar as pessoas. Pesquisando sobre enredos na linha afro-religiosa eu encontrei um sobre atabaques e Vovó Cici me chamou atenção. Comecei a pesquisar sobre ela começou a vir um monte de outros materiais – inclusive uma entrevista dela no programa do Lázaro Ramos, em foram chamados alguns religiosos, sendo que ele, até então, nunca tinha discutido religião. Ele trouxe uma pessoa do candomblé, um padre, um pastor e etc. Ela me encantou e eu continuei pesquisando sobre ela. Nisso, encontrei um vídeo dela contando o mito da criação em um sarau nas ruas de Olinda. Ela traz atabaques, canta os cânticos, e etc. Pensei que essa história é muito incrível entrei em contato com o Silvão Leite, pedi para o presidente abrir o coração e ouvir a história. Para as pessoas que não são e não tem nenhum tipo de proximidade do candomblé às vezes é complexo propor um tema nessa vertente, mas ele achou a história incrível”.
A sequência da Milênio é muito forte. Desde 2007 vem em uma grande ascensão, vencendo grupos da UESP, até vencer o Acesso II em 2019 e o Acesso I em 2022. Teve o descenso do Acesso I para o II em 2017, e esse atual. No mais, foi sempre subindo degraus dentro do carnaval paulistano.
Fundação: 1998
Melhor resultado: 14ª lugar no Grupo Especial em 2023
Títulos: Segunda divisão (2022), Terceira Divisão (2019), Quarta Divisão (2011 e 2016), Quinta Divisão (2008) e sexta divisão (2007)
Último ano: 14º lugar no grupo Especial
04h00 – Mocidade Unida da Mooca
Pelo segundo ano consecutivo fechando a noite do Acesso I, a MUM vem seguindo uma ideia de homenagens para personalidades brasileiras ligadas à africanidade. Trará desta vez Helena Theodoro com o enredo“Oyá Helena”. O carnavalesco Caio Araújo contou sobre o tema em conversa com o site CARNAVALESCO.
“A “Oyá Helena” é uma homenagem para Helena Theodora, e veio de uma ideia do Rafael e da esposa dele, a Ana Thaís, né? A Ana Thaís é uma grande fã do trabalho da Helena e ela foi apresentando para o Rafa, enquanto o Rafa foi apresentando para mim. Quando eu fui conhecendo mais a fundo a obra de Helena e mais do que a obra conhecendo a vida dela. Falei que essa mulher tem que ser enredo. É uma figura muito relevante culturalmente para o país, mas uma figura que também fala muito dos afetos que a gente constrói dentro do samba, sabe? E muito da construção do nosso enredo vai por esse caminho. A Helena está completando 80 anos esse ano. Ela começa a construir o legado do trabalho dela com 13. Então são muitos anos de trabalho para poucos setores de desfile. Então a gente tem que fazer algumas escolhas em como conduzir essa história. O que eu escolhi para contar um pouco desse legado da Helena, foi entender quais eram os pilares principais do trabalho dela. E aí, a partir deste momento entender como a gente dentro do Samba é capaz de conhecer diversas Helenas. E aí no final das contas é onde esse enredo vira uma homenagem para todas as mulheres pretas do carnaval”.
Apesar de ter nascido nos anos 80, a MUM ainda não conseguiu o tão sonhado acesso ao Grupo Especial e isso tem sido a meta de agremiação há algum tempo. Tem batido na trave: são três anos consecutivos em quarto lugar.
Fundação: 1987
Melhor resultado: 4ª lugar no Grupo de Acesso em 2020, 2022 e 2023
Títulos: Terceira divisão (2018), Quarta divisão (2014 e 2016), Quinta divisão (1999) e Sexta divisão (1991)
Último ano: 4º lugar no Grupo de Acesso I
Segunda noite de Camarote Novex Rio Praia tem estreia de Aline Mineiro como musa e presença de personalidades do samba
Por Tatiana Abreu
Pagode, funk e, claro, muito samba no pé embalaram o segundo dia de festa no Camarote Novex Rio Praia. A atriz e musa da Mocidade, Aline Mineiro, fez sua estreia como musa do camarote. Ao site CARNAVALESCO, ela disse que não quis se colocar a pressão da estreia, que o importante seria curtir a noite. “O mais importante é entregar muito amor, as pessoas sentem quando fazemos algo com o coração. Hoje pra mim é um dia de alegria, de me divertir”.
A musa entrou para o carnaval há dois anos, após o convite de Flavio Santos, presidente da Mocidade, e dividiu um pouco da sua relação com o Novex Rio Praia. “Ano passado eu recebi o convite para conhecer o camarote e, no fim do ano, fui convidada para ser musa no carnaval 2024. Eu fiquei muito feliz, foi um prazer enorme receber esse convite. Estou feliz demais. A festa está linda, o som maravilhoso, comida para todos os gostos”. E conclui: “A minha relação é de muito amor e muito respeito com o carnaval”.
O sábado teve Pixote e Yara Vellasco comandando os principais shows e o batuque ficou por conta da bateria da Império Serrano. O público chegou cedo para curtir também os desfiles na Marquês de Sapucaí que teve a escola Sereno de Campo Grande abrindo a noite.
Outra personalidade presente no camarote no sábado foi Maria Mariá, rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, que desfila neste domingo na Marquês de Sapucaí. Ela conta que veio assistir ao desfile, mas não poderia até o final. “Vou curtir um pouco a festa até a penúltima escola, porque amanhã é meu dia de desfilar e preciso me preparar. Mas acho importante vir prestigiar as escolas da Série Ouro”.
O carnavalesco da Mangueira, Guilherme Estevão, também aproveitou para curtir com descontração a noite no camarote, já que sua escola desfila na segunda-feira. “Fui super bem recebido no Novex Rio Praia, um ambiente ótimo. Pra mim, hoje é um momento de relaxar depois de um ano inteiro de trabalho e prestigiar as escolas que estão desfilando”, conta.
Um dos lugares mais concorridos da Sapucaí, tem uma vista privilegiada da Avenida e conquista o público que comparece ao local. Como o empresário natural de Pernambuco, Brian Belém, que acompanha o carnaval há muitos anos e escolheu retornar ao camarote após curtir a festa no ano passado. “Estou gostando muito do camarote mais uma vez! Vou curtir muito essa noite de desfile no Novex Rio Praia”.
Camarote do King encerra desfiles da Série Ouro com grande reconhecimento do público
O Camarote do King, presente desde 2017 e reconhecido por oferecer conforto e excelentes serviços aos foliões, encerra os desfiles da Série Ouro com grande reconhecimento do público. Para o Carnaval de 2024, o camarote passou por uma reforma que ampliou o espaço da frisa, tornando o ambiente ainda mais espaçoso e confortável.
“Para mim está sendo uma experiência muito legal, porque já é o quinto ano que eu estou aqui e com essa reforma que aconteceu, eu adorei, ficou lindo, maravilhoso e assim, por mais que a gente vá em outros camarotes, a gente já tem uma referência do King, que já deixa a gente com um padrão mais elevado, então não tem como, como eu posso escolher um outro camarote se não for o King?” expressou Sandro Romeo, de 53 anos.
Além de uma incrível infraestrutura, o Camarote do King adotou medidas sustentáveis, como a coleta seletiva e o descarte adequado de resíduos recicláveis, o que lhe rendeu o selo “Evento Cultural com Medidas Sustentáveis” – uma coisa inédita para um camarote da Sapucaí.
“O Camarote está maior, as comidas estão melhores, as pessoas estão até parecendo mais bonitas, o espaço está todo lindo, e essa foi a minha melhor experiência, não tenho o que falar de ruim. Os outros anos foram bons também, mas não foram tão bons como esse. Esse foi o melhor ano do Camarote”, elogiou Cátia Fernanda, de 49 anos.
Luiz Pacheco, de 45 anos, que frequenta o camarote desde 2018, também deixou sua opinião sobre a estrutura do camarote em 2024: “Eu frequento o Camarote do King desde 2018 e é maravilhoso, é top, super recomendo e assim a cada ano que passa a gente se surpreende, sempre assim com uma melhoria, com alguma coisa nova, com uma infraestrutura muito melhor do que o ano anterior, enfim, comida boa, ambiente legal, drinks e bebidas maravilhosas, sempre geladas, já tive experiência de outros camarotes, mas assim, em relação ao King, não tem comparação”.
Localizado no setor 8 do Sambódromo, entre um dos módulos de julgadores e o segundo recuo da bateria, o Camarote do King oferece uma ótima experiência para aqueles que desejam desfrutar do espetáculo carnavalesco.
“É o quinto ano que eu venho no King e a cada ano melhor, eles têm uma preocupação com o cliente, de agradar, de mudar, eles não ficam naquela mesmice, eles têm muito cuidado e eu adoro a estrutura deles. Para mim é sensacional e já tive toda a experiência, a gente sai, vai ver os outros, mas a gente acaba voltando, porque eles têm uma preocupação muito, muito com o cliente, eles são top e eu não troco, para mim é a minha casa do Carnaval, é o King, é minha referência”, contou Flávio de Freitas, de 60 anos, sobre a sua experiência com o Camarote.
Quem esteve presente no Camarote no último dia de desfile da Série Ouro, além de assistir ao grande espetáculo das escolas, também teve a oportunidade de presenciar um show do famoso cantor Suel, que também revelou ao CARNAVALESCO sua relação com o Camarote e o que acha da estrutura de 2024.
“Eu já vim algumas vezes aqui no Camarote e já até perdi as contas e o Camarote do King só cresce ano após ano, ele se supera, ele faz um trabalho melhor, uma entrega cada vez melhor, está de parabéns. O resultado está aí e a gente vê toda a galera vindo para cá, tem bastante gente com a camisa amarela do King e todo mundo feliz de estar aqui. É isso, eu não esperava menos do Camarote do King, porque como eu venho todos os anos, eu consigo acompanhar esse crescimento, que é muito merecido pelo trabalho árduo que essa galera faz. E o carioca, brasileiro em geral, porque o Brasil inteiro vem para cá na época do carnaval, o brasileiro merece uma festa com essa grandiosidade que o Camarote do King está proporcionando para nós” pontuou Suel.
Imprensa aprova e utiliza o ‘Roteiro dos desfiles’ na cobertura da Série Ouro
Composto por 66 páginas, a revista Roteiro dos Desfiles estava nas mãos dos presentes na Sapucaí, na sexta-feira de desfiles da Série Ouro. Contento, além a ordem das escolas que irão desfilar naquela noite, o roteiro apresenta a ficha técnicas de todas essas agremiações, bem como sinopse do enredo, a letra do samba-enredo, explica e nomeia as alegorias e fantasias de todos os segmentos, de todas as alas, de composições de carros, etc.
Contendo inúmeras informações que auxiliam a compreensão dos desfiles, o roteiro também está em inglês para ser acessível aos turistas estrangeiros.
Presente nas mãos de diversas pessoas que acompanhavam a primeira noite de desfiles, o roteiro era objeto garantido na mão de quase todos os jornalistas que estavam cobrindo o carnaval. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, alguns deles falaram sobre a importância do roteiro para o trabalho jornalístico na avenida.
“O roteiro dos desfiles é maravilhoso, porque ele auxilia o nosso trabalho na avenida, ajuda a gente a lembrar de dados importantes das escolas, de informações que são fundamentais para a gente trabalhar. Porque a gente que trabalha todas as noites, a gente não detém tudo, né? A gente não guarda todo o conhecimento. Então o roteiro dos desfiles ajuda muito e se torna o nosso suporte para gente conseguir trabalhar, ele é maravilhoso”, disse Carolina Grimião, de 36 anos, que é repórter da Rádio Tupi.
Para o radialista, Márcio Zuma, de 47 anos, o roteiro é fundamental: “O livro do roteiro dos desfiles é muito importante, porque ele explica o que representa ala a ala. Às vezes você tem uma dúvida de uma fantasia a respeito da sua representatividade e o livro explica, às vezes você quer o nome de um mestre de sala, de uma porta-bandeira, de um coreógrafo de comissão de frente e consegue encontrar no livro que é muito completo”, comentou o integrante da Rádio Arquibancada.
Já para Renan Neves, 27 anos, radialista que veio do Rio Grande do Sul, o roteiro dos desfiles é fundamental, ainda mais para ele que se comunica com o público sem imagens, ter mais informações para descrever um elemento ou ala que está na sua frente , é imprescindível.
“Sem sombra de dúvidas, o roteiro dos desfiles é fundamental para nós, especialmente de rádio, conseguirmos trabalhar, pois temos que rapidamente ter as informações, mencionar qual ala, qual alegoria está na avenida para auxiliar quem está lá na cabine trabalhando na transmissão, e sem o roteiro dos desfiles, especialmente na Série Ouro, em que não temos um livro abre-alas a disposição, esse material é fundamental”, afirmou o jornalístico.
Grandiosidade, conceito e leitura: Alegorias são destaques da segunda noite de desfiles em São Paulo
No melhor estilo anos 2000, este sábado se viu um conjunto alegórico muito forte no Anhembi. Todas as escolas mostraram alguma novidade em seus carros, seja esteticamente ou conceitos. O Vai-Vai colocou fortes críticas e ‘queimou’ a estátua de Borba Gato, a Tom Maior levou um abre-alas com uma cópia idêntica à mata que habita o povo indígena e o Império de Casa Verde, tão famoso por ser monumental em seus carros, fez valer o nome. Contudo, dessas escolas saíram algumas favoritas ao título e destaques negativos. Diferente da sexta-feira, o nível foi maior e parelho, com duas escolas se sobressaindo.
Vai-Vai
Abrindo o sábado de carnaval, nada melhor do que o público receber a maior campeã do carnaval. A escola do Bixiga levou o enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”, idealizado pelo carnavalesco Sidnei França. O desfile se destacou pela estética diferente e pela forte crítica feita à sociedade nas alegorias e fantasias. A presença do cantor Mano Brown levantou as arquibancadas, tanto na pista como na arrancada quando soltou o som para o público. É necessário notar, entretanto, que algumas alas tiveram problemas quanto à manutenção ao longo do desfile. A ala 01′, “Ode à Rua… O Levante dos Excluídos”, tinha componentes com costeiros danificados; algumas baianas tinham dificuldade com os chapéus. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Tom Maior
Segunda a passar pelo Anhembi, a agremiação levou ao Anhembi o enredo “Aysú – uma história de amor”, assinado pelo carnavalesco Flávio Campello. A vermelho e amarelo teve um desfile marcado por uma grande abertura. O abre-alas juntamente à comissão de frente foi um dos destaques da escola. Até então, havia grande expectativa por um dos melhores desfiles da noite. Entretanto, evolução com buracos e fantasia problemática da porta-bandeira foram destaques que não foram satisfatórios para a agremiação. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Mocidade Alegre
Sendo a terceira a entrar na pista, por escolha própria, a Mocidade Alegre apresentou o enredo “Brasiléia Desvairada – A Busca de Mário de Andrade por um Novo País”. O desfile da ‘Morada do Samba’ foi marcado por todo o conjunto apresentado. As alegorias e fantasias eram de fácil leitura, a comissão de frente retratou Mário de Andrade com arlequins e chamou atenção. O intérprete Igor Sorriso conduziu perfeitamente o carro de som e a bateria “Ritmo Puro” executou uma bela apresentação com as ousadias, fazendo com que o conjunto musical brilhasse. Contudo, o desfile da Mocidade Alegre foi totalmente coeso, levantou a arquibancada e pode-se dizer que está na briga pelo bicampeonato. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Gaviões da Fiel
Sempre a ‘Fiel Torcida’ dá um show na arquibancada e hoje não foi diferente. Bandeirinhas foram distribuídas por todo o sambódromo e deu um gás na arrancada dos alvinegros. A comissão de frente, dos prateados com nave e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, também ficaram em evidência na apresentação. Mal acabamento em algumas partes de alegorias foram destaques negativos, sobretudo na questão das pinturas. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Águia de Ouro
Quinta agremiação a se apresentar, o Águia de Ouro teve como destaque as alegorias altas e imponentes. Com o enredo “Águia de Ouro nas ondas do rádio”, assinado pelo carnavalesco Victor Santos, teve como seu desfile interessante as histórias como a de um casal de mestre-sala e porta-bandeira formado há menos de um mês e que tiveram ótima atuação e a de uma rainha de bateria que teve uma fratura no pé e desfilou mesmo assim. Ambos tiveram ótimas atuações. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Império de Casa Verde
Desfilando na sexta posição, o Império de Casa Verde levou para a passarela o enredo “Fafá, a Cabocla Mística em Rituais da Floresta” e mostrou uma atuação na pista tecnicamente impecável. Contou com um grande desempenho do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo Antonio e Jessica Gioz. O conjunto de fantasias conduziu muito bem a setorização do desfile. Na segunda alegoria, alguns refletores estavam apagados no segundo carro, entretanto, há de se destacar o grande brilho que os carros do Império mostraram. Com todos esses elementos citados, deve-se concluir que o ‘Tigre Guerreiro’ da Casa Verde está na briga pela sua quarta estrela. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA
Acadêmicos do Tucuruvi
Aclamado por muitos como o melhor samba do Grupo Especial do carnaval 2024 de São Paulo, a Acadêmicos do Tucuruvi teve uma apresentação próxima da catarse. Sétima (e última) escola a desfilar no sábado de carnaval (10 de fevereiro), a agremiação da Serra da Cantareira teve excelente rendimento da canção, um conjunto musical brilhante, uma ótima exibição do Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira… um quesito, entretanto, pode ser crucial para definir a ventura do Zaca – como a agremiação é popularmente conhecida. Apresentando o enredo “Ifá”, desenvolvido pelos carnavalescos Dione Leite e Yago Duarte, a escola teve 62 minutos na passarela. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA